Dupla Gre-Nal e Polícia discutem o assunto
Não sei quantas anda esta conversa entre os principais clubes de futebol do Rio Grande e a Brigada Militar. Mas "pra mim" esta é uma ideia que morreu na casca!
Primeiro porque é ilegal! Está previsto no CBJD que a partida DEVE prescindir de prévio protocolo na polícia militar. Em se tratando de evento público, independentemente da promoção por parte de particulares, a guarnição precisa ser representada por um contingente considerável em função do número de pessoas e o apelo histórico que merece. Não vejo outra interpretação possível para este dispositivo.
O segundo aspecto é a isenção da Brigada Militar. Claro que a polícia é cheia de defeitos e falhas, mas lembrem que ela não deve subordinação ao clube promotor do jogo. Garantir a segurança dos árbitros e dos visitantes é algo complicado. Dou como exemplo o ocorrido na final da Taça Sulamericana do ano passado, quando seguranças particulares do São Paulo, segundo denunciou a delegação do Tigre, entrou em confronto com a equipe no intervalo. Aqui se ganha tudo muito "na marra" ainda e eu não sei se estamos prontos para tratar disso sem a polícia. Quantas vezes os refletores "estranhamente" foram desligados esfriando um jogo decisivo? Imaginem se não houver policiamento então!?
Jogadores do Tigre prestaram queixa na delegacia. Vestiário ficou destruído.
Temos um último aspecto, também importante. Os clubes somente se isentam da responsabilidade pelos atos de violência e vandalismo de sua torcida se conseguir notadamente identificá-los, cadastrando um por um e encaminhar eventuais transgressões para as providências legais. Não temos estrutura e nem uma cultura para adotar isso em nenhum lugar do Brasil.
A temeridade da polícia substituída pela falta de respeito (que deveria ser - o respeito - seu alicerce de força coercitiva) "ainda" tem mais credibilidade do que a isenção dos nossos dirigentes na hora de contratar segurança e planejar um trabalho como este. Os interesses dos times não pode prevalecer sobre as condutas a serem tomadas, sob pena de voltar àquela época em que o dono da casa tinha de vencer, a qualquer custo.
Saudações Coloradas
Imagem: Portal UOL

Essa questão da ausência brigada é algo extremamente complexo, que envolve os setores da sociedade civil mais a questão do papel do estado.
ResponderExcluirNão existe essa de a polícia não se envolver, como aconteceu na confusão do último jogo na Arena. A segurança e a repressão da violência é o papel da polícia, que é a força guardiã, a serviço do Estado.
Num estádio de futebol, não são os torcedores do Grêmio ou do Inter, que estão lá, mas os cidadãos livres que fazem parte da sociedade.
O mais curioso nisso tudo, é que todos exigem segurança do Estado, reclamam dos políticos que não fazem leis, mas nem os próprios indivíduos conseguem se conter diante da euforia das massas.
Tem muita gente que gosta de confusão e não vai ao estádio só para torcer, se vai para o confronto brutal, se for preciso.
Foi só no estado do Rio Grande do Sul que vi isso até agora. Parece que temos um certo retrocesso, nos setores responsáveis pela segurança, nesse governo de Tarso Genro.
Segurança nos estádios é obrigação do Estado, dever da Brigada Militar, e fim de conversa.
Não posso afirmar com certeza, mas creio que essa questão, é uma questão que envolve algumas rusgas divergências que começam na assembleia legislativa do Rio Grande do Sul. Quem vive em Porto Alegre, talvez pudesse nos dar mais informações.
Não podemos esquecer que a Arena tricolor foi coisa do Paulo Odone, deputado da oposição ao governo, na bancada legislativa, e embora não seja mais presidente, sua gestão anterior ainda produz seus efeitos.
Posso estar completado equivocado nessa análise, até porque me faltam dados. Mas o que sei é que Odone, o principal idealizador da Arena, é um dos grandes opositores do governo na bancada legislativa do estado.
Não sei até que ponto, Fabio Koff tem alguma coisa a ver com isso. O fato que a Arena, enquanto um serviço terceirado, comprado em parcelas, tem sido uma grande decepção para os gremistas.
Falta segurança, falta acabamento em vários setores, sem contar a qualidade do gramado que é ruim.