Grêmio vence fora e Inter respira
Um ótimo final de semana para a dupla Gre-Nal. Afinal, em uma competição tão difícil como o Campeonato Brasileiro não é fácil os dois vencer dentro da mesma rodada. Enquanto o time de Roger ganha confiança a cada jogo aspirando um espaço no G-4, os comandados de D. Aguirre ainda devem um pouco (apesar da vitória).
Luan é o cara no Tricolor! Parece que o guri despertou e obteve enfim a tão esperada boa sequencia. O novo treinador conseguiu movimentar as coisas e o resultado está aí para quem quiser ver. Não apenas o jovem atleta rende mais do que em outros tempos, como vários outros nomes que ainda deixavam a desejar e agora estão dando conta do recado. A verdade é que o torcedor já se dá ao direito de sonhar.
Meia é cada vez mais importante no esquema de Roger
O Avaí vinha relativamente bem. Não é fácil jogar na Ressacada. Mas o novo ímpeto desse Grêmio, esse conceito de “fazer praticamente a mesma coisa de um jeito diferente” está dando certo. Ponto para o técnico que é responsável direto e, toda a direção que viu a possibilidade de um fato novo. Apostar em um profissional sem tamanha experiência justamente para o lugar de Felipão passa pela coragem da decisão.
No domingo o Colorado derrotou o Santos. Não mereceu perder, se tivesse um vencedor justo teria sido mesmo o Inter, mas falta muito para ser o time da competição continental. A verdade é que o Colorado sente muito a falta do Sasha. Aránguiz e outros desfalques também pesam nessa conta, mas o atacante é fundamental para as variações tática e velocidade (com e sem a bola). O resultado foi fundamental contra um adversário da parte intermediária de tabela. Beirar em véspera de semifinal de Libertadores Z-4 não é bom para ninguém.
Esforço de D’Alessandro nas folgas foi recompensada com boa atuação ontem
L. López falou em comprometimento antes da partida. Sempre digo aqui que tem coisas que se resolvem internamente. Mas um jogador com a experiência deste gringo que não tem por característica polemizar as coisas, aparecer jogando no ar a questão das janelas internacionais como grande “vilã” nessa aparente falta de foco, nos leva a crer que Aguirre precisa encaixar mais uma ou duas vitórias “jogando bem” para o torcedor não chegar desesperado no dia 15.
O Inter encara o líder Sport em Recife. Embalado, os pernambucanos vão surpreendendo toda a crônica especializada. Já o Grêmio com alguns desfalques recebe o Cruzeiro em momento conturbado. Mas a maior preocupação dos dois grandes do Rio Grande é trabalhar a janela internacional. Ninguém esconde isso. Enquanto Bolzan trata tudo com linha dura reconhecendo eventual necessidade de perder nomes (como já aconteceu com F. Bastos), Píffero recorre a instituições de crédito para fazer um caixa que garanta a manutenção do grupo, ao menos, até o fim da temporada. O problema é quando tem gente procurando microfones para falar da vontade de jogar na Europa. Coincidentemente, o chileno Charles já não é o mesmo desde que o presidente anterior segurou-o no Brasil em 2014. Estaria insatisfeito?
Pitacos:
- Goleada em clássico é um negócio complicado;
- O primeiro revés do treinador são-paulino foi pesado demais;
- Vamos ver como se sai pressionado no Brasil;
- No Corinthians segue o desmanche;
- Mas o time continua bem;
- O que falar de Vasco e Flamengo?
- Primeiro que não vão cair, segundo que Joinville, Coritiba, Figueirense e Goiás não estão aproveitando o momento;
- As equipes mais fortes “parece” estar a maioria em meia fase;
- Creio que a partir da 15ª rodada esse panorama mude;
- A seleção caiu!
- Não foi em pé, nem sentada... foi de braços abertos;
- Seria uma tremenda hipocrisia minha agora falar mal do trabalho de Dunga;
- Prefiro relativizar o assunto dizendo que o Brasil foi eliminado, mas não perdeu o jogo;
- Que Neymar continua sendo fundamental;
- Que a comissão técnica precisa encontrar sintonia no time sem ele, mas não conseguiu ainda;
- Que estamos fadados ao fracasso se o futebol de resultado não der certo;
- E que a política de vencer a qualquer custo estava indo maravilhosamente bem nos amistosos, não tendo sido efetivo “quando valeu”;
- Mas contra o Brasil os adversários se tornam gigantes;
- A Colômbia, por exemplo, venceu um único jogo, fez só um gol;
- O certo é que hegemonia é algo difícil;
- Ainda mais quando os adversários dão a vida contra nossa seleção;
- Nos tempos da malandragem, da boleiragem... éramos absolutos;
- Com a profissionalização cada vez mais pautada na organização, ficamos para trás;
- O problema é tirar da cabeça do povo esse sentimento de superioridade;
- Assim que acompanharmos a seleção com os mesmos olhos críticos que fazemos com os nossos times de coração fica mais fácil entender;
- Cobrar da maneira desproporcional simplesmente não dá mais;
- Exigir mais do que a pessoa pode oferecer é desumano.
Saudações Coloradas
Imagens: Globo.com
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