Empates não convencem, mas...
Os dois gaúchos da Série A somaram um ponto cada um. O Tricolor empatou com o bom Sport Recife em casa e o Colorado não saiu do zero com a Ponte Preta no interior de São Paulo.
O resultado na Arena retomou a pauta da "falta de peças". Enquanto em 2014 o time contava com um bom centroavante, a armação era deficitária. Nesse ano o grupo não tem Barcos ou Moreno, mas possui volume de jogo para chegar na área constantemente. A defesa estava relativamente sólida. A saída de Rhodolfo vai diminuir a qualidade lá atrás.
Qual é a obrigação do Grêmio em 2015?
Repito aqui no Blog, insisto! O Grêmio montou um time pra não ser rebaixado e está entre os líderes brigando por uma vaga na Libertadores. O objetivo é, além de não cair, colocar o caixa em dia e assumir a gestão do estádio. Se a vaga no G-4 vier, ótimo, se não dar certo, o planejamento deve ser mantido mesmo assim. Óbvio que todo este sacrifício contrapõe a história do clube que deveria estar lutando pelo título, entretanto, é fundamental agora que as contas estão apertadas se dê um passo para trás. Ao menos até agora, o resultado veio melhor que a encomenda.
A vaga na final da Taça Libertadores fugiu dentre os dedos do Inter. Todos no Beira-Rio contavam com a decisão sonhando com o Tri da América e todos os frutos naturais desta façanha. Período para lamber as feridas, reencontrar o rumo e rever alguns conceitos.
Aránguiz deve sair
O que já era intenso mesmo disputando o caneco mais importante do continente, passa ser muito mais forte! A crônica não vai aliviar e Aguirre tende a balançar mesmo não perdendo em Campinas. A próxima partida em casa diante a Chapecoense já é importante, imagine o clássico da 17ª rodada?
E agora?
O Gre-Nal que se aproxima vem em pior hora para o Inter. Com aproximadamente 7 milhões em prejuízo após a eliminação na Libertadores, poucas vendas de alta receita nos últimos tempos e uma dívida aparentemente acumulada, três ou até quatro jogadores em potencial devem deixar o Colorado. Roger sabe das limitações de seu elenco, bem como, do momento delicado vivido no lado vermelho. Permanecendo blindado com uma campanha razoável, sabe que o treinador do Internacional precisa desesperadamente de duas vitórias seguidas, ou ao menos, quatro pontos para se manter no cargo. O Grêmio não teme uma mudança brusca na sua caminhada mesmo com um resultado eventualmente ruim no dia 09 do mês que vem. Essa pode ser a carta na manga para trabalhar uma pressão para cima do seu rival. Um jogo que promete muito, apesar de ambos ter de cumprir compromissos neste fim de semana que antecede o Gre-Nal.
A expectativa é grande e já começa a pesar!
Saudações Coloradas
Imagens: Globo.com


Rafael,
ResponderExcluirNão creio que o Grêmio entrou para fugir da série B. Quem conhece o histórico gremista dos últimos anos, sabe que não é a primeira vez que o clube tem dificuldades para contratar reforços. Em outras etapas, o Grêmio também investiu menos e chegou no G4 da mesma forma.
Talvez possamos entender que o momento de 2015 seja um pouco mais complicado que outros anos, mas a diretoria não apresentou nada de novo nessa temporada, na prática seguiu quase a mesma cartilha, digamos assim, que gestões anteriores.
Essa fórmula já deu certo em outras oportunidades - pelo menos para brigar pelo G4.
Sobre a questão dos centroavantes, lembro que tanto Moreno quando Barcos foram contestados. O boliviano foi até emprestado para o Cruzeiro porque se dizia que o lugar dele não era no Grêmio. Já o pirata só conseguiu se livrar da fama de perdedor de gols, na última temporada. Em muitas partidas, foi contestado e até vaiado pela torcida.
No time de hoje, tenho dúvidas se o problema do Grêmio está somente no ataque e nos arremates. A equipe do Roger é um time que joga para ganhar, mas é fraco na marcação. Joga e deixa jogar. Não sabe segurar o jogo na manha e na força da marcação, porque, com exceção do Wallace, não tem jogadores com essas características.
Ainda arrisco a dizer, que além da falta de gols, está faltando aquele ponto de equilíbrio entre ataque e defesa. Aquela marcação mais forte e compacta no meio campo.
Nesse jogo contra o Sport faltou gols, mas também faltou marcação no adversário, portanto, não se trata apenas de fazer gols, mas também de segurar o adversário na marcação, ou na rédea curta, por assim dizer.
Com relação ao Inter, vejo essa campanha do colorado, pelo elenco que tem, como desastrosa! Ainda acho que falta treinador nesse time.
O Aguirrre chegou no seu limite. Mesmo que tenha fracassado, talvez seja treinador ideal para Libertadores, não para competição mais aberta como campeonato brasileiro.
FJC:
ResponderExcluirO modelo de gestão se repete porque o Tricolor não vai colocar a casa em ordem em um ano ou pouco mais que isso. De repente três ou até quatro temporadas são necessárias para entrar nos trilhos. Desculpe reafirmar, mas o Grêmio entrou sim para não cair e pagar contas vencidas. Acontece que o time encontrou liga, Roger conseguiu aquilo que Felipão não encontrou nesse elenco limitado, a camisa pesa tamanha força da entidade e dentro da Arena é muito difícil perder. Não é demérito algum fazer isso, pelo contrário! É um fenômeno natural para "consertar" as coisas depois de administrações desastrosas. O Inter passou por isso, CA Mineiro também. Corinthians e Flamengo (graças a sua receita gigantesca) nem sentem muito esses efeitos, mas os paulistas passaram por isso (com um rebaixamento na conta) e os cariocas vivem este momento pelo terceiro ano consecutivamente. Os objetivos e o planejamento estão muito bem traçados, por isso, ratifico "minha opinião" (sem me achar o dono da verdade, claro) que o resultado vem até agora melhor que a encomenda. Lógico que o bom momento gera esperanças. A crônica passa a tratar da matéria em grau de equivalência com as principais forças do país, MAS NÃO É! Essa cobrança desproporcional é prejudicial... a torcida deve estar de mãos dadas a esta ideia, motivar-se pela paixão, acreditar no "médio e longo prazo", sem deixar que o resultado de campo influencie em nada, ao menos em um momento tão importante como este.
No Inter não faltou "apenas" uma visão mais adequada da comissão técnica nas semifinais da Libertadores. Sobrou qualidade e 80 milhões em investimentos do adversário mexicano. Verdade seja dita, os caras foram melhores, mais competentes, mais ricos. O Colorado soube jogar 10 minutos de um total de 180. Os meninos sentiram o peso e toda importância destes jogos. Matematicamente faltou um gol, mas isso não significa que foi por pouco, eles "realmente" sobraram até quando atuaram com um a menos no Beira-Rio. O Inter assustou pouco e não teve força para fazer o resultado elástico em casa.
Mas não posso ser incoerente agora!
Em minha humilde análise, "quem quer tudo fica sem nada"! Priorizar foi a tentativa válida que simplesmente não deu certo. Mas futebol é resultado, o desmanche já é evidente (as contas precisam fechar, loucuras podem colocar tudo a perder) e a pressão pelo título nacional tende aumentar. Aguirre assumiu o alto risco de não ser campeão da América.
Não acredito que mudança de treinador vai mudar alguma coisa, até porque os principais jogadores deste time, se pensarmos friamente, jamais teriam tantos espaços com outro técnico "medalhão". Sasha, Dourado, Valdívia, A. Costa, Alisson... e mais um par ou um trio de jovens valores barraram gente com história no futebol ou contratados para desembarcar jogando na titularidade.
Essa "terra arrasada" era esperada... não dá pra pensar em outra coisa. Cabe a direção blindar como blindou lá atrás na primeira fase da Libertadores, acreditando no projeto sob pena de recomeçar tudo com fato novo. Pode ser uma alternativa viável, mas não entendo ser a mais recomendável agora.
Sem dúvida que o desempenho do grupo superou as expectativas, mas afirmar que o Grêmio entrou para não cair para a série B, é colocar o tricolor gaúcho no mesmo nível de um Joinville, Avaí, Coritiba, Figueirense, Goias ou Ponte Preta. Até mesmo o Sport e a Chapecoense podem ser considerados times que entraram para não cair.
ResponderExcluirEu penso que esse grupo foi pensado, a princípio, como um time que ficaria alí entre o quinto e o oitavo lugar, beliscando uma vaguinha no G4 e buscando um ou dois reforços. É exatamente isso que está acontecendo agora.
O risco eminente de ficar no Z4, é sempre algo inesperado para times com mais tradição.
Eu, enquanto torcedor, assustei-me no início, mas acredito que esse planejamento foi correto, incluindo aí a saída do Felipão, como tudo dentro do que a direção já planejava.
O elenco deu liga, como você mesmo afirmou. Mas é preciso reconhecer também que o trabalho, as contratações não foram por acaso, tivemos o mérito da direção e do próprio Luis Felipe, que mesmo a contragosto começou a trabalhar esse grupo.
Agora é com o Roger, ele precisa modificar esse sistema de jogo, que em algumas partidas já deu certo, mas que está ficando manjado e bem marcado.
Acredito que sobrar um banco para o Douglas, e o Fernandinho e o Bobô brigam por uma vaga no time titular.
Ele tem duas alternativas, entre um jogador de área e um jogador que atua bem pela ponta esquerda.
Sobre o Inter, concordo contigo que contratar outro pouco resolve, afinal, quem está disponível, hoje, no mercado? Mano Menezes? Abelão de novo?
No entanto, observe o tamanho dos recursos que o Aguirre tinha no elenco e não soube aproveitar em nenhuma das competições.
O Inter tem hoje quase dois times na reserva com nomes que atuariam em qualquer time da série A.
Tem muito treinador no futebol brasileiro tendo melhor resultado com bem menos recursos.
Só um adendo FJC... acho que me fiz mal interpretar. Um time do tamanho do Grêmio NUNCA ENTRA EM NADA se não para vencer. O que eu quis dizer é que o grupo formado para este brasileirão tem reservas financeiras, reforçado em relação ao estadual e está em um planejamento de se manter na elite com o pagamento de passivo aproveitando-se da renda. Uma receita maior que a despesa para pagar dívidas passadas. Jamais, veja bem, aqui ou em qualquer diálogo maduro despregado de revanchismo vou comparar o Tricolor aos times que você mencionou, te peço desculpas se assim entendeu. Repito, entretanto, o que eu EU QUIS DIZER NA VERDADE é que a direção montou um time com o objetivo modesto de não cair, trazendo peças de reposição para cobrir lacunas gritantes apuradas ainda no Gauchão sem o objetivo de nada maior como um G-4 ou até o título. Mas em 15 rodadas o resultado vem sendo melhor que a encomenda, deu liga e já proporciona ao torcedor a condição de sonhar com uma vaga na Libertadores de 2016.
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