sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Rápidas (mas nem tanto)

Polêmicas da semana

- Petros será julgado pelo “esbarrão” que deu no árbitro do clássico disputado na Vila Belmiro. Raphael Claus não havia anotado nada na súmula. Voltou atrás e incriminou o atleta com base nas imagens, refazendo o texto. O jogador pode pegar 120 dias por agressão física (art. 254 do CBJD) ou de um a três jogos bem como de 15 a 60 dias por ato desleal ou hostil (art. 250 do CBJD). Certo é que o Corinthians perderá um dos melhores jogadores da atualidade no país por certo tempo, fundamental no esquema de Mano Menezes. Duvido seja absolvido!
 
Uma imagem fala mais que mil palavras!

- R. Gaúcho, de novo, no centro das atenções por causa de contratos. Palmeiras e Santos no páreo para contar com o jogador ainda neste ano. Há quem diga que o irmão/empresário do atleta está “leiloando” o cara de novo, prometendo o que não pode cumprir como outrora. Algo que nos recorda aquele desfecho amargo deixado na memória dos gremistas quando R10 retornou ao país. Francamente, futebol é um negócio e o profissional vai atuar onde for melhor  remunerado. Agora, que a “palavra” neste meio não tem valor algum, isso não tem.

- Inter, Fluminense e São Paulo foram “premiados” pela eliminação na Copa do Brasil. Todos se juntam ao Bahia, Vitória, Sport, Criciúma e Sport para representar o Brasil na Sul-Americana. Eu não creio que “entregaram” propositalmente. A meu ver, o Internacional jogou a toalha priorizando o Brasileirão porque perdeu em casa. Logo, se fosse para cair fora da Copa do Brasil, melhor fosse agora então. Já São Paulo e principalmente Fluminense, passaram por tragédias históricas, mas só isso. Claro que precisa mudar essa regra, o problema é fechar a conta matemática do calendário. De fato, os três podem dizer que não caíram fora da Copa do Brasil, e sim, se classificaram para a Sul-Americana.
 
Título da segunda competição mais importante da Conmebol garante vaga na Libertadores, Recopa e Suruga Cup. Altas cotas financeiras e muito prestígio internacional

- Bafafá, nota de repúdio da viúva e várias manifestações na Internet. Os cânticos ironizando a morte de Fernandão por parte dos gremistas no Gre-Nal teve grande repercussão na mídia. Não aprovo e pra mim isso é covardia. Para tudo tem limite, inclusive na rivalidade. O homem, o jogador, jamais provocou ou desrespeitou o Grêmio. A ofensa agrediu a torcida colorada, mas acima de tudo, acabou atingindo os familiares do Fernandão, gente que em nada tem haver com essa história.

- Mas é IMENSAMENTE mais grave as atitudes violentas antes do clássico gaúcho e paulista no domingo passado flagradas por câmeras, divulgadas discretamente na mídia. Ao menos desta vez, foi tudo fora do estádio. Da mesma maneira que o racismo no futebol (muito grave também) dá tanta discussão, o episódio do Fernandão segue a mesma linha. Acho mais importante o debate da violência. O tema merece maior atenção, ainda é tratado com “normalidade”, certo descaso e fica de lado. “Já faz parte” do cotidiano do esporte. ISSO NÃO PODE! Os heróis de Oruro estão soltos, assim como tantos outros “heróis” de várias torcidas no Brasil. Uma ofensa machuca? Sim, e muito. No entanto não mata e nem aleija ninguém. O respeito com integridade física e a vida do semelhante aliado ao medo de ir ao campo ver uma partida devem ter um tratamento mais urgente. Os outros assuntos não podem ser esquecidos, óbvio. Entretanto, matar e morrer por causa de futebol justifica o foco, uma discussão ampla e exaustiva (por mais chato que isso ficou) forçando uma atitude das autoridades e dos Clubes! Aliás, nesse país é assim... as coisas só acontecem depois de uma “comoção nacional”. Tem que insistir, falar, falar e falar.
 
Fora do Estádio e de seus domínios o problema é da Polícia, depois da Justiça. Mas torcedor organizado que ostenta o distintivo oficial do time é diferente! Entendo que o Clube deve ser responsabilizado. A marca é registrada!!! Logo, as entidades esportivas tem instrumentos para proibir esses bandidos de se travestir com seu símbolo, mostrando repúdio. Do contrário... é conivente!!!

- Nilmar volta? Vai parar no Inter, no Corinthians, em nenhum? A pior coisa é a expectativa gerada nessas novelas e a frustração que, normalmente, acompanham o desfecho destas histórias. Francamente, prefiro dar mais atenção ao jogo e a quem já está aqui.

Saudações Coloradas
 
Imagens: Potal Meu Timão, Blog Colorado e O Globo

Um comentário:

  1. Rafael,

    São tantos pontos interessantes o que você colocou.
    Com relação ao primeiro, não creio que a punição será grande, justamente, por se tratar do Corínthians. Se fosse algum outro clube fora da elite de nosso futebol, podíamos ter certeza.

    Penso que o Ronaldinho ainda poderia ajudar o Palmeiras que é candidato a rebaixamento mais uma vez.
    Mas o Santos que tem Robinho, Lucas Lima!?
    O time da Vila tem chances de brigar pelo G4 mesmo sem ele.

    Sobre o Fernandão, esse é um caso tipo de manifestação da barbárie e de uma espécie de "neurose coletiva" que afeta as massas que frequentam estádio de futebol, lamentavelmente.
    Ela se compara ao nazismo.
    Mas é aquela velha questão discutida a muito! Devemos tentar "humanizar" aqueles que não são humanos? Ou implantar uma cadeira elétrica para eles?
    E se aplicar penas mais duras, não estaríamos, de certa forma, desumanizando da mesma maneira? Vivemos num paradoxo.

    Sobre o Nilmar, todo ano essa história. É igual aquelas notícias que levantam a hipótese de que Ronaldinho vai voltar ao Grêmio.
    É claro que histórico de Nilmar é diferente. Ele é tem um coração metade colorado, e é o jogador que falta para fazer companhia ao Rafael Moura.
    O que eu não sei é se ele desenvolve o mesmo futebol do passado.

    Em relação ao post anterior e a questão do Grêmio no Campeonato Brasileiro, o que eu quis dizer é que, se tiver que fazer uma escolha, talvez, o caminho mais curto para a Libertadores seja a Copa do Brasil.

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