
Até que enfim o colorado, para surpresa nossa, conseguiu uma vitória fora de casa depois de tanto apanhar no Brasileiro 2010. E como não poderia deixar de ser, os colorados voltaram a falar grosso e à velha soberba – como a declaração de Fernando Carvalho. http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2010/11/carvalho-exalta-tradicao-do-inter-e-provoca-o-gremio-apos-vitoria.html
O Inter permaneceu, durante vinte anos – décadas de 80 e 90 - vendo o tricolor desfilar faceiro na Libertadores.
Conseguiu dar a volta por cima na competição internacional nessa última década, mas já se acha o dono do Rio Grande e da América. Que falta de bom senso e de humildade do presidente colorado! Esqueceu que em sua administração pelo Inter nunca conseguiu derrotar o Grêmio numa decisão – mesmo em regional - como em 2006 e 2010.
Mas se os deuses do futebol permitirem, Renato e o presidente Odone vão calar a boca desse ser no início da nova década, em 2011, com a reconquista do espaço tricolor na maior competição das Américas.
O Inter só conseguiu vencer porque o Bota-Fogo mergulhou numa série de problemas internos nas últimas semanas e abdicou da briga pelo G4 nessas últimas rodadas. Não tem dinheiro nem para pagar seus próprios atletas, imagine o suborno ao colorado no caso de uma necessidade de “mala-preta”.
Ver o Grêmio e o Inter numa Libertadores é sonho de todos. Seria um lucro para todo o futebol gaúcho. O que é lamentável, sujo e absurdo é declarações equivocadas como essa do chefe dos colorados. Por ora, Infelizmente, o Inter tem grandes chances de ser campeão do mundo pela segundo vez e, nós, gremistas, vamos ter suportar os colorados e nos conformar desde já com a ideia do Bi.
Já o nosso segundo rival no Paraná, o Atlético, não se conformou com a derrota no Olímpico. Para os paranaenses rubro-negros, o resultado teve influência direta da arbitragem. E vão usar isso como arma, em confrontos futuros, como teem feito nos últimos anos. Todo o curitibano nato, atleticano, pensa que vive numa cidade europeia e que o furacão é o clube mais moderno do mundo. São tão fanáticos e sonhadores quanto os gremistas e os colorados. A diferença é que vivem num mundo da fantasia de que, mesmo sem títulos, ainda são superiores. O blogueiro da Globo, Marcos Vinícius Grossmann (vulgo Pajé) – com cara de Tim Maia, só que mais obeso e doente – afirmou umas barbaridades de cunho preconceituoso e de deboche com o povo gaúcho, sobretudo aos gremistas, na semana que antecedeu o confronto. A declaração do infeliz chegou até a direção e aos jogadores do Grêmio.
Pajé exaltou o Inter como o primeiro do Sul em grandeza, e previu que o segundo lugar está reservado ao Clube Atlético do Paraná, num futuro breve.
http://globoesporte.globo.com/platb/marcosvinicius/2010/11/17/o-sul-comportara-dois-gigantes/Mesmo derrotado ainda segue afirmando umas coisas absurdas como a de Fernando Carvalho.
Todo o gremista menospreza essas opiniões, mas não deixa de ficar intrigado com essas provocações. Os paranaenses esqueceram da força e da tradição do Grêmio num jogo considerado como prévia de Libertadores. Assim como os paranaenses, Fernando Carvalho também canta de galo, com grande arrogância e petulância, em seu excesso de confiança do colorado num possível grenal pela Libertadores da América. Parece que esqueceu que o Inter é filho do Grêmio na maior competição do continente.
Tanto o colorado quanto o atleticano não reconhece não respeita nem mesmo o 70% de tricolor azul, preto e branco, que compõe o sul do país.
O time do tricolor para 2011 parece estar se configurando. O zagueiro Neuton ainda não tem muita experiência na função de zagueiro, mas tem categoria para em breve, ser o dono da camisa 4. No ataque, mesmo que Diego Clementino seja um bom reserva, ainda falta um substituto para o Jonas. Clementino é jogador oportunista para o contra-taque no segundo tempo. Falta ainda um atacante jovem com habilidade que jogue pelos lados.
Já faz algum tempo que não surge um craque na base. Ficamos mal acostumados, depois de Ronaldinho, Anderson, Carlos Eduardo e Douglas Costa. É verdade que todos se foram e o tricolor lucrou muito pouco com eles. Realidade triste de um clube que poderia ter feito um timaço só com jogadores da base nessa década.
Para o ano que vem, volta o Mithyuê que foi emprestado ao próprio Atlético do Paraná. Ele foi trazido pelo Carpegiani, mas não agradou os atleticanos, nas poucas vezes em que atuou. No tricolor todos tinham a expectativa de que seria um novo craque, criado no Estádio Olímpico. Talvez Renato consiga recuperá-lo e fazê-lo voltar a ser aquele jogador que agradou na Sub20, a um ano atrás. No elenco de juniores, atualmente, Pessali tem sido o destaque. Ainda não sei o motivo pelo qual Renato não o lançou no time principal. Maylson e Roberson não tem se firmado e certamente virarão moeda de troca na próxima temporada. Além de dispensar as peças velhas que não funcionam, renovando os que deram certo, o tricolor tem que pensar nessa garotada: naqueles que ainda tem alguma coisa para contribuir no clube e naqueles que devem seguir carreira em outros campos.
A nova direção tem uma nova visão de futebol do que a atual com Duda Kroef. O novo presidente Odone revelou grandes jogadores na base, entre 2005 e 2008. Um título da série B e um título gaúcho no ano do campeão do mundo, foi muito pouco. A torcida espera que não se desfaça tão prematuramente dos jovens valores e que dê a volta por cima do Inter na Libertadores da América. O desafio é maior do que aquele de 2005 na série B, quando o Grêmio voltava a elite afim de não voltar ao abismo dos rebaixados.