PAPAI NOEL NOS DÊ PARA O ANO NOVO:

Como em todo final de temporada, nós fazemos o balanço do ano da dupla e reclamamos dos dirigentes seja pelo fracasso de não chegar a um título, ou seja por ter uma participação pífia nos campeonatos. Alguns tergiversam mudando o foco, outros se preocupam mais com o adversário e esquecem os próprios erros, como se estivesse tudo certo com eles.

Não vou desta vez, fazer nenhum balanço e apenas fui atrás de algumas definições do que acho que sempre faltou e continua faltando para ambos os clubes gaúchos, e para a maioria dos brasileiros em geral: Planejamento.  

"O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho."

"Planejamento é o processo de identificação daquilo que se pretende fazer, acompanhar e observar a implantação do que foi pensado na fase de preparação, revendo e corrigindo o que não está adequado e avaliar os resultados de modo sistemático e permanente."

"Planejamento está relacionado a um processo dinâmico e interativo, que descreve uma série de atividades formalizadas para produzir e articular resultados, na forma de sua integração de decisões."

"É um processo de tomada antecipada de decisão, que define o que e como fazer, antes que se requeira uma ação. Decisões básicas do processo de planejamento são: definir objetivos, curso de ação e meios de execução."

"É o esboço do futuro e a criação e seleção de meios para alcançá-lo."

Estas definições conduzem à percepção da necessidade de se elaborar estratégias para que seja possível alcançar os resultados pretendidos com o planejamento.

A palavra estratégia evoluiu do grego strategós que era, na Grécia Antiga, um misto de governante e comandante militar cuja designação queria dizer, em tradução livre, "aquele que domina a arte de conduzir a tropa para a vitória".

É dessa etimologia político-militar que se origina o entendimento atual do que é estratégia – um processo de gestão cuja finalidade principal é levar uma organização para um objetivo desejado no futuro e que pressupõe talento e habilidade dos gestores para conduzir esse processo, envolvendo os

integrantes de uma organização na luta pela consecução desses objetivos.

Pode-se concluir, então, que o significado da palavra estratégia tem, implícito, 5 componentes:

1. Que é uma arte, envolvendo criatividade e estilo pessoal, não dependendo apenas de habilidades técnicas;

2. Que supõe um domínio, ou seja, um conhecimento ordenado e internalizado que implica numa prática consistente;

3. Que requer a capacidade de conduzir, significando liderar e levar a fazer, o que se constitui, por definição, na essência do processo gerencial;

4. Que diz respeito a uma tropa, termo que pode ser entendido como um coletivo que se refere às pessoas que vão realizar a ação planejada - um grupo, uma equipe;

5. Que o objetivo é a vitória, ou seja, a conquista de um alvo pretendido, a realização de um futuro projetado.

Sintetizando, a essência do conceito de estratégia é a idéia de construção do futuro desejado, com a peculiaridade de ser um futuro compartilhado, que interessa a muitos, pressupondo a noção de um empreendimento coletivo.

Há um ditado chinês que diz: "Se você não sabe aonde ir, qualquer caminho serve."

1. Tenha clareza do "norte";

2. Conheça o "chão";

3. Busque aliados;

4. Observe os adversários;

5. Administre as resistências;

6. Conheça os limites da organização (entidade);

7. Exerça a iniciativa;

8. Enfrente as ameaças e aproveite as oportunidades;

9. Acompanhe sempre;

10.Tenha paciência e seja persistente.

São premissas de um bom planejamento, e de elaboração de um projeto para médio e longo prazo, coisa que nossos dirigentes de clubes não devem ter nem conhecido, ou se viram alguma vez jamais levaram sério, pois sempre foram manipulados pela ambição política, ou talvez pior ainda, pela ambição econômica mesmo, por dinheiro mesmo, afinal dinheiro de clube não muita fiscalização oficial e os próprios órgãos que poderiam fazer essa fiscalização não têm nenhuma credibilidade e nem moral para fazê-lo.

O Luxemburgo sempre fala no famoso "Pojeto", mas nunca efetivamente utilizou nenhum planejamento a médio prazo que fosse, pois todos sabem que ele dificilmente fica mais de uma temporada em qualquer que seja o clube.  

Há quem diga:"Mas o torcedor é muito imediatista e não tem paciência prá este tipo de coisa!"

Concordo, mas alguma vez veio alguém que assume a diretoria de um clube expor claramente um planejamento administrativo, com todos os detalhes, prazos, valores de orçamentos, etc... de uma forma didática, publicamente em todos os canais de mídia como fazem quando demitem o treinador ou contratam um medalhão a preço de ouro?

_ Tivemos no nosso blog várias idéias inovadoras outras nem tanto, mas muito objetivas, pena que não chegue até as pessoas com poder de decisão para mudar este panorama apático do futebol gaúcho dos últimos anos.  

_ Está iniciando a temporada de plantar: plantar notícias de transferências, vendas por valores absurdos, compras por preços de ocasião e interesses de clubes grandes da Europa por jogadores que ficaram na vitrine neste campeonato brasileiro!

_ Boa nova! A Rede Globo deve premiar os primeiros colocados do Brasileirão com quantias em dinheiro! Sempre vem bem uma graninha extra, mesmo que seja merreca perto das despesas do ano!

_ Qual briga tá mais feia: a da vaga prá Libertadores (G4), ou da fuga do série B (Z4)? 

Prá mim em cima tem menos concorrência!