sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Contrariando tudo e a todos

Invenção de Aguirre deu certo

O treinador do Inter queimou minha língua. Ontem escrevi aqui no Blog, publiquei toda minha preocupação em ele “inventar” algo, colocando tudo a perder nesse jogo pela Libertadores. Além de inovar, ousou acreditando em uma formação inimaginável. A vitória veio calando parte considerável da crônica que já colocava em dúvida sua capacidade de fazer esse time vencer e render.

A imagem da noite

Com Sasha na frente e J. Henrique na direita, indo e voltando feito dois doidos, o Inter conseguiu amenizar um pouco as falhas defensivas. Os buracos estavam lá, mas alguém da frente chegava para o combate. Aránguiz fez o passe do terceiro gol, mas foi muito aquém de novo. Fabrício sofreu bastante porque os chilenos só jogavam nas costas dele. Ele tem muita limitação defensiva, o ponto fraco do time. Por ali, inclusive, nasceu a jogada do único tento adversário. O cochilo da zaga naquele lance colaborou. Os zagueiros Rever e A. Costa precisam corrigir seu posicionamento. Isso vem com tempo, entrosamento. Léo não comprometeu, já Nilton fez um jogo digno. Pela primeira vez foi o volante que a direção acreditou ser quando o contratou.
O que dizer de D’Alessandro? Ele simplesmente colocou o time de baixo do braço, chamou o jogo, a responsabilidade para si e resolveu a parada, principalmente no primeiro tempo. Sofreu o pênalti, bateu, pintou e bordou. Vitinho teve participação importante. Foi bem agudo. Alisson, a cada dia que passa, está provando que pode ser o goleiro que o Inter vem procurando a anos.

Goleiro do Inter ajustando posicionamento com dupla de zaga após a partida

Alex entrou e fez o passe do segundo gol, mais um jogo notável dele. Nico Freitas fechou o meio quando a partida ainda estava 2x1. Já Luque jogou tão pouco tempo que nem merece avaliação.
Notem, analisamos o Internacional setor por setor, individualmente. Isso porque o time não teve “conjunto”. As linhas não se aproximaram e os principais avanços foram construídos em jogadas individuais. Mas a melhora foi significativa! Primeiro porque a La U não é fraca, segundo que em um time de voluntarioso que corre, se dedica, os espaços diminuem. Terceiro, apostar certo também passa pela mão do técnico. O time precisava vencer e Diego arriscou tudo que tinha! Pediu a manutenção de J. Henrique no elenco, bancando o cara e ele correspondeu dentro de campo.
Por isso, encerro esse texto dizendo PARABÉNS ao treinador Colorado! O time precisa melhorar, mas às vezes uma injeção de vontade e ânimo são mais importantes que qualquer coisa quando a vitória é fundamental.

Saudações Coloradas

Imagens: portal Globo.com e Sportv

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O que esperar do Inter hoje?

Colorado recebe LaU em casa pela Libertadores

Francamente, eu espero apenas uma única coisa: que o treinador não invente! Aguirre precisa errar por si mesmo, não pelos outros. Essa é a única forma de alcançar seus objetivos na competição. Coerência é a palavra chave, não adianta nada mudar posição de jogador, time titular e esquema tático a cada compromisso novo. Sabemos que a pressão está muito grande, mas agora chegou a hora de separar os homens dos meninos!
O elenco Colorado é recheado de opções. Todo mundo se sente um pouco técnico e quer dar seu pitaco. Pessoas próximas ao Diego, como o próprio presidente do Clube, tem uma idéia para a equipe. Contudo, quem manda lá dentro do vestiário é o Aguirre! Ele até pode ouvir sugestões, trocar algumas idéias, mas a palavra final tem de ser sempre dele. 

Convicção e coerência! Esse é o caminho que o treinador Colorado precisa seguir nesta noite

Convicto no 4-2-3-1, ele precisa colocar na cabeça do Ânserson que seus tempos de atacante passaram. O cara se destacou mundialmente fazendo a terceira função do meio (igual Tinga e Zé Roberto nos bons tempos). É assim que tem de ser e ponto. Aránguiz segura quando ele avançar e vice-versa. D’Alessandro não precisa marcar muito, é Léo que tem de ser mais inteligente. O argentino tem de jogar bem aberto pela direita. Sasha faz o lado esquerdo, esse sim com mais recomposição. Aí o volante fixo (o titular é Nilton, mas Nico Freitas é seu homem de confiança e, assim sendo, TEM de jogar) pode cobrir o outro lado. 
Atrás não muda nada. Alisson, Léo, Fabrício, A. Costa e Ernando. Pode não ser a oitava maravilha do mundo, mas é o que vem jogando. O pessoal de meio, explicado acima, precisa compactar. As linhas tem ser mais juntas.
E na frente?
Podem me chamar de louco, mas eu escalaria o R. Moura. Sim... ele mesmo! E porque? Falso 9 é balela, o time está em formação, não dá pra “inventar”. Tem de estar jogando muito tempo junto para esse tipo de esquema dar certo. Além disso, He-Man vem sendo o reserva imediato de Nilmar (suspenso hoje) e nada mais coerente do que ele jogar. Por fim, alguém precisa fazer o pivô, atacar de costas e PRINCIPALMENTE servir de referência perto do gol. Libertadores é muito pegado. Levar um zagueiro para dentro da área, brigando e dividindo com ele se torna importante em um embate desse naipe.

Contratado a pedido de Aguirre, atleta de confiança precisa jogar no lugar de Nilton

O Inter não pode errar hoje. E para isso não acontecer é hora de fazer o simples. Laboratório? Só no Gauchão, esse não é o momento de testar.

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS e Globo.com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Grêmio empata com o Juventude

Tricolor completa terceiro jogo consecutivo em casa sem vitória pelo Gauchão

Os comandados por Felipão chegam pressionados para o clássico Gre-Nal. Além de o resultado de ontem não ter colaborado, o time gremista enfrentará um provável misto do Inter. Muita gente começa perder a paciência, tanto dentro como fora do clube. O treinador não esconde mais a irritação pela falta de reforços. Assuntos que deveriam estar sendo tratado internamente debatidos em microfones da imprensa.
Vamos ao jogo!
A equipe da capital esteve 15 minutos perdida dentro de campo. Os visitantes quase marcaram em duas vezes, inclusive. Aí a piazada do Grêmio colocou a bola no chão e começou jogar. Mas o Juventude estava fechadinho, goleiro em noite inspirada, não parecia ser nada fácil. Douglas bem na partida, um bom sinal de sequencia deste meia que eu “ainda” acredito estar longe de ser a solução para qualquer coisa. 

Felipão em coletiva após o jogo: "Eu espero que contratem. Acabou o assunto."

No segundo tempo, com Giuliano ingressando na equipe, os donos da casa impuseram uma verdadeira meia-linha. Buscando o jogo de um lado e de outro, o ex-Colorado foi muito bem. O problema foi que, depois de Douglas ter cansado, o Grêmio não conseguiu profundidade alguma, nada. 
No fim, o Juventude por pouco não guardou em rebote de M. Grohe. Aliás, goleiro de seleção não pode soltar uma bola daquela maneira na frente da área. Em seguida, o jovem Éverton furou dentro da área. Lance que poderia ter garantido os três pontos para o Tricolor. Os garotos gremistas tem qualidade, é inconteste. Contudo, a direção está queimando essa safra e Scolari vai se irritando. Anos e anos de trabalho na base vão sendo jogado fora por escassez de investimentos. A camisa é muito pesada para ser depositada tamanha responsabilidade em atletas em formação.
O lateral Galhardo vem sendo a boa surpresa. Longe de qualquer coisa espetacular, no entanto, achei o rapaz trazido da Bahia uma peça eficiente em todas as vezes que vi jogar. Erazo e Rodholfo, deusolivre! 

Douglas saiu aplaudido pela torcida... mas tem alguma chance de ser a solução do meio-campo desta equipe?

Claro, não vamos ser hipócritas aqui e pra tirar o mérito da postura do time da Serra Gaúcha. Fez um baita jogo com 100% de aplicação tática e muita entrega em campo, mas este ainda é clube de série C. O Grêmio tem obrigação de matar um adversário desse dentro de casa.
Luan fez e faz MUITA falta. Faltou o detalhe do gol, a irritação, como disse antes, já tomou conta de vários setores e o pós-clássico de domingo vai servir como divisor de águas nesta temporada. Podem apostar!

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Time misto vence em Rio Grande

Vitória com dois gols de Alex

Um resultado favorável que dá um pouco de tranqüilidade. Com mais três pontos no Estadual, o Inter foca totalmente a Taça Libertadores. Levando em conta que a maioria dos titulares não foi a campo, podemos dizer que o clube vive esta partida em casa diante a La U desde a semana passada. Mesmo assim, façamos aqui breves considerações.
A primeira delas é: porque time misto ontem? O compromisso na Bolívia foi na terça, o próximo jogo pela competição continental será só na quinta. Havia tempo hábil para recuperação. Ritmo, compactação e conjunto só se pega jogando. Confiança então, apenas vencendo!

Alex: O homem do jogo

Individualmente, apuramos que Ânderson não rende atuando adiantado. Tem que centralizar como na estréia e ponto. Os zagueiros Juan e Réver estão muito longe da forma ideal. As duas opções para a lateral têm a mesma carência dos titulares, de forma até mais gritante.  Ambos são fracos na marcação. O São Paulo-RS só jogou nas costas deles. Nilton, definitivamente, não serve. Nicolas parece voluntarioso, pode somar. Ontem, J. Henrique e especialmente Alex fizeram um grande jogo, principalmente no primeiro tempo. Alex tem condições de suprir ausências do time principal e J. Henrique está galgando espaços com o treinador. Já Nilmar, a fase é muito ruim. Nem tem muito que falar.
Rodrigo Dourado, Rafael Moura e Paulão entraram. Nenhum dos três, no pouco tempo que tiveram, fez algo excepcional. Entraram para exercer um papel específico, mas não foram eficientes. De repente Paulão foi o que se saiu “menos pior”.
Em relação ao resultado, tudo aconteceu muito mais por demérito do time litorâneo do que outra coisa. Os gols não foram construídos pelo Inter. Eles saíram em falhas, um erro de passe (lance que antecedeu o primeiro pênalti) e outro na linha de impedimento.

Nilmar: hora de trabalhar a cabeça! Ninguém "desaprende" a jogar...

Quanto ao treinador do Internacional, espero tenha coerência. Não testou nada na partida de Domingo, então deve manter o esquema da estréia da Libertadores com um substituto para Nilmar. No máximo, trocar Nilton por Nicolas na equipe que entra em campo. Não adianta ficar inventando.
Para finalizar, precisamos lembrar uma máxima que serve não apenas para o futebol, mas para tudo: “nunca se tenta resolver um problema criando outro”! Na primeira partida de Ânderson com a camisa do Inter, D’Alessandro não cobrou um pênalti que custou a vitória. Ontem, o mesmo! Alex deveria ter marcado para liquidar a fatura. O time sofreu um gol e os donos da casa cresceram. Podia ter sido pior. Nilmar perdeu o que seria o terceiro. Louvável líderes dentro de campo “dar moral” para um companheiro. Mas foram duas situações que só agravaram um problema pré-existente. Aguirre precisa tomar as rédeas dessa situação definindo seus batedores antes de entrar em campo. 
Errar é humano, persistir é burrice...

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS e Globo.com

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Enfim boas notícias

Vitória ameniza crise e declarações enchem os gremistas de esperança
 
O Tricolor venceu! Não foi a oitava maravilha do mundo, mas o posicionamento tático deu corpo ao time que não mostrava absolutamente nada até agora. A vitória foi importante, mas a boa nova "mesmo" foram as declarações do presidente Romildo Bolzan após a partida.
Em relação ao jogo um início apático, com uma equipe totalmente perdida. Parecia que o Grêmio caminhava para a quarta derrota no Estadual. Parecia... em lance de bola parada saiu o gol gremista. Então a tranquilidade tomou conta. Envolvendo o Passo Fundo que chegava pouco, o Tricolor aumentou no segundo tempo e até poderia ter feito mais um. Final: 0x2.
 
Um pouco de alívio
 
Marcelo Grohe, que havia falhado em partidas anteriores, fez uma apresentação firme, sólida. Digna de um goleiro de seleção. Douglas foi bem também e até o zagueiro Erazo foi destaque. O que dizer então do jovem Pedro Rocha? Uma noite sem tanto brilho, longe ainda de convencer alguém de qualquer coisa, mas que dá um "gás" de positivismo nesse grupo.
O melhor veio depois! Como se tivesse lido nosso Blog, o presidente gremista cravou a necessidade por quatro contratações pontuais, jogadores para chegar e vestir a camisa da titularidade. Vejam:
 
- "As carências são nítidas. Temos necessidade de complementar no meio, uma ou outra no meio, mas basicamente no ataque. Encerramos um ciclo com esses dois jogadores (Barcos e Moreno). Vamos passar por um outro ciclo com outros dois jogadores que se encaixem nas características que o Grêmio precisa (...) O Grêmio terá respostas nessas questões que achamos pontuais. Em duas, três, até quatro. Logo em seguida a torcida terá grandes novidades sobre esse assunto. Teremos jogadores que estarão nessa ideia da composição do nosso grupo em condição de titularidade (...) Futebol tem um componente que não tinha. Hoje há muitos interessados no vínculo de um jogador, mas estamos avançando bastante e teremos novidade logo em seguida. Caso não seja  nessa semana, semana que vem". (Fonte: Globo.com).
 
Presidente gremista se pronunciou
 
Nos parece um novo discurso da direção. Aliás, um discurso, digamos, "reformado". O executivo de futebol Rui Costa nunca negou esta necessidade, mas parecia que as contratações viriam apenas no segundo semestre. A meu ver uma economia relativamente equivocada porque até esses caras se adaptar e se condicionar, poderia ser tarde demais Aí seriam cifras jogadas pelo ralo. Parece certo sim um sacrifício agora. Scolari precisa de reforços urgentemente e o melhor momento para trabalhar o time com novas peças é o Gauchão, não o Campeonato Nacional.
Assim, o Grêmio vai ganhando tempo, arrumando a casa e, dentro do que a presidência informou, ajeitando essa equipe para não dar o vexame no Brasileirão. Estamos anunciando no Blog desde o início do ano que, com essa formação, o Tricolor é candidato ao rebaixamento. Contratando, se reforçando, este "status" pode (e deve) mudar.
 
Pitacos:
 
- Quanto ao Inter, não entendo...
- Nada justifica time reserva contra o São Paulo de Rio Grande;
- O compromisso pelo Gauchão será neste fim de semana, fora de casa;
- A partida contra o The Stroghest foi terça-feira;
- O jogo contra a La U é só na quinta-feira, dia 26;
- Tempo suficiente para recuperar os jogadores;
- Além de ritmo, essa equipe titular precisa vencer uma logo;
- O embate da semana que vem pela Libertadores é crucial;
- Depois sim, no clássico que joguem os reservas;
- Mas o momento é de encontrar o melhor, pegar confiança;
- Isso só se obtém jogando!
 
Saudações Coloradas
 
Imagens: ZH Clic RBS

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Pingos nos “i’s”

Preocupação não pode se tornar terra arrasada

Hoje o oportunismo correu frouxo! Tem um mundo de entendido da bola dando pitaco e cornetando. A crítica de Rádio, TV e Internet está transformando um resultado negativo em fim do mundo. Agora aparece “reinventores da roda” justificando o momento preocupante com ideias mirabolantes, sem fundamento. Sobra para todo mundo, direção, comissão técnica e jogadores. Até o torcedor levou a culpa a partir de alguns colunistas. O objetivo do texto é relativizar, contemporizar um pouco a coisa mostrando a realidade dos fatos sob um ponto de vista mais amplo, "tentando” apontar o que realmente merece atenção. A postagem é longa e precisa ser compreendida em começo, meio e fim.
Vamos do início...
Desde o ano passado quando Vitório Píffero acenava vitória no pleito presidencial do Internacional, estamos analisando aqui no Blog tudo aquilo que o associado escolheria para o clube de coração. O resultado nas urnas é soberano e o discurso do candidato (agora presidente) era de mudança. Sua ideia foi aceita pela maioria esmagadora dos sócios. Abel Braga, então treinador, não aceitou essa posição. Na altura da carreira dele não é mais escolhido por um clube. Abel escolhe onde quer trabalhar. Se sentiu desvalorizado e escolheu sair no fim do contrato.

Abel Braga escolheu não ficar por não ser o plano "A" de Píffero

Na verdade, Abel não foi bem em 2014. Demorou muito para encontrar uma formação ideal. Até conquistou o Estadual com sobras, chegou liderar o Brasileirão em certo momento. Mas verdade seja dita, o time não convencia. Os resultados ruins começaram a surgir naturalmente e seu prestígio foi caindo no conceito da crônica. Mesmo em constante presença no G-4, o Colorado deu vexame na Copa do Brasil e na Sulamericana. No final da temporada, apenas em meados de setembro, finalmente o time se encontrou com J. Henrique entre os titulares. O começo deste novo rumo veio na vitória diante o Palmeiras fora de casa. Depois da sua contusão, Sasha ganhou espaço. O time melhorou ainda mais. Na véspera do jogo contra o Cruzeiro, líder versus vice-líder no Mineirão, ele também se machucou. Aí em diante foi na base da vontade, principalmente nas partidas decisivas. Veio a vaga para a Libertadores, mas o título nacional passou longe do Beira-Rio. Terminou com o time na mão apesar dos apesares. Devia ter dado sequencia.
Eleito, sem Tite (fechado com o Corinthians) e sem Abel, Píffero foi em busca de um novo treinador. Vários foram contatados. Até Luxemburgo recebeu proposta, mas preferiu seguir no Flamengo. Então surgiu o nome de Diego Aguirre. Havia um acerto verbal com o Peñarol, mas a cúpula do Inter se atravessou nas tratativas dele com o clube uruguaio. O desafio, a proposta salarial e o orçamento para a Libertadores pesaram e o ex-jogador do Inter voltava, agora como técnico.

Aguirre chegou a tempo de fazer toda a pré-temporada com o elenco do Inter

Primeira constatação: Diego Aguirre não foi plano “A”, nem plano “B”. Sua contratação foi medida imediatista e urgente. Nem por isso o cara não é gabaritado. Ex-atleta, identificado com o Inter, com relativa experiência na função (inclusive vice-campeão da Libertadores eliminando o próprio Colorado dentro do Beira-Rio), Aguirre entende de futebol. É do ramo e tem todas as condições de fazer sucesso no Brasil. Obstáculos naturais como idioma, rotinas do Clube, filosofia de treinos, ambiente de vestiário e entendimento de cultura local seriam normais a qualquer profissional estrangeiro que assume o comando técnico de uma equipe brasileira.
Planejamento acertado, pré-temporada definida e estratégia de trabalho traçado, 2015 começou com contratações de peso. Alguns jogadores fizeram parte dessa fase de preparação, outros em parte dela e poucos em nenhum momento. Definido com três volantes, o time estava montado. Aí Willians, titular com Diego nos amistosos preparatórios, foi negociado. Atacantes foram trazidos no intuito de dar velocidade. Muita gente de qualidade e currículo, mas ainda sem condições plenas de atuar desembarcaram no Salgado Filho. 

Zagueiro Rever desembarcando com a família em Porto Alegre. Estreou mas não entrou em campo na primeira rodada da Libertadores

Variando depois para três atacantes com Nilmar jogando de costas, o time não agradava ninguém. Um amontoado em campo com os atacantes caindo um sobre o outro. Nada de compactação, sem defesa. Píffero surge na imprensa então dando “palpites” sobre o time, algo que vamos explorar melhor a diante. Com Ânderson, recém contratado, houve um posicionamento de três meias. Agora havia saída de bola, o time melhorou relativamente. Antes disso, e muito relevante citar também, faleceu o diretor de futebol recém nomeado, homem forte da presidência.
Segunda constatação: Parece não haver plena sintonia entre direção de treinador. Um titular que é vendido antes mesmo de estrear acaba colocando por água toda a preparação tática de pré-temporada. Contratações importantes, mas não pontuais ou atletas sem condições físicas para atuar imediatamente atrapalharam o início de ano. E o mais importante, lembro do velho jargão popular que diz: “cada macaco no seu galho”! Píffero opina e cobra muito. Até aí normal afinal é o presidente. Contudo, tem coisas que se tratam internamente. Cabe ao treinador escalar, não ao presidente. Se der muita opinião em microfone, a imprensa vai pra cima do treinador sem dó nem piedade. Pesa demais, expõe muito! D’Alessandro encerrou sua entrevista ontem, por exemplo, pedindo blindagem no vestiário. Diego não se mostra tranquilo. Os reflexos são todos imediatos e interferem sim nos treinamentos, no moral e em tudo que é importante para formar um grupo campeão daqui pra frente.

Depois da derrota, capitão D'Alessandro chamou companheiros de time para uma conversa, ainda no gramado

Em relação ao jogo contra o The Strongest, ao menos nesta partida, a derrota não passou pelo treinador. Seu único equívoco foi não ter explorado as três alterações devido o esgotamento de sua equipe dentro de campo. O time entrou na cancha no 4-2-3-1, formação mais eficiente encontrada até agora. Todos sentiram os efeitos da altitude, mas o meia Ânderson sofreu demais. Faço uma comparação aqui a "passeios de barco". Vejam... algumas pessoas ficam mareadas, umas mais outras menos. Alguns nem sentem nada, nenhum enjôo. Depois de muitos "passeios" o organismo vai se acostumando ao balanço do mar. Altitude é a mesma coisa! Com a tecnologia que existe hoje, é possível identificar esse problema. Principalmente quando for muito acentuado. Ânderson era peso morto em campo, nem devia ter entrado. Falha do departamento médico, em especial dos fisiologistas em não alertar nada. “Se” alertaram, a responsabilidade é, aí sim, toda do Aguirre.
O Internacional correu atrás dos bolivianos durante o jogo todo. Não pode ser assim em zona de ar rarefeito! Sem a bola também se joga, mas os comandados de Diego não conseguiam. A simples substituição de Ânderson por alguém que conseguia fazer alguma coisa deu novo sentido ao embate. Diminuindo o resultado para 2x1, teve chances até de empatar. No fim, depois de correr tanto atrás da pelota nos 3.600 metros de La Paz, o time morreu. Sem  fôlego, o 3x1 foi justo. Pior, Nilmar entrou de forma desleal em um oponente. Não precisava, o jogo já se arrastava para o fim. Agora é desfalque. Merece ser punido pela diretoria.

Expulsão infantil!

Terceira constatação: Não tem como fazer uma preparação decente se pensarmos "somente" no adversário. O Inter não sabia com quem iria estrear por conta da pré-Libertadores. Faz uma semana que houve uma definição. Mesmo assim, o planejamento foi falho porque as questões locais pesaram muito. O Inter tem time para vencer os três adversários da chave em casa. Inclusive contra o time boliviano o Colorado é favorito. Então não é o fim do mundo! Perder nunca é normal, mas lições devem ser tiradas. Óbvio que a pressão exercida sobre todos, em especial ao treinador, estão desproporcionais. Ele mesmo pediu 30 dias semana passada para deixar a equipe no ponto. 
Não dá pra voltar no tempo... o que foi já foi!
Se existem erros, eles não foram cometidos ontem. Compreender que desde a eleição até a escolha do novo técnico, sua estratégia de trabalho tem reflexos em campo, comuns em mudanças (depois de 14 anos, uma nova diretoria assumiu o Inter), acompanhadas de fatalidades improváveis (como esta que aconteceu com Luiz Fernando Costa), de ações imediatistas (soluções de última hora) e discursos impróprios para a imprensa. Cabe aos atletas, seu comandante técnico e direção encontrar união, fechar em um mesmo sentido. De nada adianta cada um "ver seu lado" justificando o que pensa pelos microfones da imprensa. Roupa suja se lava em casa. Outra... cada um que assuma sua parcela de culpa! Começa por aí! Com tranquilidade, esse time pode render e se classificar com sobras.

Saudações Coloradas

Imagens: Canais "Esportes O Povo", "Notícias BOL", "Globo.com", "Correio do Lago" e "Terra".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Os brasileiros da Libertadores

Quais as chances do Brasil levantar a taça?

Daqui algumas horas o Inter estreia na competição continental. São Paulo e Corinthians fazem um clássico amanhã. Se junta a eles os mineiros Cruzeiro e Atlético, esses em chaves distintas. Quem tem mais chances de conquistar a América?
Considerando a situação “atual” dos representantes brasileiros na competição, podemos dizer que em ordem de favoritismo o Corinthians tem um time mais forte, seguido pelo Galo, São Paulo, Inter e, por fim, Cruzeiro.

Depois de ganhar tudo, treinador retorna com moral

Tite negou muitos convites, certo que seu momento na seleção havia chegado. Oficialmente o discurso do treinador é que estava se preparando, estudando. A verdade é que ele não quis pegar um grupo antes da Copa nem em final de temporada. Optou retornar ao clube onde mais conquistou títulos no início do ano para fazer pré-temporada e tals. Preferiu começar sem ter de pegar o bonde andando, já que o convite para a seleção não veio. Conhece os jogadores, a rotina no clube, domina o ambiente, enfim. Mano mudou algumas peças em 2014 sim, inclusive o jeitão de jogar. Mas o esquema cauteloso foi mantido. Vejo que a grande mudança agora está na saída de Petros e no rendimento melhor que se obteve com Elias. Do resto é praticamente o mesmo. A pré-Libertadores fez bem. O treinador falou com todos os atletas que seguraram um pouco a festa nas férias. Dá pra ver que o elenco está em ótima condição. Sem dúvida, ao menos no momento, é o melhor brasileiro.
O CA Mineiro é a segunda força. Levir Culpi conseguiu resgatar o espírito vencedor no Galo. O experiente treinador afastou com muita eficiência aquela displicência natural em equipes que vencem um grande título. Campeão da Copa do Brasil sobre o rival, levantando antes disso a Recopa, Levir deu um ponto final no relaxamento pós-título de Libertadores. Só não tem o maior favoritismo dos cinco porque perdeu Diego Tardelli. O atacante era fundamental no esquema, que ainda se mantém sólido e forte. Mas claro, não é exatamente a mesma coisa, por isso, o rendimento tende cair um pouco.
No Morumbi, Muricy convive com um dilema pouco comum em sua carreira. Depois de “salvar” o São Paulo de um eminente rebaixamento, conquistou o vice-campeonato nacional na temporada seguinte. A questão começa pela falta de títulos em clube acostumado a levantar troféus. Cobrou a direção no fim de 2014 e no início deste ano. Pediu contratações. Elas vieram e a direção não deixou por menos, cobrando dele os canecos que por muitos anos o Tricolor não alcança. O problema disso tudo é que esse assunto foi tratado nos microfones da imprensa. Uma pressão desnecessária em um momento que deveria haver união de todos.
O representante gaúcho manteve sua base, mas é o único “realmente” que mudou o comando técnico. Não podemos considerar Tite um novo comandante por tudo que foi explicado antes. Contratações foram feitas, jogadores de qualidade desembarcaram. De repente tenha faltado um pouco mais de pontualidade nas escolhas. Quem acompanhou o Inter nesse início de ano percebeu um treinador perdido sem um esquema definido. Identificado com seu passado de jogador, falta para Diego Aguirre se sintonizar totalmente com as rotinas do Beira-Rio, com as artimanhas brasileiras jogar e de se adaptar totalmente com o grupo. Precisa se fazer compreender. A questão não é somente o idioma, mas a filosofia de trabalho que mudou radicalmente no Inter acostumado com Abel. O Colorado precisa de mais tempo para “encaixar”. Qualidade no grupo existe. A disputa de uma chave “teoricamente” mais tranquila tende a contar a favor do time que, depois disso, pode mostrar sua verdadeira força. Ainda está devendo em 2015.

Inter deixou Santa Cruz de la Sierra rumo a La Paz instantes antes do jogo de estreia

O último dos brasileiros e nem por isso sem chances de levantar a taça é o Cruzeiro. A verdade é que o time celeste mudou demais. Tal qual o Palmeiras está fazendo esse ano (ou tentando fazer), os mineiros juntaram um bando de refugos anos atrás. Quase caiu, é verdade, mas insistiu com aquele pessoal contratando aqui e acolá. Se tornou bicampeão nacional. Mas esses refugos se valorizaram, ficou difícil mantê-los. O clube encheu os cofres e saiu em compras. Financeiramente é o time mais caro da Libertadores. A grande missão do ótimo treinador Marcelo Oliveira é fazer esta “versão 2015” tão competitiva quanto aquela que fez história recentemente.
Todos os brasileiros têm grandes elencos. Se nós fôssemos escolher dez times favoritos, sem dúvida os cinco estariam no bolo. Ano passado cravei aqui que, depois de tanto tempo, não chegaríamos nem na final. O resultado foi pior! O Brasil teve seu último time eliminado ainda nas quartas-de-final. Para essa edição, creio sejamos mais eficientes. O retorno de grandes camisas, times tradicionais nos dos demais países a algum tempo não reunidos em uma mesma Libertadores, nos leva a crer que a parada será duríssima. Se por um lado nossos adversários tem um orçamento menor, a camisa que ostentam pesa muito em uma competição deste naipe.
 
Pitacos:

- Não vou insistir mais que o Grêmio está queimando a garotada;
- Já disse também que chegando assim no Brasileirão, é candidato ao rebaixamento;
- Mas ver o lanterna Veranópolis “ser melhor” que o Tricolor dentro da Arena deixa todos mais apreensivo;
- Os times do interior não terão respeito daqui pra frente;
- A equipe do VEC, surpreendentemente, venceu sendo melhor em campo, jogou futebol;
- Foi diferente das últimas derrotas para Aimoré e Brasil-Pel;
- Felipão já havia falado em contratações;
- Agora abandonou o banco antes do jogo acabar;
- Não cohecemos o que “realmente” acontece internamente;
- Contudo, me parece que a relação treinador e direção começa balançar;
- Pelo menos é o que parece na insatisfação evidente do técnico;
- Scolari é competente, mas não é santo para operar milagres.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal “O Estadão” e “ZH ClicRBS”

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Inter de 3 em 3 e Grêmio sem Luan

Colorado vai se arrumando, Tricolor precisa de reforços

Os comandados de Felipão perderam em casa para o Brasil de Pelotas. Sem Luan suspenso, um time já limitado praticamente não existe. Depois, a equipe de Diego Aguirre não saiu do zero fora de casa com o Cruzeiro. Mas no fim, parece que o técnico encontrou um sistema mais eficiente. Dois bons adversários para o padrão do Estadual que explica um pouco as coisas, mas nada justifica outro fraco desempenho da dupla Gre-Nal diante adversários tão menores.
Um goleiro de seleção como Marcelo Grohe não pode falhar daquele jeito. O lance foi determinante para a derrota. Não entendi também “porque” inventaram uma partida de despedida para Marcelo Moreno, tal qual fizeram para Barcos. Primeiro porque o boliviano não faz a diferença como o argentino fazia. Outra coisa... ao contrário do Pirata, ele não tem identificação com o clube e, da última vez que esteve por lá, saiu de forma bastante conturbada. Scolari poderia ter aproveitado a oportunidade para escalar quem realmente vai ter sequencia na frente. 

Torcedor protesta com bom humor

Falando no técnico, Felipão se pronunciou dizendo que só gurizada não vai dar conta. Estamos batendo nesta tecla aqui no Blog desde o início. O certo é que Luan é um “oasis”  dentro de um grupo qualificado se olharmos para os jovens, mas que não estão prontos para vestir a camisa do time principal. Juntaram essa boa garotada com um bando de refugos que em sua maioria não servem para um clube do tamanho do Grêmio. Com ele, o Tricolor formou um time ruim, sem ele, fica medíocre. De repente, esses meninos formam um esquadrão como o Santos conseguiu fazer por duas vezes em sua história recente. Mas até ganhar corpo, pode ser tarde demais e uma geração inteira formada na base pode sair queimada.
O Inter parecia um amontoado de novo. Mal posicionado, sem um padrão definido, chegou levar sustos do Cruzeirinho. Léo, mais uma vez, foi mal. Fabrício e Nilton tiveram problemas com a torcida. Os laterais foram “sofríveis” e Nilton, como primeiro volante, melhorou na segunda metade do segundo tempo. Nilmar levou azar, mas desta vez ficou devendo porque em certos momentos da segunda etapa jogou como sabe jogar. Precisa de gols para tranquilizar. O zagueiro A. Costa e o meia-atacante Sasha vão ganhando espaços no time titular. Vitinho e Nilmar juntos, definitivamente, não dá!

Tem tudo para dar certo

A grande diferença, a meu ver, foi a entrada de Ânderson. Mesmo perdendo o pênalti e um pouco travado em campo, o Inter ganhou cara de time a partir de sua entrada. Nilton parou de sair pro jogo, Aránguiz cobria o avanço de Ânderson pelo meio, fazendo a saída de bola e podendo se revezar com ele quando precisava um homem vindo de trás. Com D’Alessandro bem aberto na direita e Sasha jogando no outro lado, recompondo com qualidade, Nilmar não ficou tão preso e pode variar de um lado para o outro. Ele não pode jogar tanto tempo de costas. O Inter tinha saída e chegada! Agora é treinar forte para compactar. Uma equipe que começou com 3 volantes, passou a atuar com 3 atacantes, vai encontrando equilíbrio com 3 meias.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Ainda preocupante

Dupla Gre-Nal segue sem convencer ninguém

O Inter venceu a primeira no estadual. Com um time reserva a equipe de D. Aguirre derrotou o Novo Hamburgo. Já o Grêmio se recuperou do revés sofrido diante o Aimoré. Fora de casa, os comandados de Felipão trouxeram três pontos. Ambas as partidas valeram pelo resultado porque dão um pouco de tranqüilidade para os treinadores trabalhar, mas só por isso.

A equipe suplente do Colorado foi mal, muito mal. Além de não ter merecido a vitória, o pênalti assinalado sobre R. Moura (determinante no resultado) não existiu. Aliás, na rodada passada o Aimoré também foi prejudicado diante o Grêmio. No último final de semana, Fluminense e Santos foram favorecidos escandalosamente diante equipes menores. Coincidentemente, a arbitragem no Brasil inteiro está favorecendo demais os times grandes. Voltando ao Inter, a equipe de sábado é melhor (ao menos no papel) que muitos outros da Série A. Porém, desentrosada e sem ritmo, foi envolvida pelo bom Novo Hamburgo.
Os “possíveis” titulares Réver e Léo começaram o jogo. Nilmar e Vitinho entraram no decorrer da partida. Nenhum deles foi bem! Réver perdeu TODAS para Leandrão e está longe da forma ideal. Com absoluta certeza não estará pronto na terça quando o Inter estréia na Libertadores. Léo, que até vinha agradando o torcedor, não acertou nada. Nos minutos que esteve em campo, Vitinho não lembrou em nada sua primeira participação (quando guardou dois) e Nilmar continua sendo sacrificado porque joga dentro da área e de costas. Ele não rende ali e se torna jogador comum fazendo pivô. O zagueiro A. Costa, de repente, tenha sido o único a se salvar devido sua regularidade. Pode até pintar como titular amanhã.

Gol de Alex deu a vitória ao Inter

No domingo foi a vez do Tricolor entrar em campo. O Avenida, último colocado do Gauchão, engrossou o caldo. A arbitragem também foi mal, mas não ao ponto de “prejudicar” ninguém. Aliás, se alguém foi prejudicado, esse foi o Grêmio. O pênalti em Lincoln foi claro. Esse menino tem muito futuro! Possui potencial para, um dia, jogar na Europa. Mas é muito jovem e repito aqui que o Grêmio está queimando etapas. Luan é o único jogador “de verdade” nesse time! No primeiro tempo, quando a partida tinha 11 contra 11, o jogo fluía melhor. Na segunda etapa sem ele (expulso) e com 10 contra 10 (ambas expulsões foram equivocadas, por isso o Grêmio foi relativamente prejudicado), o Avenida empatou e quase virou. Os espaços não foram explorados como um time grande deve fazer diante o pequeno. Aí valeu o preparo físico do gremista. Os donos da casa morreram em campo na etapa complementar.
Felipão optou por Everaldo na frente. Moreno “enrolado” com sua saída ficou no banco. Taticamente ele “poderia” ter dado mais opções porque não joga tão centralizado. Foi mal e não conseguiu ser eficiente. Erazo? Deus me livre! Horrível. Galhardo vem sendo a boa surpresa. Everton... de olho nele! Já falamos desse menino neste Blog no início do ano passado. Já Moreno errou dois gols feitos, entrou errando passes, mas sua presença dentro da área foi determinante tanto no segundo gol (contra) como no terceiro por ele mesmo marcado, assegurando a vitória. Douglas saiu vaiado, um pouco de exagero, eu acho. Ele não foi tão mal assim, mas suas declarações (cujo concordo em partes) de “não querer correr feito bôbo” pegam mal diante a torcida. Ainda mais quando essa torcida é do Rio Grande do Sul. Muito disso vem também de sua antipatia diante o torcedor, tal qual He-Man tem no Inter.

De saída praticamente acertada, M. Moreno foi decisivo

Em resumo, o Inter está longe do ideal. Parece não ter encerrado seu ciclo de contratações, o técnico nem definiu ainda seu esquema de jogo e os “caras” que deviam dar conta do recado estão longe da forma ideal. Semana para trabalhar forte! O grupo é bom, mas é certo que o Colorado não chega na ponta dos cascos para a estreia da competição continental como o Corinthians chegou na disputa da fase pré. Já o Grêmio “sobrevive” das inspirações de Luan, vai depender demais da gurizada e não tem HOJE qualidade alguma em seus demais expoentes para disputar de igual pra igual em alto nível com as principais forças do Brasil. Time que entra na temporada para não gastar (equilibrar as finanças), “cuidando” com rebaixamento no Brasileirão. Precisa contratar!

Saudações Coloradas

Imagens: Agência RBS e Correio do Povo

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Preocupante

Inter e Grêmio deixam torcida desconfiada

O Colorado, desde os amistosos até a estreia no Estadual, variou por demais em suas formações táticas. Hoje, pelo Gauchão, "parece" que um novo esquema com três atacantes pode ser lançado. Há menos de duas semanas do início da Libertadores, D. Aguirre não parece estar certo do que pretende com seu grupo no quesito formação tática. No Grêmio o que assusta é a falta gritante de elenco. Além da saída de seu principal jogador (Barcos), o excessivo número de garotos pode comprometer toda uma geração lançada de maneira muito precoce. Para piorar, os atletas que não jogaram sábado, estão longe de ser a solução de qualquer problema.
No Inter os laterais não são bons marcadores e a zaga se mostra lenta. Só daria relativamente certo com Aránguiz segurando muito, comprometendo sua saída. O Nilton também é lento. No Cruzeiro, L. Silva carregava ele nas costas. Mas como Willians saiu e "parece" que o técnico vai abdicar do 3º volante escalado no primeiro amistoso contra o Juventude com um time mais ofensivo daqui em diante, ficará aberto demais. O time, a meu ver, se arruma de trás pra frente. Se o Internacional tivesse a disposição dois laterais bons na marcação (como Ceará em 2006) e um dos zagueiros fosse rápido... mas não são! Não dá pra se expor tanto.

Ídolo Gremista vestirá a camisa do Inter

Outro problema no Beira-Rio é jogar sem centroavante. Além disso, Alex e D'Alessandro não são mais garotos. Ambos tem saída lenta (a maior crítica da crônica e do torcedor), contudo, há algo pior: A recomposição ineficiente deles sobrecarrega os volantes!!! Alex e D'Ale NÃO PODEM jogar juntos. Nem entendo o Aguirre porque fez toda pré-temporada com o Willians de titular, e ele já foi. Agora insiste no Alex que nem renovou (seu vínculo acaba metade do ano e já poderia fazer pré-contrato com outros clubes). Sem contar que o técnico começou tudo, repito, com três volantes. Agora variou para dois cabeças-de-área, até com apenas um (tende aparecer mais ofensivo hoje). Sei lá... tragicamente morreu o vice-de-futebol recém nomeado. Por isso "me parece" que direção e técnico ainda não encontraram sintonia, o que é compreensível. Cabe ao torcedor acreditar na qualidade do grupo e no encaixamento natural que bons jogadores obtém.

No Tricolor a questão é time mesmo. Oras, "como" sobrecarregar um menino de 16 anos como Lincoln com a camisa 10? Pior é apostar em uma barca furada como Douglas (por falta de opção e de recursos) para armar essa equipe. Não vamos diminuir a qualidade dos meninos, nem fazer comparações aos prodígios como Ronaldo, Pelé e tantos outros ainda adolescentes que brilharam desde cedo. O certo é que a camisa do Grêmio pesa, e pesa muito! Jogar toda a responsabilidade em jovens promessas é um tremendo tiro no pé. A cobrança é intensa e ninguém vai aliviar.

Grêmio aposta na base

Em tempos de "vacas magras", o Inter também recorreu a sua base para compor seus elencos principais. Tanto é verdade que Nilmar e D. Carvalho apareceram pro futebol no início deste século justamente com essas oportunidades. Mas o que dizer dos irmãos Diogo, Diego, do meia C. Xavier, do Caíco e tantos talentos que o Colorado "queimou" antecipando etapas? É perigoso! Não apenas porque o clube perde a oportunidade de lapidar melhor suas jóias, mas cria riscos iminentes de obter resultados muito negativos no fim que mancham a história da instituição. O gremista deve acreditar que seu time pode evoluir. Serão meses de Gauchão, uma pré-temporada de luxo! Entender a pressão exercida sobre esses jovens e que os mais velhos não são atletas que resolverão em campo também é importante. Ano de compreender que, com esse grupo, o Tricolor joga pra não cair no Brasileirão, a menos que se reforce.

Pitacos:

- Pra torcida do Inter, show! Para a do Grêmio soa como ofensa; 
- As declarações do Anderson na apresentação criaram essa situação da flauta, da corneta;
- Mas ele é formado no Tricolor, não desmereceu o clube! Jornalista é complicado...
- Quem escutar a entrevista completa, observa o "contexto" do que ele disse;
- Aliás, 90% das perguntas tinham intuito "único" de acirrar a rivalidade;
- Outra, Anderson não é aposta nem contratação de ocasião como a imprensa desenha;
- Arrascaeta não veio e foram atrás do rapaz (melhor e mais caro que o gringo);
- Muita grana envolvida para classificar sua vinda como de mera ocasião;
- Falamos de vencimentos até maiores que os mais bem pagos do grupo;
- A qualidade do ex-gremista é indiscutível;
- Assim como do Pato (eis o "x" da questão e da preocupação);
- Pelo que ganha tem que chegar e resolver!
- Mas com 4 títulos ingleses e uma Champions, veio pra jogar ou ficar perto de casa?
- Moreno não é Barcos;
- Não esperem do boliviano o que o argentino fazia em campo.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com