sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Derrotas nem tão merecidas assim

Inter e Grêmio estacionam e se afastam dos seus objetivos

Duplo revés em 1 x 0. O resultado mínimo foi implacável contra a dupla Gre-Nal na 16ª rodada deste Brasileirão. Como se não bastasse perder, o resultado negativo do rival também atrapalhou. Enquanto o Inter viu o Cruzeiro ampliar cinco pontos, recebendo a incômada parceria do Corinthians na vice-liderança, o Tricolor está mais longe do G-4 e caiu para a 10ª colocação.
Na quarta-feira um único erro da defesa do Inter na saída de bola foi o suficiente para o São Paulo vencer. Sem Willians e Wellington, o time sofreu muito. Mas a derrota não passa exclusivamente pela ausência dos dois volantes titulares. A equipe é notorialmente lenta e com a grande (para não dizer surpreendente) recomposição de Kaká, Ganso e Pato, o Inter não conseguiu jogar. A vitória paulista foi construída no único gol marcado, ainda no primeiro tempo. O time de Abel não merecia perder, teve volume e se dedicou em busca do empate. Entretanto, ficou longe de merecer uma vitória. Antes de tudo, sair atrás no marcador contra equipes montadas por Muricy é algo complicado. Além disso, os visitantes estiveram mais perto de ampliar do que o Internacional de marcar na maior parte da partida, sem contar que todo aquele volume o Colorado não se tornou efetivo. Foram raras as conclusões à gol.

Reclamação de Abel: treinador questiona o calendário e o pouco tempo de treino/recuperação de atletas

Ontem, o Grêmio parece ter recuperado “o espírito da coisa”. Algo que já havíamos notado contra o Criciúma. Definitivamente não mereceu sair derrotado do Mineirão. O gol no fim foi um castigo muito duro para um time que foi taticamente muito bem e que se doou como um todo contra a melhor força do futebol no país atualmente. Fechado, jogando por uma bola, Scolari viu passar por perto até a vitória, enquanto o empate era praticamente certo. Definitivamente, o gol sofrido no final da partida não foi justo e teve um gosto muito amargo. Perder sempre é ruim, mas as duas últimas apresentações do Tricolor mostram um grupo com a cara de Felipão. Muito a melhorar, é verdade, no entanto voltou ser difícil derrotar o Tricolor. Algo semelhante se viu no início da temporada, na fase de grupo da Libertadores.

Reclamação de Rhodolfo: zagueiro saiu irritado pelo lance que gerou o gol cruzeirense

Reclamações também com a arbitragem de parte a parte, mas nenhuma das duas derrotas “foi para a conta” do juiz. O importante é entender que os dois times gaúchos têm limitações. Para ser campeão, o Inter precisa velocidade e alguém com mais qualidade na frente. W. Paulista no lugar de R. Moura “poderia” melhorar um pouco, mas seria mais do mesmo. Porque o jovem Aylon não ganha uma chance? No meio, Valdívia pode ser a opção de velocidade que Alex e A. Patrick não conseguem dar. Mas são meninos e dificilmente Abel vai colocá-los em campo. Fez com Bertotto por necessidade e o garoto foi co-autor com Juan do lance capital diante o São Paulo. Já o Grêmio está no caminho certo. Com 14 pontos atrás do líder fica complicado falar em título agora, mas o G-4 não está tão inatingível assim. Com três vitórias consecutivas o time pode chegar, encostar. O mais importante é manter jogando bem. Desta maneira o time começa forte a Copa do Brasil e fica vivo no Brasileirão.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

2 comentários:

  1. Pena o Grêmio ter gente como Pára, Werley, Barcos entre outros no time, jogadores ruins que acabam sempre jogando e prejudicando a equipe...

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  2. Rafael,

    O Felipe Bastos vem desempenhando bem aquela função do terceiro volante que discutíamos aqui no blog.
    A meu ver, o esquema com três volantes é eficiente quando se tem pelo menos um deles um pouco mais criativo.
    Bastos vai bem no desarme e no passe. Tomara que siga nesse mesmo ritmo.
    Eu não vi o jogo na íntegra, mas pelos lances o Grêmio teve maiores chances. Quem não viu isso foi a imprensa, que lambeu o saco do Cruzeiro, mais uma vez, dizendo que foi mérito do time mineiro.

    Stevan,

    Discordo sobre o Barcos, ele fez falta nesse jogo. Com o já limitado Lucas Coelho fora, não havia outro para o lugar.
    Esse jogador de área, brigador e goleador ao mesmo tempo, não tem em nenhum time do Brasil, exceto, o Guerrero do Corínthians. Ainda assim, não é lá grande coisa.
    O Felipão não precisava queimar o jovem Ronan nesse jogo. Poderia ter jogado com o Giuliano ou Fernandinho mais na frente.
    Mas a opção por um jogador alto na área é outro paradigma dos treinadores.

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