Seleção brasileira derrota a França fora de casa
O baque do 7x1 foi muito forte. Na verdade, isso “ainda” nem foi assimilado direito. A vergonha é tanta, o fiasco foi tão forte, que parece estarmos todos tontos, anestesiados ainda. Lembro de outras eliminações em Copa do Mundo com uma comoção popular bem mais forte, um sentimento presente entre as pessoas, diferente deste pós-Copa. Sei lá... por ter sido em pleno Mineirão, em uma semifinal que antecederia Brasil x Argentina, não sei explicar. De repente, não jogar a maior final de todos os tempos no Maracanã, as questões políticas que gerou estes protestos, a quantidade pequena de exibições do time em território nacional ao longo dos últimos anos, algo assim ou o conjunto disso tudo influenciou no torcedor que se parece muito alheio ao assunto, não entendendo quanto nem comentando como deveria a “mancha” que ficou na história da imponente camisa canarinho.
Mas o mundo dá voltas e o trabalho não pode parar!
Cercado de desconfiança, Dunga reassumiu o comando técnico da seleção com uma missão ingrata. Não é nada fácil juntar os “cacos” de um grupo renovado, bastante jovem ainda e fazer as coisas acontecer em um período tão curto. Por enquanto, só vitórias! Duas com muito peso... sobre a Argentina de Messi e a França ontem dentro do Stade de France, em Paris.
O Brasil sobrou em campo, principalmente no segundo tempo
Certa vez ouvi um “entendido da bola” falando em programa de TV que “Dunga não gosta de futebol, ele gosta de ganhar”. Prefiro nem tecer um comentário sobre essa baboseira, mas serve para explicar um pouco o bom momento que vive a seleção.
O treinador do selecionado canarinho “vive intensamente” este trabalho. Dunga é o tipo de gente que nasceu para trabalhar onde está. Tem suas limitações, precisa aprender muita coisa, “mas” sabe fazer como poucos o que está fazendo. Dentro de campo, em 1994, deu a volta por cima depois de ser taxado como maior vilão pela eliminação em 1990. Tem a chance de fazer o mesmo, desta vez como treinador e, de quebra, recuperar o orgulho desta força pentacampeã.
Nosso adversário de domingo poupou seus melhores jogadores para entrar voando contra a gente. Será mais um baita teste este contra o Chile no domingo. O time brasileiro está em formação, mas dá sinais de que chegará forte para a Copa América, principal competição de seleções em nosso continente em 2015.
Parabéns professor!
Gosto de gente trabalhadora, com espírito vencedor! Temos que parar com essa idéia que “somos melhores”, porque para vencer precisamos “ser melhores”. Parabéns ao técnico que, aos poucos, está conseguindo!
Nosso futebol está em baixa? Estamos sofrendo deficiência técnica? Creio que o equilíbrio veio de fora porque, além deles melhorarem em tantos aspectos, nós passamos produzir muitos atletas “tipo exportação”, fora das nossas características. Atender o mercado europeu, mantendo a saúde financeira dos clubes brasileiros, passou por este fenômeno. Mesmo assim, temos identidade e com o orgulho ferido, Dunga está sabendo tirar, ao menos nestes amistosos, um espírito vencedor que vai nos colocar no topo novamente. Ganhar um mundial é algo raro, sublime. Para isso acontecer, a seleção nacional precisa viver o presente como o último dia, a grande oportunidade. O passado ficou pra trás, restaram as lições. O futuro só a Deus pertence, então que continuem este trabalho de convocar os melhores “do momento”, exatamente como Dunga vem fazendo.
Saudações Coloradas
Imagens: Portal UOL e Globo.com


Caro Rafael,
ResponderExcluirO torcedor brasileiro se preocupa mais com o seu clube do que a seleção e não sei se esse sentimento afeta toda nação. É muito mais um sensacionalismo criado pela crônica esportiva, no meu entender. Assim, também é na política.
Cria-se um sentimento negativo e se distorce a realidade. Os 7 a 1 foi humilhante, mas veja a histórico de nosso futebol, é muito mais do que isso!
Os gremistas são um caso a parte, e talvez não representam o sentimento da maioria por serem gremistas, e terem o Felipão como ídolo, mas com certeza estamos muito mais preocupados com os 14 a 1 (gauchão de 2010) dos anos na fila do que os 7 a 1 da Copa.
Os jogadores da Seleção são milionários, e é deles a responsabilidade e a obrigação de dar a volta por cima. Há tempo suficiente, até que encerrem a carreira e o ciclo termine.
Boa sorte ao Dunga.
Amigo FJC, porque "o torcedor brasileiro se preocupa mais com o seu clube do que a seleção"? Em minha singela opinião, são três fatores, todos com influência financeira que nos fazem chegar a esta conclusão, veja: 1º - A CBF manda muitos dos seus jogos fora do país. O produto ‘seleção brasileira’ trem um valor altíssimo lá fora. Jogos do Brasil tem certeza de renda, de receita. O torcedor brasileiro de estádio acabou se ‘afastando’ do time; 2º - o torcedor tem pouquíssima identificação com o selecionado nacional. Exceto Jefferson (ídolo do Botafogo) e Elias (ídolo do Corinthians), qual outro atleta daqui protagoniza alguma coisa na seleção? Oscar, por exemplo, é ex-jogador do Inter. Fez história aqui, é um cara reconhecido pelos Colorados por tudo que ganhou. Só que não veste mais a camisa do Inter. Isso vale para T. Silva (ex-Fluminense), Neymar (ex-Santos), etc. A garotada sai muito cedo e muitos sequer conseguem deixar registrado algo na carreira por aqui, como D. Luiz, L. Gustavo, Firmino e tantos outros. São pouco conhecidos do público brasileiro; 3º - o último fator, também decorrente da questão econômica, são os calendários. Por conta das exigências de TV, interesses das federações e de vários anunciantes, os campeonatos no Brasil não param em data FIFA. O mundo inteiro paralisa as competições, menos aqui. O torcedor que só assiste a seleção pela TV, não se identifica com ela, acaba ficando torcendo “contra” a convocação de jogadores do seu clube de coração para não atrapalhar o time. Aí a discussão é bem mais complexa porque deveríamos debater uma maneira para “combater” esse desgosto do povo por nossa seleção. Isso está errado! A seleção é dos brasileiros... só existe futebol por causa da torcida. Desse jeito a seleção vai se transformando em vitrine para valorizar jogador e mais nada. Um negócio rentável que será explorado até se esgotar. Imagine o futebol como mero negócio disputado por clubes como Grêmio Barueri, sem torcedores e que mudam de cidade em cidade para atender interesses financeiros? Claro que o futebol é um negócio altamente rentável, mas tem de ser encarado com a paixão que gira ao seu entorno, sob pena de acabar. O dia que o esporte sair do gosto de seu consumidor (torcida), é isso que vai acontecer. O prazo de validade da “paixão nacional” é essa!
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