sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Pressão que aumenta

Segunda eliminação do mês exige resposta no Brasileirão

Abel Braga teve um recente “dissabor” com a imprensa. Alegou sofrer grande pressão, por isso se irritou. Segundo ele, o momento de “ira” decorre do grande peso que carrega nas costas. O intervalo sem um título do Campeonato Brasileiro, que perdura desde 1979, influenciou seu “humor”. Toda esta cobrança de fora para dentro e, com certeza, de dentro para fora também tem interferência direta nas eliminações precoces, tanto na Copa do Brasil como na Sul-Americana. Seria “falta de foco”, “escolha de prioridades” ou “é tudo balela (desculpa) porque o time é ruim mesmo”?

Acho que tudo um pouco!

Sempre defendi o seguinte ponto de vista: “quem quer tudo, às vezes, fica sem nada”! Com base nesta afirmação podemos entender que as folgas no meio das semanas colaborarão com uma campanha satisfatória no Brasileirão. Neste Domingo, por exemplo, o Inter encara o Figueirense. Os catarinenses tiveram a semana cheia para treinar, se recuperar, sem viagem alguma. O próprio Abel chamou atenção a isso na coletiva inclusive.
 
Discurso conformista... alívio ou desculpa?

Mas o Inter jogou mal, muito mal. O primeiro tempo foi horrível. Mesmo assim, Alex achou um gol no último minuto da etapa inicial. A bola desviou na defesa em um chute despretensioso e enganou Lomba. Depois do intervalo deu até para acreditar. As proezas de Flamengo e Botafogo pareciam se repetir na Fonte Nova.
O Inter tentou. Sem muita qualidade, mas tentou. Dizer que o time entregou é besteira. Entretanto, era evidente que a equipe estava meio “desligada”, com a cabeça em outro lugar. Erros infantis não permitiam um dinamismo. Quando o Inter arriscou tudo, sem um volante sequer em campo, acabou saindo o gol de Henrique. Foi o tiro de misericórdia do Bahia. Ficou claro que o grupo é carente em vários setores. Limitação agravada pelas ausências tão sentidas de D’Alessandro e Aránguiz.
 
“Quanto” essas eliminações refletirão no restante da temporada?

Assim como no jogo, Abel Braga foi 8 ou 80 nas prioridades! Isso porque arriscou tudo, tanto em campo quanto nas competições que disputou até agora. Como não levou a campo o que tinha de melhor (lesões, convocações e preservações) entra pressionadíssimo para a disputa do segundo turno do Nacional.
 
R. Moura segue sem marcar

Com uma competição paralela e a esperança de uma taça na prateleira no fim do ano, perder uma partida pelo Campeonato Brasileiro não seria o fim do mundo. Agora, qualquer resultado ruim será muito mais impactante. Abel sabe disso e precisa dar a resposta já na última rodada do primeiro turno. O Cruzeiro vai muito desfalcado ao Rio encarar o bom Fluminense. Um tropeço lá e uma vitória aqui “tendem” a acalmar os ânimos dos pessimistas. Contudo, na primeira oportunidade a corneta assoprará muito mais forte.

Saudações Coloradas

Imagens:  Globo.com

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