domingo, 2 de março de 2014
QUADRO PREOCUPANTE - CAPÍTULO 2
Faço menção a postagem anterior feita pelo Rafael, que se preocupou com a derrota do Inter e os rumos que se tem dado no Sport Club Internacional
Sobre a questão do Parâmetro
Não podemos nos iludir, nem nas vitórias nem nas derrotas, mas sou um pouco cético, quando se critica o nível técnico dos times do Gauchão. Penso que esse nível está mais ou menos "nivelado por baixo" também entre os times da Libertadores.
Não estou dizendo que tal nível é o mesmo, mas que não podemos pensar que há um abismo entre o nível técnico dos times do interior e o nível técnico, individual, dos jogadores que vestem a camisa de times como do Nacional do Uruguai, Nacional da Colômbia, Emelec, The Strongest, Real Garcilaso, entre outros.
Não estou avaliando a situação dos clubes em si mesma, apenas o nível técnico e individual.
Evidentemente, que muitos desses times Sul-Americanos têm mais estrutura e um melhor preparo coletivo, do que nossos times semi-amadores do interior.
O grupo do Grêmio, na Libertadores, está longe de ser um grupo da morte. É só em termos de conjunto, de tradição, e de torcida, que os times Sul-Americanos são mais fortes que os times do interior. Muito relativo essa coisa de "parâmetro", ou de superioridade dos times que estão espalhados pela América do Sul a fora, até mesmo porque, depende de uma série de fatores, o comportamento dos jogadores entre uma competição e outra.
A derrota do Enderson
Essa derrota reforça um pouco aquilo que eu vinha discutindo aqui com os colegas desse blog à alguns dias atrás. A postura, o rendimento, o desempenho dos atletas muda de uma competição para outra.
Primeiro, que o esquema com três volantes é ridículo, quando não se joga com força de vontade. Com um ou dois meias, perde-se do mesmo jeito.
O Enderson perdeu a chance de evitar um pouco isso ontem, se tivesse preparado uma equipe mista, ou mesmo reserva para observar jogadores que não vem jogando.
Ao colocar o time principal, correu dois riscos: o primeiro é o vexame de uma derrota mesmo com time principal; o segundo é de uma contusão em gramados com situação precária.
Na hora de se justificar e se explicar por causa da derrota, a justificativa pelo viés de um time reserva e sem muito entrosamento, é melhor que a justificativa pelo viés da “má arbitragem” como foi nesse sábado.
Outra coisa: se jogadores como Bressan, Ramiro e Wendell estão vendidos, que vai substituí-los, assim que terminar a Libertadores? Não seria a hora do treinador testar outros na função, quando o clube não tiver mais a dispor esses jogadores.
No segundo tempo, ele tirou o Barcos e o Zé.
Para o lugar do Zé, o Grêmio tem pelo menos três bons jogadores que poderiam substituí-los. Everaldo foi elogiado pelo próprio Pirata. Mas não teve mais sequência de jogo, e como dificilmente joga, não podemos dizer o que ele faz no elenco.
Lucas Coelho já teve 200 mil partidas, e sequer fez um gol com a camisa do Grêmio.
No intervalo, mexeu errado no time.
Onde estava Alan Ruiz? Cadê o Jean Deretti? E por que só colocar o Maxi para jogar 15 minutos?
O Pará está cada vez pior, e hoje é o jogador mais fraco desse elenco. É uma questão de tempo para a torcida começar a vaiá-lo. Por que não experimenta o Tinga, jovem revelação da base, com grande potencial para ser titular desse time?
Uma segunda opção poderia ser o Ramiro pela ala direita, abrindo mão desse sistema bruto e grotesco com três marcadores contra times fracos.
E por que não o Breno pela esquerda? Não terá a diretoria que se aventurar atrás de um substituto, provavelmente, por empréstimo, assim que terminar a Libertadores?
Se era para perder, e sabendo que a liderança está assegurada, por que não colocou esses os reservas para testá-los?
Vexatória essa atitude de dizer que vai com força máxima no gauchão, reclamar do campo e da arbitragem e perder para um time semi-amador!
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Amigo Fjc:
ResponderExcluirO treinador gremista está tirando o melhor possível desse elenco. O grupo perdeu VÁRIOS nomes e, mediante a crise financeira que o Clube passa trouxe quem pôde, segurou quem conseguiu e promoveu da base valores muito bem observados.
Perder nunca é bom! Discordo "desse papo" de que o Grêmio perdeu quando podia. A dupla Gre-Nal tem a obrigação de vencer os times do interior. Seja com titulares, mixtos, reservas, Sub-23, enfim... com a grana e toda tradição que ostentam ambos tem de ser soberanos no RS.
Mas às vezes acontece. Futebol tem dessas coisas. Se relativizarmos as condições do campo em Rio Grande e o espaço curto de tempo entre um jogo e outro, nada pode ser "tão" traumático assim.
Claro que assusta o torcedor. Perder para o São Paulo-RS deixa os gremistas desconfiados, mas Enderson está sendo coerente.
Na minha opinião, quem quer tudo não leva nada! Mesmo assim a comissão técnica do Grêmio mantém o planejamento de escalar seus melhores sempre que possível. Rendimento e alto nível depende de sequencia. Nisso eles não estão errados.
Já falei aqui... desde 2005 o Brasil emplaca um finalista da Libertadores. Chegaram a mudar o regulamento porque o nosso país estava muito soberano nas finais. Contudo, nossos representantes passam por um momento de crise financeira (não só o Grêmio), ninguém fez loucuras e os gringos estão loucos pela taça deste ano.
Ainda assim, os brazucas são melhores. Para o Grêmio nada é diferente!
Perder faz parte. Depende quanto ela custa, o tempo pra ser digerida... o Tricolor não tem tempo para pensar nisso, a bronca na frente é maior. Então acho que até liga o "alerta", porém tudo administrável.
Agora senhores, milagre não existe! Enderson pode errar, mas neste fio tênue de paciência que anda o torcedor gremista, qualquer tropeço "pode" ser potencializado ao ponto de descarrilhar esse time certinho do Grêmio.
Fjc e amigos gremistas, vejam: ano passado o time era quase todo novo. Não houve sequencia. Dentro das condições financeiras que o Clube atravessa, acho que estão fazendo um bom trabalho. Pode não ser o suficiente para trazer uma taça de relevância para casa, mas é o melhor que podem fazer pra chegar lá.
Saudações Coloradas
Rafael,
ResponderExcluirNão discordo totalmente do teu ponto de vista, afinal, você sabe o que escreve. Mas eu insisto na questão da "sequência" e no "ritmo de jogo" para atletas que não estão jogando.
Os veteranos, os ditos titulares do time principal, não se dedicam 100% numa partida como essa em Rio Grande, como na Libertadores.
Alguns jogadores não estão com ritmo. Então, penso que o Gauchão poderia servir para colocar esses jogadores em campo, para observar o desempenho.
A meu ver, tem bons jogadores na reserva que precisam de sequência, de oportunidades. Tinga, bom jogador da base, quase não tem oportunidades; Saimon sempre foi um bom reserva, mas depois daquela "suruba" que vazou na internet, nunca mais teve oportunidade.
Guilherme Biteco foi vendido ainda na gestão do Odone. Será esse o motivo pelo qual não teve mais oportunidades? Algum problema com empresários? Lucas Coelho teve mil e uma oportunidades. Nunca mostrou porque está no time do Grêmio!
Jean Deretti, Alan Ruiz e Maxi Rodrigues, são jogadores que deveriam ser melhor aproveitados, ao menos, na competição regional.
Não credito as decisões tomadas totalmente ao Enderson. Acho que ele é submisso ao presidente Koff e ao Rui Costa.
Amigos,
ResponderExcluirConcordo com ambos, o treinador gremista faz o que pode com o elenco disponível, mas poderia fazer algumas opções para dar ritmo a outros atletas que estão sendo subutilizados! E talvez esteja mesmo sendo limitado por opções estratégicas de marketing do "departamento de vendas" da diretoria gremista!
A derrota sempre serve de alerta, e de "startar" processos de protestos na torcida. Mas parece que a priorização da LA volta a ser usada como desculpa pra mais uma derrota imprevisível e indesculpável
!
Caro Marcão,
ResponderExcluirA impressão que eu tenho é de que o empresariado, a diretoria e
mais o treinador, em comum acordo, decidem quem joga e quem fica de molho. E o critério não é simplesmente o potencial do jogador, mas certos interesses em jogo.
A torcida reclama mas não havia como o Grêmio segurar Wendell, simplesmente, porque o atleta não pertence ao Grêmio. Pelo que entendi dessa transação, mesmo quando comprou metade do passe, foi com ajuda de investidores. Portanto, podemos dizer que o Grêmio lucra em cima desses contratos, mas não porque é dono da maior parte do passe.
Com os jogadores que vieram do Juventude foi o mesmo. Eles chegaram com fins exclusivos de revenda. Alguns não emplacaram como o Paulinho, Moisés e o Follmann. Mesmo assim foi irritante a insistência com Paulinho na reserva do Grêmio. Alguns o comparavam ao Vargas. Por ironia, jogou pouco, assim como o chileno.
Outra situação é a do Mamute. Parece que o Grêmio divide os direitos contratuais com o Jorge Machado, velho conhecido do futebol. Daí o motivo pelo qual ele não vem sendo escalado, por um divergências entre a direção e o empresário, suponho eu.
É um jogador que não foi bem quando teve oportunidades. Mas lembre-se que o Grêmio está a dois ou três anos insistindo com ele.
Os "irmãos Biteco" já foram considerados verdadeiros "craques". Um já foi vendido pelo Odone. Ainda tem contrato de mais um ano. Mas por que não é aproveitado nem no Gauchão?
Será que não tem algum tipo de interesse em jogo?
Mais uma situação, melhor duas:
Jean Deretti pertence ao Figueira e o contrato termina no meio do ano. Seria esse o motivo pelo qual ele não joga?
Para o lugar de Riveros, convocado pela seleção paraguaia, o Enderson vai colocar o Dudu.
Para quem não sabe, Dudu é peixe de Enderson, foi comandado por ele no Goiás, que mesmo sendo um treinador novo, também tem seus bruxos no time.
Não quero aqui fazer "terra arrasada", nem fazer tempestade em copo d' Água. Talvez o Rafael esteja certo. O treinador é competente e a diretoria do Grêmio faz o que pode.
Mas tem muitos conflitos e jogo de interesses na hora de escalar um time, disso eu não tenho a menor dúvida.
Fjc:
ResponderExcluirVocê não esta errado cara. Temos sim "vários" jogadores no Grêmio e em qualquer time do Brasil que jogam ou seguram no banco por interesses terceiros além do que a gente imagina. Na base isso é pior, mas rola ATÉ na seleção. É muita grana ao entorno disso.
Contudo, treinador que se curva o tempo inteiro CAI!!! Isso porque a nossa cultura é de pedir a cabeça do técnico na primeira sequência negativa que tiver.
Por isso esses caras não vão deixar suas convicções completamente de lado, errando pelos outros o tempo inteiro. É um, dois nomes NO MÁXIMO! Caras mais rodados e vencedores como Abel, Muricy, Luxa, etc., arrisco a dizer que não escalam NENHUM por pressão. Podem até acatar um afastamento, mas só!
A parada do Grêmio é complicada. Escutei um entrevista do Dr. Hélio Dourado (ex-presidente) antes do Gre-Nal pela Guaíba e acho que "todo" gremista deveria ouví-lo. A situação envolvendo essa parceria, os desencontros dentro da própria cúpula e outros fatores aí vão muito ao encontro do que Fábio Koff não escondeu e nem esconde de ninguém.
Por esses motivos eu digo: o Grêmio está fazendo o que pode DENTRO E FORA do campo. Se a torcida não abraçar a ideia, a coisa pode chegar ao ponto de o time passar por uma das piores crises que atravessou em sua história muito em breve.
O passivo é e será muito pesado! Sem o gremista se associando em massa, "consumindo" e aplaudindo esse que é o melhor que a direção pode fazer agora, a vaca "pode" ir para o brejo literalmente!