segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Um campeonato que se reinventa a cada rodada

O equilíbrio das equipes e a incógnita que fica

Comentaristas parecem mudar de opinião a cada semana, a cada jogo. Somente no Campeonato Brasileiro um time que luta contra o rebaixamento mede forças contra um candidato a título. Reflexo de uma competição nivelada por baixo, mas que indiretamente gera emoções até o fim. Exceto o Cruzeiro, a diferença entre todos os demais é uma linha muito tênue que passa pela competência de um treinador e um par de jogadores que podem fazer a diferença em campo.

A dupla Gre-Nal venceu: duplo 1 x 0!

No sábado, o Colorado ganhou do CA Paranaense fora de casa. Não teve jogo algum por causa da chuva, tudo se fez pela superação. Aliás, em uma Arena recém reformada o sistema de drenagem falhar é algo estranho. Não tenho laudos e nem conhecimento técnico para comentar. O volume de água foi grande, logo, fica difícil tecer alguma crítica. Mas que é esquisito, é! Destaque para Dida que salvou o Inter, bem como R. Moura que veio do banco para desencantar. Acredito agora He-Man seja titular diante o Criciúma.
 
Um gol e todo o peso que se tira das costas

Ontem o Tricolor voltou a somar pontos. Sem um esquema definido, ainda em formação, Felipão vai conseguindo os resultados. Independentemente das apresentações ruins, o treinador estancou os traumas das derrotas. O gol diante a Chapecoense saiu cedo, forçando os catarinenses se abrir. Precioso demais, Luan poderia ter soltado uma bola para Dudu ampliar, matando o jogo. Depois, em contra-ataques, o time teimava em perder oportunidades. No fim, os gremistas se complicaram porque os visitantes vieram com tudo em busca do empate. Valeu pela vitória, pela soma quase ininterrupta de pontos e pela grande assistência de Barcos.
 
Marcelo Grohe e sua defesa que não sofre gols. Um time arrumado de trás para frente que soma pontos a cada rodada!
 
No contexto geral, o Internacional volta a sonhar com o título. Para isso, tem de somar seis pontos em casa diante duas equipes que tentam fugir do rebaixamento. Depois é tudo ou nada contra o Cruzeiro em Minas Gerais. Já o Grêmio transformou sua pretensão na disputa da Libertadores 2015 em realidade. Excursiona ao Rio de Janeiro para encarar Fluminense e Botafogo. Não perder para o time das Laranjeiras e vencer os comandados de V. Mancini são metas. A dupla Gre-Nal pode alcançar seus objetivos? Em um campeonato tão equilibrado como esse digo que pode sim. Precisa cuidar também para não protagonizar vexames. Os fatores são vários e o mínimo detalhe faz a diferença. Esse equilíbrio leva um time do céu ao inferno e vice-versa a cada partida disputada.

Pitacos:
 
- Se a Arena da Baixada se transformou em um banhado depois da chuva que caiu em Curitiba, o gramado do Maracanã é uma vergonha;
- No Mineirão torcedores conseguiram entrar com morteiros;
- Situações antigas que se tinha como superado nas “modernas” Arenas da Copa;
- O Cruzeiro foi melhor que o CA Mineiro, mas perdeu;
- Quando foi derrotado para o São Paulo também foi muito bem;
- A equipe não oscila;
- Mesmo na derrota, seu torcedor tem motivos de sobra para permanecer confiante;
- No entanto, revés em clássico “pode” pesar;
- Acredito na experiência do grupo e do treinador para isso não influenciar;
- É importante ver o reflexo disso nesta quarta diante o Coritiba;
- Já o Palmeiras está no limbo;
- A diferença de pontos para sair do G-4 é pequena;
- O problema foi a goleada sem precedentes para o Goiás e a lanterna que carrega agora;
- Erros e acertos de uma diretoria que, assim como Flamengo, estão tentando colocar a casa em ordem;
- A questão é cancha!
- Futebol é movido por resultados... por maior coerência financeira que se tenha, o desempenho dentro de campo é o alicerce de tudo;
- Eu, francamente, não concordo;
- Profissionalismo passa por dificuldades;
- Nas Laranjeiras já se acenou da mesma forma;
- Ano que vem com o já anunciado corte do patrocínio, o investimento em futebol será bem menor;
- Coerência administrativa é algo implacável porque fazer o correto fora das quatro linhas reflete negativamente no time;
- Depois, os frutos são ótimos! Mas até lá o bicho pega;
- Pênalti “bola na mão” de novo;
- A recomendação da FIFA está criando uma celeuma complexa em nosso campeonato;
- Melhor para o Corinthians que venceu o clássico e diminuiu o ímpeto do São Paulo.


Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

Um comentário:

  1. O grande problema do Inter, a meu ver, não está nos atacantes, mas no centromédio. O Inter, como todos sabem, tem dois times completamente diferentes: o primeiro, com D'Alessandro e Aranguiz é candidato ao título, sim senhor; o segundo, sem os gringos, é um time fácil de ser batido e luta, no máximo, por uma vaga no G4.
    Quem é esse Inter? O das vitórias sobre Bota-Fogo e Atlético-PR ou o das derrotas para o Figueirense, Vitória e Bahia?

    No Grêmio, o problema é mais sério. O colorado, ao menos, tem dois meias que, em condições normais de jogo, são decisivos. No tricolor gaúcho, Felipão tem que empilhar volantes, contra qualquer adversário, seja Chapecoense ou Fluminense.
    O treinador gremista reclama da ausência de um camisa 10, mas bem que a torcida gremista esperava que ele pudesse reabilitar algum novato, ou mesmo aqueles que andavam encostados no clube.
    Maxi Rodriguez, para a reserva, era fraco, mas fazia seus golzinhos decisivos no segundo tempo.
    Foram dispensados, o uruguaio, Marco Antonio, o Deretti, o Guilherme Biteco. Rodriguinho e Alan Ruiz devem seguir o mesmo destino.
    Sobra o Giuliano que veio baleado da Europa e o Luan que não é um meia tradicional. Vamos ter que se acostumar com os volantes.

    Tanto Grêmio quanto Inter tem algo em comum. Não tem jogadores de meio campo, e deixaram escapar jogadores que, hoje, se destacam por outros clubes.
    Só o Inter mandou embora Ricardo Goulart, Lucas Lima e Dátolo.
    Ninguém no Grêmio viu o talento de Everton Ribeiro que estava esquecido no Coxa a dois anos atrás. Diego Souza foi parar no Sport. Será que teria bola para jogar nesse time do Luis Felipe?
    De modo geral, os olheiros e os dirigentes de futebol da dupla são fracos para descobrir ou avaliar bons jogadores, essa que é a realidade.


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