quinta-feira, 30 de abril de 2015

E agora Sr. Luciano Potter?

Jogador negou injúria e Inter foi absolvido por racismo

Na segunda-feira do dia seis de abril do ano corrente, publicamos neste Blog um texto intitulado “O caso Fabrício, injúria racial e seus reflexos - Internacional em conflito com problemas surgindo em cadeia”, que pode ser acessado pelo link "clique aqui e veja o texto"

Rogério Pastl apresentou uma declaração por escrito e assinada pelo jogador Fabrício

Naquela oportunidade, registramos a seguinte opinião: “Como associado e ex-conselheiro, L. Potter deveria ter ajudado o clube. Bastava procurar a B. Militar ou os seguranças particulares para que o Inter tomasse providências, afastando qualquer prejuízo. Não me refiro em omissão, mas sim, em ação positiva. Falou mais alto seu ‘lado comunicador’, se pronunciando publicamente no meio de informação que participa criando prova contrária ao Inter. Ele tem prestígio e reconhecimento, suas palavras vão pesar na decisão. Lembro que o Estatuto é muito claro quanto ‘denegrir a imagem’ da entidade. L. Potter a denegriu ‘independentemente’ de ter sido verdade a injúria racial ou não. Entendo que é motivo para expulsão dele do quadro de sócios, inclusive como pessoa ‘non grata’ dentro do Beira-Rio, proibindo-o inclusive de ingressar e permanecer nas arquibancadas. Falando em ‘verdade’, o suposto ‘injuriador’ nega veementemente a acusação. Ainda mais, se diz de miscigenação negra. Dentro de um estádio de futebol, com palavrões se misturando em um momento de tamanha emoção, L. Potter ‘pode’ ter ouvido o que não foi dito. Não teria se confundido? Os demais torcedores ‘teriam deixado’ uma injúria racial nas arquibancadas sem uma retaliação imediata? Na prática, o indiciamento da procuradoria do TJD vai gerar ‘no máximo’ em perda de pontos, levando uma eventual decisão do Gauchão em Gre-Nal para a Arena. Um prejuízo muito pequeno porque não acredito em exclusão. Mesmo assim, com o veredicto desfavorável fica a mancha na história de uma instituição que tem por símbolo o ícone de ‘Clube do Povo’. É mais do que justificável a exclusão deste rapaz do quadro associativo do SC Internacional.
Pois bem... como é sabido, o Internacional não responderá por nada disso. O TJD gaúcho inocentou a entidade ontem a noite.

Vamos, agora, dar “nome aos bois”!

O grupo RBS fez nada mais do que seu trabalho. Em um país livre, democrático como o nosso, nada mais justo do que dar espaço em sua programação para todo tipo de informação. Ainda mais quando a fonte é justamente um funcionário da empresa. Na qualidade de comunicador, L. Potter também honrou seu papel jornalístico. Profissionalmente, nada mais coerente do que agir pelo impulso de sua atividade como fez.

Luciano da Silva Lopes ou Luciano Potter (Alegrete, 31 de março de 1979), jornalista, apresentador de televisão, radialista e humorista. Ex-conselheiro do SC Internacional

Mas além de comunicador, ele é associado e ex-conselheiro do Inter! O fato de trabalhar com jornalismo não o separa dos demais que pagam mensalmente suas mensalidades. Todo sócio, tal qual L. Potter é, merece e DEVE ser julgado internamente pelo Internacional quando estas regras forem descumpridas. Reza o art. 16, IV (do Capítulo III) do estatuto Colorado as punições aplicáveis ao associado que “por atitudes imorais ou incompatíveis com a ética, prejudicarem o Clube em seu crédito ou interesse”. Cabe desde advertência, verbal ou escrita, suspensão de até noventa (90) dias, até exclusão.
O Sport Club Internacional foi julgado e absolvido. Luciano Potter DEVE responder pelo que disse e, igualmente, ser julgado com direito a defesa. Seja o que ouviu ou “acredita ter ouvido”, sua manifestação na qualidade de associado e ex-conselheiro (não como comunicador) merece AO MENOS ser julgado. Em uma democracia, este sócio que não é diferente de nenhum por conta da atividade que exerce profissionalmente PRECISA receber o mesmo tratamento dos demais. Nem estou levantando questões de ordem de direito civil, indenizações, etc. “Apenas” um atendimento interno, administrativo, que trate esta matéria com o peso que merece.
Não se trata de “uma briga” com a RBS (que nada fez mais que exercer seu papel jornalístico), não se trata de uma represália ao comunicador Luciano Potter (que tem o pleno direito – inclusive profissional – de ter feito o que fez), muito menos de “censura”. Me refiro UNICAMENTE em relação ao associado que, na qualidade de ex-conselheiro conhece as regras do clube, mas não cumpriu.

Saudações Coloradas

Imagens: (Foto) Leandro Behs / Agência RBS; Portal "O Guia do futebol"

domingo, 26 de abril de 2015

O Gre-Nal dos treinadores

Aguirre e Felipão são felizes em suas escolhas, mas zero não sai do placar

Gostei do clássico! Aprecio partidas de futebol em que o esquema tático é variado e os times disputam um jogo inteligente. Acabou esse negócio de porrada. Faz tempo que os Gre-Nais passaram ser jogos interessantes de se ver. Claro, não é um “show” de técnica nem um espetáculo de encher os olhos, mas é muito longe daquilo de tempos atrás. Mais futebol, menos briga. A primeira partida das finais do Campeonato Gaúcho ficou marcado, ao menos em minha opinião, pela leitura bem feita dos dois técnicos antes e durante o confronto.

Primeiro tempo do Grêmio, segundo do Inter 

O Grêmio veio a campo com três meias, nenhuma novidade até aí. Já o Inter surpreendeu escalando o que tinha de melhor, sem preservar ou poupar quem esteve em campo quarta-feira pela Libertadores. Para marcar o ímpeto dos armadores gremistas, dentro da Arena, nada melhor do que respeitar os donos da casa e fechar o setor.
Três volantes inicialmente mal posicionados pelo lado Colorado colaboraram pela pressão Tricolor no campo de ataque. Aránguiz, N. Freitas e R. Dourado andavam para trás nos avanços do adversário, que abria inteligentemente pelos flancos e chegava com muito perigo. O fator surpresa gerou a sobra de um homem no segundo pau em bolas alçadas na área. Quando R. Dourado, o melhor jogador em campo, passou revezar com Aránguiz no primeiro combate mais a frente, a partida equilibrou.
 
O melhor em campo!

Daí em diante o time de Aguirre tomou a posse de bola pra si, mas só conseguia profundidade nas jogadas individuais de Nilmar ou na passagem de Willian pela lateral direita. Com Sasha marcando Giuliano e vice-versa, praticamente os dois se anularam. O meia gremista só conseguiu criar algo quando mudava de lado. Luan e Douglas, bem marcados, não criavam tanto como nos primeiros minutos.
No fim da primeira etapa, os três cabeças-de-área do Inter já estavam amarelados com cartão, o Grêmio tomou os espaços e voltou ser melhor. Felipão, acertadamente, manteve o que estava dando certo para os últimos 45 minutos, enquanto Aguirre substituía N. Freitas por Valdívia, também muito correto! O treinador Colorado já havia alcançado o que queria no primeiro tempo. Era hora de arriscar tirando de campo um jogador com eminente perigo de expulsão.
 
Valdívia entrou bem e mudou o jogo

Em grande fase, explorando justamente o lado de defesa mais fraco do Grêmio, Valdívia deu outro rumo ao clássico. Depois de partir para cima e forçar o segundo amarelo de P. Geromel, o time do Inter tomou a bola definitivamente até o fim, não precisou mais cometer faltas e sufocou o Grêmio em seu campo de defesa.
Aí brilhou a estrela de Felipão. Com duas substituições, especialmente na entrada de Wallace, seu time conseguiu anular relativamente os avanços do Internacional com um a mais em campo. Aguirre não deixou por menos e promoveu as entradas de Ânderson e R. Moura. Entendo a opção dele ao invés de Alex e achei correto. Os visitantes criavam, mas desperdiçavam as oportunidades, ou simplesmente paravam em  M. Grohe, melhor atleta do time em campo.

Goleiro Gremista passou confiança para sua defesa 

Em relação a arbitragem, achei que Daronco amarrou muito marcando todas as chegadas. Nem tudo era falta, mas ele apitava. Distribuiu muitos cartões também para não perder o controle da partida. Mas no geral ele não influenciou no resultado e nem beneficiou lado algum.
No fim ficou bom para ambos. De repente melhor pro Grêmio que, marcando um gol no Beira-Rio, força o Inter a sair para vencer a partida. Em compensação, o Colorado tem uma semana cheia, não entra com tanta pressa em vencer porque outro zero a zero leva para decisão em pênaltis, e se beneficiou indiretamente com o resultado em Minas. O Galo, seu adversário na Libertadores dia 06, empatou sem gols em casa com a Caldense. O time do interior joga por um empate. O treinador L. Culpi já anunciou dois dias de folga para o grupo (exceto para Guilherme que teve contusão muscular, saiu no intervalo e terá de se apresentar para exames) e volta trabalhar só na quarta. Tudo isso, logicamente, pensando na decisão de Domingo. O Galo não liquidou a fatura no Mineirão como queria, longe disso, e eu duvido muito preservará seus jogadores principais para a volta (que será disputada em Varginha). Bom pro Inter que assim não tem a desvantagem de escalar força máxima no Gre-Nal e chegar “só ele” desgastado no meio da outra semana.
 
Pitacos:
 
- O resultado de Minas não foi o único que surpreendeu;
- A equipe do Bahia tomou três do Vitória da Conquista fora de casa;
- Sport caiu na semifinal para o Salgueiro;
- Goiás e Coritiba perderam a primeira final também;
- Mas todos, exceto o Bahia e o Sport que caiu, são favoritos ainda;
- Os pequenos queimando minha língua por enquanto;
- Em Santa Catarina tudo igual;
- JEC joga pelo empate em Joinville e o Figueira vai ter que remar;
- Um jogo aberto no Scarpelli, com chances para ambos os lados;
- Ficou pior pro time da Capital;
- No RJ, jogando pior, o Vasco venceu e leva a vantagem consigo;
- Difícil E. Miranda perder esse caneco;
- Em São Paulo, o Palmeiras perdeu a grande chance que teve;
- Apesar de vencer, perdeu pênalti e não teve ímpeto para aproveitar o homem a mais;
- Robinho deve voltar Domingo e o Santos tem todas condições de virar;
- Com 2 ou 3 gols de diferença, o time de O. Oliveira ficaria com uma mão na taça;
- Segue aberto essa disputa do paulista;
- Uma câmera flagrou Alex conversando com torcedor gremista;
- Segundo leitura labial da matéria veiculada no portal do ClicRBS ele teria dito: “Vou vir pra cá”;
- Será?

Saudações Coloradas

Imagens: ClicRBS, Globo.com e Site do Inter

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Brasil 100% na Libertadores

Principal competição continental das Américas conhece seus confrontos de oitavas-de-final

Todos os times brasileiros superaram a fase de grupos. Não como em outrora quando as dificuldades eram pequenas, mas melhor que 2014 quando dois foram eliminados antes mesmo do mata-mata. O país volta emplacar o maior número de equipes entre os 16 melhores.
Por mais difícil que tenha sido, as camisas mais tradicionais avançaram. Decepção, de repente, ficou na conta do Libertad e do San Lorenzo (atual campeão). Mas como suas chaves estavam equilibradas com oponentes de qualidade e história, suas eliminações nem tenham se destacado tanto assim. Merece destaque a dificuldade que River Plate, São Paulo, Cruzeiro, CA Mineiro, Estudientes e Cruzeiro tiveram para avançar. Comprovado um equilíbrio que deve durar até o fim, em oito confrontos que reúne o maior número de títulos e campeões de todos os tempos.

A taça tão sonhada

CA Mineiro: Com uma classificação no melhor estilo “Atlético Mineiro”, o Galo chega com moral. Um time que mudou bastante, mas nem tanto como seu rival. Superou a dúvida que a crônica e sua torcida tinham sobre ele. Uma classificação totalmente improvável que se tornou realidade passando muito pelos pés do eficiente L. Pratto. Muitos que antes não tinham espaços tiveram chances nesse ano justamente na reta final do Campeonato Mineiro e da Libertadores, e foram competentes. Ponto para o treinador L. Culpi que tem o poder de “reinventar” essa equipe, mudando aqui e acolá sem perder a competitividade do time.
Corinthians: Depois de uma pré-Libertadores muito bem resolvida e um início arrasador no grupo da morte, o rendimento do time caiu consideravelmente nos últimos dias. Normal! Isso porque nenhuma equipe do planeta vai jogar bem sempre. Com a classificação garantida, relaxar um pouco faz parte. Momento que coincide com a saída de Guerreiro e a entrada de V. Love no time principal. Love não é mais o mesmo. Ficou evidente também que o Timão não é o mesmo sem Paolo. Bom pro peruano que se recupera da dengue. Agora os dirigentes devem acelerar os trâmites da novela que se tornou a renovação dele. Um time muito bom se tornou apenas “bom” sem seu principal jogador.

Trabalho agora é não deixar uma crise se instaurar.

São Paulo: Ainda com um interino no comando, depois de vexame atrás de vexame nos clássicos regionais, a vitória de ontem sobre seu maior rival que culminou em classificação não poderia vir em melhor hora. O Tricolor Paulista tem um grupo extremamente qualificado que, se encontrando em campo definitivamente, será um time forte daqui em diante (não apenas na Libertadores). Mas foi apenas um jogo, justamente em uma partida com tamanho apelo emocional em que as coisas tendem a equilibrar-se. Provavelmente M. Cruz não será efetivado e a filosofia de trabalho do novo técnico será determinante.
Cruzeiro: Depois de um início ruim, eliminação pelo Galo no estadual diante sua torcida (de virada), a raposa juntou forças e buscou a classificação. Terminou em primeiro na chave, mas chega sem afirmação. Notei um time desequilibrado, principalmente fora de casa. O Cruzeiro busca o melhor enquadramento. Uma equipe muito diferente daquela de temporadas anteriores. Contudo, a camisa Celeste pesa e não se pode tirar os méritos deste time que tende crescer. Para isso é fundamentável resultados positivos e devido sua oscilação, tudo vai depender dos próximos dias de trabalho que o ótimo M. Oliveira vai comandar.

O time Celeste segue na luta

Internacional: Quem diria? O Colorado terminou a fase de grupos em primeiro lugar na chave, terceiro no geral e figurou como o melhor brasileiro de todos. O treinador D. Aguirre, definitivamente, caiu no gosto do torcedor. Ovacionado mais do que qualquer jogador na apresentação de ontem no Beira-Rio, conseguiu das arquibancadas a melhor maneira de blindar-se. Depois de convencer todos que o rodízio de jogadores no melhor estilo europeu pode dar certo por aqui também, o Inter vem encorpado, passando confiança. Receio “apenas” algumas rebeldias. O elenco é muito grande e como “nem Cristo” agradou todo mundo, esse pode ser um obstáculo. 

E os confrontos?

River Plate x Boca Jrs. – para entrar na história! Favoritismo? Difícil apontar! O Boca é melhor, mas o River superou seu rival a pouco tempo na semifinal da Sulamericana. Acho que o River fatura essa.
São Paulo x Cruzeiro – outro jogasso! Os dois ainda deixam dúvidas, mas sem estadual pra disputar, foco total neste desafio. Apostaria no Cruzeiro.
Guraní x Corinthians – os paraguaios fizeram uma campanha regular, apenas uma derrota na fase de grupos. Mas não tem jeito, com P. Guerreiro jogando ou não, os paulistas são favoritos com sobras.
M. Wanders x Racing – os uruguaios já fizeram muito em se classificar. São francos atiradores. O Racing deve passar e é um dos bons times desta taça Libertadores.
U. Sucre x Tigres – o time de Sucre passou por incompetência do Huracán. A derrota dos argentinos ontem foi vexatória. O Tigres deve passar “se” não poupar o time por priorizar competições do México.
Emelec x A. Nacional – outro confronto equilibrado. Os dois mostraram força e eu acredito que os equatorianos superem o favoritismo dos colombianos passando para as quartas-de-final.
CA Mineiro x Internacional – o Colorado deve passar por um único fator que pesará em um embate tão igual. Decidindo em casa os mineiros seriam muito fortes, mas a decisão é no Beira-Rio.
Estudiantes x Santa Fé – os argentinos passaram apertados, os colombianos nem tanto. Aqui creio pesará a camisa e o time de La Plata continua na competição.

Brasil segue na luta

A verdade é que a Taça Libertadores 2015 está resgatando alguns símbolos de dramaticidade e equilíbrio que apagou-se um pouco quando o futebol brasileiro estava muito à frente dos demais. Com uma economia nem tão superior e o avanço administrativo dos clubes de todo continente, a briga ficou mais acirrada. Mas reitero o que disse no início do ano... diferente de 2014 quando cravei nenhum time do Brasil na decisão, neste ano teremos ao menos um brasileiro na final e ele será favorito para erguer a taça independentemente quem seja.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal Radio Cidade Caratinga, Goal, Esportes UOL e Carpina Esportes.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Agora tudo é decisão!

Estaduais pelo Brasil conhecem “quase todos” seus finalistas

Um texto sem maiores rodeios, um pouco de “pitaco” nas decisões Brasil afora. A idéia é opinar, dentro do que eu humildemente entendo, dentro daquilo que acompanhei, publicando um percentual de chances de um sobre o outro. Lembro que é “meramente opiniativo”!

SP: Santos 55% x 45% Palmeiras – O time da Vila era favorito, mas a equipe de O. de Oliveira não. O principal aspirante ao título, o Corinthians, caiu em casa depois da decisão por pênaltis. Os dois representantes do estado na Libertadores foram eliminados, logo, os dois envolvidos na disputa vem com força máxima. Aposto no Santos, ainda invicto, mas do mesmo jeito que havia dito aqui antes “representar muito para o Palmeiras” uma classificação sobre seu maior rival, o título teria um peso impactante nessa nova fase do clube. Um grande clássico em que tudo pode acontecer.
RJ: Vasco 60% x 40% Botafogo – Classificação heróica do Glorioso e contestável do Cruz-Maltino. O Fogão, dono da melhor campanha e vencedor da Taça Guanabara, reverteu tudo se beneficiando da suspensão de Fred, principal jogador do Fluminense. Já o Gigante da Colina se fez valer de um pênalti duvidoso, do mesmo jeito que o Flamengo se aproveitou em edições anteriores. O apito é sempre muito polêmico no Rio de Janeiro. Em campo o Botafogo é melhor, mas a principal força do Vasco está fora das quatro linhas. Com E. Miranda na presidência, desde o início, apontei que o estadual tinha muitas chances de ficar em S. Januário.

Ruim com ele? Pior sem ele...

MG: CA Mineiro 90% x 10% Caldense – O Galo ganhou a final antecipada em cima de seu maior rival. Mesmo disputando Libertadores concomitantemente com o Mineiro, Pratto e seus parceiros colocaram uma mão na taça. Tá certo que no futebol tudo é imprevisível. É verdade que são 11 contra 11. Mas não dá pra ter outra aposta senão essa! As chances da Caldense, melhor time na primeira fase e merecedor de todo respeito, está justamente na participação do oponente na competição continental. O Atlético precisa vencer o Colo-Colo com dois gols ou mais de diferença para avançar. Não acontecendo, de repente, a equipe do interior pode tirar proveito disso.
RS: Internacional 51% x 49% Grêmio – Creio seja no Rio Grande do Sul a final mais equilibrada. Apesar de entrar em campo com um time reserva ou misto, o Colorado leva pequena vantagem de favoritismo. Decide em sua casa e não conta com a obrigação eminente de levantar essa taça. No Tricolor, a importância deste título é imensa, a pressão é forte. Depois de tanto tempo sem uma conquista, mesmo que a nível local, Scolari e seus comandados sabem bem da responsabilidade. Pesa contra si o fato de o rival disputar Libertadores e não encarar as finais com o que tem de melhor. O problema é que mesmo sem os titulares, o Inter de Aguirre é muito forte, dessa pressão que me refiro. Felipão acertou o Grêmio e este Gauchão vai proporcionar uma decisão interessante em todos os sentidos.

Será de arrepiar!

SC: Figueirense 55% x 45% Joinville – Em Santa Catarina não haverá um dérbi, mas sim um clássico regional. Pouco mais de 200 Km separam as cidades. O Figueira sempre foi franco favorito e ainda tem vantagem porque o time é melhor, mas o JEC “engrenou” na reta final, bem na hora certa. Foi mais competente na segunda fase e determinou a decisão em sua casa. Digamos que o Catarinense seria decidido em 65% de chances para a equipe da capital, mas em razão do que se viu nas últimas semanas, o clube de Joinville chega com boas condições de levar essa, diminuindo consideravelmente o favoritismo do Furacão.
PR: Coritiba 80% x 20% Operário – Tal qual em Minas Gerais, no Paraná temos um gigante da capital contra o valente do interior decidindo a taça. Mas diferente aqui é a disparidade entre as equipes, nem tão grande como lá. O Operário venceu o CA Paranaense na primeira fase, eliminou o Paraná nas quartas-de-final e engrossou o caldo pro Coxa perdendo de 2x1 no Couto Pereira, quando se enfrentaram pelo estadual. Provado sua força, decide em casa em uma partida que vai entrar para a história do município de Ponta Grossa. Apesar de tudo isso, o clube da capital tem larga vantagem em favoritismo para erguer esta taça.

Davi x Golias

BA: Bahia 95% x 05% Vitória da Conquista – O Tricolor da “Boa Terra” é o maior favorito ao título estadual do país. Primeiro porque o Vitória, seu oponente, não é o seu maior rival e sim, o “da Conquista”. Segundo, a partida decisiva será com seu mando e por último, no regulamento Baiano a equipe de melhor campanha (justamente o Bahia) joga por dois resultados iguais. Mas faço três ressalvas: O Bahia está envolvido nas finais da Copa do Nordeste com o Ceará, perdeu por 2x0 pro mesmo Vitória da Conquista na primeira fase e, em seu grupo B com Vitória mais famoso, o “da Conquista” terminou em primeiro com quatro pontos à frente do Rubro-Negro. Merece respeito, mas é muito difícil o time do interior levar essa.
GO: Goiás 70% x 30% Aparecidense – O Esmeraldino sofreu para despachar o Goianésia em casa. O Aparecidense decidiu a vaga para a final com duas vitórias. A decisão será em Aparecida de Goiânia, então podemos dizer que será a decisão entre Capital x Interior mais difícil dentre todas citadas aqui. Mesmo assim, o Goiás é franco favorito. Pra quem não sabe, esse time que enfrenta o Goiás é conhecido é como "Goiás B". Não sei se influenciará em algo agora, mas é notório que este clube sempre teve parceria com o da capital. O Esmeraldino emprestou muitos jovens jogadores para o Aparecidense ao longo dos anos.

Capital x Interior no Serrado

PE: Decisão indefinida – Dentre os principais campeonato estaduais do país, Pernambuco é o único em fase semifinal. O Santa Cruz praticamente carimbou sua vaga ao derrotar o Central em casa por 4x0. Já o Sport foi surpreendido pelo Salgueiro no Salgueirão, derrotado por 2x0. O Leão da Ilha se complicou bastante e vai ter de remar forte para reverter a vantagem do time do interior. Ainda assim, o Sport é forte candidato à finalíssima e favorito absoluto ao título estadual.

Saudações Coloradas

Imagens: Portal “Fozapalestra”, “YouTube”, “Futebol do Paraná” e “Globo.Esporte”

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A vitória que Aguirre precisava

Time tem apresentação de gala e treinador cala a crônica

Hoje os críticos precisam se render! O Internacional voltou do Chile com uma grande vitória, uma goleada que deixa a classificação praticamente sacramentada. Só uma zebra gigantesca elimina o Colorado da Libertadores na fase de grupos.
Nilton, Vitinho, Ânderson, Dida... nem viajaram. Alex e Réver no banco. Jogadores consagrados dando espaço a uma equipe titular escalada por seis atletas formados na base. Depois do intervalo eram sete no campo! Não é fácil para um técnico de futebol se agarrar em suas convicções mantendo a equipe que entende ser melhor em detrimento dos nomes trazidos/mantidos a peso de ouro entre reservas ou fora da relação. Parabéns professor!

"Foi o melhor jogo do ano. Enfrentamos uma grande equipe, precisávamos da vitória, jogamos bem e fiquei muito feliz com o desempenho do grupo. Jogamos um futebol dinâmico. Ser o primeiro do grupo é um dos nossos objetivos, e estamos perto de alcançá-lo", disse Aguirre.

Noutro dia comentei aqui que Abelão demorou muito para encontrar a formação ideal em 2014. Insistiu demais, principalmente com A. Patrick. Quando encontrou o time ideal (a partir da vitória diante o Palmeiras fora de casa), J. Henrique foi titular. Após sua contusão, Sasha ganhou espaços e o Colorado rendeu mais ainda! Sua lesão na véspera do jogo entre líder e vice-líder em Minas terminou com as chances de encostar no Cruzeiro. Nesse ano, após um ato de indisciplina, J. Henrique seria emprestado ao Avaí. O treinador pediu sua manutenção e hoje os dois, incluindo Sasha, são importantes demais. Uma recomposição de encher os olhos combinado com um apoio muito interessante que tem até em conclusões. Parabéns professor!
Lá fora os grupos são “totalmente” usados. No Brasil temos um paradigma enraizado de “time titular” e “sequencia de jogos”, tudo para encontrar entrosamento, ritmo de jogo, etc. Diego Aguirre deu oportunidades para todo mundo, logo, quem quiser um espaço nesse elenco recheado de opções precisa estar pronto. Ele provou que no Inter ninguém joga com nome, mas sim pelo que rende. Os gols de Nilmar, apesar das falhas do goleiro da LaU, mostraram sua entrega. Outros tantos também fizeram o mesmo e a forma como o time finalmente se achou, vão ao encontro do que o treinador disse a pouco mais de um mês quando pediu trinta dias para deixar o Inter como ele queria. Parabéns professor!

Time quase todo feito em casa

O time chileno tem suas limitações, é verdade. Mas pela tradição que ostenta, jogando em seus domínios e entrando na cancha com uma necessidade latente de vencer, o Internacional merece hoje todo o reconhecimento. Foi superior 100% do tempo, não deu chances ao adversário, massacrou com inteligência. Quando uma coisa está errada, claro, a crítica é necessária. Mas quando a coisa dá certo, temos de nos curvar e entender que, ao menos neste episódio pós “temporada de caça ao Aguirre”, a diretoria foi sólida. Apesar dos apesares, ela manteve o profissional e agora o time faz não só nos resultados, mas sem suas apresentações jogos de convencer a torcida. Chances de uma grande temporada. Parabéns direção!
Não estou convicto por apenas um jogo, mas com a resposta do comandante técnico ao longo do período. Pra mim, treinador que berra e dá showzinho na área técnica não sabe o que está fazendo, quer aparecer ou não tem o grupo na mão. Educado com a imprensa que o detonou, Diego Aguirre mostrou e mostra em “atitudes” (mesmo que em silêncio ou falando pouco) que tem esse grupo na mão, não quer aparecer mais que ninguém e sabe MUITO BEM o que está fazendo.

Saudações Coloradas

Imagens: site do Inter e ClicRBS

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Pela retomada!

Dupla Gre-Nal tem semana importante em busca de objetivos

Inter e Grêmio vivem momentos diferentes. Mas nem por isso, suas perspectivas têm importâncias tão antônimas. Para alcançar a “meta” de primeiro semestre, os times da Capital encaram compromissos em seqüência que merecem nossa atenção.
No Tricolor a palavra é “confirmação”. Depois de vencer seus adversários pela primeira fase da Copa do Brasil e na semifinal do Gauchão fora de casa, as partidas de quarta-feira e sábado em seus domínios serão, com atenção é claro, para administrar. Times mais fracos tecnicamente que não devem oferecer maiores riscos aos comandados de Felipão.

Grêmio de Giuliano está muito perto da final do Gauchão

Já no Colorado a missão é um pouco mais dura. Na quinta-feira, força total no Chile para voltar vivo pela Libertadores. Um empate serve e deixa a equipe de Aguirre dependendo de suas forças na última rodada da fase de grupos para seguir. Uma vitória praticamente liquida a fatura, enquanto uma derrota deixa o time na berlinda. No fim de semana, de novo em casa, reservas devem encarar o valente Brasil de Pelotas por uma vaga na final do Estadual. O empate sem gols classifica o Inter para a decisão.
A política de contensão de despesas no Grêmio caminha paralelamente a necessidade de retomar conquistas. Lá se vão quatro temporadas sem um caneco na prateleira. O Gauchão não é exatamente o que o torcedor “sonha”, mas é tudo que ele “precisa agora”. Títulos de maior expressão passam por isso. Uso aqui o próprio Internacional de exemplo. De 2002 em diante levantou seguidamente o troféu da FGF para em 2006, depois de um período longo de “ajuste de contas”, começar a viver seu momento áureo. Prova dessa necessidade (mesmo que pouco reconhecida entre os gremistas) se traduz em números. O Tricolor é o time com maior média de público deste Campeonato Gaúcho.
Pelos lados do Beira-Rio, a torcida clama pelos títulos de maior expressão. Desde a Libertadores de 2010 e a Recopa de 2011, nada além de taça do Gauchão. Essa geração, costumo dizer, está “mal acostumada”. Torcedores mais jovens comemoram o título local mais pela rivalidade que representa do que por ser uma conquista propriamente dita. Prova disso se deu nas últimas eleições. A maioria esmagadora de associados votou na oposição, comprovando que títulos estaduais não satisfizeram a necessidade desta torcida que sonha com o Tri da América em 2015.

Aránguiz do Inter entra em campo contra seu ex-time

A retomada do Grêmio por títulos mesmo que a nível local, assim como a retomada do Inter por títulos maiores, passa por uma semana de sucesso em campo. Chegar no mata-mata de segundo semestre pela Copa do Brasil e levantar a primeira taça na história da Arena dependem de classificações destes dois jogos. Enquanto isso, os Colorados vivem muito a ansiedade em passar de fase, se garantir logo na sequencia da Libertadores. Ressabiado, o torcedor do Inter acreditou em uma classificação mais tranquila e um resultado positivo no Chile pode trazer a Aguirre toda confiança que precisa na luta por esta Taça Libertadores que é, sem sombra de dúvidas, uma das mais difíceis de todos os tempos.

Pitacos:

- Nada de surpresas em São Paulo;
- O regulamento nem permite nada diferente;
- A competição começa agora pra valer;
- Corinthians x Palmeiras e Santos x São Paulo;
- Acredito em uma decisão entre Corinthians e Santos;
- Mas um parênteses aqui deve ser aberto...
- Pro Palmeiras, uma classificação representaria MUITO neste momento;
- No Rio, ainda aposto em título do Vasco;
- Surpresa para mim foi a vitória do Fluminense ontem diante o Botafogo;
- O Flamengo sempre é a equipe a ser batida por lá;
- E o zero a zero sem gols contra o time de Doriva deixou tudo aberto;
- Pode estar pintando um Fluminense x Vasco na decisão;
- Em Minas, um descuido na reta final da primeira fase antecipou a decisão;
- Ninguém acredita que Tombense ou Caldense podem tirar o título dos grandes;
- Essa semifinal com gosto de final mostrou o equilíbrio entre os rivais de BH;
- Difícil apontar um favorito, ainda mais com os dois em ascensão na Libertadores;
- Mas não vou titubear... aposto no Galo;
- Por Santa Catarina, o Joinville deu a volta em todos e se garantiu na decisão;
- O Figueirense está quase lá;
- Desde o início, ao menos em minha opinião, a equipe do Estreito era favorita;
- Agora com a campanha o Coelho trazendo a segunda final para casa, tudo pode mudar;
- Ainda assim, apostaria no Figueirense;
- No Nordeste, destaque para o Bahia!
- Finalista contra o Ceará no regional e a um passo da decisão no estadual (já sem o Vitória), o Tricolor da “Boa Terra” começou bem a temporada 2015;
- Em Pernambuco, com o Náutico eliminado, a equipe do Sport pega o Salgueiro nas semifinais;
- A decisão deve ser o clássico contra o Santa Cruz;
- O Leão da Ilha é o franco favorito;
- No Paraná o título do Coxa parecia uma barbada;
- Parecia...
- Sem o CA Paranaense e o Paraná no páreo, o Coritiba seguia livre para conquistar o Estadual;
- A derrota por 1x0 pro Londrina no jogo de ida das semifinais ligou o alerta;
- Mas o Coxa ainda é o grande favorito;
- Em Goiás, o Esmeraldino encaminhou a vaga;
- Aparecidense e Trindade lutam por um lugar na decisão;
- Em GO, apostar em outro senão no Goiás é loucura.

Saudações Coloradas

Imagens: Globo.com

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Grêmio avança nos pênaltis

Tricolor passa sufoco, mas segue no Gauchão

Assim como o Cruzeiro-RS foi um dia antes para o Inter, a equipe do Novo Hamburgo também foi para o Grêmio. Apenas o sétimo colocado na primeira fase, o time de Roger Machado saiu em busca do inesperado e por muito pouco não conseguiu. Destaque para a boa partida dos visitantes e, é claro, a atuação de Marcelo Grohe que salvou o Grêmio de um vexame na decisão por pênaltis.
Ainda comparando o jogo de ontem com a classificação do rival na quarta-feira, temos duas histórias muito parecidas, com pênalti desperdiçado no tempo regulamentar, expulsão de jogador adversário, enfim. Mas um enredo bem diferente.

Nóia investiu em jogadores experientes

Se o Cruzeiro era mais limitado individualmente que o adversário Gremista, o Novo Hamburgo sentia o peso da idade em uma equipe veterana. O oponente Colorado era mais "arrumado", tinha velocidade e agudo nos contra-ataques. Outra diferença foi na própria dupla Gre-Nal. Enquanto os comandados de D. Aguirre sufocaram durante a partida toda, a equipe de Felipão (que até tinha volume) só conseguiu criar chances claras e seguidas de gol após a expulsão de César. 

O nome do jogo

Em relação ao confronto, a equipe Gremista começou melhor. Teve gol anulado e "parecia" ser questão de tempo para marcar. Mas contra um time com atletas de qualidade, mesmo lento, um lance faz toda diferença. Após uma falta na entrada da área, Fred cobrou com maestria e abriu o placar na Arena para o Nóia. Deste momento em diante, até os 23 minutos da segunda etapa, muito volume e poucas chances reais de gols em favor do Grêmio. Até que de bola parada, Geromel salta para empatar a partida.
Depois do pênalti desperdiçado por Douglas e da expulsão do jogador do Novo Hamburgo, foram várias bolas na trave, chances claríssimas, um verdadeiro bombardeio, contudo, o valente Nóia segurou o 1x1, levando a decisão para os pênaltis. 
Éverton desperdiçou e na última cobrança Paulinho perdeu a bola do jogo. Começava a brilhar a estrela de Marcelo Grohe que se consagra depois, ao pegar mais um chute, agora de Willian Schuster.

Felipão: "Nós fomos superiores e estou satisfeito com a atuação"

A conclusão que publiquei no texto de ontem na classificação do Inter vale muito agora também! A hora é de relaxar, óbvio. Pensar na semifinal vangloriando e exaltando a "forma" como as coisas aconteceram. Saber tirar proveito, a moral que isso dá. Scolari está certo em dizer que está satisfeito com a atuação, mas todo mundo que entende o mínimo de futebol imagina que não é verdade. Sabe ele dos erros cometidos por sua equipe que conta com uma estrutura daquelas, com os jogadores que tem e o salário tão alto pago em relação ao oponente, NÃO PODE passar tanto trabalho pra eliminar o Nóia em sua casa. Logo, sinal de alerta aceso na Arena igual no Beira-Rio.

Saudações Coloradas

Imagens: Site do Grêmio e Portal ZH

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Inter avança nos pênaltis

Em noite que quase tudo deu errado, as coisas se acertaram no fim

O Cruzeiro-RS foi um baita oponente. Dono de apenas a oitava campanha, um franco atirador entrou no Beira-Rio com uma missão “quase” impossível e por pouco não fez história. Enfrentar um gigante do futebol brasileiro, dono do melhor retrospecto da competição, depois de fazer 2x0, ceder o empate para sair derrotado nos pênaltis foi uma ducha de água fria nos cruzeirenses que passaram a sonhar acordados com um feito inimaginável. A arbitragem foi destaque pelos pênaltis assinalados em favor do Colorado. Bruno Grassi, goleiro do Cruzeiro, fez verdadeiros milagres e, Lisandro López saiu do banco para desencantar mudando a história da partida, o herói da noite.
Limitado individualmente, mas bem arrumado pelo técnico Luis A. Zaluar, a proposta de jogar por uma bola por pouco não eliminou o Internacional dentro do Beira-Rio. Melhor, em cima o tempo todo e perdendo gols seguidamente, os donos da casa esbarravam no bom Bruno Grassi, formado na base do Inter inclusive. E em uma bola que sobrou na frente da área de Alisson, Matheus do Cruzeiro abriu o placar no primeiro tempo para a festa celeste.

Cruzeiro deu muito trabalho

Na segunda etapa, acertadamente (ao menos a meu ver) D. Aguirre manteve a formação que sufocava os visitantes. O empate parecia questão de tempo. Mas Bruno Grassi seguia fazendo “chover”. Então, em outro contra-ataque, a defesa falhou no posicionamento e Wesley ampliou de cabeça.
Em seguida um dos lances capitais aconteceu! André se atira na frente da bola com o corpo dentro da área para interceptar um arremate. Segundo orientação da FIFA desde a Copa do Mundo, o atleta assume o risco tendo em vista que com braços abertos aumenta seu campo corporal ao fazer esse tipo de movimento. E assim foi... bola no braço... penalidade máxima e cartão amarelo. Esperanças renovadas com D’Alessandro na cobrança! Mas a bola foi para fora.

Parecia o fim!

Então as substituições começaram ser feitas. Nada parecia resolver. Até que Lisandro entrou para mudar tudo. Lance igual, novamente André. Segundo cartão amarelo (expulsão), pênalti e gol! O argentino pegou a bola, cobrou a penalidade diminuindo para 2x1. A polêmica não está nas marcações da arbitragem, como dito antes foi tudo acertado, mas sim pela repetição disso e a expulsão. Essa marcação foi providencial para o que veio a seguir. Em tendo sido cometido o contrário, esse árbitro teria marcado dois pênaltis contra um time grande expulsando o jogador da equipe? O certo é que a regra foi cumprida, é inquestionável, mas fica a dúvida! O assunto já está mais do que ultrapassado e o que merece nossa atenção são pesos e medidas na hora de assoprar o apito. Como nada aconteceu ao contrário para avaliarmos, ponto para a arbitragem.

O nome do jogo

O empate foi na base do sufoco, de novo com Lisandro. A pressão em busca do terceiro gol foi gigantesca, mas não aconteceu. Rodrigo Dourado, volante do Inter que ganha espaço no time a cada dia, acabou expulso no fim. Na decisão por pênaltis, classificação Colorada.
A meu ver, estadual não é parâmetro. Não podemos tirar os méritos do valente Cruzeiro, mas o Inter não pode passar esse sufoco dentro de sua casa, ainda mais desse jeito. Está certo que são coisas da bola, uma infinidade de lances incríveis que simplesmente não se converteram em gol. Com os tentos marcados, outro rumo teria sido dado a história deste jogo. Mas fica, de novo aceso o alerta! “Se” não existe no futebol.
De bom? A moral em alcançar um resultado desses da forma como foi e, claro, a grata surpresa na eficiência do atacante Lisandro López vindo de lesão. Me parece que o gringo será uma boa alternativa para Aguirre daqui em diante.
Outra conclusão... futebol é 11 contra 11! O Inter mesmo protagonizou em seu passado recente um fiasco diante o Mazembe e a maior glória de história contra o Barcelona. São homens, não máquinas! O que me preocupa é que a qualidade demasiadamente passar tanto trabalho. Foram dois pênaltis! 

Treinador vai conseguindo alcançar seus objetivos na base dos “trancos e barrancos”

Hora de relaxar, óbvio. Pensar na semifinal com a Libertadores na cabeça. O objetivo é voltar de Pelotas com chances de classificar para a decisão do Gauchão em casa, bem como retornar do Chile na quinta sem perder a partida. Assim, garantir uma vaga no mata-mata diante seu tocedor contra o The Stronghest é uma missão mais tranquila.

Saudações Coloradas

Imagens: Site do Inter, Globo.com e Portal ZH

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O caso Fabrício, injúria racial e seus reflexos

Internacional em conflito com problemas surgindo em cadeia

Depois da “temporada de caça” ao treinador D. Aguirre, membro da imprensa tornou-se coadjuvante em uma história “que ainda vai dar muito pano para manga”. Nem vamos falar do ocorrido, é notório e de conhecimento geral. No mesmo dia do jogo, publiquei nas redes sociais a seguinte opinião: “O R. Moura mandou nossa torcida calar a boca ano passado. Fabrício levantou dedo simbolizando "tomar no @#$%" pra gente. Pior, tem MUITO metido a ídolo que não respeita o clube em noitadas, sacaneando em renovações, minando vestiário, etc. Isso não se restringe ao Inter, tem em todo lugar. Por isso, TORÇO PELO COLORADO, exijo o máximo dos "funcionários da entidade" (99% dos jogadores não passam disso) e espero dos nossos dirigentes o mesmo amor que sentimos por esta camisa na hora de tomar as decisões, com lucidez e respeito a nossa história. ‘Males que vem pro bem’. Adeus Fabrício e qualquer um que se achar maior que nosso SC Internacional. Não precisamos de você!”. Sei que no “calor” do momento é complicado e perigoso se manifestar, mas este era o meu sentimento naquele instante.

Fabrício recebendo placa das mãos de diretor ao completar 150 jogos com a camisa Colorada

Depois, também dispensando maiores detalhes, o comunicador Luciano Potter do grupo RBS acusou um torcedor do Inter de ter proferido injúrias raciais contra Fabrício. Seu testemunho deu ensejo a uma acusação que a procuradoria do TJD deve apresentar ainda hoje pedindo punição ao clube.
Reitero que devemos pensar MUITO antes de publicar uma opinião, mas novamente em uma rede social, me manifestei da seguinte forma: “Como associado e ex-conselheiro, L. Potter deveria ter ajudado o clube. Bastava procurar a B. Militar ou os seguranças particulares para que o Inter tomasse providências, afastando qualquer prejuízo. Não me refiro em omissão, mas sim, em ação positiva. Falou mais alto seu ‘lado comunicador’, se pronunciando publicamente no meio de informação que participa criando prova contrária ao Inter. Ele tem prestígio e reconhecimento, suas palavras vão pesar na decisão. Lembro que o Estatuto é muito claro quanto ‘denegrir a imagem’ da entidade. L. Potter a denegriu ‘independentemente’ de ter sido verdade a injúria racial ou não. Entendo que é motivo para expulsão dele do quadro de sócios, inclusive como pessoa ‘non grata’ dentro do Beira-Rio, proibindo-o inclusive de ingressar e permanecer nas arquibancadas. Falando em ‘verdade’, o suposto ‘injuriador’ nega veementemente a acusação. Ainda mais, se diz de miscigenação negra. Dentro de um estádio de futebol, com palavrões se misturando em um momento de tamanha emoção, L. Potter ‘pode’ ter ouvido o que não foi dito. Não teria se confundido? Os demais torcedores ‘teriam deixado’ uma injúria racial nas arquibancadas sem uma retaliação imediata? Na prática, o indiciamento da procuradoria do TJD vai gerar ‘no máximo’ em perda de pontos, levando uma eventual decisão do Gauchão em Gre-Nal para a Arena. Um prejuízo muito pequeno porque não acredito em exclusão. Mesmo assim, com o veredicto desfavorável fica a mancha na história de uma instituição que tem por símbolo o ícone de ‘Clube do Povo’. É mais do que justificável a exclusão deste rapaz do quadro associativo do SC Internacional.

Luciano Potter, comunicador do grupo RBS

Primeiro, gostaria de compartilhar com os amigos do Blog meu sentimento de torcedor, aquilo que foi instantâneo. Isso foi o que me veio em mente na hora gerando estas manifestações.
Mas agora, em uma posição mais imparcial, crítica e despregada de sentimentos, me sinto na obrigação de levantar alguns pontos. Primeiro que não retiro uma vírgula do que disse, reiterando que o art. 16, IV (do Capítulo III) do estatuto do clube está previsto punições ao associado que “por atitudes imorais ou incompatíveis com a ética, prejudicarem o Clube em seu crédito ou interesse”, desde advertência, verbal ou escrita, suspensão de até noventa (90) dias, até exclusão.
Quanto ao presidente, ele contemporizou. Óbvio que V. Píffero pode dispensar Fabrício por justa causa. Se assim não fosse, como os dirigentes conseguem demitir treinadores, por exemplo, ainda no vestiário?
No entanto, a questão gira em um pilar de três pontas bem complexas: Titularidade, financeiro e grupo. 
O Inter não tem um time definido, mas alguns titulares são bem conhecidos. Exemplo disso é Alisson, D’Alessandro, Sasha, e..., e..., Fabrício! Sim Fabrício é o titular de Aguirre. Apesar de sua limitação, os concorrentes pela vaga são mais limitados que ele. A questão financeira pesa em primeiro lugar porque sua saída necessariamente forçará a contratação de outro na mesma posição e, em segundo lugar, este atleta “ainda” tem valor de mercado. Em relação a grupo, o lateral está a anos no Inter. D’Alessandro, o capitão, já se pronunciou pelo grupo pedindo sua permanência. Tudo isso pesa e Píffero acertou em colocar panos quentes “ao menos por enquanto”, até que uma decisão mais racional e coerente possa ser tomada.

D’Alessandro falou em nome do grupo

O certo é que a saída de D. Aguirre não está mais em pauta. As manifestações em ira de Fabrício também estão deixando de ser assunto. Fica a questão da injúria racial acusada pelo correspondente do grupo RBS, julgamento que deve acontecer antes de quarta. Tudo pode mudar, ao menos, os confrontos e o mando de campo decisivo em um provável Gre-Nal. Mas o pior é, a meu ver, o abalo da imagem de um clube que sempre se posicionou contra o racismo, correndo o risco de sair manchado por isso como aconteceu com o Grêmio ano passado, principalmente depois das ofensas contra Paulão (que não deu em nada) e Aranha (que custou a eliminação do time na Copa do Brasil).

Saudações Coloradas

Imagens: Portal do SC Internacional e Globo.com