quinta-feira, 9 de abril de 2015

Inter avança nos pênaltis

Em noite que quase tudo deu errado, as coisas se acertaram no fim

O Cruzeiro-RS foi um baita oponente. Dono de apenas a oitava campanha, um franco atirador entrou no Beira-Rio com uma missão “quase” impossível e por pouco não fez história. Enfrentar um gigante do futebol brasileiro, dono do melhor retrospecto da competição, depois de fazer 2x0, ceder o empate para sair derrotado nos pênaltis foi uma ducha de água fria nos cruzeirenses que passaram a sonhar acordados com um feito inimaginável. A arbitragem foi destaque pelos pênaltis assinalados em favor do Colorado. Bruno Grassi, goleiro do Cruzeiro, fez verdadeiros milagres e, Lisandro López saiu do banco para desencantar mudando a história da partida, o herói da noite.
Limitado individualmente, mas bem arrumado pelo técnico Luis A. Zaluar, a proposta de jogar por uma bola por pouco não eliminou o Internacional dentro do Beira-Rio. Melhor, em cima o tempo todo e perdendo gols seguidamente, os donos da casa esbarravam no bom Bruno Grassi, formado na base do Inter inclusive. E em uma bola que sobrou na frente da área de Alisson, Matheus do Cruzeiro abriu o placar no primeiro tempo para a festa celeste.

Cruzeiro deu muito trabalho

Na segunda etapa, acertadamente (ao menos a meu ver) D. Aguirre manteve a formação que sufocava os visitantes. O empate parecia questão de tempo. Mas Bruno Grassi seguia fazendo “chover”. Então, em outro contra-ataque, a defesa falhou no posicionamento e Wesley ampliou de cabeça.
Em seguida um dos lances capitais aconteceu! André se atira na frente da bola com o corpo dentro da área para interceptar um arremate. Segundo orientação da FIFA desde a Copa do Mundo, o atleta assume o risco tendo em vista que com braços abertos aumenta seu campo corporal ao fazer esse tipo de movimento. E assim foi... bola no braço... penalidade máxima e cartão amarelo. Esperanças renovadas com D’Alessandro na cobrança! Mas a bola foi para fora.

Parecia o fim!

Então as substituições começaram ser feitas. Nada parecia resolver. Até que Lisandro entrou para mudar tudo. Lance igual, novamente André. Segundo cartão amarelo (expulsão), pênalti e gol! O argentino pegou a bola, cobrou a penalidade diminuindo para 2x1. A polêmica não está nas marcações da arbitragem, como dito antes foi tudo acertado, mas sim pela repetição disso e a expulsão. Essa marcação foi providencial para o que veio a seguir. Em tendo sido cometido o contrário, esse árbitro teria marcado dois pênaltis contra um time grande expulsando o jogador da equipe? O certo é que a regra foi cumprida, é inquestionável, mas fica a dúvida! O assunto já está mais do que ultrapassado e o que merece nossa atenção são pesos e medidas na hora de assoprar o apito. Como nada aconteceu ao contrário para avaliarmos, ponto para a arbitragem.

O nome do jogo

O empate foi na base do sufoco, de novo com Lisandro. A pressão em busca do terceiro gol foi gigantesca, mas não aconteceu. Rodrigo Dourado, volante do Inter que ganha espaço no time a cada dia, acabou expulso no fim. Na decisão por pênaltis, classificação Colorada.
A meu ver, estadual não é parâmetro. Não podemos tirar os méritos do valente Cruzeiro, mas o Inter não pode passar esse sufoco dentro de sua casa, ainda mais desse jeito. Está certo que são coisas da bola, uma infinidade de lances incríveis que simplesmente não se converteram em gol. Com os tentos marcados, outro rumo teria sido dado a história deste jogo. Mas fica, de novo aceso o alerta! “Se” não existe no futebol.
De bom? A moral em alcançar um resultado desses da forma como foi e, claro, a grata surpresa na eficiência do atacante Lisandro López vindo de lesão. Me parece que o gringo será uma boa alternativa para Aguirre daqui em diante.
Outra conclusão... futebol é 11 contra 11! O Inter mesmo protagonizou em seu passado recente um fiasco diante o Mazembe e a maior glória de história contra o Barcelona. São homens, não máquinas! O que me preocupa é que a qualidade demasiadamente passar tanto trabalho. Foram dois pênaltis! 

Treinador vai conseguindo alcançar seus objetivos na base dos “trancos e barrancos”

Hora de relaxar, óbvio. Pensar na semifinal com a Libertadores na cabeça. O objetivo é voltar de Pelotas com chances de classificar para a decisão do Gauchão em casa, bem como retornar do Chile na quinta sem perder a partida. Assim, garantir uma vaga no mata-mata diante seu tocedor contra o The Stronghest é uma missão mais tranquila.

Saudações Coloradas

Imagens: Site do Inter, Globo.com e Portal ZH

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