Um grupo rachado

Por mais que se tente esconder, a verdade sempre aparece

 

O resultado de ontem diante o Coritiba foi uma daquelas fatalidades do futebol. A bola teimou em não entrar e o Inter acumulou mais um empate no Certame Nacional. A chance de rebaixamento Colorado ainda existe, mas muito remota. O que ficou claro, evidente aos olhos de todos é a divisão de vestiário. Vejamos:

 

- Tem jogadores e não bota para jogar. Tem três substituições para fazer e não faz nada (Willians – Inter x Coritiba, 24/11).

- Mas não adianta ficar falando, tem que ser homem e seguir trabalhando (L. Damião – Inter x Coritiba, 24/11)

 

Sem contar alguns lances em campo, como a forma que D’Alessandro se manifestou contra Fabrício ao dominar uma bola no ataque e não ter a passagem do lateral para recebê-la ao lado de campo, mais a frente. Isso não é atitude capitão, líder de um grupo vencedor.

 

D'Alessandro, capitão do Inter

Tivemos várias passagens semelhantes a essa durante o ano, todas “maquiadas” pelo Internacional. O intuito? Não externar o que nos parece claro há muito tempo. Depois de indas e vindas não resta dúvida que a falta de união foi um dos principais motivos para uma campanha tão ruim. Desde 2002 que o time não lutava contra um rebaixamento. Motivo de vergonha!!!

 

Clemer tem "clima" para permanecer no cargo?

Na semana passada, em nota, a direção "tentou" colocar "panos quentes". O episódio pós jogo no Serra Dourada, aquela briga por causa da expulsão do Rafael Moura, foi o auge e a maior prova que esta lista de dispensas deve ser grande.

 

- Briga de bar! (Funcionário do Serra Dourada – Goiás x Inter, 17/11) À respeito de uma discussão entre os jogadores do Inter ocorrida logo após a derrota em Goiânia. 

- A porta do vestiário fica trancada quando temos uma delegação lá. Não temos acesso. Depois que o Inter deixou o vestiário entramos. Não houve avaria alguma ao prédio. Havia algumas coisas quebradas, mas da própria delegação. E a porta com uma avaria pequena. Ficou marcada, como se tivesse ocorrido um chute (Itamir Campos, diretor do Serra Dourada – Goiás x Inter, 17/11).

 

A qualidade do elenco não é duvidosa, de repente por causa da idade de alguns e pelo ego de outros, a coisa não tenha andado como deveria em 2013. 

 

Willians, que outrora disse "veteranos salvarão o Inter"!

Muita estrelinha junto? Jogadores consagrados sem maiores aspirações na carreira batendo bola? Falta de motivação? Acomodação de quem já ganhou alguma coisa no Colorado ou fora do Inter? Soberba de quem acha ser um Pelé? Nunca se saberá a verdadeira resposta, a menos que se conviva internamente no cotidiano deste grupo.

 

Forlán, banco no fim da era Dunga e por toda passagem de Clemer pelo Inter: 700 mil/mês

O certo é que não há e nem nunca houve união nesta versão Inter/13. Se houvesse e por maior que tivessem sidas as “cagadas” do Dunga frente o comando técnico, ele não teria caído. Em esporte coletivo não tem lugar para jogadorzinho migué, zé balada e bobalhão egocêntrico que se acha mais importante que o Clube; tudo que “parece” estar sobrando neste time.

 

Pitacos:

 

- Grêmio e Goiás fazem uma “final” na próxima rodada;

- Quem ganhar segue forte para se garantir no G-4;

- O empate não será ruim para o Tricolor;

- Julio Baptista, em leitura labial, parece ter entregado aquilo que nosso amigo Acioli alertou aqui mesmo no Blog;

- Mas o que dizer de 2005 e o apito da Máfia?

- O que falar de 2002 quando “rumores” da entrega do Paysandu para o Inter na última rodada?

- Do que pensar das últimas duas partidas do Flamengo em 2009, contra Corinthians e Grêmio?

- Qual reflexo direto na “suposta” entregada do Inter em 2007 que culminou com o rebaixamento do Corinthians?

- E as duas viradas de mesa que beneficiaram o Fluminense?

- Tem vários outros casos de “efeito suspensivo” que liberaram estádios e jogadores suspensos para decisões importantes;

- A vergonha extrapola os limites do Brasil quando falamos de Conmebol;

- Assassinato com morteiro, pedradas na bandeirinha do escanteio, ônibus apedrejado, enfim;

- Alguém paga por isso???

- É a cultura do nosso povo Sul Americano, um “jeitinho” descarado e nojento de resolver as coisas na maior cara de pau;

- Ninguém pensa no campeonato, se pensa exclusivamente nas vantagens de seu time;

- Ninguém pensa na Seleção, se pensa exclusivamente nos interesses de seu Clube;

- Ninguém pensa na CBF (institucionalmente) e nos Clubes menores, se pensa exclusivamente nas vantagens pessoais;

- NINGUÉM PENSA NO FUTURO DO FUTEBOL!!!

- Inter, Grêmio, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Cruzeiro, Flamengo, Santos, São Paulo, Palmeiras, Atlético-MG e Botafogo... todos os 12 grandes do país fechados entre si;

- Agora “dizem” que alguns pontos de Criciúma, Ponte Preta e Portuguesa “podem” ser perdidos no tapetão;

- Os maiores favorecidos com esse “jeitinho” a La brasileira são as únicas instituições que juntas poderiam mudar esse cenário;

- Mas aí eu pergunto... compensa aos 12 fazer algo diferente? Perder o poder?

- Quando fizeram (1987 e 2000), o propósito foi melhorar alguma coisa (moralização) ou a grana envolvida no negócio?

- Balela... o jogo é jogado e o lambari é pescado. Vê quem quer! Pura hipocrisia...

 

Saudações Coloradas

 

Imagens: UOL Esportes