Inter consegue empate no Equador. Mas ficou um “gostinho de quero mais”!
Um resultado que atendeu as expectativas da comissão técnica. Depois de derrotar o Emelec em casa, não perder longe de Porto Alegre era tudo que D. Aguirre precisava. Preparando-se para se defender, escalou três zagueiros contra o Aimoré. Testou este esquema no Gauchão e foi a campo no Equador com a formação mais defensiva que montou até agora – e deu certo! Agora o Colorado está próximo da vaga, mas devido as circunstâncias da partida, o time podia ter arriscado mais.
O adversário de ontem é a equipe mais qualificada das outras três que o Inter encarou. Marcar quatro pontos sobre eles deu a margem que os brasileiros precisavam. Contudo, o treinador Colorado “exagerou” na cautela. Primeiro ao escalar Aránguiz ao invés de Vitinho. Antes mesmo da lesão, o chileno não estava bem. Voltou e foi titular com Alex solto e Sasha bem livre na frente. Poderia ter recuado Sasha e Alex para dar liberdade a Vitinho desde o início. Era o jogo para ele que tem velocidade nos contra-ataques.
Aránguiz está devendo
Até aí, tudo bem, se releva. Inclusive, foi a primeira vez que o time do Inter estava compactado em 2015 com as linhas bem distribuídas. Aí um único erro de posicionamento do lateral Léo foi o suficiente para sair o gol do Emelec. Jogando sempre pelo lado de Fabrício, mesmo com a cobertura de um zagueiro, todo perigo nascia por lá. O cruzamento veio por aquele lado.
Desde meados de 30 minutos do primeiro tempo até o lance capital aos 10 do segundo, Aguirre confiava no gol de empate e não abria mão do terceiro homem de zaga. Foram 25 minutos muito mal em campo. Tanto que ao colocar Vitinho no jogo (no intervalo), foi Aránguiz que saiu e não um zagueiro. Em escanteio, Lastra do Emelec agrediu Réver. Amarelo para o Colorado e vermelho para o atleta equatoriano. Como obra do destino, na cobrança de tiro de canto, Vitinho marcou. Brilhava a estrela do técnico.
Com um a mais e 35 minutos pela frente, óbvio que os equatorianos sairiam para o jogo para o tudo ou nada. Mas o terceiro zagueiro foi mantido até o fim. Ânderson veio para campo no lugar de Alex, gerando explícito inconformismo no meia. Amarelado, Réver deu lugar a outro zagueiro (A. Costa). Aliás, se esse garoto vinha sendo titular porque foi reserva ontem?
Sasha é titular absoluto
No fim, pressão equatoriana e quase um gol. Mas o empate persistiu, alívio.
Vencedores se destacam pelas conquistas! E são oportunidades como estas que “colaboram” para alcançar vitórias. Foco, cautela e humildade são fundamentais, mas em um esporte tão imprevisível e nivelado como o futebol, não dá pra simplesmente deixar de tentar vencer como Aguirre fez ontem. Se o empate foi bom, os três pontos sacramentariam a vaga. A expulsão deu essa chance, mas o treinador não quis “tentar”.
Agora, no Chile, o Inter não pode perder. Não perdendo, depende só de si diante o The Stronghest em casa para avançar de fase. A vaga está próxima.
Pitacos:
- Objetos ateados no campo;
- Pé na cara de Sasha;
- Isso é Libertadores! Mas ainda é futebol não um ringue ou uma arena de leões;
- Corinthians, o melhor time no Brasil até agora, segue firme na Libertadores;
- O São Paulo se salvou no fim e Ganso saiu vaiado;
- Já o CA Mineiro manteve viva as chances ao surpreender o Santa Fé fora de casa;
- O Cruzeiro é uma incógnita...
Saudações Coloradas
Imagens: Site do Inter


Rafael,
ResponderExcluirO esquema com três zagueiros funciona bem em função da qualidade dos zagueiros do Inter, principalmente o Juan e o Réver. Aliás, foi assim que ele começou no Grêmio, jogando como terceiro zagueiro pelo lado esquerdo.
Com um elenco de qualidade, ficou fácil para o treinador montar e modificar o time, conforme a necessidade. Jogadores de muita técnica, experientes, adaptam-se facilmente a qualquer esquema tático, não importa se tem entrosamento ou não.
Inter e Corínthians - favoritos ao título da Libertadores 2015.
Sobre o Grêmio, ainda não sei o que a diretoria pensa sobre um zagueiro e mais um meio campista, que o elenco necessita. Acho que isso vai ficar para as ditas "janelas do meio do ano", quando as finanças derem uma equilibrada e surgir alguma oportunidade de repatriar algum bom jogador da europa!
O fato é que o Felipão precisa de uma opção a para os dois setores, para quando o Brasileirão começar.
Começar só com Rodolpho, Geromel e Erazo é um risco muito grande. Uma lesão qualquer, um cartão amarelo, vai enfraquecer ainda mais o setor.
Do meio para a frente, eu diria que Felipão vai formar a equipe com com o trio de meia-atacantes - Luan, Giuliano e C. Rodriguez, mais o Braian na frente.
Estou na dúvida se o que falta aí é mais um atacante ou um jogador realize as duas funções como os três que citei.
Só com Douglas e o jovem Linconl na reserva, o grupo fica muito limitado.
Grande FJC!
ResponderExcluirEm relação ao Grêmio sua abordagem foi perfeita, ao menos a meu ver. Não sei se "estamos certos", mas é muito legal debater aqui no blog porque nossas idéias, além de converger, evoluíram em um mesmo sentido. Por isso sabemos bem que o Tricolor estava "ferrado" antes, mas com as contratações e o retorno dos lesionados houve significante evolução, no entanto, ao menos duas peças faltam para o elenco ser competitivo no Brasileirão. Como o time conseguiu a boa sequencia de resultados que precisava no Estadual para ter tranquilidade, a direção pode trabalhar com calma para não fazer loucuras fugindo da orientação de contensão financeira muito bem definida, necessária neste momento.
Quanto o Inter é muito cedo pra falar em favoritismo. Já o Corinthians sim e mais um par de clubes que vi jogar nessa Libertadores também. A diferença deles pro Colorado é que estão prontas, equilibradas. Além disso, é conhecido um movimento intenso para trocar o técnico do Inter. Homens fortes da direção queriam aproveitar esse intervalo de quase um mês de intervalo para a partida no Chile contra a La U para trazer um novo profissional. "Parece" que a presidência bancou o cara que terá tempo para encontrar a formação ideal, sem essas improvisações jogo a jogo. Então, se a classificação (que agora ficou próxima) se confirmar, Aguirre conseguir formar um esquema eficiente para o bom plantel tirar o o que tem de melhor e a direção fazer uma blindagem eficiente no vestiário, aí sim podemos "começar a falar" em favoritismo. Treinos e jogos no período sem compromisso na competição continental serão fundamentais neste momento.