sexta-feira, 17 de abril de 2015

A vitória que Aguirre precisava

Time tem apresentação de gala e treinador cala a crônica

Hoje os críticos precisam se render! O Internacional voltou do Chile com uma grande vitória, uma goleada que deixa a classificação praticamente sacramentada. Só uma zebra gigantesca elimina o Colorado da Libertadores na fase de grupos.
Nilton, Vitinho, Ânderson, Dida... nem viajaram. Alex e Réver no banco. Jogadores consagrados dando espaço a uma equipe titular escalada por seis atletas formados na base. Depois do intervalo eram sete no campo! Não é fácil para um técnico de futebol se agarrar em suas convicções mantendo a equipe que entende ser melhor em detrimento dos nomes trazidos/mantidos a peso de ouro entre reservas ou fora da relação. Parabéns professor!

"Foi o melhor jogo do ano. Enfrentamos uma grande equipe, precisávamos da vitória, jogamos bem e fiquei muito feliz com o desempenho do grupo. Jogamos um futebol dinâmico. Ser o primeiro do grupo é um dos nossos objetivos, e estamos perto de alcançá-lo", disse Aguirre.

Noutro dia comentei aqui que Abelão demorou muito para encontrar a formação ideal em 2014. Insistiu demais, principalmente com A. Patrick. Quando encontrou o time ideal (a partir da vitória diante o Palmeiras fora de casa), J. Henrique foi titular. Após sua contusão, Sasha ganhou espaços e o Colorado rendeu mais ainda! Sua lesão na véspera do jogo entre líder e vice-líder em Minas terminou com as chances de encostar no Cruzeiro. Nesse ano, após um ato de indisciplina, J. Henrique seria emprestado ao Avaí. O treinador pediu sua manutenção e hoje os dois, incluindo Sasha, são importantes demais. Uma recomposição de encher os olhos combinado com um apoio muito interessante que tem até em conclusões. Parabéns professor!
Lá fora os grupos são “totalmente” usados. No Brasil temos um paradigma enraizado de “time titular” e “sequencia de jogos”, tudo para encontrar entrosamento, ritmo de jogo, etc. Diego Aguirre deu oportunidades para todo mundo, logo, quem quiser um espaço nesse elenco recheado de opções precisa estar pronto. Ele provou que no Inter ninguém joga com nome, mas sim pelo que rende. Os gols de Nilmar, apesar das falhas do goleiro da LaU, mostraram sua entrega. Outros tantos também fizeram o mesmo e a forma como o time finalmente se achou, vão ao encontro do que o treinador disse a pouco mais de um mês quando pediu trinta dias para deixar o Inter como ele queria. Parabéns professor!

Time quase todo feito em casa

O time chileno tem suas limitações, é verdade. Mas pela tradição que ostenta, jogando em seus domínios e entrando na cancha com uma necessidade latente de vencer, o Internacional merece hoje todo o reconhecimento. Foi superior 100% do tempo, não deu chances ao adversário, massacrou com inteligência. Quando uma coisa está errada, claro, a crítica é necessária. Mas quando a coisa dá certo, temos de nos curvar e entender que, ao menos neste episódio pós “temporada de caça ao Aguirre”, a diretoria foi sólida. Apesar dos apesares, ela manteve o profissional e agora o time faz não só nos resultados, mas sem suas apresentações jogos de convencer a torcida. Chances de uma grande temporada. Parabéns direção!
Não estou convicto por apenas um jogo, mas com a resposta do comandante técnico ao longo do período. Pra mim, treinador que berra e dá showzinho na área técnica não sabe o que está fazendo, quer aparecer ou não tem o grupo na mão. Educado com a imprensa que o detonou, Diego Aguirre mostrou e mostra em “atitudes” (mesmo que em silêncio ou falando pouco) que tem esse grupo na mão, não quer aparecer mais que ninguém e sabe MUITO BEM o que está fazendo.

Saudações Coloradas

Imagens: site do Inter e ClicRBS

3 comentários:

  1. Rafael já fazia tanto tempo que eu não usava a conta que não consegui recuperar,criei um email novo,adolinoalves@gmail.com

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  2. Rafael já fazia tanto tempo que eu não usava a conta que não consegui recuperar,criei um email novo,adolinoalves@gmail.com

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