Brasil perde a primeira partida sob o comando de Dunga
A seleção brasileira foi mal, muito mal. Diferente da estréia, não conseguiu marcar a saída e trouxe o adversário para seu campo. O gol dos colombianos saiu ao natural. Na segunda etapa o Brasil tomou as ações, mas não conseguiu criar as chances perdendo o jogo por 1x0.
Dunga veio a campo com surpresas. Fred, Miranda e Firmino começaram entre os titulares. D. Luiz, desde aquelas canetas do Suárez realmente não vinha bem. P. Coutinho, vindo de lesão, não iniciou entre os titulares. Mas D. Tardelli, esse sim, devia ter sido titular. Não porque Firmino é ruim, longe disso. Ocorre que D. Tardelli (mesmo sabendo jogar aberto) é o único desse plantel que sabe atuar como centro-avante, levando consigo um defensor para dentro da área para abrir espaços no campo.
Colombianos comemoraram o gol
Taticamente o treinador da seleção também não foi bem. Centralizando Neymar na frente para Firmino variar, acabou tirando de seu próprio time o que tem de melhor. O jogador do Barcelona faz a diferença vindo de trás, atuando bem aberto pela esquerda igual R. Gaúcho fazia no auge de sua carreira.
O fato é que individualmente os jogadores não foram bem. Esse foi o grande ponto! Se o técnico leva 40% de responsabilidade neste resultado, o time precisa agüentar outros 55% de culpa. A arbitragem, mesmo indo muito mal ontem, não pode ser responsabilizada com mais de 5%. É lógico que o adversário tem seus méritos, no entanto, não vi nada de diferente em J. Rodriguez e F. Garcia que justificasse. Foi muito mais na base da entrega e do poder de marcação. Realmente eles mereceram vencer.
Neymar nem sempre vai conseguir fazer a diferença em campo
Me deixa irado uma única derrota ser transformada no que a crônica especializada está fazendo. Neymar não será absoluto em todos os jogos. O futebol está nivelado e perder para uma das equipes favoritas da competição é aceitável. O Brasil perdeu um jogo na hora que podia, não perdeu o campeonato. Então, não podemos fazer disso o fim do mundo.
O destempero de Neymar (ninguém gosta de perder, só isso... não está acontecendo nada com ele) vai custar caro. De repente tem que aprender a perder. Isso passa pelo amadurecimento.
Agora é a hora de Dunga alcançar aquilo que nós mesmos comentamos no Blog antes do início da Copa América, ou seja, pensar um time, uma alternativa, sem o atleta mais importante. Não pode um país tão rico em qualidade técnica depender de um único nome. E se o grupo conseguir um bom nível de futebol, quando retornar da suspensão seremos ainda mais fortes.
Agora é a hora de Dunga alcançar aquilo que nós mesmos comentamos no Blog antes do início da Copa América, ou seja, pensar um time, uma alternativa, sem o atleta mais importante. Não pode um país tão rico em qualidade técnica depender de um único nome. E se o grupo conseguir um bom nível de futebol, quando retornar da suspensão seremos ainda mais fortes.
Pitacos:
- A seleção Sub-20 está na final do mundial;
- Brasil e Argentina são os países que mais ostentam conquistas na base;
- Fica provado que os dois países são os maiores reveladores de talentos do mundo;
- Mas porque os europeus se igualam e até se saem melhor na fase adulta?
- O conceito mudou, existe uma forte tendência por produção de um determinado perfil de jogador que foge bastante das principais características do nosso futebol;
- Mesmo assim, o talento individual (que faz a diferença nas categorias de base) está aqui na América do Sul;
- Os europeus são inteligentes e mais evoluídos que nós em relação ao profissionalismo no esporte;
- A boleiragem e o jeito malandro nos atrapalham um pouco;
- Contudo, em tempos atrás com Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Adriano, Edmundo, Romário e tantos outros craques que vestiam a camisa da seleção ao mesmo tempo, isso até ajudava;
- Como o mercado exige o atleta “tipo exportação” nomes como estes são cada vez mais raros;
- E ainda assim conseguimos revelar a maior fatia de craques do planeta;
- Uma alternativa é entender que “malandragem” dentro de campo é vantagem, fora dele é prejudicial;
- Mais um ponto... não me refiro unicamente em relação da malandragem de quem joga;
- Também de quem patrocina, treina, condiciona, dirige, informa, comenta, torce, etc.;
- Um choque de conceitos sem perder a nossa identidade é o que precisamos para o Brasil voltar a colocar pavor em quem lhe desafia.
Saudações Coloradas
Imagens: Portal Terra


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