Arrancada ruim e a força que vem de casa
Um jogo muito chato do Inter na quinta-feira que, se tivesse um vencedor (não por merecimento, mas por tentativas), devia ser o Figueirense. Empate sem graça em que o 0x0 por si só conta melhor essa história. No fim de semana, entretanto, a eficiência dos comandados por Roger na Arena vão dando o ritmo que esta equipe precisa. Uma vitória sobre o Palmeiras que coloca o time muito perto do G-4.
Moro no interior de Santa Catarina. O horário era propício. Juntamos uma turma do consulado da nossa cidade, adquirimos ingressos, alugamos um carro para transporte de médio porte e caímos na estrada. Choveu o dia inteiro, o frio era muito grande. Graças a Deus na hora do jogo o tempo abriu, mas o vento castigou o torcedor que lotou o espaço destinado aos visitantes. Aliás, não entendi porque mantiveram fechado o portão lateral direito. Não coube todo mundo naquele espaço medíocre e havia lugar de sobra.
Valeu pela amizade
Assisti a partida em pé com dezenas de pessoas na escada de acesso. Com absoluta certeza havia mais torcedores do que assentos disponíveis. Questionei a polícia militar, mas nos mandaram conversar com a organização. Falei com seguranças, agentes de serviço pelo time catarinense, enfim. Um empurrava a questão para o outro. No fim valeu “só” pela festa e toda confraternização.
E o jogo?
Bom... R. Dourado e Alisson foram bem. A apresentação dos demais irritou a torcida que foi prestigiar o time de coração. Acho que tudo isso e essa campanha ruim serão esquecidos “se” o Inter passar pelo Tigres na Taça Libertadores. Tudo deve sair da memória.
Disputando um compromisso importante em seus domínios, o Grêmio mais uma vez foi eficiente. O time gaúcho cada vez erra menos e está conseguindo impor velocidade aliada a uma marcação muito sólida. A melhora é significativa e um início de evolução já se percebe. Administrando sem assumir riscos, o Tricolor vai fazendo boa campanha.
Forte como mandante
Apesar da crítica apontar que fora de Porto Alegre o Grêmio não conseguir repetir uma exibição à altura daquelas que realiza em casa, eu me reporto àquela partida no Serra Dourada em que faltou um gol à mais e sobrou polêmica. O que falta para o Tricolor quando visitante é um pouco de ousadia.
Mesmo assim, acredito que o treinador está correto. A obrigação de vencer é daquele que detém o mando de campo. Precavido, o técnico trabalha com inteligência e assim que encontrar o ponto de equilíbrio para buscar esses pontos disputados longe de seu estádio, vai galgar o suficiente que levará os gremistas em acreditar ser possível coisa maior neste Campeonato Brasileiro do que somente participar do Certame.
Agora uma boa folga para a dupla Gre-Nal recuperar seus atletas lesionados e trabalhar nos treinos depois do descanso. Desta vez é o Grêmio que vai a Floripa, mas o adversário é o Avaí. Em 9º, o time está bem e surpreendendo todo mundo. Empatar com o São Paulo no Morumbi depois de estar perdendo deu moral. Já o Inter pega o Santos em casa. Ambos chegaram para protagonizar e estão mal na tabela de pontos. Jogo para não perder, marcar três pontos e aliviar a pressão.
Pitacos:
- A partir da 15ª rodada a verdade deste Brasileirão aparecerá;
- Mas Sport e CA Paranaense são as grandes surpresas até então;
- Ponte Preta e Figueirense, minhas apostas antes da competição, até que não estão me decepcionando;
- Contudo, o Leão da Ilha e o Furacão estão queimando minha língua (ao menos em resultados);
- O Flamengo não vai cair;
- O Vasco não vai cair;
- Nenhum time grande será rebaixado;
- Entretanto, a torcida tem razão em se assustar;
- Seus times estão fazendo partidas horríveis;
- Palmeirenses, Colorados e Cruzeirenses também estão incomodados;
- Fazer parte da segunda parte da tabela sempre assusta;
- Contudo, repito... Botafogo volta a elite e nenhum grande cai;
- Podem me cobrar!
- A seleção brasileira venceu a Venezuela;
- Sem Neymar, a marcação adiantada fez a diferença;
- Foi 2x1, mas poderia ter sido melhor;
- O importante é a classificação;
- Enquanto todos lembram da derrota para a Colômbia;
- Eu lembro que a mesma Colômbia empatou com a Bolívia e perdeu para a Venezuela, sem contar que ficou torcendo pro Brasil pela TV para não terminar em empate;
- Lembro também que a Argentina tomou dois do Paraguai depois de um 2x0 à favor e bateu a Jamaica por um mísero 1x0;
- O futebol não é mais o mesmo;
- Osório, técnico do São Paulo, vem mostrando que é necessário muito estudo;
- Dominar todas as áreas é a missão do técnico de futebol moderno;
- Novos conceitos, quebrar paradigmas e entender que as coisas evoluem;
- Diego Aguirre no Inter também promoveu mudanças, um entendimento diferente daqueles "dogmas" enraizados nesse esporte;
- Tenho absoluta certeza que novos profissionais ou aqueles que se reciclam neste país também trazem consigo ideias novas;
- Mas resistências de todos os lados contra o novo só permite que "antigos jeitos" de fazer as coisas vinguem no Brasil;
- A ansiedade por resultados rápidos e toda falta de paciência criam esse imediatismo que tanto nos atrasam (e não estou falando só de futebol).
Saudações Coloradas
Imagens: Facebook e Globo.com


Rafael,
ResponderExcluirA diretoria precisa dar mais respaldo ao trabalho do treinador, que trabalha com um elenco escasso, limitado, o qual não sabemos até onde vai suas forças.
O jogo contra o Avaí vai ser dureza.
O torcedor gremista não se engana e sabe que o elenco precisa de reforços. E esses jogadores devem ser contratados para as reposições, quando um ou outro estiver machucado ou suspenso.
Falta aí um meia ofensivo e um zagueiro à altura do Geromel e do Rodolpho, na minha opinião.
O presidente parece que desistiu de contratar mais atacante, afinal, para que mais um, se volta o Fernandinho?
Precisamos urgentemente de um meio campista como alternativa, além do Luan, Giuliano e Douglas.
Temos um paradoxo. Muitos torcedores temem a boa fase. Ela pode nos enganar e fazer com que a diretoria pare com as contratações.
Se o Grêmio contratar pelo menos dois bons nomes para o elenco, não precisa só pensar no G4. É preciso ousadia e coragem para pensar em brigar pelo título. O objetivo inicial era manter-se na série A. Era o que parecia. Agora se pensa no G4, mas é um engano acreditar que o grupo está pronto, como começa a pensar a direção.
Muito bem FJC... sempre demonstras lucidez no que pensa. Realmente o ano não é investimentos. Reintegrar Edinho, por exemplo, é uma amostra clara disso. Ele voltou motivado e feliz. Está longe de ser solução para qualquer coisa, mas retorna para dar volume ao grupo. O time está criando gordura e, por quer não, comecem a acreditar que dá pra beliscar um G-4? Brigando em alto nível, além de afastar qualquer chance de rebaixamento, deixaria a equipe na ponta dos cascos para lutar pelo título alternativo da Copa do Brasil, uma competição em tiro curto em que tudo é possível.
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