Colorado respira e Tricolor conquista ponto importante
Abel Braga estava entre a cruz e a espada. Depois da vitória sobre o Botafogo em casa ele já pode respirar um pouco mais aliviado. Felipão vai construindo sua campanha passo a passo. Segurar o Galo de Minas Gerais no Independência não é tarefa fácil para ninguém. O zero a zero no placar final tem de ser respeitado.
O Internacional não começou bem. Aliás, os cariocas mereciam ter saído para os vestiários com um resultado melhor. A incompetência nas finalizações aliado ao espaço dado para Alex jogar na intermediária de seu campo saiu caro. Na terceira tentativa do arremate em média distância, o meia Colorado abriu o marcador para os gaúchos. No segundo tempo, A. Ruschel resolveu jogar. Em cima de um lateral improvisado, o garoto deitou e rolou. Na etapa inicial ele e o outro lateral, Diogo, estavam muito perdidos. O mesmo vale para Aránguiz. O chileno estava mal e ditou o ritmo a partir da segunda metade da partida. Assim, D’Alessandro e todo o resto rendeu também. Dois a zero saiu barato para os botafoguenses.
Eduardo Sasha desencanta
O Grêmio teve a bola do jogo no primeiro tempo, mas Giuliano desperdiçou. O CA Mineiro foi melhor no geral e mereceu vencer. Bola na trave, gol anulado, enfim. Contudo, seria um equívoco tremendo tirar os méritos do time de Scolari. Bem postado, marcando bem e saindo com velocidade principalmente no segundo tempo, faltou a equipe apenas um pouco mais de ousadia para surpreender. A equipe depende muito dos arremates de Barcos. O argentino estava bem marcado ontem. Na lateral direita segue o revezamento. No meio de campo também. Na zaga, Geromel “parece” ter ganho a posição. Repito que venho dizendo, acho que o Tricolor precisa definir logo seu padrão tático. Enquanto as trocas dar resultado, a comissão técnica não deve ser contestada. Então a crônica pode comentar, mas precisa declinar a isso.
Matheus Biteco, um dos destaques individuais em Minas
Dois embates complicados no meio de semana. O Inter encara o Sport na Ilha do Retiro. É sempre difícil buscar pontos lá. O Grêmio recebe o Santos de Aranha em casa. Um reencontro que vai chamar a atenção de toda a mídia para a Arena.
Pitacos:
- Baita vitória do São Paulo;
- Mas dizer que a liderança celeste está ameaçada é um pouco de exagero;
- Entretanto, como havia sido previsto aqui, o Tricolor Paulista seria o adversário dos mineiros;
- Muriel se machucou em um tiro de meta;
- Uma pena porque ele estava bem;
- Apesar de uma falha em saída de bola de seu reserva;
- Dida ainda é o melhor e tem que jogar;
- Vergonha no Maracanã!
- O rubro-negro mereceu vencer;
- Mas não é justo um favorecimento, mesmo que inconsciente, desse jeito.
- Mas dizer que a liderança celeste está ameaçada é um pouco de exagero;
- Entretanto, como havia sido previsto aqui, o Tricolor Paulista seria o adversário dos mineiros;
- Muriel se machucou em um tiro de meta;
- Uma pena porque ele estava bem;
- Apesar de uma falha em saída de bola de seu reserva;
- Dida ainda é o melhor e tem que jogar;
- Vergonha no Maracanã!
- O rubro-negro mereceu vencer;
- Mas não é justo um favorecimento, mesmo que inconsciente, desse jeito.
Saudações Coloradas
Imagens: Portal Veja e Globo.com


Rafael,
ResponderExcluirPermita que eu possa discordar um pouco de você em relação ao resultado do Grêmio e o esquema tático.
Achei que o Grêmio poderia ter sido um pouco mais ousado, como o próprio Felipão falou depois do jogo, e quem sabe ter definido o jogo no primeiro tempo.
Mas quando fala isso, Scolari diz uma coisa que contradiz sua proposta inicial. Ele próprio é o responsável por isso, ao demorar para mexer no time.
Independente de que seja um time difícil de ser batido em casa (todos ou quase todos que jogam em casa o são), o galo estava desfalcado, jogando pressionado pela torcida, portanto, faltou ao tricolor gaúcho aproveitar melhor essa situação.
Zé Roberto estava sumido pelo lado esquerdo, e os volantes não foram tão criativos, principalmente, o Matheus Biteco, que não sabe chutar numa bola. O Dudu tem velocidade, habilidade, incomoda os adversários, mas é um jogador ciscador, tem pouca objetividade. Luan e Fernandinho me parecem jogadores mais verticais, digamos assim.
Sobre o esquema, não vejo problema em modificações. O Pará é melhor na marcação que o Martin Rodriguez. Daí a opção por ele em jogos fora de casa.
Não dá para jogar com dois meias que marcam pouco fora de casa; mas também não dá para jogar com Matheus Biteco, quando o Grêmio for mandante.
O problema é que o Luis Felipe ainda não achou o lugar certo para o Giuliano e o Luan jogarem bem.
O ex-colorado não foi tão brilhante como esperava, mesmo jogando com toda a liberdade. E o Luan ainda não se sabe se é atacante ou um meia de ligação. Também tem seus altos e baixos.
Enquanto ele não encontrar esse equilíbrio na armação, vai ter que improvisar o esquema, adaptando conforme o adversário.
FJC:
ResponderExcluirSobre o Giuliano e o Luan, sugiro observar algo importante. O primeiro "ainda" está em fase de readaptação, pode muito mais e será importante para o Grêmio em um futuro próximo. Precisa de confiança e tempo para entrar no ritmo que o futebol brasileiro exige. Já o segundo era um dos melhores (senão o melhor) jogador desse grupo no início da temporada. O problema é que o pessoal esquece que ele é um garoto recém promovido para o time de cima, perdeu espaço e não teve a sequencia devida. Aliás, quando bato na tecla de um esquema tático definido e um time titular sólido, é porque uma equipe rende com sequencia. Os caras só jogam, viajam, mal treinam e o treinador vai arrumando tudo nas partidas mesmo. Concordo que Felipão demora para mexer, mas em contrapartida mexe muito no time titular. Como motivador, agregador... vai dando um verdadeiro show. Apagou um incêndio (menor que a torcida pinta, mas apagou) e deu tranquilidade para muita gente trabalhar. Mas é visível que Scolari ainda não encontrou um padrão. Por isso, os jogadores de qualidade aparecem perdidos algumas vezes dentro de campo, exatamente como você mencionou. Só não concordo com suas críticas ao Biteco. O menino cumpriu um bom papel diante o CA Mineiro. Todo mundo vê que o time joga em função do Barcos, mas essas situações que o próprio treinador já viu cabe a ele corrigir. Arremates, variações e definições independentes do centroavante vão acontecer quando a boleiragem estiver com confiança, deslocados em campo e preparados para tal.