segunda-feira, 16 de março de 2015

Tudo entrando nos eixos

Dupla Gre-Nal vai subindo na tabela do Gauchão

O campeonato estadual deste ano estava sendo protagonizado pelos times do interior. O Inter fazendo das partidas como laboratório para a Libertadores ou utilizando-se de reservas para priorizar a competição continental perdia pontos alternadamente. Já o Grêmio com um grupo recheado de garotos sentia o peso da camisa com toda a dificuldade que meninos sentem diante equipes experientes. Passadas mais de 10 rodadas, os grandes da capital começam a tomar as rédeas do Certame, como de costume.

Recém chegados, mais experientes, estão melhorando rendimento da equipe

Primeiro temos de entender que a fragilidade dos pequenos em relação a Inter e Grêmio está relativizada. A maioria deles consegue se organizar melhor hoje em dia, mantendo parte significativa dos elencos de temporadas anteriores, contratando nomes bem conhecidos no cenário regional, até nacional.
Mas a grande diferença está mesmo no que a dupla Gre-Nal tinha a oferecer. O Inter, como era de se imaginar, não está tratando o Gauchão como competição prioritária. Por motivos óbvios, os tropeços são comuns em ano de Libertadores. Logo, o Grêmio tinha que sobrar! Mas longe disso, o time de Scolari passava vergonha. Em vezes longe da zona de classificação, resultados ruins se acumulavam.

Aproveitando oportunidades!

Se no Inter a tendência ainda é de tropeço aqui e acolá, já se vê mais corpo. Aguirre, mesmo com reservas ou mistões, vai se ambientalizando conseguindo construir resultados bons agora em sequencia. No Grêmio, o panorama mudou muito também. Para explicar isso melhor, vamos dar um exemplo bem simples: O jovem Lincoln, a meu ver, tem mais qualidade que a maioria dos jogadores do Grêmio. Talento nato! Um menino que trabalhado direito pode render ótimos frutos ao clube. Mas ele ainda é só um menino. Como promessa que é, esse garoto não vai conseguir jogar de igual para igual com a zagueirada rodada e casca-grossa que encontrar pela frente. Os caras não aliviam, ainda mais diante um gigante do nosso futebol como o Grêmio. Uma jóia rara destas precisa entrar aos poucos, disputando inclusive partidas na base ainda. Nem todo mundo nasce Pelé para com 17 anos encantar o mundo mesmo tão jovem. A chegada de jogadores mais experientes deu corpo a esse time. É inegável! Nas duas últimas vitórias pelo placar mínimo se viu imposição no Tricolor, poucos sustos. Resultados que não chamam atenção pelo placar, mas sim pela construção deles.

Estadual pode afastar jejum de títulos 

A verdade é que o Grêmio é outro time e o Inter começa a vencer com maior repetição. Claro, campeonato gaúcho não serve de parâmetro para muita coisa mesmo com tamanha evolução dos times menores, entretanto, Brasil, Ypiranga e Cruzeiro foram derrotados pela dupla Gre-Nal nas últimas rodadas. Vitórias construídas com autoridade diante três dos melhores times do Estadual.

Saudações Coloradas

Imagem: Jornal NH, ClicRBS

5 comentários:

  1. Mal o grupo que o Grêmio começou a montar, já começa a sofrer ameaças de desmonte, como problemas de contusão, convocações para a seleção, e contratos curtos.
    O C. Rodriguez tem contrato de três meses, e mais, vai ter que alternar jogos pelo Grêmio e jogos pela seleção uruguaia.
    Para piorar, teve uma lesão. Não creio que ele sai do Grêmio tão cedo, mas não é uma contratação definitiva, propriamente dita.
    Os jovens estão assediados, e mantê-los no clube, também
    vai ser um enorme desafio.
    As contusões e as ausências por convocações seja os estrangeiros, seja os jovens da base, faz com que haja necessidade de contratação de pelo menos mais dois jogadores, um zagueiro, um meia e talvez mais um centroavante, além do Braian Rodriguez.

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  2. Sobre o campeonato Gaúcho, acho que vai ficar assim, mais uma vez, Grêmio e Inter (seja com os reservas ou titulares) na briga.
    O Brasil de Pelotas começou o ano, dando a impressão que iria dar trabalho para a dupla. Mas na hora da decisão mostrou que é um time muito fraco.

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  3. Amigo FJC:

    Importante sua observação... as seleções (seja de base, como na principal) colaboraram na valorização financeira dos atletas, mas existe o lado antagônico nisso. Se por um lado os clubes tem condições de "faturar" mais em uma eventual transferência, do outro deixa técnicos de cabelo em pé! Mas veja... no momento de contensão de despesas e investimento na prata da casa, as convocações são vantagens para o Grêmio MESMO que atrapalhe um pouco as coisas para Scolari. Contusões, lesões, enfim, fazem parte do contexto mesmo. Então concordo mais uma vez com você. A direção precisa buscar "pelo menos" dois reforços com condições de titularidade dentro das condições financeiras da entidade. Nomes que cheguem para jogar, não apenas de composição de elenco. No entanto, não te preocupes com os contratos curtos. Esses caras "normalmente" fecham com uma cláusula de renovação definida, é só executar no seu fim. Vantagem para o clube que, em não agradando-se do jogador, simplesmente não renova. O fato de jogar em time grande agrega preço ao atleta, logo, um contrato de risco que, em primeiro momento só é vantajoso pro Grêmio, torna-se vantajoso para eles também. Basta fazer bem seu papel em campo e nos treinos para ficar.

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  5. Não discordo totalmente de tua ideia, Rafael. Mas também pode ocorrer o contrário, há casos em que o jogador, seja um jovem da base, seja um jogador rodado como C. Rodriguez, destaca-se no grupo, ganha projeção, e vai embora no fim do contrato.
    Contrato de curto prazo é um paradoxo, vamos dizer assim. Se tiver contrato curto e jogar mal pode não dar prejuízo; mas se firmar contrato de curto prazo e jogar bem, vai sofrer assédio, vai ter maior procura, e vai embora para outro lugar onde ganhar mais.

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