Inter e Grêmio invertem a ordem das prioridades antes mesmo de entender esta nova dinâmica
Para trabalhar a ideia central do comentário de hoje, indico aos amigos duas publicações recentes que saíram na Internet:
“Por calendário, Grêmio poupará titulares no começo do Campeonato Gaúcho” Fonte: http://esportes.terra.com.br/gremio/por-calendario-gremio-poupara-titulares-no-comeco-do-campeonato-gaucho,9c19f090e2572410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
“Inter projeta 20 dias de pré-temporada na Serra; sub-23 começa o Gauchão. Clube define últimos detalhes da preparação do grupo principal. Equipe alternativa fará os primeiros quatro jogos do estadual” Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/internacional/noticia/2013/11/inter-projeta-20-dias-de-pre-temporada-na-serra-sub-23-comeca-o-gauchao.html
Não é novidade que a dupla Gre-Nal comece o ano utilizando equipes suplementares. Mas para a próxima temporada duas situações distintas estão mexendo consideravelmente no planejamento dos Clubes para 2014: O primeiro deles é a campanha surpreendente do Atlético-PR que, com um time de jogadores desconhecidos e outros dois veteranos que não receberiam oportunidade em outros times de ponta no país, ter dado tão certo. O outro é o movimento Bom Senso FC, criado neste ano por jogadores de grandes clubes de futebol do Brasil que reivindica, dentre outras coisas, um limite de partidas por ano.
O Campeonato Estadual ainda é a principal competição para a maioria dos Clubes do país
O primeiro aspecto que precisamos lembrar é que o Campeonato Estadual, por toda tradição que ostenta e pela movimentação dos 90% outros Clubes do país que não disputam outra competição na temporada, deve ser mantido sim! As prioridades de cada um é que deve ser levantado, mas abolir a competição é algo inaceitável, fora de alcance. A desculpa é que ninguém quer perder, ainda que seja o Regional... então devemos simplesmente aboli-lo?
A segunda via de interpretação equivocada está na campanha do Atlético-PR em 2013. Depois de uma pré-temporada gigante, Ricardo Drubscky estava no comando de um time à beira da zona de rebaixamento deste Brasileirão. Caiu do cargo para Vagner Mancini assumir o Furacão, dando outro corpo ao time. As contusões musculares e a fadiga podem até ter sido atenuada pela diminuição considerável do número de partidas que o time disputou no ano, mas o principal motivo deste “Departamento Médico vazio” é sem sombra de dúvida a idade dos atletas do elenco. São na maioria garotos com todo o vigor físico e por isso aguentaram a temporada. Os caras que retornam ao Brasil vão pra fora fazer a vida e quando voltam com uma idade superior LÓGICO que não vão acompanhar a correria dos meninos e toda sua estrutura muscular.
A segunda via de interpretação equivocada está na campanha do Atlético-PR em 2013. Depois de uma pré-temporada gigante, Ricardo Drubscky estava no comando de um time à beira da zona de rebaixamento deste Brasileirão. Caiu do cargo para Vagner Mancini assumir o Furacão, dando outro corpo ao time. As contusões musculares e a fadiga podem até ter sido atenuada pela diminuição considerável do número de partidas que o time disputou no ano, mas o principal motivo deste “Departamento Médico vazio” é sem sombra de dúvida a idade dos atletas do elenco. São na maioria garotos com todo o vigor físico e por isso aguentaram a temporada. Os caras que retornam ao Brasil vão pra fora fazer a vida e quando voltam com uma idade superior LÓGICO que não vão acompanhar a correria dos meninos e toda sua estrutura muscular.
Vagner Mancini - um dos principais nomes da temporada 2014
Um terceiro ponto reside na ideia “errada” de proteger os atletas pelo Bom Senso FC, onde na verdade o que se busca é reservar aos 0,01% de jogadores consagrados uma série de direitos que não alcança a grande massa de pessoas desta área. A Lei Pelé “acabou” com a base dos pequenos times do país para proteger os mesmos homens. Hoje, apenas os grupos financeiros e os times de ponta conseguem trabalhar com esta situação. Os pequenos times não tem condições de reaver o investimento, perdendo toda a aposta que fazem em um garoto, restando apenas as míseras sobras do direito formador. Até o direito de Clube formador é de difícil alcance por conta da fraca gestão administrativa destas entidades e falta de estrutura para tal.
Portanto a crônica e a crítica estão confundindo as coisas. Os Clubes precisam de receitas, demandando jogos/competições no Calendário. Não podemos também, acabar com os estaduais porque nosso país tem dimensões continentais, inviabilizando a formação de mais quatro ou cinco subdivisões do Brasileirão. Se já é difícil vender Séries C e D sem grandes times, como vender Séries E, F, G ou H? Como considerar a pré-temporada de um time a principal revolução da temporada se um novo treinador assumiu o barco no meio do ano mudando tudo no comando técnico desta equipe? Com qual alicerce falar em “diminuição de jogos” se quem reclama disso é justamente os caras que vieram para o Brasil no final da carreira, preferindo encher o bolso de dinheiro antes de encerrar a sua carreira em sua casa?
Portanto a crônica e a crítica estão confundindo as coisas. Os Clubes precisam de receitas, demandando jogos/competições no Calendário. Não podemos também, acabar com os estaduais porque nosso país tem dimensões continentais, inviabilizando a formação de mais quatro ou cinco subdivisões do Brasileirão. Se já é difícil vender Séries C e D sem grandes times, como vender Séries E, F, G ou H? Como considerar a pré-temporada de um time a principal revolução da temporada se um novo treinador assumiu o barco no meio do ano mudando tudo no comando técnico desta equipe? Com qual alicerce falar em “diminuição de jogos” se quem reclama disso é justamente os caras que vieram para o Brasil no final da carreira, preferindo encher o bolso de dinheiro antes de encerrar a sua carreira em sua casa?
Alex do Coritiba - Atleta veterano, principal líder do movimento Bom Senso FC
Não estou dizendo que os estaduais são a oitava maravilha do mundo, que a super pré-temporada do Atlético-PR não foi importante ou que o movimento Bom Senso FC está totalmente errado, só acho que as coisas estão perdendo o foco e os consumidores de futebol (torcida) estão se deixando levar por interesses que em nada tem haver com o gosto de assistir futebol.
Jogar é preciso, sequencia tem de haver! Todos tem direito a 30 dias de férias, ponto! Os atletas que se preservem e os Clubes que mantenham elencos condizentes para a disputa dos campeonatos, do contrário, poupe jogadores e priorize competições que entender mais rentável/importante.
Jogar é preciso, sequencia tem de haver! Todos tem direito a 30 dias de férias, ponto! Os atletas que se preservem e os Clubes que mantenham elencos condizentes para a disputa dos campeonatos, do contrário, poupe jogadores e priorize competições que entender mais rentável/importante.
Saudações Coloradas
Imagens: Site do Brasil de Pelotas/RS e Portal Globo.com
O maior motivo de ter se criado este movimento Bom Censo, é porque o São Paulo e o Santos inventaram suas viagens para Europa, para ganhar dinheiro e passar vergonha lá fora, pelo fraco futebol apresentado. Então na volta, acumulou-se os jogos, tendo que alguns times jogar dia sim, dia não, para cumprir a tabela.
ResponderExcluirD'Alesandro, Paulo André, Alex, Cléber Gladiador e tantos outros veteranos, não conseguem mais acompanhar o ritmo da garotada, por isso ficam inventando moda.
Pra quem gosta de exaltar um trabalho de um técnico, que tal explicar a derrota do São Paulo pra Ponte Preta? É o que eu sempre digo, jogador joga quando quer, independente de técnico.
Eu parei de acreditar em técnico estrelão, naquele ano em que o Palmeiras era líder com muita folga, com o Jorginho de técnico, daí contrataram o Muricy para as últimas partidas, e nem pra Libertadores ele foi. Ou quando o grande Felipão, levou o Palmeiras para a 2ª divisão, não queria que ele ganhasse o título e nem classificasse para a libertadores, mas se técnico fizesse tanta diferença, nunca o Palmeiras poderia ter caído.
Paga-se de 500 mil a 1 milhão de reais para um técnico de ponta, sabendo-se que qualquer zé roela que esteja ali naquele lugar, faz o mesmo serviço. Andrade provou isso no campeonato brasileiro que o Flamengo ganhou, e este senhor idoso, que nem sabe falar direito que está comandando o Flamengo agora, está provando novamente esta tese.
O treinador tem que ser sempre alguém de casa, técnico barato, que conheça bem a base, onde ele irá recorrer para suprir as carências do elenco.
Rafael,
ResponderExcluirComo já afirmei aqui várias vezes, também sou defensor da manutenção dos tradicionais campeonatos estaduais, independente da importância que os grandes clubes dão a eles. Apenas acho que falta inteligência para os dirigentes das Federações e dos Clubes quando elaboram as fórmulas "milagrosas" dos campeonatos, cada estado de uma forma diferente como melhor lhes convenha, sem levar muito em consideração o principal interessado: o torcedor.
A CBF deveria mandar um representante para tentar manter um padrão pré determinado de fórmula, com eventuais alterações de acordo com fatores regionais como distância, número de clubes, tamanhos de estádios, etc...
Acioli,
Sei que tu já sabe disso, mas repito que também corroboro esta tua boa idéia de treinador ser empregado do clube, mas de carreira mesmo, não por contratos temporários com cláusulas fora da realidade financeira dos clubes!
Eu já tinha visto algumas matérias a respeito, mas não tinha colocado as ideias no papel, como bem fez o Rafael.
ResponderExcluirNão tenho muito a dizer, já que o Rafael esclareceu muito bem o que acontece nos clubes.
Só acrescento, a respeito do Grêmio, que a matéria em torno do calendário de 2014 pareceu-me apenas mais uma matéria sem muito fundamento, entre tantas. Parece que os jornalistas não tem muito o que falar ou escrever, então especulam e divulgam por divulgar algumas hipóteses do que poderá acontecer na próxima temporada.
Todo ano, Grêmio e Inter poupam jogadores nos jogos iniciais. Isso não é novidade. O fato é que na hora da decisão, vai com o que tem de melhor. Tem sempre a Libertadores como justificativa para a derrota no Gauchão. E quando a Libertadores se vai para a sala de troféus de algum outro clube, então o Gauchão vira prioridade.
Sobre o elenco do tricolor, da qual trata a reportagem, acho difícil que o Grêmio traga de volta jogadores como Marco Antonio, Léo Gago, Junior Viçosa e Marcelo Moreno. Servirão como moeda de troca, certamente.
Não creio que o Bressan tenha despertado interesse de algum clube europeu. Se houvesse interesse em alguém do elenco gremista, esse alguém é o uruguaio Maxi Rodriguez.
De qualquer maneira, por dois milhões de Reais, o Grêmio faz negócio porque o zagueiro do Juventude veio de graça.
O Rui Costa é muito fraco para contratar jogadores para o Grêmio. Ano passado, levou uma eternidade para montar um time e não teve muita coragem para refutar as escolhas de Luxemburgo.
Todo mundo está falando do bom trabalho do treinador Jaime do Flamengo, mas muitos esquecem que ele não trabalha sozinho, e que na Gávea, Paulo Pelaipe é o diretor executivo, responsável por resolver questões extra-campo que permitam o trabalho da comissão técnica. Pelaipe tem sido competente em todo lugar que passa, assim como foi o Rodrigo Caetano, no Vasco, dois anos atrás.
É uma pena que ele não faça parte da equipe de Fabio Koff. O presidente mais vencedor da história do clube deixou a desejar em 2013. Tomara que tenha mais sorte em 2014.
Com relação ao Bom Senso F.C., fico me questionando se esse mau desempenho da dupla Barcos e Kleber não tem alguma coisa haver com o fato de terem sido líderes desse movimento.
Para acrescentar...
ResponderExcluirFico me questionando e tentando lembrar afinal o porque da reclamação do excesso de jogos, se no passado, o calendário do futebol brasileiro sempre foi marcado por muitas competições paralelas.
Até a era dos pontos corridos, os estaduais eram mais longos, durante praticamente um semestres, com os clubes se revezando entre o regional, a Copa do Brasil e a Libertadores para aqueles que a disputavam.
O segundo semestre tinha o Brasileirão e mais as diversas competições, muitas delas extintas, como a Supercopa e MercoSul que hoje virou Sul-Americana.
Jogador de futebol viaja só de avião, dorme nos melhores hotéis, tem acompanhamento de nutricionista, fisioterapeuta, médico, fisiologista, massagista, e até psicológo.
O que mais está faltando para esses nobres profissionais?
Só pra acrescentar, polemizando um pouco mais. Na qualidade de treinador, Argel (ex-Inter), respondeu sobre o assunto em debate: "isso (muitos jogos) não é desculpa. Jogávamos muito mais partidas que hoje em dia, ganhávamos menos, a repercussão sobre o tema era bem menor e a cobrança era a mesma. Mas isso nunca absolveu ninguém e a gente jogava igual".
ResponderExcluirSaudações Coloradas
Meus amigos, fiquem de olho neste jogo entre Vasco X Cruzeiro, estou achando que tem acerto financeiro para a raposa perder para o Vasco. O Cruzeiro montou um grande elenco para disputar e ganhar o brasileirão 2013, trazendo 17 jogadores e gastou o que não tinha, uma prova disso é a dívida de 5 milhões com o Inter, onde o time gaúcho teve que ingressar na justiça para tentar receber a quantia. Do Vasco, o Cruzeiro trouxe o Dedé, e deve pro time da colina muita grana.
ResponderExcluirO Vasco está em situação crítica no brasileiro e em condições normais não ganharia nunca do Cruzeiro, então acredito que um acerto acontecerá para ter uma redução na dívida dos mineiros.
O Vasco ganhando do Cruzeiro, tem o Náutico como próximo adversário, são mais 3 pontos, e combinando com outros resultados, pode até jogar por um empate na última rodada contra o Atlético Pr., que talvez até lá, já esteja classificado para Libertadores 2014 ou com ressaca pelo título da Copa do Brasil. Certo é uma coisa, que este jogo contra o Cruzeiro é fundamental, e acho que vai rolar um certo corporativismo entre Vasco e Cruzeiro.
Embolou tudo na parte de baixo da tabela. O Inter que abra o olho porque uma derrota amanhã coloca o time em chances "reais" de rebaixamento...
ResponderExcluirSaudações Coloradas