quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FLUMINENSE X GRÊMIO; ABEL X LUXEMBURGO

Fonte: Globo Esportes

Em função da defasagem de ideias e debates nesse blog, por um momento pensei de deixar de postar nesse espaço. Temos poucas participações, e quando algum "torcedor vermelho" resolve se aventurar por aqui, ou é no sentido de "provocação", típico daqueles torcedores que vão ao estádio somente para discutir ou provocar os rivais, ou é mero lapso ou lampejo de alguma ideia lúcida sobre futebol. Que me desculpem o desabafo, mas essa é a realidade, não vejo debate, ou é algum tipo de provocação, Ego inflado, divergência no sentido pessoal (mesmo que virtual), subjetivo, ou é opinar sem coragem para o confronto de ideias. No geral, torcedor colorado desse espaço finca o pé num conceito e numa opinião e não gosta de debate.
Estou errado?

Sobre o tricolor eu quero dizer que o Grêmio, comandado por Luxa, joga sua sorte nessas duas partidas, e, portanto, não podemos pensar só no Fluminense dessa quarta, mas também no Inter de domingo. Duas derrotas e o Luxemburgo estará com a corda no pescoço a frente de seu cargo no Grêmio. E de nada adiantará aquele discurso de que faltou tempo para entrosar o time, que os reforços chegaram tarde, que é necessário alguns ajustes no time, que a grama da Arena é ruim. Mesmo que tenhamos que admitir que os resultados não chegarão agora, é bom lembrar que a responsabilidade toda desse time está nas mãos do treinador, que tem como característica influenciar nas contratações.
Nenhum gremista gostou das opções de Luxemburgo. Muitos creditam ao treinador, a demora nas contratações no início da temporada. Nem um torcedor tricolor esquece, que foi ele que barrou alguns jogadores de uma lista antecipada da direção.
No jogo contra os chilenos, ele optou pelo Adriano no lugar de Fernando; nesta partida, ele saca Marcelo Grohe, para escalar o velho Dida. Saymon é limitado, mas, hoje, não sei qual a diferença técnica e física entre ele e o Cris. No ataque, mesmo que o boliviano não goste de sujar o cabelo numa partida de futebol, ele seria a melhor opção para o lugar de Barcos. Wellinton não conseguiu fazer gol no Veranópolis. Não sei em que fundamento esse atleta é superior ao Leandro que foi emprestado para o Palmeiras. Não quero nem falar no Bertoglio que voltou bem, mas nem sequer está relacionado.
Só falta perder para o Fluminense, e dar folga para os titulares no domingo.
Sobre o jogo, vai ser a típica partida que o Abelão gosta, pois vai enfrentar um Grêmio precisando do resultado, dando espaço para o contragolpe. Suas equipes são muito bem organizadas começando pela defesa firme e rígida. O meio para o ataque é veloz na transição, terminando nos pés de Fred. Não sei como a lerdeza do centroavante o permite que ele faça tantos gols. Habilidoso ele não é. Os zagueiros é que são fracos e não prestam atenção em seu posicionamento. A bola sempre chega veloz, ou com o Carlinhos ou com o Wellington Nem, pelos lados, ou partem da qualidade de Jean, Deco e Thiago Neves. Edinho é brucutu, Gum e Leandro Euzébio também. Mas Luxemburgo é burro e não sei se saberá explorar essa fraquezas do tricolor carioca.
 Nesse jogo, Abel Braga sabe que o Grêmio virá para cima. Alguns gremistas acreditam que o tricolor poderá ter até maiores chances, pois jogará contra um time que joga mais aberto e que também procura o ataque. Contra Huachipato e Veranópolis, respectivamente, o Grêmio teve dificuldades para furar o bloqueio de duas equipes que jogaram retrancadas. O time tem um histórico positivo contra os fortes; e negativo contra os teoricamente mais fracos.
Mas não sei se isso é pura ilusão, pois na realidade o Fluminense além de marcar muito bem, é um time perigoso no ataque, e o time de Luxemburgo, como bem sabemos, é time de muito toque de bola, mas deficiente no quesito marcação.
Duas derrotas e o Luxa pode ir embora. Essa é a minha estimativa, não que seja minha expectativa. Não sei o que é pior nesse momento, se é dispensar o treinador a arriscada tentativa de mudar esse quadro negativo, ou continuar com  os erros e acertos desse técnico, que não ganha Libertadores e é pior que o Celso Roth nesse quesito.
Se o Luxa continuar com essas palhaçadas, que Koff traga o Mano Menezes ou mesmo o Renato Portaluppi para tentar mobilizar esse time. De treinador orgulhoso, marrento e irresponsável, não precisamos.Se perdermos tudo no ano, perderemos com treinadores mais identificados com a torcida, e que já fizeram alguma coisa de bom pelo clube no passado.








sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NUNCA É TARDE PRÁ APRENDER

Grêmio 1 x 2 Huachipato


Pelo pouco que conheço de futebol, atualmente uma equipe de futebol divide-se em três partes principais: defesa, meio campo e ataque. Ambos devem estar em perfeita sintonia com a bola passando de um para o outro com a naturalidade adquirida pela prática nos treinamentos. Isto é básico e teórico.
A defesa clássica está subdividida entre o goleiro, dupla de zagueiros e os laterais que também podem exercer a função de alas, desde que a formação do meio campo tenha a devida cobertura para estes. Sua principal atribuição é evitar ou conter as finalizações dos adversários.
O ataque normalmente composto por dois atletas, um de referência atuando mais na área como pivô e finalizador e outro mais de velocidade pelos flancos e de chegada na área para o arremate das jogadas.Sua principal atribuição é finalizar com a maior eficácia possível as jogadas criadas para o objetivo principal do time, os gols para a vitória.
O meio de campo deixei por último por ser na minha humilde opinião, o mais difícil de ser composto, pois têm mais atribuições além das que os demais componentes da equipe:
Os dois primeiros homens, na formação mais ortodoxa tem a função principal de auxiliar a defesa no combate dando cobertura principalmente aos laterais(ou alas)  que saem ao apoio do ataque e também ao zagueiro quando este sai no primeiro combate do atacante adversário ou na cobertura eventual do lateral que foi batido pelo adversário. Ainda devem fazer a passagem da bola entre a defesa e os armadores ou atacantes com a qualidade que não permita a retomada e o contra-ataque do adversário. Os outros componentes do meio têm por atribuição essencial que ser os criadores e os que determinam o ritmo de jogo, cadenciando ou impondo velocidade aos ataques.
Esses quatro elementos da equipe, teoricamente são os que precisam de mais entrosamento e mais convivência em campo para renderem o seu máximo. E quando este setor atinge um bom nível de entrosamento e rendimento, deve ser mantido o máximo possível e só deve ser mexido em casos de extrema necessidade, por suspensão, lesão, etc...Isto é uma visão simplista e resumida de uma equipe tradicional.
Bem, não estou aqui querendo dar aula tática ou técnica para ninguém, apenas estou expondo resumidamente o que entendo de futebol e tentando analisar a derrota gremista para o Huachipato em plena Arena.
Até este jogo tínhamos um quarteto de meio campo que vinha jogando junto e parecia estar numa sintonia bem próxima da ideal, sendo o único setor que não carecia de reforços e nem de experiências novas.
Aí surge o treinador que; a não ser que o Fernando já tenha sido negociado, tem a infeliz idéia de substituí-lo pelo Adriano (muito bom jogador) quebrando uma sequência que vinha dando certo até então, justamente no cara encarregado de dar apoio ao lateral estreante pela esquerda deixando aquele lado do campo totalmente por conta do improviso e falta de ritmo de dois novatos na equipe. Alguém vai perguntar: e daí?
E daí que os dois gols chilenos nasceram de cruzamentos pelo flanco esquerdo da defesa gremista, em duas falhas do miolo de zaga tricolor.
Resumindo minha opinião: Grandes acertos do Luxemburgo:  promover a estréia do Barcos e do André Santos para adquirirem ritmo e entrosarem com o time o quanto antes.
Grande erro: mexer no meio de campo tirando o Fernando (salvo se já está negociado) sem necessidade, desguarnecendo a meiúca e a lateral pela esquerda pela falta de entrosamento de dois elementos no mesmo setor do campo.  
Erro ainda maior, criticar o gramado ruim depois do jogo, pois quem acompanha o dia a dia dos treinamentos será que ainda não sabia das condições do gramado?
Será que ele crê que o time vai jogar só em “belos tapetes” pelo resto da Libertadores?
O lado positivo da derrota, é que o grupo deve ter entendido que tem que haver mais determinação e empenho em campo, senão vamos sofrer muito com esses times sem maior expressão que jogam fechadinhos e tocam a bola direitinho, fazendo o feijão com arroz e não deixando o adversário jogar a vontade. E que meio time de estreantes faz muita diferença no conjunto.
Não devemos esquecer que era apenas o segundo/terceiro jogo do Cris e do Vargas também!
Depois de um primeiro tempo sofrível e muito abaixo da crítica (até o Zé Roberto tava mal), até que houve uma tentativa de remendar a bobagem feita, mas era tarde demais, os caras fizeram o segundo gol no comecinho do segundo tempo!
Eis mais uma oportunidade para ressurgirem os flautistas colorados, se é que ainda existem.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A sina de Forlán

Porque uma das maiores contratações do Inter nos últimos anos rende tão pouco
 
Mesmo marcando gol no Gre-Nal e fazendo um bom jogo, Forlán continua em busca da melhor condição física e técnica desde que chegou ao Clube. É notório que ele não encontrou seu melhor futebol e está muito aquém das expectativas criadas ao seu entorno.
 
Mas por quê?
 
Muito simples. Forlán é meia-atacante, um camisa 10! Não tem por característica a velocidade pelas beiradas do campo lançado em profundidade. Na Seleção do Uruguai, por exemplo, forma uma “trinca” média ofensiva com Cavani e Suárez. Neste time, Loco Abreu é banco inclusive.
 
No Atlético de Madrid onde fez muito sucesso também, Forlán jogava aberto pelo lado de campo, mas não ao ponto de receber lançamentos. Ele trabalhava a jogada “vinda de trás” ou “cortando” para o meio, sempre foi assim. O atleta uruguaio é muito técnico, repito, não um velocista.
 
Forlán renderia muito mais atuando como meio-campista
 
Outro fator importante é a fase dele. Lembro todos que se tivesse na “ponta dos cascos” estaria na Inter de Milão ainda ou em outro Clube de ponta na Europa. Com exceção deste período ante-Copa do Mundo que jogador brasileiro assina com times nacionais, quem está em alto nível nem vem para cá.
 
Forlán não é o mesmo que ganhou o título de melhor jogador do último mundial de seleções e isso é muito relevante. Mesmo assim, ainda que não tenha mais o mesmo rendimento de quatro anos atrás, é um jogador que tem vaga em qualquer time do país.
 
Voltando ao ponto de discussão, não sei dizer se Forlán pediu para jogar ao lado da área servindo Damião, concluindo pelas laterais em profundidade as jogadas armadas por D’Alessandro ou são ordens do treinador.
 
Na minha humilde opinião Dunga repete o erro de Fernandão! Dátolo (que fez um bom primeiro tempo no clássico, diga-se de passagem) deveria ficar no banco; D’Alessandro é o meia armador, cérebro do time, abrindo e centralizando as jogadas conforme se faz necessário. Protegido por Willians e Fred (Bolatti e Ygor podem pintar aí), este meio de quatro homens se encerraria com Forlán na 4ª posição, carregando mais a bola na intermediária adversária, abrindo o jogo aos lados do campo também. Ele encostaria em D’Alessandro atrás e faria a parede com Damião na frente. Nesta formação, poderia soltar a jogada no atacante velocista e, esporadicamente, concluir a gol.
 
Neste grupo atual, os recém contratados Vítor Junior e Caio deveriam brigar pela vaga de segundo atacante. O jovem Cassiano corre por fora e tem qualidade para atuar ali também. Todos muito rápidos!!!
 
Nem na várzea jogador aceita tantas partidas fora de posição. Uma coisa é “quebrar um galho” outra é sacrifício. Por isso repito veementemente: ele pediu para jogar deste jeito ou está prejudicando a si próprio e indiretamente seu Clube ao aceitar esta escalação. Como meia atacante Forlán é formidável, como atacante lançado no fundo de campo é só mais um.
 
Abre o olho Dunga!!!
 
Saudações Coloradas
 
Imagem: esporte.uol.com.br

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Colosso da Lagoa 2013

O primeiro Gre-Nal do ano

Começo este pequeno texto com uma afirmação um tanto óbvia: “O Inter tem a obrigação de vencer o clássico”! Claro, “se” o Tricolor tivesse sido eliminado pela LDU na última quarta-feira seria tudo diferente. Digo isso porque o time principal seria chamado às pressas para fazer frente ao Colorado.

Como “se” não entra em campo e o Grêmio está em paz com seu torcedor, o Gauchão passou a ser objetivo secundário para o time azul.

A responsabilidade de vencer vestirá “vermelho e branco” neste Domingo e esta é a mais perigosa das afirmações em um Gre-Nal. Primeiro porque o rival não será um time “B” e sim um misto com dois ou até três reforços da equipe de cima, segundo porque estes garotos terão a chance da vida deles e nada motiva mais um atleta do que um ingrediente desses, um clássico mundialmente reconhecido. Por fim, será a segunda partida oficial do time de Dunga na temporada, uma equipe que ainda está sendo trabalhada, em formação ainda.


 
O Internacional entrou numa verdadeira fria! Vencer é obrigação, perder ou empatar um jogo que historicamente não aponta favorito será um tremendo fiasco.

Eis o “x” da questão.

Matematicamente os gremistas sabem que uma derrota e até mesmo um empate pode complicar muito a situação de seu Clube no primeiro turno do Estadual... mas quem liga? A prioridade é a competição continental, certo?

Gre-Nal ninguém quer perder, nem em jogo de bolita (em outros lugares é bola de gude, quilica, etc.), mas para o novo treinador Colorado será o primeiro grande desafio da temporada.

Vencer é obrigação! Qualquer outro resultado começará “pesar” nas costas logo na largada.

Saudações Coloradas