Gol nos acréscimos sacramenta derrota Colorada no jogo de ida
Uma partida taticamente “quase” prefeita! Os comandados e D. Aguirre, aplicados dentro de um esquema conservador e inteligente, seguravam o ímpeto colombiano com eficiência. Mas aos 46 minutos do segundo tempo, “o castigo” colocou em grande risco todo o planejamento do técnico.
Na primeira etapa nada de especial. O Santa Fé, recém eliminado na competição local pelo Millonários, sentiu o golpe. A entrega dos jogadores do Inter aliado ao posicionamento muito bem montado não deixava os donos da casa se impor normalmente como um time que enfrenta um mata-mata de Libertadores em seus domínios. Naquele momento, era mais fácil o Internacional marcar do que sofrer o gol.
Time precisa dois gols de diferença para seguir na competição
Depois do intervalo, tudo igual. Mas a altitude começava afetar os atletas da equipe brasileira e as substituições passaram a ser promovidas a partir da segunda metade do segundo tempo. O time do Santa Fé cresceu, colocou a bola na trave e passou arriscar mais. Em contrapartida, o Inter passava ter espaços e levava perigo nos contra-ataques. Depois de uma falha da defesa L. Lópes teve a bola do jogo, mas adiantou demais e não conseguiu concluir. Nilmar, em velocidade, por pouco não marcou também.
Com a torcida empurrando e o Santa Fé crescendo, o técnico Colorado foi se mexendo. Ao ingressar com Réver, que somado aos grandalhões A. Costa, Juan e Ernando, protegia sua área com uma verdadeira “bateria anti-aérea” nos minutos derradeiros. Certo na decisão, D. Aguirre pretendia afastar o perigo eminente do abafa criado pelos colombianos na base do “chuveirinho”, natural no final de uma partida como esta.
Uma falha inaceitável
Em cobrança de escanteio, Mosquera pulou sozinho dentro da área sacramentando a derrota do time brasileiro com um gol de cabeça. Falha dos defensores! Isso não podia ter acontecido. Com tantos zagueiros em campo justamente para afastar uma bola daquelas, não se pode aceitar que o jogador do Santa Fé tenha tido tamanha liberdade para cabecear em um momento crucial do embate, quando a atenção devia estar redobrada.
Falei antes do fator local e da influência da altitude sobre os jogadores do Inter. Isso explica um pouco as coisas, mas não justifica nada!
Uma derrota sentida por todos
Não estava nos planos perder este jogo, ainda mais pelo placar mínimo sem marcar na casa do adversário. Um resultado muito perigoso. É claro que o Inter tem plenas condições de, no Beira-Rio, reverter esta situação. Ainda é o favorito para avançar à fase semifinal. Contudo, isso se relativizou bastante. Não vou criticar a postura da equipe Colorada, usar de oportunismo para dizer que o Internacional “abdicou-se de jogar”. Não podemos fazer “terra arrasada”, tem muito jogo pela frente. A ideia, claro, era e sempre foi trazer a decisão para Porto Alegre sem perder no El Campín, mas nem sempre as coisas acontecem como o planejado, principalmente quando falta atenção de quem deveria estar extremamente ligado.
Saudações Coloradas
Imagens: Globo.com



Caro Rafael,
ResponderExcluirPosso até secar o Inter, mas não apostaria nada nesse jogo da volta.
Torço para o Santa Fé, mas estou sem fé, e acredito que dois a zero para o Inter vai ser pouco nesse jogo da volta.
Com a eliminação do Boca, Cruzeiro e Inter ficaram com a mão na taça! O contrário, é zebra.
Nunca vi uma Libertadores tão fácil como essa!
Sobre o Grêmio, eu penso que a opção pelo Roger não parece uma contratação de um treinador no sentido do termo.
Ainda não consigo separar o Roger treinador do Roger auxiliar técnico - é isso que parece a contratação de um auxiliar melhorado que tem no currículo trabalho com Luxemburgo e Renato Portalupi.
Com isso não estou dizendo que ele não terá competência e que o torcedor não vai apoiá-lo.
A contratação do ex-ídolo da lateral esquerda só aumenta a responsabilidade do Rui Costa e do Romildão que são os dirigentes responsáveis pelo atual grupo de jogadores.
Roger precisa de reforços no setor de defesa (um zagueiro urgente) e um meio campista.
A direção tem visão míope dizendo que falta um lateral direito e mais um centroavante. O Romildo Bolzan não entende nada de futebol, muitos menos o Rui Costa. É com essas duas figuras que o Roger vai ter que lidar primeiro, antes de trabalhar o time.
Com relação aos reforços não estamos falando aqui de jogadores rodados, de medalhões, está faltando competência da direção na hora de trazer bons jogadores por um valor razoável, como outros clubes fazem.
Sabemos que o principal motivo da saída do Felipão, entre outras coisas, foram as divergências em relação a montagem da equipe.
Treinadores como Luis Felipe, Abel Braga, Luxemburgo, Renato Portalupi, querem montar seu próprio time e não obedecem a hierarquia estabelecida. Afinal, para que serve um diretor de futebol?
E quem pode montar melhor um grupo de atletas, o diretor ou o treinador?