Treinador cala a crítica e seu time dá um show em aplicação tática
O Grêmio estreou na Taça Libertadores 2014 com estilo! Vencer o tradicionalíssimo Nacional no Uruguai não é tarefa para qualquer um.
Como eu já tinha previsto aqui mesmo no Blog, o time teria Barcos centralizado na área, um homem veloz dando dinâmica no meio (no caso foi o Luan), Zé Roberto variando as jogadas e uma efetividade na marcação (03 volantes), tudo para dar liberdade aos alas pelos flancos. Disse também que ESSE era o jeito certo de montar a equipe.
O jogo começou igual o Gre-Nal. O time gaúcho massacrou o adversário na primeira metade do primeiro tempo e deixou o ritmo diminuir, daí em diante, até o intevalo. Os uruguaios tomaram conta e quase fizeram o gol. Esse é um problema que o técnico gremista deverá corrigir, porque se tomar o tento nessa altura da partida vai ter que abdicar de seu eficiente esquema para buscar o empate. O time precisa melhorar isso e "aprender" se recuperar sem maiores mudanças táticas.
Volantes em alta com o professor!
Na etapa complementar, novamente ligado, o Tricolor não deu espaços aos donos da casa. O gol foi uma trama interessante entre os volantes Ramiro (cruzando a bola) e Riveros (autor do gol), após uma roubada de bola. A zagueirada do Nacional, como tinha falado antes aqui mesmo, é lenta, marcou somente a "pelota" e não acompanhou a movimentação dentro da área. O erro foi fatal!
No fim, teve polêmica! Pênalti não marcado para o Nacional. Vi erro duplo da arbitragem... primeiro porque NÃO FOI voluntário o toque de Barcos (igual Paulão do Inter no Gre-Nal de Domingo); segundo que, se era para marcar alguma coisa, teria sido dentro da área. Do resto, a arbitragem foi bem e a vitória do Grêmio mais que merecida, incontestável.
Começa brilhar a estrela do novo técnico gremista
Que partida do Rhodolfo e do Wendell! Muito bem o Luan e Ramiro no jogo e, o goleiro Marcelo, sempre pontual quando preciso é. Edinho e Zé Roberto erraram alguns passes, mas a recomposição dos dois foi desempenhada com qualidade. Legal, porém o nome do jogo estava no banco!
Para muitos, escalar três volantes é sinal de covardia. Neste caso, um entendimento completamente errado! Na minha opinião, em se tratando deste elenco que o Grêmio tem a disposição (analisando virtudes e limitações), é sinal de inteligência. Compactar defesa, meio e ataque tirando o melhor que este grupo tem a oferecer é uma ação muito difícil. Montar um time envolvente é a missão que o comandante está conseguindo alcançar pouco a pouco. E. Moreira está tratando da evolução tática deste time a cada jogo. Parabéns ao treinador...
Saudações Coloradas
Imagens: Globo.com


O Grêmio foi eficiente na posse de bola, na marcação, na vontade, na garra e raça. Mas ainda pode melhorar ofensivamente, no chamado último passe e o arremate.
ResponderExcluirBarcos continua perdendo gols. Sempre achei que o segundo atacante deveria ser o Maxi, mas o Luan é uma grande revelação da base. Superou Mamute, Paulinho, Lucas Coelho, que tiveram oportunidades, mas não possuem talento o suficiente para ficar no time.
Se o tricolor tivesse uma transição de mais qualidade do meio para o ataque, acredito que o Grêmio teria matado o Nacional ainda no final do primeiro tempo. Por outro lado, concordo com o Rafael que, se abrir demais, vai sobrar o espaço nas costas dos laterais.
Com as peças que ele tem no banco, ele pode fazer algumas mudanças e variações táticas, sobretudo, em jogos na Arena.
O grande trunfo não é o sistema com três volantes; o diferencial nesse time é a saída do Wendell pela esquerda. Sem essa jogada, o tricolor ficaria num esquema amarrado, truncado no meio campo.
Esse jogador que o Grêmio foi buscar no Londrina, ofensivamente, é muito superior ao Alex Telles, porque tem mais drible e mais velocidade para "desafogar" as jogadas e o excesso de toques de bola pelo meio.
Falta o Enderson achar um modo de encaixar mais um meia nesse time, porque o velho Zé não terá gás, para fazer sozinho a função do meia que liga com o ataque.
Pow FJC:
ResponderExcluirDesculpe descordar do amigo... mas duas posições suas estão completamente equivocadas (no meu entender). Sou obrigado e fazer a tréplica porque não posso deixar passar isso sem discutir com você.
"O grande trunfo não é o sistema com três volantes; o diferencial nesse time é a saída do Wendell pela esquerda"
O LATERAL SÓ PODE JOGAR COMO ESTÁ JOGANDO PORQUE TEM COBERTURA! SEM ESTE FATOR O WENDELL ESTARIA COMPLETAMENTE PRESO. COMO MARCADOR, É FRACO E NÃO FARIA DIFERENÇA ALGUMA. COMO ALA (LIVRE E RECOMPONDO), VAI BEM PORQUE SEU FORTE É O APOIO, APESAR DE "ONTEM" TER IDO BEM NA MARCAÇÃO TAMBÉM.
"Esse jogador que o Grêmio foi buscar no Londrina, ofensivamente, é muito superior ao Alex Telles"
NÃO NÉ CARA! DESCULPE A SINCERIDADE MAS VOCÊ DEVE ESTAR DE BRINCADEIRA! O ALEX TELLES ERA UM DOS MELHORES (SE NÃO O MELHOR) JOGADOR DO TIME VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO 2013. IMPORTANTE EM TODOS OS SENTIDOS É O TIPO DE JOGADOR QUE TODO CLUBE PROCURA. COMPLETO, EFICIENTE, DE QUALIDADE, ENFIM... O WENDELL PRECISA COMER MUITO FEIJÃO COM ARROZ AINDA PARA AMARRAR AS CHUTEIRAS DELE. DESCULPE A FRANQUEZA, MAS VOCÊ ESTÁ FALANDO COM O CORAÇÃO DE TORCEDOR (IMPORTANTE APOIAR O CARA, CONCORDO) NÃO COM A RAZÃO QUANDO COMPARA OS DOIS. AQUI NÃO PRECISA FAZER ISSO PORQUE ESTAMOS TRABALHANDO O DEBATE COM IMPARCIALIDADE (AO MENOS TENTAMOS).
Saudações Coloradas
Rafael,
ResponderExcluirO que eu quis dizer é o seguinte: não é o esquema com três volantes que foi fundamental nesse time, mas o todo, principalmente o Wendell que tem saída rápida pelo lado. Com exceção do Ramiro que é mais jovem, o meio de campo do Grêmio é bom marcador e tocador de bola, porém é lento na saída do meio para o ataque.
O ala permite que essa bola saia com mais velocidade. Nesse sentido, Wendell é mais eficiente que Alex Telles, que também é ótimo apoiador, mas guardava mais o lado esquerdo.
Sem um jogador como Wendell, o esquema com três volantes seria ineficiente, no meu modo de entender.
Por outro lado, como já afirmei, o Edinho recuado, quase como terceiro zagueiro, proporciona que esse ala tenha possibilidade de se aventurar ao ataque.
Essa vitória não pode nos enganar. Ano passado, o Grêmio foi ao Rio meteu 3 a 0 no Fluminense, e dali em diante, nunca mais repetiu a mesma atuação.
Acho que foi talvez a única boa partida do Grêmio durante todo o ano. O jogo contra o Nacional foi uma grande partida, digna de dois clubes de tradição na América, mas é cedo para pensar que esse time do Grêmio está pronto e o esquema é esse.
Enderson vai ter que trabalhar muito algumas peças e opções que ele tem, como Alan Ruiz, Jean Deretti e o próprio Maxi.
se o Grêmio ficasse com Edinho, Riveros, Ramiro e Zé, mais um lateral esquerdo fixo no lado esquerdo continuaria sendo um time marcador, de bom toque de bola, mas sem muita saída para o ataque, embora o lance do gol de saído, justamente, dos pés à cabeça de um volante.
Com um jogador rápido pelo lado esquerdo, os meias tem uma alternativa de jogada
Só para complementar...
ResponderExcluirpara não dizer que só falei do Wendell com o coração de torcedor, temos que reconhecer que uma das peças chaves nesse esquema foi o Edinho.
Quando ele chegou, todos nós gremistas achamos a contratação absurda, por ter sido um jogador com identificação colorada, etc e tal.
Mas a julgar por esse primeiro jogo, temos que reconhecer que foi uma jogada de mestre da direção ter ido buscar esse jogador, desvalorizado pelo Fluminense e esquecido pelo Inter.
Quando o Souza saiu, muitos discordavam, inclusive eu.
O Edinho é mais eficiente nessa função do primeiro volante. Um jogador valente, forte na marcação e bom no toque de bola, é fundamental num time que visa algo mais na competição.
Fjc:
ResponderExcluirCara, Edinho é experiente mas está velho. Ele "ainda" vai mudar sua opinião. Depois a gente conversa sobre a "jogada de mestre" da direção. Dê tempo ao tempo...
Quanto a linha de três volantes, te digo o seguinte: com a quantidade de meias atacantes que Grêmio tem, poderia montar o time com 4-4-2, tranquilamente. Não faz porque seus laterais são bons apoiadores, fracos na marcação.
Logo, taticamente é o contrário daquilo que você argumentou Funciona por causa dos volantes! E. Moreira conhece a limitação de seus comandados, tirando o que tem de melhor em cada um deles.
Primeiro marca, acha o cara, acompanha... depois sai! Ataca com inteligência sufocando o mais adiantado possível. Esperar o erro do adversário acreditando na qualidade dos homens de frente é a fórmula.
No jogo contra o Lageadense já havia cantado a pedra. "Esse" é o jeito de fazer as coisas, mas o treinador está conseguindo tirar o melhor desse grupo mais rápido do que eu imaginava.
Agora não é entender, é "querer" entender.
Não sei, mas acho que falamos da mesma coisa, apenas que um considera a eficiência do ala esquerdo, por mérito dos volantes, e o outro considera a eficiência dos volantes em função do bom jogador pelo lado.
ResponderExcluirNinguém está totalmente errado, mas ninguém está absolutamente certo.
Quando você diz que o Edinho não é esse diferencial, também temos aí uma contradição, pois creio que se deve a ele esse encaixe do triângulo de volantes. Ramiro sai pela direita e Riveros pela esquerda. Edinho fica centralizado quase na função de terceiro zagueiro. Pelo menos é essa minha leitura e a leitura que vi de muitos analistas.
Outra coisa...
ResponderExcluirPará não é tão forte no apoio. Na marcação quebra um galho. É um jogador brigador, de boa técnica, mas não vai à linha de fundo, não chuta.
Acho que o Grêmio só tem o lado esquerdo como poder ofensivo.
Não vai demorar muito para o Grêmio buscar outro para o lado direito. Há quem defenda inclusive a escalação do Ramiro naquela função.