segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rodada #20 Br-15

Grêmio sente a sequencia e Inter segue sem tomar gol com Argel no comando

Evidente que o Tricolor é mais e pode ser mais do que apresentou domingo pela manhã em Campinas. O treinador Roger havia avisado que o grupo começaria sentir os efeitos desgastantes da temporada. Somado ao fato de o gramado do campo da Ponte Preta estar horrível e o calor que fazia, o empate em 0x0 não foi ruim. Mais tarde o Colorado recebeu o CA Paranense em casa, foi melhor, e venceu por 2x0. Teve chances de matar o jogo muito antes mas não chegou se complicar. Destaque para a solidez defensiva que o time começa encaixar.

De ponto em ponto... sólido no G-4!

Um Grêmio cansado! Essa é a maior constatação da partida que abriu o segundo turno. Ambos, Ponte e Grêmio, entraram em campo dia de semana, mas os gaúchos excursionaram nas duas vezes enquanto os paulistas não saíram de Campinas. O jogo em si foi um bombardeio, M. Grohe saiu como grande destaque. No final B. Rodriguez teve a bola do jogo em seus pés, mas desperdiçou. Um centroavante não pode perder uma chance daquelas. Maicon foi a primeira vítima saindo de campo com lesão muscular. Titulares, tenham certeza, começarão ser poupados daqui em diante para não estourar. Um rendimento muito bom que pode estar ameaçado graças ao elenco reduzido do Tricolor.
Em Porto Alegre o treinador do time paranaense também preocupado com eventuais lesões musculares, iniciou guardando no banco de reservas parte de seus principais atletas. Até os 20 minutos do primeiro tempo o Inter vencia a partida por 1x0, mas poderia estar tranquilamente bem mais elástico. Na etapa complementar D’Alessandro perdeu um pênalti. O argentino ia bem mas depois disso ficou nítido que sentiu. Com os jogadores suplentes entrando no time os visitantes foram engrossando o caldo, mas o golpe de misericórdia veio com a nova aposta de Argel! Depois de Vitinho, parece que Paulão vai ser figura presente entre os titulares. Desde a goleada no Gre-Nal o time não sofre gol, 4 jogos dos quais 3 foram sob o comando do novo técnico.

Paulão (autor do segundo gol), peça da defesa Colorada que não sofre gols em 4 jogos

O Grêmio segue firme e forte no G-4 e tem o Coxa Branca pela frente duas vezes, a primeira pela Copa do Brasil e a segunda pelo Brasileirão. Jogos para dosar o que é preciso. Acredito que o treinador gremista poupe alguns nomes de ataque no meio da semana e defensores no domingo. Já o Colorado virtualmente classificado na Copa do Brasil, tem suas atenções voltadas para dois compromissos importantes. Avaí em Floripa e depois Vasco em casa. Obrigação de 4 pontos, mas que deveria ser 6 se esse time aspira algo ainda nesta edição do Campeonato Brasileiro.

Pitacos:

- Muito se fala em rodízio;
- O CA Paranaense não viu a cor da bola;
- Só começou fazer frente ao Inter com M. Guilherme e Walter em campo;
- Aí era tarde demais;
- No Inter esta “lógica” deu relativamente certo;
- Contudo não foi suficiente para manter o projeto de Aguirre, que caiu;
- O Grêmio acena para a mesma alternativa e é muito perigoso;
- Com um elenco pequeno, o time principal está encaixado e mudanças podem influenciar no rendimento;
- Mas perder dois ou três destes titulares seria uma tragédia;
- Maicon foi o primeiro;
- A verdade é que rodízios tendem dar certo quando os elencos recheados se dispõem de tempo para um trabalho forte com todo o grupo;
- O difícil será sempre manter a mesma qualidade, algo que na Europa funciona;
- Lá os suplentes tem praticamente os mesmos recursos dos titulares;
- E a questão cultural também é preponderante;
- Aqui a idéia de banco de reservas é muito forte ainda.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Oitavas CB/15

Jogos de ida

A dupla Gre-Nal foi bem. Apesar de reclamar da sequencia de jogos, o Grêmio de Roger não acusou “ainda” o golpe do cansaço. Um baita resultado diante o Coritiba no Couto Pereira que encaminhou a vaga. Um dia depois, em casa, o Inter de Argel recebeu o Ituano. Não fez mais que sua a obrigação tendo em vista as limitações do oponente. Mas o ímpeto, a entrega dos jogadores... dá respaldo a esta nova fase Colorada que também deixa bem encaminhada sua classificação.

E aí Argel? Um novo time ou nada mais que uma repaginada?

Sem Luan, o Grêmio tende a suprir a falta de seu atleta mais qualificado na base da aplicação tática. Douglas, de novo e queimando minha língua, segue como grande maestro desse time. Se no primeiro tempo M. Grohe foi exigido, na etapa complementar os gaúchos colocaram o Coxa no bolso e venceram ao natural – Coritiba 0 x 1 Grêmio.

Grande fase

Destaque do lado do Inter é a confiança do novo treinador em Vitinho. E parece vem dando resultado. Ontem o jovem atacante foi muito bem. O Ituano, com todo respeito, não é parâmetro, no entanto, o início avassalador do Inter nos lembrou “aqueles” bons tempos neste ano ainda quando Aguirre montava uma verdadeira blitz em cima do adversário – Internacional 2 x 0 Ituano.

E os outros jogos?

* CA Mineiro 1 x 1 FigueirenseO Galo se escapou no fim e ainda é favorito para seguir em frente na competição.
* Santos 2 x 0 CorinthiansA pressão de bastidores dos santistas surtiu efeito. O Timão até pode virar, mas é improvável.
* Flamengo 0 x 1 VascoEurico é um mestre na arte do pré-jogo. Clássico em aberto, mas o Gigante da Colina, lógico, tem todas as chances de passar.
* Palmeiras 2 x 1 CruzeiroDe repente o confronto mais improvável. Pelo gol fora dos mineiros, tudo em aberto. Apostaria, mesmo assim, no time paulista.
* Fluminense 2 x 1 Paysandu Os paraenses engrossaram o caldo. Mas o Tricolor das Laranjeiras voltam de Belém com a vaga.
* São Paulo 1 x 2 Ceará Olha a zebra! Copa do Brasil tem sempre um “intruso” entre os grandes e o time de São Paulo deve passar mais um ano na fila.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Rodada #19 Br-15

Fim de primeiro turno

O Grêmio termina a primeira metade da competição em terceiro lugar, 36 pontos somados e mais de 63% de aproveitamento. Enquanto o Inter se encontra na décima primeira posição, com 25 pontos e menos de 44% de aproveitamento. Ambos trocaram o comando técnico. O Tricolor no início do certame, o Colorado mais recentemente. Em ambos, a escolha se deu por nomes emergentes, antigos atletas do próprio clube com identificação com seu torcedor.
Pelo lado azul do Rio Grande, de repente, uma das mais gratas surpresas deste ano. Desacreditado depois do Estadual, o time deu a volta por cima e sem maiores extravagâncias já superou a desconfiança da crítica para habilitar-se como candidato ao título, inclusive. A “liga” de um grupo vencedor se observou no último compromisso. Mesmo fora de casa e tecnicamente inferior, o JEC foi um páreo duro na Arena. Abriu o marcador e poderia ter feito mais um e até mais dois ainda na primeira etapa. O inteligente PC Gusmão parecia ter encontrado a fórmula para parar os donos da casa dentro de Porto Alegre.

Somando pontos e se favorecendo com algumas combinações

No segundo tempo as coisas mudaram. A pressão gremista foi constante desde o princípio. Sentindo a falta de Luan e na base do abafa, veio o empate. Coisa de time com “liga”. Perto do fim e de bola parada saiu gol da vitória. De novo, coisa de time com “liga”. Em uma partida estrategicamente semelhante ao seu próprio desafio em Minas diante o Galo, mas exercendo um papel contrário, o Tricolor teve de superar um resultado parcial adverso com uma marcação encaixada. Os contra-ataques levavam perigo com uma exposição relativamente grande. O certo é que o Grêmio aprendeu com Roger a jogar como time pequeno quando precisa e como time grande na hora certa. Defender-se sem a vergonha de jogar por uma bola ou se impor quando preciso for, são os alicerces que somam os resultados tão preteridos.
Do lado vermelho pesou muito a eliminação na Taça Libertadores e a goleada no Gre-Nal. Priorizando a competição continental, o Internacional “recomeça” sua participação neste Brasileirão 15 pontos atrás do líder. Argel fez sua estréia na casamata diante outro time que vem decepcionando, o Cruzeiro. Em um primeiro “panorama” o empate em 0x0 pareceu bom resultado. Perder agora poderia prejudicar um (re)início de trabalho. Pelas circunstâncias do jogo, o time mereceu melhor sorte, até porque foi mais competente nas mudanças realizadas durante a partida.

Missão: apagar o que passou para recomeçar

Assim como diante o Fluminense, ainda sob o comando do interino Odair Hellmann, se percebeu um esforço maior. Ainda com ele no banco, no clássico, aquela falta de vergonha na cara não se repetiu nos dois últimos jogos. Então não podemos dizer aqui que a “vontade” apresentada no Mineirão tenha sido um fator decorrente da contratação de Argel. Mas isso deixa o torcedor um pouco mais esperançoso porque, em não havendo muitas chances de título nacional, essa equipe pode prosperar e, embalando, ter condições de fazer pela Copa do Brasil a conquista de uma taça de peso combinado com a vaga para a Libertadores do próximo ano. O que precisa é recuperar aquela “liga” perdida nos confrontos com o Tigres. Antes, muitos daqueles lances de perigo teriam se convertido em gol. Coisa de “falta de liga”.
Se no início as projeções eram outras, o Tricolor entra no segundo turno com pretensões maiores que toda crônica apontava. Manter esse foco, essa entrega, essa “liga”, tudo junto pode fazer desse time um aspirante ao caneco. Uma vaga na Libertadores já é bem possível. Enquanto no Colorado, o momento é de recuperar a auto-estima, afastar as dúvidas colocadas sobre esse grupo para tentar, ao menos, terminar o campeonato brasileiro com honra, fazendo da Copa do Brasil o alicerce da temporada. O título de campeão se tornou improvável, mas uma vaga no G-4, devido oscilações bem conhecidas, ainda é alcançável.

Pitacos:

- Se o Grêmio é a grande surpresa entre os grandes correndo por fora, Galo e Corinthians são os favoritos;
- O CA Mineiro somou resultados ruins no fim do turno, mas tem uma equipe qualificada para voltar ao topo;
- Fluminense, Palmeiras e São Paulo, assim como o Grêmio, também correm por fora agora;
- Sport, CA Paranaense e Chapecoense, sem sombra de dúvidas, são as gratas surpresas fora o quadro dos times mais tradicionais do país;
- A Ponte Preta vem fazendo um bom papel e soube no início somar uma quantidade considerável de pontos;
- Mas ainda assiste um perigo de rebaixamento;
- O Flamengo não é uma “decepção” como vem sendo Santos, Inter e Cruzeiro, mas é um gigante na parte inferior da tabela que merece ser citado;
- Sem Robinho, o time da Vila Belmiro perdeu muito;
- Cruzeiro e Inter estão devendo demais;
- Figueirense, Avaí, Goiás, Coritiba, Joinville e Vasco devem ser brigar até o fim pra não cair;
- Até essa rodada eu ainda acreditava que, pela tradição e pela história, o Gigante da Colina ainda escaparia;
- Mas a derrota em casa para o Coxa do jeito que aconteceu tirou essa idéia até dos mais otimistas.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Rodada #18 Br-15

Necessário e espetacular

O Inter precisava vencer o Fluminense em casa depois do vexame da última rodada diante o maior dérbi do país. E venceu. No outro dia, o time do Grêmio mediu forças com a melhor equipe do campeonato longe da Arena e voltou para Porto Alegre com três pontos. 
A torcida Colorada acompanhou atentamente todo o desdobramento deste fatídico episódio pós 5x0. Humilhado, alguns até revoltados estavam ansiosos para ver o comportamento de um dos elencos apontados pela crônica como dos mais qualificados no Brasil que acabou sucumbindo em seus projetos mais importantes da temporada em menos de um mês.

Vitória providencial

Mas o Inter não jogou bem. Com o perdão da palavra, o time entrou em campo “todo cagado”. Não faltou disposição, mas era visível que o Fluminense venceria o jogo na hora que quisesse. Depois de um primeiro tempo horrível de lado a lado, o time carioca cometeu seu segundo erro, agora em caráter individual. Se coletivamente a equipe não fez a pressão necessária para a bola queimar ainda mais nos pés dos jogadores do Internacional, no início da segunda etapa Marcos Junior deu “uma força” providencial. A expulsão juvenil do atleta mudou o panorama do confronto.
Alex até tentou devolver a vantagem para o time visitante. Sobrou vontade e sorte, faltou experiência. Devia ser expulso naquela entrada criminosa em Pierre. Beneficiado pela omissão da arbitragem, o Colorado tomou confiança, pressionou e fez valer a estigma de que time grande você mata quando pode. O Fluminense não o fez quando pôde (por preguiça) e perdeu a chance de somar três pontos em Porto Alegre.

Inter respira dentro de crise 

Valeu pelo empenho, pela entrega, pelo gol esquisito que nem devia ter entrado. O Inter tem assim um saldo de oxigênio para respirar um pouco. Nada apaga a frustração do seu torcedor, a corneta incessante do rival e a crítica ferrenha da imprensa. Mas assegura um gás ao trabalho que foi colocado em dúvida após tudo que aconteceu. A primeira medida “exigindo” uma preparação física mais intensa defendida pela direção, é o alicerce da retomada pelo auto-respeito. Agora é esperar para ver se estavam certos.
Um baita resultado acompanhado da atuação mais surpreendente da temporada pelo lado Tricolor! Mais que no clássico? Sim mais do que no Gre-Nal. Isso porque no Gre-Nal só ele, o Grêmio, jogou. Contra o Galo os comandados de Roger deram um verdadeiro show em organização e aplicação tática contra um adversário duríssimo.

Giuliano e Douglas, afinidade de encher os olhos

Giuliano é diferenciado. Fez ele uma das melhores partidas individuais no ano. O que dizer de Douglas então? Queimando literalmente a minha língua, o meio-campista foi o maestro que arquitetou a vitória. Se apresentando, aparecendo para o jogo, foi mais do que foi tem muito tempo. O goleiro M. Grohe foi fundamental! Seguro, confiante e pronto para defender as cores do clube, tira nesta atuação muito da desconfiança que pairava sobre ele.
Entretanto, registre-se que o merecimento é do grupo. Roger é o engenheiro desta maquete antes formulada pra não cair, que depois fez sonhar por um G-4 e agora, e porque não, passa a creditar o time para brigar pelo título! O tamanho do Grêmio, um dos mais tradicionais deste país, não nos permite fazer um comparativo desproporcional como se fosse algo épico. Contudo, o CA Mineiro é o maior aspirante ao caneco. Derrotá-lo em Minas, com tamanha imposição (até porque o Galo jogou muito, não foi uma derrota por omissão), merece sim o adjetivo “espetacular”.

Cada vez mais sólido

Agora é a vez do Inter viajar para Minas, mas o adversário é o Cruzeiro. Surrado pelo candidato ao descenso Joinville, a raposa precisa dar uma resposta ao seu torcedor dentro de sua casa, enquanto o Colorado não pode perder neste momento sob pena de “aguçar com uma faísca” esse “poço de gasolina pronto para explodir” que virou o Beira-Rio.
Na Arena, o Grêmio recebe o mesmo Joinville que derrotou o Cruzeiro. Em ascensão, os catarinenses acumulam bons resultados em sequencia. Alcançar um empate na capital gaúcha é tudo que PC Gusmão quer. Mas a fase do Grêmio, os pés no chão de Roger (que disse “alegria e calma” ontem na coletiva de maneira brilhante) e o entendimento do grupo que é sim possível chegar lá, possivelmente vão garantir mais três pontos e calar ainda mais a boca (inclusive a minha) de quem pretendeu dizer que este time se resumiria a lutar contra eventual rebaixamento.

Pitacos:

- Argel, ex-zagueiro Colorado, é o novo comandante do Inter;
- Ruim para os dois, só resta torcer;
- Não foi bom para Argel porque (apesar da direção ter recuado no que diz respeito ao contrato) dificilmente terá a sequencia que Roger teve no Grêmio;
- A idéia era um treinador “tampão” até o fim deste ano;
- Para o Inter, o momento era de um treinador casca-grossa, rodado e pronto para suportar essa pressão. Isso porque qualquer derrota vai criar um clima extremamente desfavorável;
- Tomara queime minha língua e, assim como aconteceu no Tricolor, um técnico jovem, emergente, ex-jogador e identificado pela torcida, encontre a sintonia do time;
- Alisson foi convocado para a seleção merecidamente;
- Do mesmo jeito como em outrora M. Grohe também foi;
- Assim a escola de bons goleiros do futebol gaúcho segue em alta.

Saudações Coloradas

Imagens: Correio do Povo, LanceNet e ClicRBS. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Rodada #17 Br-15

Goleada histórica

O Grêmio aplicou 5x0 no Inter. Não bastasse o placar histórico, não bastasse a alma lavada dos Gremistas, não bastasse o vexame Colorado logo após o fim do sonho da Libertadores... o que se viu na Arena foi um resultado construído ao natural. Isso é assustador porque quando uma “aberração” é vista dentro de campo, a proposta é sempre passar uma borracha justificando como algo atípico. Mas foi longe disso.
Os donos da casa na partida de ontem tem um time arrumado, certinho. O Tricolor não tem uma equipe espetacular, mas somado sua organização com a faca entre os dentes que se viu na cancha, o seu maior rival virou presa fácil.

Histórico

Aquele 2x0 no primeiro tempo saiu barato. Marcando de longe (exceto por R. Dourado), sem dar uma chegada, uma apertada sequer, de nada adiantou formar uma postura tática tão defensiva. A verdade é que o Colorado perdeu a liga. Lesões e vários outros fatores desmontaram o bom time de Aguirre.
Não se demite treinador vésperas de um clássico. Se a decisão fosse realmente esta, deveria ter sido feito no desembarque da viagem do México. Uma ação da direção que entregou a cabeça do próprio time em uma bandeja para o Grêmio neste Gre-Nal.
Taticamente nem tem o que comentar. Parecia luta de boxe contra um sparring. Abatido, sem reação, o Internacional se apequenou em campo. Foi massacrado de maneira tão natural que nem o Gremista mais otimista, nem o Colorado mais pessimista, podia acreditar no que estava assistindo.

Vexatório

O Tricolor vai colher os louros deste “campeonato à parte” que é um clássico por um bom lapso de tempo. Seu torcedor está nas alturas com o ego massageado, pronto por coisas maiores. O grupo precisa assimilar este resultado como motivação, não como a conquista de algo por si só, auto-suficiente. Já o Inter tem de juntar os cacos, repensar tudo com imediatismo num processo perigosíssimo em caráter urgente. Perigoso porque tudo que é feito sem planejamento tende ser mais caro, arriscado de virar um trauma ainda maior.

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A queda de Aguirre

Treinador Colorado é demitido vésperas do Gre-Nal

O uruguaio Diego Aguirre termina seu primeiro ciclo no Internacional como treinador com o título estadual, uma semifinal de Libertadores e a décima colocação no Campeonato Brasileiro em dezesseis rodadas disputadas.
Depois de Tite acertar com o Corinthians no início da temporada, Abel não aceitou ser a segunda opção da nova direção e os dirigentes saíram em busca de um novo nome no mercado. Muitos foram contatados, inclusive Luxemburgo, então técnico do Flamengo, que rechaçou o convite. Apalavrado com o Peñarol, Diego Aguirre voltou atrás e fechou com o Colorado. Algo feito em cima da hora sem maiores planejamentos! Nem plano “A”, nem plano “B”, aquilo que foi possível. Um tom de desconfiança sobre o futuro do time sob seu comando pairava no ar.
Logo no início o primeiro problema... após uma pré-temporada inteira com três volantes no time titular, Willians foi negociado com o Cruzeiro antes mesmo da temporada regular começar. Aguirre sofreu até encontrar um time ideal depois disso. Inventou muito e não agradava ninguém. As contratações que chegaram para resolver não resolviam, dando espaços para garotos que ganhavam destaque na equipe.

Jovens valores entre os titulares, a marca do treinador

Depois de um empate com o Emelec longe do Beira-Rio com um homem a mais, todos achavam que chegava ao fim a passagem dele pelo clube. A direção bancou e, mantido no cargo, o time foi evoluindo. Lembro de Aguirre pedir trinta dias para deixar o Inter como ele queria. Dentro deste prazo o Colorado passou a vencer “convencendo”.
Na verdade, “resultado” não foi problema para o treinador no início dos trabalhos. O torcedor e a crônica questionavam a falta de “encaixe”, vitórias convincentes. Ele “inventava muito”, aplicou um tal “rodízio de jogadores” e contradizia algumas máximas enraizadas na cultura do nosso futebol. Com o elenco recheado de nomes de peso, garotos voando em campo, ninguém ficava de fora. Todo mundo pintava hora menos hora. 
A crítica JAMAIS aliviou, mas o torcedor fechou com Aguirre. Embates importantes na reta final da primeira fase combinado com resultados de outras chaves garantiram ao Internacional de maneira improvável a melhor campanha dentre os brasileiros, terceira no geral. O título regional em cima do rival dava ainda mais forças a esse novo método, esse novo entendimento.

Técnico caiu no gosto do torcedor Colorado, nunca da crônica

Aí vieram as lesões. A parada para a Copa América e uma aposta muito alta do técnico uruguaio. Que aposta foi essa? Acreditando na recuperação de seus comandados, trabalhou no Brasileirão com todo mundo. Revezou em todos os sentidos, segurando titulares para evitar novas lesões. A falta de resultados colocou em dúvida seu método, mas a classificação para as semifinais da Libertadores garantiam suas convicções.
O campeonato nacional é pesado, pesado demais! Enquanto o torcedor acreditava ter o Inter dois times, a realidade mostrou que não era bem assim. O adversário que se apresentava investia 80 milhões para encarar o Internacional, enquanto Diego Aguirre preparava seu grupo para o primeiro embate de mata-mata que não seria decidido em Porto Alegre. Mas os garotos, aqueles que todo mundo aplaudia e ovacionava, sentiram. Um início arrasador na primeira partida, aquela “blitz” de encher os olhos! 2x0 em poucos minutos e o sonho de chegar na final para lutar pelo Tri da América se tornando realidade. O fim desta história todos nós conhecemos. De repente, o único erro do técnico foi deixar Sasha no banco de reservas na partida do México somado ao fato de que Ernando não assumira a lateral esquerda para fechar em cima de Aquino. 
A coerência derrubou Aguirre. Sim, isso mesmo, a coerência lhe traiu. Inventando, dava certo. Sasha vinha de contusão, Gefferson era atleta de seleção, fez o óbvio e foi eliminado. Para alguns era bruxaria ou sorte. Outros entendiam como sendo algo novo, inovador que o futebol brasileiro tanto precisa. Fico com a segunda teoria.

Uma aposta alta que custou caro

Alguns aspectos importantes merecem atenção. Já falamos das inúmeras contusões entre o segundo jogo contra o Santa Fé e a primeira partida diante o Tigres. Comentamos também que Aguirre foi previsível na escalação do jogo de volta no México. Teve a saída “repentina” de J. Henrique para o Vasco. Atleta que ele pediu permanecesse após proposta do Avaí, mesmo tendo cometido ato de indisciplina. 
Além disso, o Inter não vendia um jogador tem muito tempo. A diretoria anterior, acreditando no título brasileiro em 2014, contrariou sua própria política de lucrar com a transferência de, ao menos, dois nomes por ano. Perdeu o título e a eleição (mesmo obtendo a vaga para a Libertadores). Nesta temporada, a nova gestão investiu mais, muito mais. Aránguiz foi mantido por ambas e, falando nele, todo sacrifício para mantê-lo não surtiu efeitos. Agora atrasos em salários foram exteriorizados.
Tite caiu no paulista em casa para o rival, saiu da Libertadores para um time de pouquíssima expressão, mas o Corinthians lhe manteve no cargo. Recuperado depois de perder algumas peças, figura tranquilamente entre os líderes do campeonato nacional. Levir Culpi tem o melhor time do país, mas não passou pelo Inter na competição continental. Mantido a frente do Galo, é líder do Campeonato Nacional. A direção entende que “um fato novo”, como fez o Grêmio, pode oxigenar as coisas e fazer acontecer.

Especula-se O. de Oliveira como novo comandante Colorado

Diferente do Tricolor, o Inter já tinha um técnico de conceitos novos. Lá, Felipão estava defasado, “culpando” esse e aquele pelos resultados ruins, falando demais da política desta diretoria. Roger era o novo não o “fato novo”. Parece que o Inter vai em busca de um fato novo com o jeito velho de fazer futebol.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Rodada #16 Br-15

Resultados ruins antecedem o clássico

O Grêmio perdeu para o Fluminense no sábado em um encontro repleto de polêmicas. Os Tricolores reclamam da arbitragem que, segundo eles, favoreceu o time da casa. Já o Inter não saiu do 0x0 dentro do Beira-Rio diante a Chapecoense. Pressão para o lado Colorado e principalmente sobre D. Aguirre.
A reclamação Gremista procede. Mas não foi determinante. O próprio interino, após o jogo, confessou que a falta de precisão nos arremates a gol tirou de sua equipe a possibilidade de, ao menos, empatar. Mas é válido toda manifestação! Esse mesmo Fluminense fez isso dias atrás e a arbitragem “parece” ter assimilado o peso destas críticas. Não estou afirmando aqui erros propositais, mas sim, a adoção de “pesos e medidas” diferentes ao marcar os lances.

Diretoria ficou na bronca

No Internacional Sasha e Valdívia juntos em campo. O buraco gigantesco na meia teve de ser suprimida na segunda etapa com a entrada de Wellington. Anderson não é exímio marcador, D’Alessandro não tem condições de recompor para atender essa lacuna e R. Dourado não vai conseguir bloquear sozinho, é humanamente impossível. O certo é que faltou um pouco de sorte, mas sobrou competência ao goleiro Alisson para as coisas não terem sido pior.

Agora é GRE-NAL!

Uma semana cheia para os principais clubes de futebol do Rio Grande do Sul se preparar. Pelo momento e fator local, o Tricolor chega favorito. Uma vitória no clássico pode custar o cargo do comandante técnico Colorado. Por isso, eu não acredito que a formação “tão pedida” pela crônica e a maioria dos torcedores que vimos diante a Chapecoense vai se repetir no domingo. 

Reapresentação e muito treino!

Acredito em um Inter formado com uma linha de quatro homens atrás, mantendo Ernando na lateral. Na cabeça de área dois volantes de ofício (Wellington e R. Dourado). Ainda no meio-campo entendo que o treinador comece com Ânderson centralizado, D’Alessadro aberto na esquerda e Sasha pela direita. Lisandro deve ser o fixo no ataque. 
Sabendo disso, Roger não pode dar bobeira! Sem Walace e com Erazo ao lado de P. Geromel, o técnico deve povoar a meia cancha. O provável 4-5-1 Colorado acredito será combatido com o mesmo esquema. Resta saber “qual Douglas” entrará em campo: aquele que surpreendeu muita gente voltando para dar combate ou o outro que corre com um “bicho-preguiça” nas costas? Fernandinho é a opção caso ele não corresponda. Tem tudo para ser o jogo de Luan (se não se esconder) e P. Rocha (mas não pode perder um gol igual este que deixou de fazer no Maracanã).

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com e site do Inter

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Já vai tarde!

Charles Aránguiz, a grande decepção

O chileno Aránguiz está de saída do Internacional. Um nome de impacto que tinha tudo para se tornar ídolo na história Colorada. Trazido em investimento raro para os padrões locais e que sai agora sem deixar nenhuma saudade no torcedor.
Desde o Gauchão de 2014 ele se esconde da bola. Tá certo que passou por duas lesões, uma em cima da outra após o Mundial de Seleções, mas suas participações no time de seu país afastam a possibilidade de estar rendendo pouco por jogar contundido (no sacrifício). 

Melhor jogador do Estadual de 2014

Desde muito tempo fala em sair, só dá entrevista referindo-se a Europa, Europa, Europa... é direito querer crescer profissionalmente, mas o juízo de valor aqui é outro. Não estava com a cabeça no Inter e vinha fazendo o "feijão com arroz" meramente para cumprir seu contrato. A excepcionalidade que se esperava durou menos que o preço pago, uma compensação financeira relevante para os cofres mas que na cancha se resumiu a um jogador comum. Em outras palavras, "forçou" a saída do Clube. Na minha singela opinião só fez "corpo mole" e assim vai ser lembrado. 
Relativizo um pouco as coisas em relação a veteranos e todos os demais que "não largariam o Internacional por estar em baixa ou dificilmente receberiam os mesmo salários em outros lugares", da mesma maneira que a sensação de tempos atrás em que "qualquer jogador valorizava o fato de estar no Colorado e chorava no momento de sair", merece um adendo aqui. Não podemos ser inocentes! Nenhum nem outro! 

Faltou foco, faltou respeito com o SC Internacional e toda sua torcida

Aránguiz, na verdade, foi o extremo contrário da ética em um esporte de alto nível. Não descumpriu seu contrato, claro, mas moralmente deixa uma dívida de não ter rendido 100% do que podia na maior parte do tempo que esteve vestindo a camisa vermelha do Inter. Nesta tecla temos que bater bastante! 
Ninguém tem culpa disso senão ele próprio. Uns apontam a diretoria, outros colocam a conta nas costas dos treinadores que passaram. Ao menos eu não entendo assim. Tá certo que atletas não "amam a camisa que defendem". Podem até respeitar (isso pra mim é uma obrigação ética), porque "amor" é a família, depois a preocupação secundária está em seus projetos pessoais, seus sonhos, e por último, o tal respeito pelo time que me referi. 
Entendo que "amor pelo clube" temos nós associados, apaixonados incondicionais que torcemos pelo clube do coração. Alguns dirigentes voluntários e investidores abnegados estão neste mesmo rol. Isso porque atletas e membros da comissão técnica são profissionais do futebol. Não devemos confundir uma coisa com a outra, nem esperar atitude adversa destes. 

Um jogador de seleção totalmente diferente daquele se apresentava no clube

O que faltou a Aránguiz então? Respeito pelo clube... sobrou interesse pessoal (egoísmo) em sua passagem pelo Brasil. 
Imagino o time agora que não medirá esforços para contratá-lo junto ao Inter, acreditando melhorar seu plantel, assistir dois meses de bom futebol do chileno. Empolgar-se, acreditar no chileno! Então valoriza-o no mercado chamando a atenção de um ou de vários gigantes do velho continente, para depois ter esse cara se arrastando em campo por 1 ano e meio ou 2 até que um novo contrato, em outro clube, seja firmado com mais vantagens para si. Esse "prejuízo" para quem acreditou em seu potencial e faz de tudo para contratar não se paga. 
É uma BAITA sacanagem!!!

Saudações Coloradas

Imagens: Globo Esporte e Portal "O Sul"

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Rodada #15 Br-15

Empates não convencem, mas...

Os dois gaúchos da Série A somaram um ponto cada um. O Tricolor empatou com o bom Sport Recife em casa e o Colorado não saiu do zero com a Ponte Preta no interior de São Paulo.
O resultado na Arena retomou a pauta da "falta de peças". Enquanto em 2014 o time contava com um bom centroavante, a armação era deficitária. Nesse ano o grupo não tem Barcos ou Moreno, mas possui volume de jogo para chegar na área constantemente. A defesa estava relativamente sólida. A saída de Rhodolfo vai diminuir a qualidade lá atrás.

Qual é a obrigação do Grêmio em 2015?

Repito aqui no Blog, insisto! O Grêmio montou um time pra não ser rebaixado e está entre os líderes brigando por uma vaga na Libertadores. O objetivo é, além de não cair, colocar o caixa em dia e assumir a gestão do estádio. Se a vaga no G-4 vier, ótimo, se não dar certo, o planejamento deve ser mantido mesmo assim. Óbvio que todo este sacrifício contrapõe a história do clube que deveria estar lutando pelo título, entretanto, é fundamental agora que as contas estão apertadas se dê um passo para trás. Ao menos até agora, o resultado veio melhor que a encomenda. 
A vaga na final da Taça Libertadores fugiu dentre os dedos do Inter. Todos no Beira-Rio contavam com a decisão sonhando com o Tri da América e todos os frutos naturais desta façanha. Período para lamber as feridas, reencontrar o rumo e rever alguns conceitos. 

Aránguiz deve sair

O que já era intenso mesmo disputando o caneco mais importante do continente, passa ser muito mais forte! A crônica não vai aliviar e Aguirre tende a balançar mesmo não perdendo em Campinas. A próxima partida em casa diante a Chapecoense já é importante, imagine o clássico da 17ª rodada?

E agora?

O Gre-Nal que se aproxima vem em pior hora para o Inter. Com aproximadamente 7 milhões em prejuízo após a eliminação na Libertadores, poucas vendas de alta receita nos últimos tempos e uma dívida aparentemente acumulada, três ou até quatro jogadores em potencial devem deixar o Colorado. Roger sabe das limitações de seu elenco, bem como, do momento delicado vivido no lado vermelho. Permanecendo blindado com uma campanha razoável, sabe que o treinador do Internacional precisa desesperadamente de duas vitórias seguidas, ou ao menos, quatro pontos para se manter no cargo. O Grêmio não teme uma mudança brusca na sua caminhada mesmo com um resultado eventualmente ruim no dia 09 do mês que vem. Essa pode ser a carta na manga para trabalhar uma pressão para cima do seu rival. Um jogo que promete muito, apesar de ambos ter de cumprir compromissos neste fim de semana que antecede o Gre-Nal. 
A expectativa é grande e já começa a pesar!

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

quinta-feira, 23 de julho de 2015

"Tigres" fora do Rio Grande

Grêmio é eficiente para seguir vivo na Copa do Brasil e Inter é eliminado da Taça Libertadores

Na terça-feira o Tricolor venceu o Criciúma no tempo normal, depois nos pênaltis. Não foi brilhante, mas voltou a ser eficiente como antes. Já o Colorado não viu a cor da bola no México na noite de ontem. O time de D. Aguirre retorna sem conquistar a vaga na final e se volta para as competições nacionais.
O time gremista entrou em campo pressionado. Naturalmente favorito nesse embate contra uma equipe da série de acesso, tratou logo de abrir o placar. Os donos da casa tiveram chances. Criaram, ao menos, duas boas oportunidades para empatar ao longo da partida. Do outro lado, os gaúchos também assustavam. Luan quase sacramentou tudo no tempo regulamentar. O resultado igual da partida de ida levou a decisão para as penalidades máximas e M. Grohe foi decisivo novamente.

Goleiro gremista foi o herói da noite

Chamou atenção a maturidade de um time limitado, mas consciente de seu papel. Os comandados de Roger se posicionaram diante um oponente embalado por resultados significativos que perante sua torcida e pela vantagem obtida em Porto Alegre, poderia surpreender a todos com uma classificação. Diante deste cenário, o Grêmio foi o que deve ser: um time grande. Se não impôs seu futebol, atropelando um adversário inferior tecnicamente, se apresentou eficiente de novo, assim como vinha fazendo nos últimos compromissos pelo Brasileirão.
Na quarta-feira, o estádio Universitário incendiado pelo calor do ambiente, por mais de 40 mil torcedores e um time muito forte, se tornou palco da eliminação da última equipe brasileira no certame continental. Aliás, o Internacional parece que nem havia entrado em campo tamanha dispersão tática. 3x1 saiu barato demais! Exceto Alisson e R. Dourado, o resto da equipe ficou devendo. Não faltou empenho, os jogadores correram muito. Porém, a equipe gaúcha foi presa fácil para o Tigres que agora enfrenta o River Plate na decisão.

R. Sóbis comemora a vaga em cima de seu ex-time

Verdades sejam ditas! Primeira delas é que a campanha foi boa, garotos foram lançados na competição em uma tentativa “válida” de focar a disputa da Libertadores em detrimento do Brasileirão, mas seguiu em frente o melhor time. Segundo, os 80 milhões investidos fizeram diferença. Aquino e Gignac (por exemplo) estão acima da média se comparado com os demais atletas inscritos nesta edição da Libertadores. Terceiro que Willian, Valdívia e principalmente Gefferson sentiram o peso da decisão, mas são garotos ainda (pratas da casa) e devem ser blindados agora pela comissão técnica e toda diretoria. Quarto, medalhões como D’Alessandro, Nilmar, Juan, Lisandro e Aránguiz não podem sentir tanto um jogo desses. Faltou chamarem a responsabilidade para si. O único que fez isso foi Sasha quando entrou, só que era tarde demais.
As lições que ficam na passagem dos dois “Tigres” pelo Rio Grande do Sul são três ao todo, uma para o Grêmio e duas para o Inter. No lado Tricolor é evidente que a torcida espera, anseia por coisa maior. A Copa do Brasil é a “menina dos olhos” da temporada. O que não pode acontecer é a humildade se perder e a entrega de seus atletas dar lugar ao “sapato alto” da semana passada na Arena. Lutando, esse grupo pode chegar lá, se apresentando de outra maneira é fraco. A falta de comprometimento pode colocar tudo a perder e seu resgate garantiu a classificação. Essa vontade de vencer resgatada diante o Criciúma em Santa Catarina aliada com aplicação tática fazem do Grêmio de Roger mais do que todos esperavam nesse ano.

A direção manterá o grupo ou haverá desmanche?

Já no lado Colorado, o grupo precisa entender que sonhar e acreditar em alguma coisa são sentimentos diferentes. Sonhar com algo é bom, dá ânimo em lutar por algo maior lá na frente porque o objetivo se torna o alicerce do trabalho. Acreditar dá demasiadamente confiança e, às vezes, confiança demais derruba tudo. Em as coisas saindo do “planejado”, daquilo que se acredita acontecer, mesmo que por um pequeno instante, o traçado tende a desandar exatamente como aconteceu depois do primeiro gol do Tigres.
Outra lição fica registrada para o bom treinador D. Aguirre! Sempre “incoerente” nas suas escalações contra tudo e contra todos, ao ser coerente ontem acabou eliminado. Sasha não vinha jogando, óbvio, “coerente” esperar ele no banco como foi. Entretanto, sem o jovem atacante esse time perde recomposição porque junto a R. Dourado, os dois são as peças mais importantes taticamente que o Inter teve ao longo deste ano. Outro exemplo dessa mesma lição é Gefferson! Titular, lateral de seleção, óbvio teria de ser escalado para iniciar a partida. Ernando naquela “loucura aparente” de fechar o lado esquerdo, contudo, não teria tomado tantas bolas nas costas se lá tivesse deslocado com A. Costa e Juan fazendo a dupla de zaga. A coerência de D. Aguirre ontem foi “incoerente”. Suas invenções fizeram parte dos melhores momentos do seu time em 2015 e no México parece ter se esquecido disso.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal Vavel, FoxSports e Globo.com

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Rodada #14 Br-15

A crítica de resultado

Não pretendo falar dos jogos em si, mas sim dos reflexos na crônica especializada depois da décima quarta rodada do Certame Nacional. Renan foi determinante e seus erros garantiram a vitória Colorada. Já a estrela de Guerrero continua brilhando, seu gol sacramentou a vitória do Flamengo sobre o Tricolor.
Inexplicável, exceto algumas perseguições muito bem definidas, como alguns "entendidos da bola" se manifestam a cada partida, criando esse "terror" na mídia futebolística. Até ontem, D. Aguirre era o pior treinador do mundo e seu sistema de rodízio, marcação no ataque e esquema de jogo estavam "enterrando" o Internacional. Bastou a vitória no confronto semifinal de ida pela Libertadores e dois resultados positivos no Brasileirão para agora ninguém falar mais nada à respeito.

Perseguição implacável contra D. Aguirre desde sua chegada3

No Grêmio, Roger era o ícone da recuperação. Responsável pelo dinamismo de um time que fazia das suas qualidades o alicerce determinante para estancar as limitações do elenco, era só elogios. Agora não serve! Exige-se o centro-avante e o planejamento do clube está fadado ao fracasso.
O comentarista, ex-jogador e ex-treinador Mário Sérgio, declarou para quem quisesse escutar que a imprensa gaúcha prejudica o trabalho na dupla Gre-Nal. Com histórico como atleta e técnico em Porto Alegre, sabe como ninguém quanto o sensacionalismo exacerbado dos cronistas de esporte do Rio Grande do Sul é em muitas vezes desmedida, incoerente e parcial.
Me parece que o torcedor sente seu time de coração perseguido pelo veículo "A" ou "B". Na verdade, ninguém é perseguido. O que acontece é a exploração do resultado, o esgotamento da tragédia ou até mesmo a criação do pelo em ovo por coisa que não existe. Teorias que de conspiração não tem nada e só visam causar irritação no leitor combinado com a vontade de acessar o site, comprar o jornal, escutar no rádio ou ver na televisão. Tudo que gera lucro.

Mesmo fazendo um grande trabalho, Roger não é mais poupado pela crônica gaúcha

O fato é que isso está passando do limite do tolerável! A informação está cada vez mais atrelada a vícios criando uma ilusão errada no público (torcedor). A ideia se retorce prejudicando SIM os ambientes internos. Uma polêmica desnecessária, "fofocas" altamente prejudiciais.
Blindar um vestiário é uma missão ingrata. Nada é mais difícil do que lidar com os egos, todo interesse financeiro e a vontade dessa gente que vive ao entorno do contexto. Boleiro é um negócio complicado.
A situação não se restringe ao Rio Grande do Sul, mas sem sombra de dúvida é o que mais atrapalha os times do próprio estado. E o Inter? E o Grêmio? Rebater é pior... cabe ao público deixar eles falando sozinhos. Desculpem o desabafo, mas não temos outra posição além dessa.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal Goal e 

Obs.: Sugestão de leitura: "O jornalismo sensacionalista na imprensa sul-rio-grandense: uma proposta de codificação de genêro": Dissertação de Mestrado de Fábio Antônio Flores Rausch, disponível em http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/2219?locale=pt_BR

quinta-feira, 16 de julho de 2015

"Tigres" no Rio Grande

Copa do Brasil e Libertadores em pauta

O time do Criciúma venceu o Grêmio na terça-feira. Um "Tigre" catarinense disposto e muito focado em campo, fez grande partida na Arena e mereceu a vitória. Já a equipe do Inter derrotou o "Tigres" do México. Mesmo levando um sufoco no primeiro tempo e não ter ampliado o placar no segundo, viaja com vantagem em busca de uma vaga na final.
Pela Copa do Brasil, o Tricolor recebeu um adversário indigesto. Os comandados por Petkovic surpreenderam até o próprio treinador deles que havia declarado um favoritismo absoluto dos Gremistas antes do jogo. Parecia que o Criciúma era o Grêmio! Dedicado, aplicado taticamente e ligado nos lances como se tivessem disputando uma final de Copa do Mundo, igualmente os gaúchos vinham fazendo no Brasileirão, envolveram o Grêmio e fizeram o placar.

Vitória do Tigre

O time de Roger parecia outro. Entregue, conformado, transparecia a noção de que os jogadores em campo acreditavam vencer o confronto quando quisessem. Esse 1x0 saiu barato! Os donos da casa até criaram, mas as principais chances foram dos visitantes. Lucca deitou nas costas de Galhardo e Douglas não rendeu, até por isso foi substituído com vaias da torcida.
Depois disso, na Libertadores, o Beira-Rio lotado empurrou o Inter para cima do adversário. Em poucos minutos a pressão gerou dois gols. O Tigres totalmente encurralado e sufocado não conseguia sair do campo de defesa. Tudo levava crer que a fatura seria liquidada ali. Até que em um lance despretensioso, os mexicanos descontaram. Sóbis descobriu uma avenida nas costas de Geferson e indicou as jogadas por lá. Alisson salvou o time do Brasil de sofrer o empate duas vezes.

Derrota do Tigres

Na etapa complementar, justa expulsão! Segundo cartão amarelo de Ayala e tivemos 30 minutos para o Colorado ampliar a vantagem. A boa equipe do México, mesmo com um a menos na cancha, soube neutralizar o ímpeto brasileiro. Duas chances com Lisandro. Nada mais.
Apesar da derrota, o Grêmio é franco favorito para voltar classificado de Santa Catarina. O oponente está na Série B e, tecnicamente, é demasiadamente inferior. Basta o time de Roger se dedicar como antes, com o mesmo respeito que vinha encarando os compromissos do Brasileirão. Mesmo perdendo em Porto Alegre, o Tigres relativizou tudo com o gol marcado fora. Em seus domínios esse time reverteu os placares adversos para chegar nessa semifinal. O atacante Gignac é muito bom, faz a diferença. Trata-se de um atleta acima da média dos demais que disputam a Taça Libertadores, além de toda uma equipe de qualidade ao seu lado. O Inter tem boas chances, mas tem uma parada muito dura para encarar na próxima semana.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Rodada #13 Br-15

Recuperação

Os times gaúchos se recuperaram das derrotas acumuladas na 12ª rodada. Ambos somaram 3 pontos cada neste final de semana. O Grêmio não fez um grande jogo, mas a eficiência da equipe está mantendo o time em um patamar de aproveitamento de tirar o chapéu. Em Joinville, o Inter passou fácil pelos donos da casa mesmo com um time repleto de suplentes. Não podemos tirar os méritos dos Colorados, contudo, os donos da casa não tem qualidade alguma para disputar a Série A.
Na Arena um confronto interessante. O Vasco estreando (ou reestreando) muita gente. Uma proposta defensiva bem definida dificultou as coisas para o Tricolor na primeira etapa. Faltou velocidade ao time Porto-Alegrense, um ímpeto mais ousado para fazer prevalecer o fator local. Mesmo assim, as melhores chances passaram pelos pés Gremistas.

Comemoração já virou símbolo

No segundo tempo, depois de insistir bastante, um gol contra em favor do Grêmio. Ampliar foi questão de tempo. Grande jogada de Giuliano colocando P. Rocha na cara do goleiro carioca. Marcando 2x0 a fatura estava liquidada. Um Vasco covarde, extremamente defensivo bem ao estilo de C. Roth, não soube explorar a qualidade técnica de nomes como Andrezinho e Dagoberto. Enquanto isso, os comandados de Roger não deixam abalar a confiança de um time que, mesmo não sendo brilhante, venceu com total merecimento.
Em Joinville, o JEC vinha de vitória sobre o Figueira fora de casa. A torcida estava motivada, crente na recuperação do time na tabela. Do outro lado uma equipe pressionada pela posição incômoda, mas totalmente focada no compromisso do meio de semana. Nem isso foi suficiente para abalar a equipe montada por D. Aguirre. Nem serviu de alicerce para o adversário se impor.

Pênalti polêmico ajudou gaúchos matar o jogo

Verdade seja dita... com todo respeito aos catarinenses, mas o JEC não tem as mínimas condições de disputar o Brasileirão na divisão principal. A limitação é gigantesca! Para piorar, a arbitragem favoreceu o Inter que, não tem nada haver com isso, aproveitou para matar o jogo no primeiro tempo, administrou tudo nos 45 minutos finais. Destaque para o retorno de Sasha. Mesmo sem ritmo, será peça fundamental na continuação da temporada.
A dupla Gre-Nal encara dois tigres agora. O Tricolor enfrenta o catarinense pela Copa do Brasil, já o Colorado, depois de tanto tempo, recebe o time mexicano em casa na primeira decisão valendo vaga na final da Libertadores. Uma semana de “verdades”! O Grêmio perdeu atletas importantes por lesão e outros devem sair devido as negociações extra-campo. Como o treinador vai se virar sem Rodholfo, Galhardo e outros mais? No Beira-Rio, Já o Inter procura provar (ou não) que seu planejamento foi acertado. Depois de abdicar de tudo no Campeonato Brasileiro, chegou a hora de conhecer a verdade.

Pitacos:

- É difícil ganhar da Ponte Preta em Campinas;
- Mas o Galo Mineiro sobrou em campo;
- Começa pintar a principal força pelo título nacional;
- Não acredito no Palmeiras;
- Em minha opinião não chega nem no G-4;
- O Corinthians melhorou significativamente;
- Recuperando a confiança esse time pode brigar;
- R. Gaúcho fechou com o Fluminense;
- Discutir a qualidade de quem foi melhor do mundo é bobagem;
- Mas ali a galera encarnou o espírito liderado por Fred;
- A presença de R10 pode abalar as coisas nas Laranjeiras?
- Sport, Ponte Preta, CA Paranaense... todos voltando a sua realidade.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com e ClicRBS

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Rodada #12 Br-15

Derrota tem que doer

A frase do treinador Gremista na entrevista coletiva pós-jogo serve para os dois times da dupla Gre-Nal. Ambos perderam seus compromissos ontem. O Grêmio interrompeu a sequencia de bons resultados, enquanto o Inter sofreu o terceiro revés consecutivamente.
Hoje não vou falar das questões táticas destas partidas. Podia falar dos acertos da Chapecoense e do Flamengo, tanto quanto dos equívocos dos times gaúchos. Teria muito assunto para debater. Mas eu prefiro falar agora de uma questão menos importante e secundária, contudo, de extrema relevância para a sequencia da temporada: em time grande derrotas podem acontecer, mas "internamente" nunca pode ser aceitável!
Uma coisa é o que a torcida e a crítica pensam, outra é o que o grupo sente.
A verdade é que o elenco do Internacional supervalorizou os resultados na Libertadores. Aquela entrega, aquela gana tão importante de futebol em alto nível sumiu nas partidas do Brasileirão. Seja com os titulares, com os reservas, com equipes mistas... o rodízio de D. Aguirre não é culpado por nada. A situação passa muito mais por atitude, perde quem joga não quem treina. O trabalho é o mesmo, a filosofia não mudou. Agora com essa sequencia negativa vésperas do primeiro jogo semifinal da competição continental, a atitude tem que mudar. O perigo é a falta de confiança que sobrava e agora pode faltar.

Atletas ironizaram as críticas da imprensa

D’Alessandro indicou para a torcida não ouvir rádio e jogar videogame. A direção tentou uma mobilização nas redes sociais para a partida contra o Flamento. O próprio treinador Colorado na coletiva de imprensa mostrou um grande abatimento porque não acreditava no resultado de campo, principalmente no desempenho de seus atletas. L. Lópes, dias atrás, havia se pronunciado falando em foco.
Neste esporte, um time campeão, vencedor, só chega lá porque tem “liga”. O Corinthians perdeu isso e caiu para o Guarani do Paraguai. A crônica especializada do país inteiro colocava os paulistas em um status de potência nacional, acima dos demais. A análise foi correta, o problema é o desempenho que deixa de ser satisfatório quando as coisas simplesmente deixam de acontecer. O primeiro passo para acabar a “liga” de um time é o abalo na confiança. Aquelas coisas que davam certo parece simplesmente não dar mais. Falta sorte, a arbitragem atrapalha, contusões e suspensões tendem a se repetir mais constantemente, enfim.
Ontem ainda, em uma rede social, o meia Douglas do Grêmio respondeu torcedores em sua conta do twitter: “Entra você lá e vai bater, torcedor modinha que só vai na vitória também não me serve”, “Liga para o Roger... Pede pra ele me tirar...”, “Quer alma? Você encontra na sessão espírita”, “Podem xingar à vontade... Boa noite”.  Vejam a semelhança disso com o que D’Alessandro fez. O gringo não jogou nada ontem, essas coisas lhe exigem mais resultado ainda porque a cobrança dobra de tamanho. Não adianta Douglas desdenhar, o mesmo vai acontecer com ele no fim de semana.

Resposta se dá em campo

Roger é macaco velho da bola apesar de jovem na profissão. Conhece as limitações de seu time e sabe que em os seus comandados desfilar em campo de “salto alto”, vai perder a “liga” que encontrou ao substituir Felipão. Uma coisa é blindar tudo para não fazer “terra arrasada” deste 1x0 contra em Chapecó, outra será deixar que seu elenco não “sinta” a derrota.
Em Joinville o Colorado deve mandar seus reservas. Pode figurar na zona de rebaixamento e entrar em campo quarta-feira muito pressionado. Sasha faz muita falta e se voltar junto com a entrega daquele time que eliminou maravilhosamente bem CA Mineiro e Santa Fé, que superou o rival na final do Estadual, terá boas chances de superar o Tigres. 
Já o Grêmio recebe o Vasco. O time carioca está muito mal, mas é grande, adversário de tradição. Se houver a entrega e esta derrota de ontem não abalar o espírito de dedicação da equipe, a vitória vem ao natural. Algo que vai ajudar a não perder este ritmo é a indignação, justamente o que faltou ao grupo do Inter nas últimas semanas.

Saudações Coloradas

Imagens: Twitter

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Rodada #11 Br-15

Virou a gangorra do RS ou é um momento passageiro?

Desde sempre na história do futebol gaúcho é assim... para um dos dois times da dupla Gre-Nal viver um bom momento o outro necessariamente precisa estar mal. Ontem o Grêmio consolidou sua condição de força na edição deste Brasileirão ao vencer o Santos na Vila Belmiro. Já o Inter tomou três em casa do CA Mineiro, deixando o lado vermelho do Rio Grande apreensivo uma semana e meia do compromisso mais importante das últimas quatro temporadas.
O Tricolor está jogando bonito. Uma aplicação tática combinado com uma entrega de encher os olhos. A seriedade é tanta que em certo momento da partida, quando a fatura estava praticamente liquidada, Rhodolfo (salvo engano) deu um esporro no volante Wallace porque o garoto enfeitou desnecessariamente uma jogada no meio de campo que “quase” ofereceu um contra-golpe aos santistas.

Árbitro relatou que foi ameaçado por diretor do Santos

Vitória mais que merecida de um time que foi melhor os 90 minutos. Inconteste! Não é fácil jogar desse jeito na Vila mesmo que o Santos não tenha mais sua referência principal (Robinho). O Grêmio não teve culpa, mas a expulsão injusta de Geovânio teve influência direta no resultado. O árbitro foi flagrado pelas câmeras autorizando o retorno do garoto então atendido fora de campo. Nada que diminua o baita trabalho que Roger vem fazendo e a construção merecida do placar. De repente, não teria sido tão fácil, mas os três pontos seriam alcançados tamanha supremacia dos visitantes.
No Beira-Rio um jogo de dois tempos totalmente distintos. O Inter foi melhor na primeira etapa. Dominou apesar dos riscos que sofreu com os contra-ataques. Parecia que o gol era questão de tempo e o time de D. Aguirre venceria o confronto. Só parecia! Depois de sofrer o primeiro gol no segundo tempo, mais dois saíram ao natural. Nem o tento de L. Lópes descontando em 3x1 no fim amenizou mais uma derrota.

Seis gols em dois jogos! De melhor defesa da competição a um sistema falho

A arbitragem também teve influência direta neste jogo. A expulsão de Ânderson por reclamação mesmo sem ter levado sequer um amarelo de advertência antes do vermelho contou muito para o resultado. Nada que diminua a força do líder na competição que fez uma grande apresentação (principalmente na etapa complementar), esse Galo segue forte como candidato ao título. Mas é certo que os jogadores sabem do “tolerância zero” para reclamações neste ano, ou seja, virar para o bandeira e xingá-lo de filha-da-piiiiiiiiiii, é arriscar alto demais sua permanência em campo.
O torcedor Gremista está em estado de graça e sabe que se os atletas manter a pegada, ao menos uma briga pelo G-4, esse time pode conseguir. Ver Edinho dando passe como um legítimo camisa 10 ou Douglas dando bote lá na frente dá a ideia que esse time “pegou liga”, um princípio fundamental para formar grupos vencedores no futebol. Já o Colorado voltou do Beira-Rio preocupado. Ele esperava uma apresentação completa, aquelas que tiram a dúvida da cabeça. A vitória não veio, a derrota foi marcante e a disputa pela vaga na final da Libertadores está chegando. Qual Inter vai estar em campo? O que aparenta ser mas nunca foi, o que se tornou no decorrer dos últimos dias ou aquele que está escondido pelo técnico guardado apenas para estes confrontos pela competição continental? Se a gangorra do futebol gaúcho virar, o Colorado antes em estado de graça vai ter que aturar um Gremista lutando lá na frente pelo campeonato nacional.

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Rodada #10 Br-15

Rodízio em xeque e o bom momento do Tricolor

Bastou uma falha de N. Freitas e o Inter sucumbiu. A partida contra o Sport começou equilibrada, mas um erro individual forçou o time de Aguirre abrir demais. Em 35 minutos os donos da casa marcaram três gols para administrar o placar até o fim. Enquanto isso em Porto Alegre, a equipe do Grêmio vencia mais uma! O resultado de 1x0 saiu barato para o Cruzeiro do bom goleiro Fábio. O treinador Roger coloca a equipe definitivamente no G-4.
Deu tudo errado na Ilha do Retiro! O que no início dava indício de um grande jogo de parte a parte se transformou em um pesadelo. Depois da saída medonha de N. Freitas, o pênalti foi inevitável. Sem armadores em campo e no banco de reservas, o Colorado perdeu o meio e caiu na armadilha do Sport.

Um dia muito ruim e infeliz

Futebol é resultado e o questionamento contra o rodízio de D. Aguirre é cada vez maior. A campanha no campeonato brasileiro não passa de razoável. Contudo, nem no início do trabalho quando a pressão era maior o treinador do Inter mudou sua filosofia. Tudo fica condicionado ao jogo do dia 15. A aposta é alta! Por isso repito o que venho dizendo tem muito tempo: "Se" ganhar a Libertadores, ninguém vai lembrar de nada disso.
Já na Arena mais um jogo extremamente eficiente dos comandados por Roger. Luan de novo, mais uma vez, repetiu grande exibição. Até Douglas está bem! O jeito diferente de fazer a mesma coisa comprova que o novo técnico gremista tem moral de sobra com o elenco. Principalmente com os jovens que, desde sua chegada, deslancharam. Todos correm, todos se doam!

Superando toda desconfiança

Mas o treinador gremista não é bobo. Com os pés no chão vai galgando pontos aqui e acolá apesar de já estar chamando a atenção de todos à respeito de seu time. Na coletiva de ontem exaltou evolução, mas pediu calma ao afirmar que "é difícil se manter no G-4". Em uma competição de pontos corridos tão equilibrada como esta 1x0 é goleada! Por isso Roger não questionou os gols perdidos. Preferiu dar ênfase as chances criadas.
O compromisso do Inter contra o Galo Mineiro é uma chance de encarar um adversário de alto nível em sua casa. Se este Brasileirão é a preparação para a reta final da Libertadores, o confronto de domingo será um grande teste. No mesmo dia o Grêmio viaja para São Paulo. O adversário será o Santos. O time da Vila pega o Fluminense hoje no Rio e, se não somar pontos, recebe os gaúchos muito pressionado em casa.

Pitacos:

- Alisson se lesionou na rodada #9;
- Valdívia também se machucou;
- Mesmo com o rodízio, o Inter continua perdendo jogadores por contusão;
- O Grêmio encaminha nos bastidores a compra da Arena;
- Na verdade, são os direitos de gestão do estádio;
- O trabalho é longo, árduo e conflitante com vários interesses de muita gente, mas fundamental para o clube.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com