terça-feira, 19 de maio de 2015

Três volantes ou Valdívia?

Inter encara o Santa Fé pelo primeiro confronto das quartas

Na decisão do título estadual contra o Grêmio fora de casa, Diego Aguirre montou um time, inicialmente, com os volantes Nico Freitas, Rodrigo Dourado e Aránguiz para, no segundo tempo, lançar Valdívia. Contra o CA Mineiro no Horto, a formação foi com dois volantes e três meias: Rodrigo Dourado, Aránguiz, Alex, Jorge Henrique e Eduardo Sasha, novamente Valdívia entrou apenas na segunda etapa. Nas partidas de volta dentro do Beira-Rio, Valdívia começou na equipe titular e o Inter levantou a taça do Gauchão, depois, garantiu a vaga contra os mineiros pela Libertadores, todas as quatro vezes com grandes atuações do menino “sensação” deste grupo.  
Me parece que o treinador Colorado encara os jogos fora de casa com times mais maduros, escalando inicialmente jogadores mais rodados e que tenham uma preocupação tático-defensiva mais aguda. Valdívia, no entanto, provou por “A + B” que tem poder de recomposição e em um possível 4-2-3-1 amanhã vai dar conta do recado. Ele pode acompanhar D’Alessadro, Sasha (meias), Aránguiz e Dourado (volantes) no meio de campo sem dar os espaços que os colombianos precisarão em seus domínios.

Grande fase

O problema é que Valdívia rendeu bem em casa, já nas partidas fora incendiou quando entrou no decorrer da partida. Nos momentos principais do Internacional neste ano, sempre foi assim. Lembro de, no ano passado diante o Cruzeiro pelo Brasileirão, ele ter recebido a oportunidade de começar jogando no Mineirão após lesões de Jorge Henrique e Sasha. Era o jogo do ano, a chance dele! Mas o garoto sentiu e se saiu muito mal. Tanto é verdade que, contra o Fluminense (depois em Porto Alegre) após desencantar marcando um importante gol no apagar das luzes, caiu em lágrimas.
A preocupação é voltar com um resultado da Colômbia que permita o Inter decidir as coisas em casa igual foi diante Grêmio e CA Mineiro. 
Falei do Flu antes e dou o mesmo time como exemplo. Quem não lembra do episódio em 2008 quando o Sr. Renato Portaluppi, então técnico daquele time na Taça Libertadores, disse: “o Fluminense vai brincar no Brasileirão”!?

Motivo de chacota

Depois de eliminar o São Paulo e o Boca Jrs. aquele título parecia certo. Encarou, então, a LDU (que já havia vencido na primeira fase) pela decisão do torneio continental. Na partida de ida escalou dois volantes, dois zagueiros, dois laterais, enfim... um 4-4-2 básico. Na equipe titular apareceu com T. Nevez e Conca na armação. Esses são mais extremamente técnicos, de qualidade inconteste. Mas os dois NUNCA foram exímios na recomposição. Pelos flancos, Guerrón e Bolaños sobraram! 4x1 aplicado pelos lados de campo. O resto da história todo mundo conhece.
A falta de humildade de Renato tirou do clube carioca a chance de conquistar o título mais importante de sua história. Na volta, um novo 4x1 (agora à favor) com a mesma armação clássica (4-4-2). Os pênaltis foram implacáveis com o Tricolor do Rio e os equatorianos venceram, fizeram a festa em um “Maracanazzo” contemporâneo. A vitória dos brasileiros em casa era certa, natural. O time de Renato era infinitamente superior, mas ao “não abrir mão” de Conca ou T. Neves no jogo de ida em Quito para fechar uma cobertura com o ex-gremista Roger (um time menos exposto para perder de um gol ou empatar), a taça fatalmente seria conquistada em casa sem sombra de dúvidas.

Altitude é uma arma forte dos times que jogam em casa

Os contextos são diferentes. Claro que o Santa Fé não é a LDU e nem o Inter se compara ao Fluminense de 2008. Mas o exemplo serve para demonstrar que em partidas como esta, a pressão e todo peso de um embate em solo estrangeiro (ainda mais na altitude) transforma tudo em algo imprevisível, desequilibrado. Quem não lembra também de Edinho “comemorando” a derrota por 2x1 do Inter (a única sofrida por aquele time na competição) em Quito para a Liga na Libertadores 2006, a primeira da história Colorada? 
Concordo com o técnico em escalar Valdívia nesta partida. Nada mais justo e coerente. “Mas” se abrir mão dele ou de algum meia, ao menos no primeiro tempo, começando com três volantes... acredito esteja fazendo o jogo dos 180 minutos “considerando o fator local” com muita inteligência.

Pitacos: Antes ler os "pitacos" convido os amigos a dar uma olhada no final do texto Brasil 100% na Libertadores Brasil 100% na Libertadores:
* River Plate x Boca Jrs. – Na mosca! Lamentável o desfecho, mas a punição foi merecida.
* São Paulo x Cruzeiro – Certo de novo.
* Guraní x Corinthians – A maior zebra do ano, essa todos erramos.
* M. Wanders x Racing – Também acertada.
* U. Sucre x Tigres – Confirmado e os mexicanos seguiram.
* Emelec x A. Nacional – Mais uma correta!
* CA Mineiro x Internacional – Apostamos de novo.
* Estudiantes x Santa Fé – meu segundo erro.

E agora?

- River Plate x Cruzeiro: os argentinos seguem na competição.
- Guaraní x Racing: não acredito que dois raios caiam no mesmo lugar, segue o Racing.
- Emelec x Tigres: zebra, passa o Emelec!
- Santa Fé x Internacional: aposto no time gaúcho.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal ESPN, Deciclopédia e Extra Globo.

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