... Tricolor joga mal e cai para o 7º lugar
Um fim de semana perfeito para o Inter. Além de vencer o Palmeiras (sem o Valdívia original, como previ) no Beira-Rio em dia de casa cheia, o Corinthians saiu derrotado e seu rival doméstico não tem mais chances de disputar uma vaga na Libertadores do ano que vem.
Abel Braga sabia do desespero adversário. Desfalcado de algumas peças, montou um esquema de “abafa”. As últimas vitórias de seu time foram na base da pressão, pouco se viu em qualidade. O treinador foi inteligente. Se o momento não é de toque e trabalho com a bola, vamos pra cancha vencer na força mesmo! E foi o que aconteceu. O gol de empate dos paulistas saiu justamente onde o Inter mais pecou no ano inteiro, mas a retomada por bons resultados no momento chave, nesta reta final, aliado aos resultados paralelos, pode ter valido mais que a pré-Libertadores, criando na última rodada uma chance muito boa de disputar diretamente a fase de grupos. Basta vencer seu compromisso no domingo. Eliminar esses jogos é fundamental para um planejamento mais sólido e coeso na próxima temporada.
D'Alessandro repetiu provocação ao fim da partida no sábado
Felipão viu seu time ruir. Depois de tanto tempo sem levar gols, conseguir os resultados e figurar entre os líderes, sua omissão diante o Cruzeiro refletiu no que se viu ontem, tal qual como foi no Itaquerão. O declínio veio no pior momento possível. Se em São Paulo o time caiu em uma arapuca, na Bahia a coisa foi pior. Motivados pela derrota corintiana, as chances eram remotas, mas estavam vivas! Aí a equipe fez um dos piores (senão o pior) primeiro tempo do ano. Afobação? Pressão? Apenas um dia ruim? Além disso, tudo conspirava contra! Uma expulsão logo no início para evitar um gol e, na cobrança desta falta, o homem da barreira não pulou. A bola passou por cima dele, praticamente tocando em seus cabelos. Na etapa complementar foi a vez dos donos da casa sentir. O Grêmio cresceu. Mesmo com um a menos, foi melhor. Aí brilhou a estrela de Lomba e o fim do sonho de disputar a principal competição das Américas.
Ao menos agora, Scolari preferiu reconhecer o fraco desempenho de sua equipe ao invés de culpar a arbitragem pelo resultado
O Inter, mesmo jogando mal e na base do abafa, somou os pontos necessários que lhe garantiu na competição continental do próximo ano. Pouco para um torcedor exigente que sonhava com o título, mas muito se analisarmos a força dos oponentes e algumas limitações do elenco. Já o Grêmio sucumbiu. Investindo em um treinador de primeira linha, tendo mantido nomes de peso e contratado outros (apesar do enxugamento em relação a 2013), esse time não poderia ficar de fora. Mais uma temporada sem conquista alguma. De bom? A quebra do tabu em Gre-Nais, algumas revelações da base e a investida que “pode” tomar as rédeas na administração de sua própria casa em algum tempo. Pouco para um clube do tamanho do Grêmio. Logo, o Inter fecha 2014 sem grandes conquistas, mas com um “sorriso maroto” no canto do rosto em ter levantado, ao menos, a taça do Gauchão, ter sediado o Mundial de Seleções com sucesso e garantindo a vaga na taça Libertadores 2015, ou seja, riu por último mesmo.
Pitacos:
- O que diferencia o trabalho de Enderson ao de Felipão?
- Experiência, história e identificação;
- Tudo isso soma valor, agrega-se em um esforço para ter um cara desse gabarito no clube;
- Mas qual foi o melhor momento do time no ano?
- Nas mãos do ex-treinador ainda na fase de grupo da Libertadores;
- Felipão conseguiu maior consistência, é verdade;
- Mas tantas derrotas seguidas logo no fim do campeonato colocaram tudo por água;
- Não podemos tapar o sol com a peneira;
- Se Enderson Moreira foi demitido por conta do resultado, o que dizer de Felipão agora?
Saudações Coloradas
Imagens: Globo.com


No Inter, em 2015 temos muito trabalho. Primeira coisa é admitir que o time foi mal em 2014, e que esta última sequência de 3 vitórias sobre o desmotivado Goiás, reservas do Atlético Mg e o patético time do Palmeiras, deixou isso muito claro.
ResponderExcluirTemos uma ordem natural de saídas, que são os contratos que estão acabando, como Índio, Alan Patrick, Welington Silva, Gilberto e Alan Ruschel. Estes já vão tarde e tirando o Índio, nunca nenhum deveria um dia ter vestido a camisa do Inter.
Alex, Igor e Wélington, tem seus contratos até o meio do ano, e também não deveriam ser renovados. Destes, Alex já foi bom um dia e teve bons serviços prestados ao colorado, mas a idade pegou e ele não consegue mais acompanhar o novo ritmo do futebol.
Outros que tem vínculos mais longos com o Inter e teriam que ser emprestados, mesmo que pagamos a maior parte dos salários até acabar os contratos são Rafael Moura, Welington Paulista, Luque, Dida, Muriel e Jorge Henrique.
Hoje a noite o Inter estará disputando a final da Copa do Brasil sub 20 contra o Vitória e independente do título inédito vir ou não para o Beira Rio, temos ali muitos jogadores que estão prontos para subir ao time principal, como Andrigo, Mauridez, Leandro, Gustavo Ferrares, Alison Farias e Bruno Gomes. Some á estes, Alison, Alan Costa, Claudio Vinck, João Afonso, Diogo, Jackson, Jair, Ailon, Sacha, Taiberson e Valdívia. Imagine o time que dá para formar com estas peças e com a experiência de jogadores como D'Alesandro, Williams, Arangues, Nilmar, Ruan e Fabrício.
É a hora da garotada, Abel e Felipão mostrarão isso na última rodada e será tendência em todos os clubes a partir de 2015, valorizar a prata da casa e ter mais responsabilidade financeira.
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ResponderExcluirDiscordo de alguns de seus pontos sobre o Grêmio no Brasileirião 2014.
ResponderExcluirEu penso que no Brasileirão por pontos corridos não existe um jogo como esse como o Bahia que decide a sorte do time, mas as 38 partidas decisivas, incluindo os maus resultados de Enderson, daí o motivo dele ter sido demitido.
Os reforços anunciados no início da temporada - um possível Plano B ao qual vocês referia - mais os que foram contratados após a eliminação na Libertadores também não deram resposta positiva.
Fernandinho e Giuliano são medalhões, chegaram para resolver, para ser titulares, e por motivos de ordem física, médica e técnica, não se firmaram como titulares.
Existem alguns outros nomes que foram contratados mas que também não agradaram, como Martin Rodriguez, Marquinhos Pedroso.
Alan Ruiz só jogou bem no Grenal.
Todo mundo fala em valorizar os jovens da base, mas existem alguns pratas que tiveram várias oportunidades e não servem para jogar no Grêmio, casos de Lucas Coelho, Breno e até mesmo o Luan.
Novidade boa mesmo nessa base é o Everton, Erick e Wallace.
O Felipão é bom nisso: em lapidar jovens atletas; é o que a gente espera para 2015.
No planejamento de uma equipe, é fundamental que o treinador tenha participação na escolha de alguns nomes, e não me parece que Enderson tenha tido essa liberdade (deveria?) logo que chegou no Grêmio.
Eu espero que com a continuidade, com uma maior experiência e maior participação do treinador, o Grêmio consiga montar um time forte a médio e longo prazo.
Amigo Acioli, você sempre é pontual e coerente em seus comentários. Parabéns pela lucidez. Admiro MUITO isso em quem comenta futebol. Quanto ao tema, sua posição é extremamente relevante. Só gostaria de abrir debate contigo sobre dois aspectos citados pelo amigo. Em relação ao "time foi mal em 2014". Somos parceiros lá no Blog (mas não sei se você leu) e no início do Brasileirão previ que, em função dos elevados gastos com patrimônio e a responsabilidade financeira que a direção sempre teve, era hora de "pisar no freio", ter os pés no chão baixando a folha salarial (e foi feito), montando um time para brigar por vaga em Libertadores. Logo, se conseguiu alcançar o objetivo não foi mal. De repente, ficou a frustração porque ficamos muito tempo na 2ª posição, o que é mais ainda do que eu, particularmente, almejei lá atrás. Concordo muito contigo em dar espaços aos garotos, mas em um ano de Libertadores, você não acha "pesado" promover tantos jovens? Tenho receio de queimar etapas, queimar jóias. Já fizemos isso no passado quando não havia grana para contratar (e manter) jogadores. Promovemos Caíco, Diogo, Diego, C. Xavier e tantos outros precocemente. O resto da história todos sabem. Acho que o potencial de muitos desses meninos é maior que alguns do time principal, mas experiência é fundamental para ter chances na Copa Libertadores, ao menos é o que penso. Outro fator, além do que você sugeriu mas importante compreender para elucidar a discussão, é o balanço financeiro que mantém o clube forte fora de campo para assegurar equipes fortes dentro de campo. Aránguiz, inevitavelmente, deve ser negociado. O valor da compra pela oferta de venda já foi absurdamente rentável. Os europeus vém mais fortes agora na janela. O próprio sabe que pode perceber um salário infinitamente maior no velho continente e vai pedir a negociação. Jovens como Valdívia e C. Winck, por exemplo, podem ser negociados para fechar as contas. Por fim, poucos "medalhões" em uma sequencia de contusões simultâneas podem forçar o treinador entrar em campo com muito piá da base. O Fluminense, por força do novo contrato com a Unimed, forçadamente vai fazer isso em 2015. Posso estar errado, mas os cariocas devem ter uma temporada complicadíssima se não encontrarem um fonte de receita para renovar, ao menos, parte dos que estão sendo cogitados de sair. Nesse quesito, graças a Deus, somos quase autossuficientes. Só não podemos fazer loucuras, como Píffero está anunciando em sua proposta de campanha com uma folha de 15 milhões/mês. 9 milhões do ano passado já era alto demais.
ResponderExcluirAmigo FJC, você tem certeza do que diz a respeito do Luan? Mas foi ÓTIMO sua posição aqui no Blog, até para servir de exemplo ao que estou defendendo quanto a escalação de jovens promessas com tamanha carga de responsabilidades em gigantes do futebol como a dupla Gre-Nal. Veja o que escrevi antes para o Acioli. Francamente, ele é um dos melhores jogadores revelados pela base do seu time nos últimos anos. Ao menos é a minha opinião. Respeito seu ponto de vista, mas ele e o Wallace são as "pérolas" a ser lapidadas neste momento. A arrecadação com a transferência desses garotos em médio prazo vão servir de alicerce para a retomada do patrimônio gremista junto a OAS. Mas ressalvo... guardadas as devidas proporções, Kaká saiu do São Paulo vaiado, voltou para sair novamente dizendo que esta saída foi melhor que a primeira. Lá se cobrava dele a atitude de um veterano, experiência que ele adquiriu com o tempo. Os mesmos que lhe questionaram, hoje aplaudem de pé, o ovacionam. Não dá pra cobrar de um garoto o mesmo o que se espera de um medalhão.
ResponderExcluirRafael, o resultado final foi bom, com a vaga na Libertadores, mas perdemos mais um ano, pois ficamos insistindo o ano todo com Rafael Moura, Wellington Paulista, Alan Patrick, Jorge Henrique, Welington Silva, Gilberto, Alan Ruschel que não mostraram nada, enquanto os jovens promissores da base quase não tiveram chances e nas poucas chances que tiveram mostraram o seu valor. Então perdemos mais um ano, onde chegamos no final, sem um padrão de jogo, sem um ponto forte, sem uma jogada boa jogada trabalhada, ficando só na base do toque de lado e na base do bumba meu boi, os três últimos jogos contra o desmotivado Goiás, os reservas do Atlético Mg e o miserável Palmeiras demonstrou o que estou falando claramente. Foi um ano difícil com certeza, mas para todos os times foi, e a baixa na folha de pagamento com um aumento no rendimento do time em campo, só comprova o que venho falando sempre: "Fora medalhões e mais chances pra garotada". Isso só foi feito á exemplo de outros anos, em caso de pura necessidade, isso sim é jogar a garotada na fogueira, isso sim é queimar etapas, isso sim é falta de visão. Sobre o Aranguis, pode ir, já vai tarde, o Chileno mostrou nestes 3 jogos decisivos que é um "amarelão", escondeu-se do jogo na hora que o Inter mais precisou dele, não é o tipo de jogador que vai fazer falta. Sobre o Vinck, este jogador pode ir embora também, onde ele estava quando mais precisamos dele? A exemplo do ano passado, só fica no Departamento médico, este jogador não tem estrutura física para aguentar o futebol profissional, talvez nunca tenha, já vi vários exemplos de atletas deste tipo. Sobre o Valdívia, também pode ser vendido, temos vários como ele no sub 20 ou sub 23, o beira rio é um celeiro inesgotável de bons jogadores, e ontem ainda antes da final da Copa do Brasil sub 20 eu citei jogadores como Maurides, Leandro e Alison e de noite eles trouxeram o título inédito para o beira rio, com um golaço do Alison, e uma jogada incrível do Leandro, driblando o marcador com a cabeça e deixando Maurides na cara do gol, onde driblou o goleiro e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade, kkkkkkkkkkkk.
ResponderExcluirAcioli:
ResponderExcluirEntendi seu ponto de vista quanto ao padrão de jogo não ter sido o melhor possível durante a temporada. Concordo! Mas você mesmo disse que o resultado foi bom e, como futebol é resultado, precisamos relativizar isso aí. Mesmo assim não tiro suas razões. Mas uma coisa é o garoto entrar durante a partida, outra é ser titular. Valdívia tremeu no jogo do ano contra o Cruzeiro. Por isso caiu em lágrimas após aquele gol contra o Fluminense. Ele sabe que perdeu sua maior oportunidade. Tá certo que o Aránguiz entregou o primeiro gol contra o time mineiro, colocando tudo a perder, mas em nenhuma vez que foi titular, o garoto Valdívia foi bem. A pressão é muito diferente. Realmente o chileno caiu MUITO de produção depois da segunda lesão, contra o Flamengo em casa. O Sasha, por exemplo, precisou sair, ganhar cancha no Goiás, voltar, para depois de ganhar sequencia (já mais experiente) para conseguir seu espaço. O Sub-20 e o Sub-23 são justamente para isso. Claro, guardada as devidas proporções, esta "fase" nos times de baixo ajudam sem queimar etapas. O Inter é MUITO grande, não é fácil vestir essa camisa. Nem todos são Taison, Nilmar e Fred para chegar e resolver. Principalmente os atacantes, os zagueiros e o goleiro. Mas sejamos francos... quando J. Henrique entro no lugar do A. Patrick contra o Palmeiras em São Paulo o time melhorou muito. Aí o cara (que não é mais um guri) machuca. Entra o Sasha, ganha oportunidade, começa se destacar... se machuca também. Chega o Nilmar, fora de ritmo, para fazer esse papel, mas ninguém aguentava mais R. Moura e W. Paulista. O Abel levou azar durante o ano bem na hora que enquadrou o melhor deste elenco. Aquele momento foi o melhor do ano, uma alternativa ao terceiro homem de ligação para o segundo atacante. Aí não existe milagre. Queria registrar a questão do Cruzeiro e do CA Mineiro. Eles não dão o "show de administração" que todos pensam. A conta gira alta em MG e isso está se transformando em uma bola de neve. Guardem o que estou falando!