segunda-feira, 28 de julho de 2014

Enderson Moreira não é mais o técnico do Grêmio

Treinador não resiste derrota em casa e deixa o cargo

Menos de sete meses e uma rejeição do torcedor que alcançou mais de 80%. Realmente não havia clima para continuar. Sempre defendi o técnico gremista aqui no Blog, suas convicções, seu trabalho. Mas não há quem “sobreviva” na chefia da comissão técnica em time grande após um resultado como de ontem.

Seis meses e vinte dias no cargo

Primeiro falemos do jogo. O Coritiba de C. Roth dominou a partida do início ao fim. Foi melhor, mais competente na sua proposta. Arrematou sempre com muito perigo, teve chegada. O Grêmio estava bagunçado. Na primeira etapa, duas bolas na trave, fora as defesas do bom goleiro Marcelo. Mal começou o segundo tempo e nada mudou, o gol saiu ao natural. Lampejos de individualismo e muita força de vontade ditaram a virada gremista. Barcos está numa fase tão complicada que nem uma exibição com dois gols consegue poupá-lo de críticas, isso porque teve a bola do jogo em seus pés no final. Perdeu o gol dentro da pequena área.
Futebol não é justo. Ontem foi. Após alcançar o empate, a equipe Coxa Branca esperou o momento certo. No último lance, como se fosse um tiro de misericórdia no trabalho de Enderson, Alex decretou 3 x 2 dando fim a passagem do treinador no Clube.

Contra o sentimento de decepção não há o que fazer

Não pode! Um time da magnitude de um Inter ou de um Grêmio não pode ser dominado em casa por uma equipe candidata ao rebaixamento como esta do Coritiba. Orquestrada por Alex, os paranaenses envolveram o Tricolor com tamanha facilidade que, por mais que o grupo tenha sido parcialmente reformulado (que demanda tempo para encaixe), o resultado fala por si só. O próprio técnico registrou no pronunciamento de despedida que “falta dar a liga suficiente para conquistar aquilo que tem pela frente”. Oscila muito! Enderson não encontrou a consistência necessária para fazer um time campeão. A derrota foi inaceitável. 
No geral, Enderson Moreira obteve bons números. A eficiência de seu trabalho não lhe rendeu conquistas. A tal “consistência” que forma um campeão, a “liga”, aparecia jogo sim, jogo não. Pior, as derrotas foram muito traumáticas. Ficava sempre aquela impressão que daria certo. Não deu! Verdade que este elenco é mediano, melhorou significativamente com as contratações, mas tinha que adaptá-lo, trabalha-lo. Logo, responsabilizar Enderson exclusivamente pelo fracasso é covardia, bem por isso a direção foi coerente rasgando elogios, mostrando-se grata pelos serviços prestados.

Diretoria trabalha em busca de um novo treinador

E agora, quem assume? R. Portaluppi é a opção mais viável em todos os sentidos. Scolari o sonho de qualquer gremista, Tite a melhor opção do mercado. Renato tem história, é ídolo e pode mexer no vestiário já de cara. Felipão tem o mesmo poder com um respaldo ainda maior. Tite foi injustiçado em não assumir a Seleção porque é o melhor nome da atualidade. Contra Portaluppi conta os retrospectos recentes bem negativos, principalmente na última passagem pelo Fluminense. Scolari e Tite são caros demais para o padrão desta diretoria. Nomes paralelos como de Dorival Jr., Ney Franco e até de Celso Roth são cogitados. Quem poderia servir?

André Jardine assume o Grêmio interinamente

Certo é que o Grêmio terá de começar de novo. Isso tem impacto positivo no início, mas a mudança de rotina atrelada ao conceito de um novo profissional tem seus “perigos”. Lá na frente os reflexos podem pesar.  Por isso eu repito: quem joga é jogador! Pode trazer o melhor treinador do mundo, se o elenco não corresponder, não entender o que quer o treinador, a coisa não vai.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

Um comentário:

  1. Só tenho uma coisa a dizer:
    o bom torcedor sabe o que pode e o que não pode dar certo como treinador. E o Enderson desde que foi anunciado, era um fracasso fácil prever. Nunca foi convincente, mesmo com aquela justificativa de que não havia elenco, etc e tal.
    Mas o pior não é isso, o pior é saber que não se tem muitas alternativas - se tirarmos o Felipão ou o Tite da lista.
    Que a direção não venha com Gilson Kleina, Ney Franco.
    Já que o Tite está "se achando" e não quer voltar ao clube que o projetou, o Sabella é uma boa alternativa. A segunda é Renato Portaluppi.
    O resto é um risco como foi o Enderson.

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