terça-feira, 28 de outubro de 2014

Guris do Inter e a Arena do Grêmio

Abel dá espaço aos garotos e Tricolor trabalha para comprar a sua casa em definitvo

O treinador Colorado, de certo modo, surpreendeu crítica e torcida ao manter no time principal três jovens. Alisson, C. Winck e A. Costa receberam sequencia entre os titulares se creditando para começar o jogo em Santos. Do lado Tricolor, a direção acena na tentativa de dar um dos passos de gestão mais importantes dos últimos anos. A aquisição definitiva dos direitos de exploração da Arena é uma questão em franco atendimento pela direção gremista.

Abel Braga sempre se mostrou um técnico fechado com seus homens de confiança. Geralmente, atletas mais experientes que se comprometam com ele. Não é comum em seu histórico profissional incluir garotos em detrimento de outros mais rodados. Dida cumpriu suspensão automática pela expulsão contra a Chapecoense, mas Alisson tomou seu lugar para não sair mais. Algo semelhante ocorreu com Paulão. Depois de cumprir suspensão diante o Flamengo pelo terceiro amarelo perdeu a posição para A. Costa. O último foi C. Winck. Retornando de lesão tomou o lugar de W. Silva, trazido do Fluminense com indicação do próprio Abel.
 
A. Costa vai se afirmando no lugar do contestadíssimo Paulão
 
Não é nada fácil para o treinador Colorado tomar mudanças como estas, ainda mais barrando “macacos-velhos” do time titular. Mas verdade seja dita, estava muito fácil fazer gol no Inter. Algo precisava ser feito. Notem, todos atuam defensivamente. Assim, os meninos se valorizam e um fato novo é apresentado pela Comissão Técnica para suprir esta deficiência. O resultado pode ser perigoso, isso porque o risco de queimar uma jóia e “se queimar” com o grupo são grandes. Abel Braga mostra coragem nesta reta final de temporada. Exceto W. Silva, os contratos de Dida e Paulão não terminam no fim deste ano. Outro fator interessante que deve ser lembrado.

Em relação ao Grêmio, um divisor de águas deve deixar de ser promessa neste ano ainda. Nunca escondi de ninguém que entendo como uma grande trapalhada da gestão anterior de Fábio Koff a maneira escolhida pelo clube em ter um estádio novo. Entendi errado entregar de “mão beijada” seu principal patrimônio em troca de uma arena que nem poderia chamar de sua, ao menos por um longo período. Receitas importantes deixariam a entidade a mercê de recursos fundamentais para um equilíbrio financeiro adequado.
 
Um estádio para chamar de seu
 
Agora, segundo noticiado pelos veículos especializados, o clube se comprometeu em pagar $360 milhões de reais à Construtora OAS. Seriam $24 milhões por ano até 2020, depois mais 15 pagando $15,4 milhões anualmente. Praticamente um jogador de alto rendimento por temporada! Mesmo assim vale a pena. Com autonomia, a diretoria pode exercer gestão financeira própria, rendendo mais do que perceberia na vigência do contrato anterior. Colocando na “conta do lápis”, a margem tem rentabilidade sim. Outro ponto importante é o fator psicológico! É notório que os homens fortes do Grêmio e a própria torcida “ainda” não têm o mesmo “sentimento” que tinham com a nova estrutura em comparado com o Olímpico. Reflexos imediatos se sentem em campo. Aliás, melhor teria sido ouvir o Dr. Helio Dourado reformando o antigo estádio. Mas águas passadas não movem moinhos. Até o fim desta década a torcida deve sofrer um pouco mais com a escassez de investimentos no time, mas em médio e longo prazo vão aplaudir Fábio Koff por este trabalho.

Saudações Coloradas
 
Imagens: Portais BOL e UOL

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A sina dos times que lutam pelo G-4

Dupla Gre-Nal soma pontos com apresentações questionáveis

Adversários lutando contra o rebaixamento... garantia de jogos tranquilos para os Gaúchos? Errado! O Brasileirão há anos é regido pelo equilíbrio e a linha que divide os líderes dos clubes da parte inferior da tabela é cada vez mais tênue.
O Grêmio conseguiu o empate fora de casa em Curitiba. O Coxa Branca teve a bola do jogo, mas Robinho desperdiçou. O Tricolor ficou devendo e tinha condições de obter um resultado melhor. Mas pelo contexto da partida e os resultados paralelos, o ponto não foi de todo ruim.
 
Felipão quer chegar vivo na briga para entrar no G-4 nas últimas rodadas
 
Já o Inter venceu o Bahia em casa. Os visitantes erraram muito e a qualidade superior dos homens de meio do time Colorado fez a diferença. Nilmar, sem ritmo e errando muito o último passe, já é melhor que qualquer atacante do grupo. O jovem Alisson vem se firmando. O demérito baiano colaborou com o Inter.
 
Alívio na “montanha russa” do Beira-Rio! Abel celebra retorno ao G-4
 
Falta uma rodada para o clássico. O encontro na Arena pode deixar um time do RS bem perto da Libertadores 2015. Antes, os comandados de Abel jogam com o Santos em São Paulo. Deve ter uma cabeça de cavalo enterrada na Vila Belmiro, isso porque o Internacional simplesmente não vence lá. Um dia antes, no sábado, o Grêmio recebe o Vitória em casa com a obrigação de vencer. Uma rodada que pode colocar a equipe de Felipão na frente do Inter. Com muitos jogadores pendurados, o Inter não pode perder e precisa tomar cuidado para não tomar amarelos bobos sob pena de chegar quebrado no Gre-Nal.

Pitacos:
 
- A Rede Globo de televisão está de parabéns!
- Tem muito tempo que não assistia algo sobre futebol tão bem feito na TV;
- A série “A Base” transmitida aos domingos no programa Esporte Espetacular é ótima;
- Recomendo procurar no Globo.com ou no YouTube para dar uma olhada nos capítulos;
- Já foram transmitidas três partes;
- Um esclarecimento “verdadeiro”, apresentando os dois lados da moeda sem vícios;
- Tudo ao encontro do que já debatemos diversas vezes aqui no Blog.

Saudações Coloradas
 
Imagens: Globo.com

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Abel não faz o time jogar, e põe em risco as finanças do clube.




Abel é um problema no Internacional, que precisa ser extirpado o quanto antes do Beira Rio.
Não, não estou maluco. Sua história no Beira Rio, e blá blá blá.....bem, isso foi lá em 2006. E lá mesmo, cometeu muitos erros, não fosse o dedo de Fernando Carvalho e Fernandão, não sei o que poderia ter acontecido.

                             Não sabe porque ganha, não sabe porque perde.


Mas o ano é 2014, e o Inter, sob gestão de uma direção ignorante em futebol, o terceirizou para Abel.  Entregou as chaves do vestiário.  Vencemos o Gauchão, não jogando bem. Encontramos, por sorte, uma escalação que parecia ideal naquele Grenal na Arena, quando tomamos um arrodião no primeiro tempo, e no segundo ele sacou Jorge Henrique e colocou Alan Patrick. Deu certo. Mas isso nunca  foi planejado. Aí veio a célebre frase de Abel. “Falei para o Presidente. Ele pode guardar o dinheiro, que não precisamos contratações, estou muito satisfeito”. E assim foi. A direção, obviamente acatou, pois de futebol não entende. Fomos disputar um brasileiro com Jorge Henrique, Rafael Moura e Welinton Paulista no ataque. Ou seja, nada.  Na zaga, jogadores extremamente limitados. No gol, um veterano sem reflexos. E aí foi o Inter. Ganhando de times pequenos e despreparados, mas nunca jogando bem. Perdendo para qualquer time com o mínimo de organização. A posição na tabela maquiou o ano inteiro um futebol pobre e desorganizado. Quando precisou mostrar serviço, fomos eliminados por Ceará, por Bahia, e agora, que o brasileiro chega na reta final, e as equipes estão dando tudo de si, não ganhamos de ninguém !

Marcelo Medeiros: Não aproveita-se 1 frase sequer de suas entrevistas. Um débil quanto ao futebol

Mas o que isso tem a ver com as finanças ???? Não chegar nas fases finais da Copa do Brasil, não disputar a fase internacional da Sul Americana, isso tudo é dinheiro jogado pelo ralo em premiações, em televisão, em bilheteria, em patrocínio. Colocar reservas nestas competições, foi decisão de Abel. Mais uma vez, com o “amém” da direção.
Porém, o maior crime contra as finanças do clube protagonizado por Abel, é o seu repúdio às categorias de base do clube. O maior patrimônio, e pilar fundamental na gestão financeira do clube, são as vendas de jogadores das categorias de base, 2 a 3 por ano. Este ano vendemos Otavinho, não por suas atuações em 2014, mas por seu desempenho em 2013. Abel tem pavor em colocar jovens no time. Seus critérios de avaliação para os jovens são muito mais exigentes, que com os veteranos e os “bruxos”. Sempre que pode, fala mal dos jogadores da base para justificar as escalações dos medalhões. O caso mais explícito: Valdívia. Só entra no jogo quando a partida está perdida, ou faltando 15 minutos, como ontem. Nas entrevistas, o treinador o torra, dizendo que não tem equilíbrio psicológico, que não tem 2 jogos bons em sequência. NUNCA JOGOU 2 PARTIDAS SEGUIDAS COMO TITULAR. Enquanto isso, Rafael Moura jogou 15 partidas abaixo da crítica, sempre apoiado pelo treinador nas entrevistas. Alan Patrick, o que justifica sua escalação ? Jorge Henrique ???? A lateral direita é outra aberração. Jogam Welinton Silva (seu bruxo), Gilberto no banco, e o melhor de todos, o Claudio Wink, nem relacionado é. Segundo Abel, poupado. Diogo jogou bem sempre que entrou, também nem é relacionado. E assim seguem os casos, o nosso ataque ineficiente, e Aylon, Brunão, Endrigo, nunca receberam oportunidades, Leandrinho foi outro queimado. Bertoto entrou bem, mas não tem sequência. Gladystone joga muito mais que Ygor.......e por aí vai. A base é literalmente esmigalhada por Abel. Não há garantia que todos estes jogadores seriam aproveitados no elenco principal, mas, estando na vitrine, pelo menos seriam boa moeda para negócios, e a garantia de uma gestão financeira tranqüila.

                                 Valdívia. Um dos tantos jogadores da base torrados por Abel em 2014.

Tenho pena da próxima direção que assumirá o Inter em 2015. Encontrará um clube deficitário, um grupo preguiçoso e veterano, e uma categoria de base desacreditada. Terá muito trabalho. O futuro não é bom. E ainda corremos o risco de continuar com Abel Braga.