quinta-feira, 28 de maio de 2015

Brasileirão e Libertadores

Inter segue firme na competição continental e Grêmio tem novo treinador

Primeiro de tudo gostaria de pedir desculpas aos amigos do Blog pelo tempo sem atualização aqui do espaço. Compromissos pessoais e profissionais impediram a publicação de um novo texto desde a semana passada.

Mas vamos lá...

Sábado pelo Campeonato Brasileiro o Inter foi prejudicado pela arbitragem. Mesmo com um misto, vencia o Vasco da Gama em São Januário. Quando as duas equipes tinham onze jogadores em campo, Guiñazu, que já tinha cartão amarelo, simulou pênalti. Pela regra deveria ter sido expulso. Com um a mais, dificilmente o Colorado cederia o empate, mas pelo contrário, minutos depois A. Ruschel acabou tomando o segundo cartão deixando o time com dez em campo. Na base do abafa, os cariocas empataram a partida.
No mesmo dia, o Tricolor derrotou o Figueirense em casa. 1x0 que valeu muito mais que três pontos. Um resultado que dá um pouco de tranqüilidade para o recém chegado Roger fazer um bom trabalho frente à comissão técnica. Ídolo como jogador do clube, emergente na carreira de treinador, o ex-lateral gremista tem uma missão complicada pela frente. Deve fazer alguns testes, “reinventar” o time aqui e acolá. O retorno de Fernandinho aliado a mais, ao menos, uma contratação deve definir o elenco pro restante da temporada.

Nome que agradou a maior parte da torcida, chega com moral

Pela Libertadores só restou o Inter! O Cruzeiro caiu em casa de maneira incrível, era totalmente improvável sucumbir daquele jeito diante o River Plate. Se juntam ao time brasileiro dois argentinos e um mexicano.
A classificação de ontem foi bem ao estilo D. Aguirre. A estrela do treinador brilhou mais forte e a equipe fez o placar diante o Santa Fé. Mas o que eu queria registrar sobre os dois jogos diz respeito a “surra” que os jogadores do Internacional levaram. Os atletas do Inter apanharam “literalmente” por 180 minutos. Uma vergonha! As duas expulsões depois da segunda metade do segundo tempo demorou a acontecer.

R. Moura entrou para decidir 

Tecnicamente o time Colorado não foi bem, contudo, Libertadores não exige “plástica”, futebol bonito. Para ser campeão deve imperar a competitividade em campo. E assim, ao estilo D. Aguirre de planejar futebol, o grupo evolui a cada fase e parece chegar forte para a fase decisiva da competição.

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Um banho de água fria

Gol nos acréscimos sacramenta derrota Colorada no jogo de ida

Uma partida taticamente “quase” prefeita! Os comandados e D. Aguirre, aplicados dentro de um esquema conservador e inteligente, seguravam o ímpeto colombiano com eficiência. Mas aos 46 minutos do segundo tempo, “o castigo” colocou em grande risco todo o planejamento do técnico. 
Na primeira etapa nada de especial. O Santa Fé, recém eliminado na competição local pelo Millonários, sentiu o golpe. A entrega dos jogadores do Inter aliado ao posicionamento muito bem montado não deixava os donos da casa se impor normalmente como um time que enfrenta um mata-mata de Libertadores em seus domínios. Naquele momento, era mais fácil o Internacional marcar do que sofrer o gol.

Time precisa dois gols de diferença para seguir na competição

Depois do intervalo, tudo igual. Mas a altitude começava afetar os atletas da equipe brasileira e as substituições passaram a ser promovidas a partir da segunda metade do segundo tempo. O time do Santa Fé cresceu, colocou a bola na trave e passou arriscar mais. Em contrapartida, o Inter passava ter espaços e levava perigo nos contra-ataques. Depois de uma falha da defesa L. Lópes teve a bola do jogo, mas adiantou demais e não conseguiu concluir. Nilmar, em velocidade, por pouco não marcou também.
Com a torcida empurrando e o Santa Fé crescendo, o técnico Colorado foi se mexendo. Ao ingressar com Réver, que somado aos grandalhões A. Costa, Juan e Ernando, protegia sua área com uma verdadeira “bateria anti-aérea” nos minutos derradeiros. Certo na decisão, D. Aguirre pretendia afastar o perigo eminente do abafa criado pelos colombianos na base do “chuveirinho”, natural no final de uma partida como esta.

Uma falha inaceitável

Em cobrança de escanteio, Mosquera pulou sozinho dentro da área sacramentando a derrota do time brasileiro com um gol de cabeça. Falha dos defensores! Isso não podia ter acontecido. Com tantos zagueiros em campo justamente para afastar uma bola daquelas, não se pode aceitar que o jogador do Santa Fé tenha tido tamanha liberdade para cabecear em um momento crucial do embate, quando a atenção devia estar redobrada. 
Falei antes do fator local e da influência da altitude sobre os jogadores do Inter. Isso explica um pouco as coisas, mas não justifica nada!

Uma derrota sentida por todos

Não estava nos planos perder este jogo, ainda mais pelo placar mínimo sem marcar na casa do adversário. Um resultado muito perigoso. É claro que o Inter tem plenas condições de, no Beira-Rio, reverter esta situação. Ainda é o favorito para avançar à fase semifinal. Contudo, isso se relativizou bastante. Não vou criticar a postura da equipe Colorada, usar de oportunismo para dizer que o Internacional “abdicou-se de jogar”. Não podemos fazer “terra arrasada”, tem muito jogo pela frente. A ideia, claro, era e sempre foi trazer a decisão para Porto Alegre sem perder no El Campín, mas nem sempre as coisas acontecem como o planejado, principalmente quando falta atenção de quem deveria estar extremamente ligado.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

terça-feira, 19 de maio de 2015

A coisa certa

Felipão entrega o cargo no Grêmio

Treinador e direção mostraram decência mesmo com a falta de sintonia. Sem maiores alardes, debates ou desgastes, ambos concluíram que o momento do técnico sair havia chegado mesmo. Scolari não precisava mais disso... o clube não precisava passar por isso... a torcida não queria isso... uma história de glórias no passado não merecia isso. Como registrado aqui no texto de segunda-feira, tínhamos certeza que o melhor caminho seria esse, justamente o que foi tomado.
Antes de falar de presente e futuro, vamos comentar um pouco o passado. Felipão desembarcou em Porto Alegre sem maiores especulações. Em uma conversa breve com o amigo e então presidente Fábio Koff, retornou com "status" de ídolo. Uma volta linda, digna de "pop star" com festa e todas as pompas possíveis.
 
 
Chegada em 2014
 
Scolari escolheu o Grêmio porque queria paz... eis o seu maior erro! O treinador precisava de férias naquele momento, não de trabalho. No máximo uma reciclagem. Ao buscar ocupação para  a cabeça no único lugar do mundo onde seria recebido com tamanha alegria e de braços abertos depois do maior fiasco (protagonizado por ele próprio) da história de nosso futebol (quem sabe a maior do mundo em todos os tempos), usou seu prestígio num momento infeliz, de maneira totalmente errada. De cara, derrota em Gre-Nal, depois uma ascensão muito boa com a retomada do esquema de E. Moreira, seu antecessor. Veio o troco no clássico dentro dentro da Arena e uma felicidade momentânea entre os gremistas. Na sequencia aconteceu a indigesta eliminação pela Copa do Brasil, a perda da vaga para a Libertadores pelo Brasileirão. Um sentimento de derrota amargo no fim daquele ano, missão "parcialmente" cumprida.
Com um projeto de contenção de despesas, os resultados obviamente não vinham! Derrotas improváveis no Gauchão deixavam tudo mais complicado. Scolari partiu para a defensiva "atacando". Tirou o "corpo fora" várias vezes, saiu de campo antes do término de uma partida, criticou aberta e publicamente jovens valores da base, exigia contratações e, acima de tudo, não parecia em sintonia plena com a diretoria neste projeto de colocar as contas em ordem. Citou isso (o projeto de Bolzan) nas entrelinhas em sua despedida, inclusive.
 
 
Não adiantava insistir mais, se disse em débito com o clube e, em especial, com seu amigo Fábio Koff
 
Perder o título estadual para o Inter foi o fim, com o tiro de misericórdia no início medonho deste campeonato nacional.

O Grêmio errou ao trazê-lo?

 
Claro que não! Apesar de tudo, estamos falando de um profissional gabaritado, campeão mundial de seleções, bicampeão da Libertadores, dono de vários títulos de grande expressão nacional, renomado no mercado europeu... de repente seja ainda o profissional brasileiro desta área com maior reconhecimento lá fora.
O momento que era impróprio! Mas dirigentes são quase "comerciantes", vivem das oportunidades que o mercado oferece. Foi uma tentativa válida que simplesmente não deu certo.
Melhor para todos... termina assim o último ciclo de Scolari no clube que lhe projetou internacionalmente depois de um título de Copa do Brasil improvável lá no Criciúma, justamente em cima do Grêmio.

E agora?
 
O clube trabalha com a possibilidade de trazer C. Borges, ex-Fluminense. Sereno, trabalhador e comedido, sabe administrar como poucos coletivas de imprensa. Vai fazer bem para imprensa gaúcha mais um técnico na dupla Gre-Nal que não cai em polêmicas para vender jornal. Tem experiência, maturidade... "pode dar certo"! Creio que economicamente é viável, atende uma ideia inicial de redução de custos da entidade e vem de uma escola de futebol diferente - um verdadeiro "fato novo"!

 
Ex-treinador do Fluminense é o favorito e já atuou como jogador pelo Tricolor
 
Porém, precisamos relativizar... vejo que no futuro temos aí um "certo problema". Em sua última passagem nas Laranjeiras, quando precisou trabalhar com um elenco recheado de garotos, não foi bem. Após o fim da parceria entre Fluminense e Unimed, apenas alguns medalhões ficaram. Vários jovens foram incorporados ao elenco principal e o treinador não deu conta desta mesclagem. Lembro aqui que o Grêmio está fazendo isso também, ou tentando fazer. Quando tinha em mãos todo plantel recheado de jogadores renomados no ano passado, ficou longe do G-4 e não emplacou na Copa do Brasil, logo, não deixou muitas saudades na torcida pó-de-arroz.
Em compensação, ele faz parte de uma geração nova de técnicos. Promissor e respeitado no meio, chega com ideias diferentes, mais atuais, um conceito de futebol moderno!
Sozinho, C. Borges ou qualquer outro treinador não vai fazer milagre. A blindagem de seu vestiário deve acompanhar a chegada de pelo menos dois reforços, atletas que cheguem para jogar, resolver. Não existe solução mágica, mas um "fato novo" tanto falado era tudo que precisava acontecer para ajudar o Grêmio neste momento e baixar um pouco essa poeira levantada em seguidos insucessos.

Saudações Coloradas
 
Imagens: Portal Gremista - Sangue Azul, Esporte Interativo e Lancenet.

Três volantes ou Valdívia?

Inter encara o Santa Fé pelo primeiro confronto das quartas

Na decisão do título estadual contra o Grêmio fora de casa, Diego Aguirre montou um time, inicialmente, com os volantes Nico Freitas, Rodrigo Dourado e Aránguiz para, no segundo tempo, lançar Valdívia. Contra o CA Mineiro no Horto, a formação foi com dois volantes e três meias: Rodrigo Dourado, Aránguiz, Alex, Jorge Henrique e Eduardo Sasha, novamente Valdívia entrou apenas na segunda etapa. Nas partidas de volta dentro do Beira-Rio, Valdívia começou na equipe titular e o Inter levantou a taça do Gauchão, depois, garantiu a vaga contra os mineiros pela Libertadores, todas as quatro vezes com grandes atuações do menino “sensação” deste grupo.  
Me parece que o treinador Colorado encara os jogos fora de casa com times mais maduros, escalando inicialmente jogadores mais rodados e que tenham uma preocupação tático-defensiva mais aguda. Valdívia, no entanto, provou por “A + B” que tem poder de recomposição e em um possível 4-2-3-1 amanhã vai dar conta do recado. Ele pode acompanhar D’Alessadro, Sasha (meias), Aránguiz e Dourado (volantes) no meio de campo sem dar os espaços que os colombianos precisarão em seus domínios.

Grande fase

O problema é que Valdívia rendeu bem em casa, já nas partidas fora incendiou quando entrou no decorrer da partida. Nos momentos principais do Internacional neste ano, sempre foi assim. Lembro de, no ano passado diante o Cruzeiro pelo Brasileirão, ele ter recebido a oportunidade de começar jogando no Mineirão após lesões de Jorge Henrique e Sasha. Era o jogo do ano, a chance dele! Mas o garoto sentiu e se saiu muito mal. Tanto é verdade que, contra o Fluminense (depois em Porto Alegre) após desencantar marcando um importante gol no apagar das luzes, caiu em lágrimas.
A preocupação é voltar com um resultado da Colômbia que permita o Inter decidir as coisas em casa igual foi diante Grêmio e CA Mineiro. 
Falei do Flu antes e dou o mesmo time como exemplo. Quem não lembra do episódio em 2008 quando o Sr. Renato Portaluppi, então técnico daquele time na Taça Libertadores, disse: “o Fluminense vai brincar no Brasileirão”!?

Motivo de chacota

Depois de eliminar o São Paulo e o Boca Jrs. aquele título parecia certo. Encarou, então, a LDU (que já havia vencido na primeira fase) pela decisão do torneio continental. Na partida de ida escalou dois volantes, dois zagueiros, dois laterais, enfim... um 4-4-2 básico. Na equipe titular apareceu com T. Nevez e Conca na armação. Esses são mais extremamente técnicos, de qualidade inconteste. Mas os dois NUNCA foram exímios na recomposição. Pelos flancos, Guerrón e Bolaños sobraram! 4x1 aplicado pelos lados de campo. O resto da história todo mundo conhece.
A falta de humildade de Renato tirou do clube carioca a chance de conquistar o título mais importante de sua história. Na volta, um novo 4x1 (agora à favor) com a mesma armação clássica (4-4-2). Os pênaltis foram implacáveis com o Tricolor do Rio e os equatorianos venceram, fizeram a festa em um “Maracanazzo” contemporâneo. A vitória dos brasileiros em casa era certa, natural. O time de Renato era infinitamente superior, mas ao “não abrir mão” de Conca ou T. Neves no jogo de ida em Quito para fechar uma cobertura com o ex-gremista Roger (um time menos exposto para perder de um gol ou empatar), a taça fatalmente seria conquistada em casa sem sombra de dúvidas.

Altitude é uma arma forte dos times que jogam em casa

Os contextos são diferentes. Claro que o Santa Fé não é a LDU e nem o Inter se compara ao Fluminense de 2008. Mas o exemplo serve para demonstrar que em partidas como esta, a pressão e todo peso de um embate em solo estrangeiro (ainda mais na altitude) transforma tudo em algo imprevisível, desequilibrado. Quem não lembra também de Edinho “comemorando” a derrota por 2x1 do Inter (a única sofrida por aquele time na competição) em Quito para a Liga na Libertadores 2006, a primeira da história Colorada? 
Concordo com o técnico em escalar Valdívia nesta partida. Nada mais justo e coerente. “Mas” se abrir mão dele ou de algum meia, ao menos no primeiro tempo, começando com três volantes... acredito esteja fazendo o jogo dos 180 minutos “considerando o fator local” com muita inteligência.

Pitacos: Antes ler os "pitacos" convido os amigos a dar uma olhada no final do texto Brasil 100% na Libertadores Brasil 100% na Libertadores:
* River Plate x Boca Jrs. – Na mosca! Lamentável o desfecho, mas a punição foi merecida.
* São Paulo x Cruzeiro – Certo de novo.
* Guraní x Corinthians – A maior zebra do ano, essa todos erramos.
* M. Wanders x Racing – Também acertada.
* U. Sucre x Tigres – Confirmado e os mexicanos seguiram.
* Emelec x A. Nacional – Mais uma correta!
* CA Mineiro x Internacional – Apostamos de novo.
* Estudiantes x Santa Fé – meu segundo erro.

E agora?

- River Plate x Cruzeiro: os argentinos seguem na competição.
- Guaraní x Racing: não acredito que dois raios caiam no mesmo lugar, segue o Racing.
- Emelec x Tigres: zebra, passa o Emelec!
- Santa Fé x Internacional: aposto no time gaúcho.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal ESPN, Deciclopédia e Extra Globo.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Rodada #02 Br-15

Sorte (ou falta dela) chama atenção na dupla Gre-Nal

Inter e Grêmio fizeram seus jogos inaugurais no Brasileirão contra quatro dos nove candidatos ao rebaixamento. Conforme declaramos no texto BR-15, CA Paranaense, Ponte Preta, Avaí e Coritiba se juntam a Joinville, Chapecoense, Figueira, Sport e Goiás ao rol de times que entram na disputa pensando unicamente em se manter na elite. Servem de “atenuantes” o fato de o Colorado realizar esses compromissos com time reserva e o Tricolor por ter encarado a Ponte Preta na estréia que, junto a Goiás e Figueirense, foram citados no mesmo texto como “possíveis” surpresas. Mesmo assim, dos doze pontos disputados os gaúchos não somaram sequer a metade deles. Muito pouco.
No sábado, o Grêmio perdeu com repetidas falhas da sua dupla de zagueiros. Geromel vive um momento difícil. Erazo é ruim mesmo. O time não pode passar por isso em todas as partidas. Mas verdade seja dita, a fase é ruim mesmo, como um todo. Vi uma sucessão de lances errados, muito azar tanto na frente como atrás. Além das limitações e de toda deficiência técnica de alguns jogadores, “parece” que o universo conspira contra a equipe de Scolari.

Grêmio está devendo e imagem de ídolo começa desgastar

De repente esteja na hora de falar em “fato novo”. Mas “demitir” Felipão é ruim para ele e para o clube. Por sua participação na história gremista, “quem sabe”, o melhor para ambos seja mesmo aceitar a proposta que ele recebeu da China e trazer um treinador especialista com elencos jovens. Gallo e E. Leão estão livres no mercado e devem custar bem menos aos cofres gremista. Não acredito que C. Roth e M. Menezes sejam soluções; o primeiro pela rejeição e o segundo pelo custo. O projeto está bem definido e Scolari permanecendo, um desgaste “pode” atrapalhar todos os planos da direção. Seu retono não foi num momento tranquilo da carreira. Em busca de felicidade, Scolari reitera erros, tanto que em vários jogos do ano queimou a primeira substituição antes do término da primeira etapa. Isso comprova que o treinador tenta consertar algo que ele mesmo escalou errado. Duas contratações também são necessárias, jogadores para chegar e jogar, não só para compor elenco. Um treinador novo pode fazer este time render mais, mas milagre só Jesus Cristo fazia.
Ontem o Inter venceu a primeira na competição. O fraco Avaí fez frente aos comandados de Aguirre dentro do Beira-Rio. O time que entrou em campo pode e deve ser melhor do que aquilo. Mas o gringo tem estrela! Ao promover duas alterações, de imediato, o gol da vitória saiu. Houve lances de “pura sorte” em que a bola teimava em não entrar lá atrás e o resto dava certo no ataque. Que fase! Aqui o universo também conspira, mas a favor.

Três pontos importantes

Vitinho merecidamente ficou no banco. Depois daquele jogo no Paraná nada mais justo segurar um pouco, ainda que na equipe suplementar. No fim foi humilde, exaltou seu gol reconhecendo a fase ruim dizendo que o técnico está fazendo o melhor pelo Inter. Falando nisso, Diego insiste com Luque. Mal novamente, entendo que a comissão técnica vê nele um potencial. Jovem e veloz está sendo trabalhado para suprir eventuais saídas de Sasha ou Valdívia. Para chegar lá, precisa evoluir muito. Ânderson, finalmente, jogou onde é melhor. Aliás, por mais que não goste de fazer a segunda função de meio-campo, foi ali que teve sua melhor fase no United, chegando na seleção inclusive. Para o sucesso, a gente não faz “apenas” o que gosta e precisa aprender a gostar do que sabe fazer. Muriel, Paulão, Ruschel... até eles foram razoavelmente bem.
Sem compromissos até sábado, o Grêmio tem uma semana inteira para trabalhar. Em casa, novamente contra um dos nove times mais modestos do Brasileirão, a vitória é fundamental. Apenas um resultado positivo pode trazer um pouco de tranqüilidade ao grupo. Um resultado ruim pode colocar o técnico na berlinda. Já o Inter, totalmente focado na Taça Libertadores, tem uma parada muito dura na Colômbia. Sua única derrota na competição até agora, foi justamente na altitude. Hora de espantar este “fantasma” e voltar com pelo menos um empate para decidir no Beira-Rio.

Pitacos:

- Faltou fair play ao Flamengo;
- Mas faltou malandragem ao atacante do Sport também;
- Do mesmo jeito que os cariocas deviam ter devolvido a bola;
- O atleta do time pernambucano não devia ter levantado;
- Jogando em casa, perdendo, o time flamenguista deixou de lado o esporte limpo para empatar a partida;
- O Cruzeiro perdeu a segunda no BR-15;
- Com Libertadores no calendário é isso mesmo;
- Colaboração de Fabrício (ex-Inter) cercando e andando para trás na hora do gol santista;
- Ele foi infeliz no lance;
- O São Paulo precisa reagir;
- Não foi goleado pela Ponte graças ao “quase aposentado” R. Ceni;
- Aquele grupo sentiu muito a eliminação da Libertadores;
- Já Tite reúne os cacos e vence a segunda seguida;
- Líder isolado no Brasileirão, mesmo criticado por tudo que aconteceu na competição continental;
- O Corinthians começa despontar na competição nacional;
- É cedo para falar, mas o Palmeiras prova também aquilo que registramos no Blog;
- Os paulistas montaram um time para o ano que vem... falta muita coisa ainda;
- O CA Mineiro sobrou contra o Fluminense;
- 4x1 saiu barato!
- Os mineiros também são candidatos ao título nacional;
- Já o Flu não pode, mesmo com suas limitações, sofrer uma goleada vexatória dessas.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Banco poderá fechar a Arena?

Veículo publica matéria dizendo que o Grêmio pode ficar sem sua casa

Antes de tratar da pauta de hoje, recomendo aos leitores do Blog acessar Banco do Brasil poderá fechar a Arena do Grêmio 
Como visto, se trata de uma pendência econômica e de questões sobre a recuperação judicial da OAS.
Primeiro que a fonte, francamente, não me parece 100% confiável. Segundo que, uma informação bombástica como esta estaria estampada em todos os jornais e sites, sem contar as programações de esporte via Rádio e TV. Mesmo assim, o assunto foi levantado e merece atenção.

Problema ou oportunidade?

Costumo dizer que, na vida, tudo tem dois lados, um bom e outro ruim. Em sendo verdade essa história, não seria mais “viável” pro Clube buscar meios para quebrar o contrato, retornar para a velha casa, reformar o “básico” para conseguir mandar seus jogos e, no futuro dentro da medida do possível, realizar uma grande reforma como outros times do Brasil fizeram?
Muita gente influente do Grêmio, como o ex-presidente Hélio Dourado, sempre se posicionaram contra essa parceria. O próprio Fábio Koff que dirigia o Tricolor até pouco tempo não escondia sua insatisfação em relação a isso. Os mandatários a sua época entenderam ser esta a melhor maneira de fazer as coisas, mas o legado que ficou gerou e ainda gera muita controvérsia, discussão e dúvidas.
Tem um velho jargão popular bem conhecido que diz que, às vezes na vida “é preciso dar um passo para atrás para dar dois para frente”.

Saudações Coloradas

Imagem: Portal Sul 21

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mais um baita jogo!

Inter vence e pega Santa Fé nas quartas-de-final

A exemplo do primeiro encontro, o Colorado gaúcho e o Galo mineiro fizeram um duelo a altura de um grande clássico nacional. Melhor e mais eficiente, os comandados de D. Aguirre marcam 3x1 na equipe de L. Culpi e seguem firmes na Taça Libertadores.

O nome da partida

A vaga foi merecida. O Internacional foi superior nos dois embates. Inteligente, soube jogar no Horto e ontem venceu sem margem de dúvidas. Mas o CA Mineiro é forte, de respeito. O time de BH vendeu caro essa eliminação.
O Inter começou mal, muito aberto defensivamente. Mesmo assim, os talentos individuais da equipe colorada fizeram toda a diferença. Dois golaços, duas pinturas! Com a fatura “aparentemente liquidada”, D. Aguirre acerta até quando erra. Primeiro ao inverter os laterais depois de um início muito exposto. Depois, quando Sasha sentiu uma lesão e precisou colocar J. Henrique em campo, não exitou em substituí-lo ingressando com N. Freitas.

Uma estrela que brilha cada vez mais forte

Quando o gol dos visitantes saiu em um momento crítico, então o treinador Colorado precisou se mexer justamente pelo motivo antes citado. Mesmo vindo com tudo pra cima, um erro foi fatal e L. López não perdoou. Foi o tiro de misericórdia.
Reclamação mineira contra a arbitragem... com razão! Nem tanto pelo pênalti não marcado e pelo gol anulado, até porque isso é controverso, mas pelo critério adotado na marcação das faltas. Assim como na partida de ida os donos da casa foram beneficiados, no Beira-Rio aconteceu a mesma coisa. O fator local pesou neste quesito. Nada que diminua a, repito, merecida classificação colorada.

Lindo!

Agora o Inter encara o Santa Fé. Os colombianos já queimaram minha língua eliminando o Estudiantes da Argentina e merecem toda a atenção do mundo. Mesmo assim, o time brasileiro é favorito.

Pitacos:

- O Grêmio não tomou conhecimento do CRB;
- Vivendo boa fase, o campeão alagoano não foi páreo para o Tricolor;
- Mesmo se tratando de um adversário que disputa a Série B, a vitória dá moral;
- Eliminar o jogo da volta dá um gás na confiança e um tempo maior para treinos e recuperação;
- Quem diria que o Guarani do Paraguai eliminaria o Corinthians?
- Oscilações são normais no futebol;
- A partida ruim dos paulistas em Assunção foi determinante;
- Mas ontem faltou cabeça ao time de Tite;
- Expulsões que por si só tiraram as chances do Timão;
- No Mineirão, o Cruzeiro superou o São Paulo nos pênaltis;
- Com 42 anos, R. Ceni se aposentará agora ou no fim da temporada?
- A "barriga saliente" acusa um fim de carreira próximo.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Largada decepcionante

Começo ruim de Inter e Grêmio no Brasileirão

A primeira rodada não foi boa para os times gaúchos. Em casa o Tricolor só empatou com a Ponte Preta, já o Colorado perdeu com seu time reserva por 3x0 do CA Paranaense em Curitiba.
O Grêmio entrou em campo às 11h00 da manhã. Bem na partida, o time abriu o marcador e ampliou na segunda etapa. Tudo ao natural! Luan servindo Mamute, restando pouco menos de 30 minutos pro fim, a vitória parecia encaminhada. Aí Cajá, em um lance de rara felicidade, colocou a bola na gaveta. Pane generalizada no lado azul! O empate veio dois minutos depois. Mesmo assim, o time gaúcho é muito melhor... o terceiro parecia dar números finais. Contudo, no último lance, um castigo indigesto na estréia gremista.

Um empate com sabor de derrota

Nem vou entrar no mérito do contexto da partida, seja tático, individual ou coletivo. Vamos analisar o resultado em si. A Ponte Preta é uma das nove equipes que entraram na briga tão somente para não cair. Tem chance de surpreender como fez ontem, claro. No entanto, o time de Scolari NÃO PODE perder pontos em casa nos embates como este. Tem de se impor, fazer as coisas acontecer. Com todo respeito aos paulistas, o Grêmio é muito grande para levar tantos gols em casa de um adversário com estas pretensões.
Mais tarde, o Atlético se fez valer dos muitos erros individuais de alguns Colorados (por isso são reservas). Taticamente o Inter teve posicionamento, mais posse e finalizações. Ponto pro técnico, então culpa de quem jogou e errou. O time marcou muito de longe, principalmente no início. Mesmo assim os reservas são melhores, mais qualificados que o titular do CA Paranaense. NÃO PODE tomar três e ver o Walter acabar com o jogo daquele jeito. Cada dia entendo mais o Aguirre, ele fez tudo que pôde. Tem alguns aí que ganharam oportunidade e depois não podem reclamar, nem achar ruim ficar no banco. 

Guardar lições... mas foi um jogo pra esquecer

Tá certo que foram duas bolas na trave e uma baita defesa do Weverton. Mas o detalhe foi, reitero, os erros "individuais" (não só lá atrás). O técnico Diego raramente se irrita, mas com atletas do gabarito de Ânderson e Vitinho, outros rodados como Léo, Réver, Paulão e R. Moura, isso não podia ter acontecido. Ao menos não deste jeito. Esbravejou com razão. Ânderson carregou demais a bola, Vitinho tropeçava nela! Paulão toda hora dando condições, marcando a bola ao invés do atacante. Deixou o lateral com dois sempre. Réver lento e He-Man muito distante da área. Na esquerda uma verdadeira avenida nas costas do A. Ruschel.
Scolari não tem tempo para digerir esse resultado. Quarta pega o CRB, campeão em Alagoas longe de Porto Alegre pela Copa do Brasil. Eles vem de vitória na Série B sobre o Bragantino. Óbvio que a obrigação é toda do Grêmio, mas o bom momento do adversário merece respeito. Enquanto isso, D. Aguirre tem o desafio do ano em casa para seguir firme na Taça Libertadores. Uma partida em que seu time tem boa vantagem, no entanto, o Galo chega com uma das principais forças do futebol brasileiro da atualidade. Um encontro de gigantes em que tudo pode acontecer. 

Mudança de foco!

Depois de virar a chave, o Tricolor precisa reencontrar a consistência defensiva enquanto os reservas do Colorado têm de encontrar sintonia. O Campeonato Brasileiro é muito difícil! Todo ponto perdido é um desastre. Por isso o Grêmio não pode se dar ao luxo de entregar um resultado desses de novo, enquanto o time B do Inter tem de ser trabalhado ostensivamente, levando em consideração a possibilidade de a equipe A seguir focada na competição continental por um bom tempo ainda.

Pitacos:

- Não sei quais motivos “reais” culminaram na demissão do Galo;
- Dunga assume a seleção olímpica;
- A medalha de ouro, tão perseguida pela CBF, pode ser conquistada em casa;
- Mas a fórmula de outros anos em que ficamos no “quase” foi repetida;
- Depois de um treinador trabalhar bastante o time, cai perto da competição;
- É chamado, então, o chefe da comissão técnica do time principal para concluir o projeto bem na reta final;
- Falando em “saída” não temos detalhes na confusão que gerou a demissão do Clemer;
- Mas verdade seja dita... nada justifica uma agressão física!

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Um baita jogo!

Empate no Horto reserva grande decisão no Beira-Rio

Acredito ter assistido a melhor partida de futebol da temporada. Ao menos até agora, foi o jogo com mais emoção e alternativas de 2015 em minha opinião. Uma pena dois grandes times como Inter e CA Mineiro se enfrentarem tão cedo, em uma fase de oitavas-de-final. Mas aconteceu de se encontrarem desde já e os dois trataram de disputar os 90 primeiros minutos do embate a altura de um clássico nacional como este.
O Galo veio a campo com o 4-2-3-1. Esquema repetido pela maioria das equipes brasileiras na atualidade e que o próprio Inter costuma usar. Mas Diego Aguirre, “pra variar” surpreendeu novamente! Enquanto todos acreditavam em uma formação com três volantes, o time entrou em campo com três zagueiros. D’Alessandro e Valdívia no banco de reservas não foi a maior surpresa do mundo em uma equipe que, desde o início, procura utilizar a maior parte possível de atletas do elenco. Alex começou como capitão, principal articulador de jogadas para Sasha e J. Henrique ir, voltar... correndo feito doidos numa entrega de encher os olhos.

Jogou muito!

Os mineiros são muito fortes no Horto. Uma intensidade incrível que se justifica pela entrega de seus jogadores. Mas foram os gaúchos que abriram o placar. L. López que substituiu Nilmar lesionado antecipou um passe da defesa e marcou o gol. Aí veio Galo, Horto, tudo pra cima do Colorado. Alisson não estava em uma noite inspirada. Saiu errado, mal posicionado algumas vezes também. Foi justamente numa dessas, por volta dos 16 minutos, que uma bola chutada de longe entrou no canto que deveria estar protegendo.
Durante os minutos restantes do primeiro tempo foi um sufoco! Os donos da casa, se fazendo valer do fator local, tinham muito volume. O Inter, muito aplicado defensivamente e bem armado para contra-ataques, também assustava.
Com a mesma equipe, o Internacional voltou melhor e Alisson parecia mais tranqüilo. Jogados os 15 minutos da etapa complementar, Aguirre promoveu Valdívia e D’Alessandro no lugar de Alex e Sasha. No primeiro lance, o argentino cobrou a falta que desviou no primeiro pau para o garoto sensação deste grupo marcar o segundo.

Que estrela!

Daí em diante o Galo levava perigo, mas estava mais fácil o Colorado ampliar do que sofrer o empate. Durante todo o jogo a arbitragem marcou uma série de faltas (jogadas menores) em favor dos mineiros sem usar o mesmo critério para o outro lado. No entanto, Aránguiz deveria ser expulso após um ponta-pé que desferiu, mas isso foi contemporizado com mero cartão amarelo. Pareceu que Wilmar Roldan estava esperando o empate para apitar o final da partida.
No fim, um castigo não merecido! Aos 49 minutos depois de um lance inacreditável na área, a bola sobrou para o zagueiro Leonardo Silva empatar. Festa dos torcedores, mas um resultado muito bom para o Internacional que depende de um empate em 0x0 ou 1x1 para avançar. O gosto amargo pelo gol sofrido no final fica, mas analisando o contexto de um grande jogo como este, foi muito bom para a sequencia da Taça Libertadores.

Pitacos:

- Baita resultado do São Paulo;
- 1x0 em casa é muito bom;
- O Cruzeiro precisará remar bastante;
- Mas o time celeste ainda é o favorito;
- E o que dizer do Corinthians?
- 2x0 saiu barato!
- O Guaraní do Paraguai, quem diria, tem tudo para cometer o crime.

Saudações Coloradas

Imagens: site do Inter

quarta-feira, 6 de maio de 2015

BR-15

Vai começar o maior campeonato de futebol do país

Já é tradição aqui no Blog... na semana que começa o Brasileirão fazemos um pequeno prognóstico, algo sem maiores pretensões prevendo o que “pode” acontecer. Não levaremos em conta o fato de outras competições serem priorizadas em detrimento desta, como Libertadores agora no início e Copa do Brasil ou Sul-Americana mais lá pro fim. Desconsideraremos também o período de janela para transferências internacionais e as convocações de Dunga para Seleção. Fatores importantes e que influenciam diretamente no desempenho das equipes.

Pois bem, vamos lá! Começamos dividindo os vinte times em três blocos distintos. 

No primeiro deles temos seis times, todos candidatos a G-4: Cruzeiro, São Paulo, CA Mineiro, Internacional, Corinthians e Santos. Exceto o time da Vila Belmiro, os demais são também os apontados, a meu ver, como as equipes com maiores chances de levantar o caneco. Grupos formados para a disputa da Libertadores geralmente investem mais. Consequentemente chegam mais fortes. O Santos, que começou o ano como dúvida, precisa resolver a situação de R. Oliveira e Robinho. A manutenção de L. Lima no grupo também é importante. Com esse time a disposição do técnico, tem chance de chegar.

Cruzeiro em busca do TRI consecutivamente

O segundo bloco, este intermediário, deve compor o meio da tabela. São eles: Grêmio, Flamengo, Vasco, Fluminense e Palmeiras. Aqui, vou subdividir em outros dois, chamaremos de “classe média alta” e “classe média baixa”. Grêmio, Palmeiras e Vasco (classe média alta) “tem uma chance pequena” de dar uma beliscada no G-4, muito pela força da camisa e por alguns pontos positivos que reparamos no início da temporada. Flamengo e Fluminense (classe média baixa) não devem brigar para cair, mas não devem aproximar dos líderes também. 
Chamo atenção ao Palmeiras que, a exemplo do Cruzeiro anos atrás, formou um elenco grande cheio de refugos, quase caiu e em dois anos consecutivamente levantou a taça. Não é time para este ano, mas se manter o trabalho pode fazer história já a partir de 2016. Qualidade tem... precisa paciência e um reforço aqui outro acolá, uma dispensa daqui outra dali. Paciência também é o que se busca no Grêmio! O torcedor está receoso, preocupado, mas diferente dos Tricolores do Rio, não precisam fazer terra arrasada porque o momento é de resgate financeiro. Com mais dois reforços tem time para trabalhar uma participação decente e, porque não, lutar por título da Copa do Brasil.

Um trabalho fora de campo que merece atenção 

Falando em resgate, por vários anos apontei o Rubro-Negro da Gávea como candidato ao descenso. Nesta edição não farei isso de novo! Esse ano a equipe não foi muito bem, mas fora de campo uma verdadeira revolução está sendo feita e pode marcar um dos momentos mais importantes da história do clube. Os flamenguistas sabem disso, apoiam a ideia e, em longo prazo, podem ver a entidade se transformando numa potência. Já o Vasco tem E. Mirando de volta. Com ele o time não cai, nem perde muitos pontos em casa. Deixa de crescer em vários pontos, mas o jeito antigo de fazer futebol ainda tem força no Brasil.
O último é um grande bloco com nove times que entram na briga pensando unicamente em não cair! Os quatro catarinenses (Joinville, Figueirense, Chapecoense e Avaí), os dois do Paraná (Coxa e CA Paranaense), Goiás, Ponte Preta e Sport.

O Avaí é o maior candidato de todos ao rebaixamento

Algum gigante pode ser rebaixado? Podemos ter alguma surpresa?

Primeiro precisamos entender que dos doze maiores do país, apenas o Botafogo não está na Série A. Restaram três do RJ, os dois do RS, os três da capital paulista e o Santos. Destes, como disse antes, o que mais corre riscos é o Fluminense. Sem Unimed, mesclando atletas experientes com garotos lançados de maneira precoce, há um pequeno risco. O que salva o time das Laranjeiras é o fato de ter MUITO time fraco abaixo dele, além de uma tradição menor que a sua naquele bloco de nove clubes. Por isso, não acredito que algum destes onze disputem segunda divisão em 2016.
Mas surpresas sim, isso podemos ter! O Goiás sempre apronta, a Ponte Preta está trabalhando forte nesta intertemporada (apesar de um campeonato paulista meramente razoável) e o Figueirense de Argel será uma pedra no sapato de muitos.

Time do interior paulista fez excursão pelo exterior

Em relação a dupla de Curitiba, me preocupa demais o CA Paranaense. O Coritiba está devendo, mas os jogos que assisti do Furacão me deixaram ressabiado. A coisa ta feia na Baixada.

Saudações Coloradas

Imagens: Blog Tart Sports, Portal Torcida do Flamengo, Placar e Orlando Sentinel

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O outro lado do penta

A vitória Colorada e outros aspectos

Hoje quero falar um pouco mais do que de costume. No entanto, não pretendo escrever “mais do mesmo”. Meu objetivo é tentar dar uma passada rápida em cada pauta de forma simples, dividindo o texto em tópicos para propor um debate:

A QUESTÃO TÁTICA

D. Aguirre disputou o primeiro Gre-Nal com três volantes. Segurou o ímpeto do Grêmio no primeiro tempo e colocou Valdívia no segundo. Tudo em sinal de respeito e estratégia. Por pouco não derrotou seu oponente já no jogo de ida. Scolari parece não ter aprendido da lição do “7x1”! Com três meias de qualidade, mas pouca recomposição, não podia vir ao Beira-Rio com apenas dois volantes para marcar três meias (dois deles com muita recomposição). Na metade da primeira etapa tentou corrigir, mas aí já era tarde. Não teve um “vexame” porque o Colorado diminuiu depois do segundo gol e perdeu Nilmar lesionado ainda no intervalo. Com L. López, o treinador do Inter tentou segurar a bola na frente, sem muito sucesso. Como o rival estava sem criação eficiente na segunda metade da decisão, bastou ter atenção nas tentativas frustradas de bola parada (um ponto forte desta equipe) para garantir o merecido pentacampeonato.

Merecido!

BRIGAS DE TORCIDA E VANDALISMO NAS DECISÕES BRASIL AFORA

"Se organizar para torcer" nunca vai acabar. Besteira levantar a bandeira de dar fim aos torcedores organizados. Isso é impossível. É balela querer "impedir" uma torcida de entrar no estádio, basta o “torcedor marginal” não vestir a camisa da organizada e estará lá dentro. Outra... organizada "autorizada" a usar escudo oficial do clube (marca "registrada" da entidade) deve levar em conta a responsabilidade que isso acarreta e vice-versa. Em havendo autorização (bem como omissão em proibir), todo ato de vandalismo cometido por integrantes uniformizados (de organizada) DEVE ser responsabilidade da entidade também. Por fim, só tem dois jeitos de acabar com isso: elitizar o esporte (como já vem acontecendo) do mesmo jeito que a Inglaterra fez (acabou com os hooligans nos estádios, mas deixou a festa muito chata) ou penalizar exemplarmente e severamente o INDIVÍDUO ou os INDIVÍDUOS, tirando esses bandidos do meio de convívio social. Mas em um país em que assassino fica preso por meros quatro ou seis anos para depois voltar às ruas em regime semi-aberto, o que dizer de uma cadeirinha arrancada e arremessada de cima de uma arquibancada então?

Até quando?

O FUTURO DO INTER

D’Alessandro, emocionado, falou da importância do título. Contudo, ressaltou a cobrança que virá em eventual eliminação na Taça Libertadores. Quando não se prioriza, o técnico assume riscos. Géferson, que vem fazendo uma boa temporada, deve ser desfalque. Nilmar também está em observação. Mesmo assim, seu time é favorito neste embate com o CA Mineiro. Se repetir a estratégia do Gre-Nal, começa com três volantes. Aí pergunto... como deixar Valdívia no banco?
Luigi foi um grande dirigentes, um dos maiores na história do clube porque deixou, dentre outras coisas, um legado patrimonial incrível sem perder a força do quadro societário jogando longe de casa durante as obras. Píffero, que já está na história do Inter, pretende aumentar ainda mais seu rol de títulos como presidente. Há quem diga que foram os presidentes certos na hora certa. Entretanto, “ainda acho” que estes homens, um grande grupo liderado por Fernando Carvalho (Movimento Inter Grande) em seus primórdios, devia trabalhar em conjunto (como antes). Fernando Miranda, antes deles, fez uma reforma financeira fundamental no início deste século, não podemos esquecer isso também.

Um clube que cresce dentro e fora dos gramados

Por um passado de glórias recente, lembro-os disso para, quem sabe, formar mais um período de grandes vitórias no futuro. Hoje, opositores, mas que em um passado político foram aliados, pelo bem do Inter “deviam” encontrar um meio termo. JUNTOS são os melhores dirigentes da história do clube. Separados podem muito, imaginem trabalhando lado a lado novamente?

O FUTURO DO GRÊMIO

Felipão desmentiu as especulações de sua saída e pautou seu pronunciamento em coletiva na continuidade do projeto. Legal da parte dele! Nada mais claro e transparente do que mostrar que um resultado negativo (por mais doloroso que tenha sido) vai ter força suficiente para romper sua idéia a respeito do assunto.
Seu time larga no Campeonato Brasileiro como franco atirador, longe de um favoritismo por título. Seu trabalho será intenso na Copa do Brasil onde tem história não só no Tricolor como em outros times que trabalhou. Esse tipo de competição em tiro curto exige muito menos do grupo. O G-4 não é provável, porém também não é impossível. Mas é um título de maior expressão que daria a esse trabalho (projeto) um “respaldo” que a grandeza do Grêmio precisa.

Hora de levantar a cabeça e não perder o foco

Duas contratações, jogadores para desembarcar e assumir a titularidade são fundamentais. A equipe evoluiu muito, mas faltam peças. Um grupo carente de qualidade técnica para Scolari buscar vôos maiores. Acredito que a direção saiba disso e depois das duas primeiras peças trazidas ainda no Gauchão, as tratativas para trazer mais dois nomes estejam correndo com toda calma e paciência deste mundo. O clube passa por um momento financeiro conturbado, de repente todos os grandes do nosso futebol sofrem deste mal econômico no presente. O problema do Tricolor são as várias escolhas equivocadas do passado que estão impedindo uma gestão mais tranquila agora.

QUANTO VALE O GAUCHÃO?

Aqui precisamos relativizar um pouco as coisas. Nem sempre o melhor vence, mas o Gauchão 2015 foi conquistado pelo melhor time do Rio Grande do Sul. Aliás, por muitos anos vem sendo assim. O Inter começou a partida com oito nomes formados na base do clube, um aspecto que vem chamando atenção. 
O Grêmio poderia ter levantado esse caneco? Claro que poderia... ajudaria muito a dar tranqüilidade daqui em diante. A tradição gremista não é compatível com um período tão grande sem um troféu novo na prateleira e este estadual era um caminho mais curto para quebrar esse tabu.

Um futuro promissor depende de planejamento e visão!

O que não pode é o Inter acreditar que estar melhor que o Grêmio basta. Esse sentimento que perdura tantos anos acaba criando uma rotina “perigosa”. Um clube vive e sobrevive de suas glórias! Com pés no chão e investimento coerente, o crescimento institucional deve caminhar ao lado das vitórias no campo de jogo (por mais difícil que seja). A fórmula do sucesso passa por escolhas certas e é mais complicado do que parece tomá-las.
Por outro lado, os gremistas não podem transformar um Campeonato Gaúcho em Copa do Mundo. Primeiro porque não é! Segundo porque a grandeza do time não permite isso e, terceiro, fica bem mais difícil relativizar a derrota (como Felipão tentou fazer ontem) para não deixar criar terra arrasada. 

Pitacos:

- O adversário Colorado na Libertadores venceu o Campeonato Mineiro;
- Gol polêmico de Jô garantiu o título pro Galo;
- Polêmica em Santa Catarina também;
- Dois empates deram o título ao JEC;
- Mas o rebaixamento do M. Dias passou muito pelos pontos perdido após ter relacionado um atleta irregular;
- O Avaí, por outros motivos, também perdeu pontos;
- A direção do time de Joinville erraram também;
- Em relação a isso, havendo perda destes pontos, o Figueirense será campeão com esse duplo empate;
- Decisão no tribunal catarinense;
- O Palmeiras não perdeu o título ontem;
- Havíamos dito isso aqui mesmo no Blog semana passada;
- Contou a perda de um pênalti e não aumentar a vantagem em casa com um jogador a mais;
- Melhor pro Santos, campeão merecidamente;
- No Rio a maior barbada do domingo!
- Antes de começar já havíamos dito aqui neste espaço;
- Com E. Miranda, fatalmente o Vasco seria campeão;
- Os grandes afastaram as zebras!
- Bahia, Santa Cruz e Goiás levantaram o caneco;
- Só no Paraná, pelo segundo ano consecutivamente, o interior ficou com o troféu;
- 3x0 pro Operário em pleno Couto Pereira fez história.

Saudações Coloradas

Imagens: Gaúcha.ClicRBS, Terra, Globo.Esportes e Correio do Povo