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1 | x | 2 | ![]() |
Huachipato |
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Pelo pouco que conheço de futebol, atualmente uma equipe de
futebol divide-se em três partes principais: defesa, meio campo e ataque. Ambos
devem estar em perfeita sintonia com a bola passando de um para o outro com a
naturalidade adquirida pela prática nos treinamentos. Isto é básico e teórico.
A defesa clássica está subdividida entre o goleiro, dupla de
zagueiros e os laterais que também podem exercer a função de alas, desde que a
formação do meio campo tenha a devida cobertura para estes. Sua principal
atribuição é evitar ou conter as finalizações dos adversários.
O ataque normalmente composto por dois atletas, um de
referência atuando mais na área como pivô e finalizador e outro mais de
velocidade pelos flancos e de chegada na área para o arremate das jogadas.Sua
principal atribuição é finalizar com a maior eficácia possível as jogadas
criadas para o objetivo principal do time, os gols para a vitória.
O meio de campo deixei por último por ser na minha humilde
opinião, o mais difícil de ser composto, pois têm mais atribuições além das que
os demais componentes da equipe:
Os dois primeiros homens, na formação mais ortodoxa tem a
função principal de auxiliar a defesa no combate dando cobertura principalmente
aos laterais(ou alas) que saem ao apoio
do ataque e também ao zagueiro quando este sai no primeiro combate do atacante
adversário ou na cobertura eventual do lateral que foi batido pelo adversário.
Ainda devem fazer a passagem da bola entre a defesa e os armadores ou atacantes
com a qualidade que não permita a retomada e o contra-ataque do adversário. Os
outros componentes do meio têm por atribuição essencial que ser os criadores e
os que determinam o ritmo de jogo, cadenciando ou impondo velocidade aos
ataques.
Esses quatro elementos da equipe, teoricamente são os que
precisam de mais entrosamento e mais convivência em campo para renderem o seu
máximo. E quando este setor atinge um bom nível de entrosamento e rendimento,
deve ser mantido o máximo possível e só deve ser mexido em casos de extrema
necessidade, por suspensão, lesão, etc...Isto é uma visão simplista e resumida
de uma equipe tradicional.
Bem, não estou aqui querendo dar aula tática ou técnica para
ninguém, apenas estou expondo resumidamente o que entendo de futebol e tentando
analisar a derrota gremista para o Huachipato em plena Arena.
Até este jogo tínhamos um quarteto de meio campo que vinha
jogando junto e parecia estar numa sintonia bem próxima da ideal, sendo o único
setor que não carecia de reforços e nem de experiências novas.
Aí surge o treinador que; a não ser que o Fernando já tenha
sido negociado, tem a infeliz idéia de substituí-lo pelo Adriano (muito bom
jogador) quebrando uma sequência que vinha dando certo até então, justamente no
cara encarregado de dar apoio ao lateral estreante pela esquerda deixando
aquele lado do campo totalmente por conta do improviso e falta de ritmo de dois
novatos na equipe. Alguém vai perguntar: e daí?
E daí que os dois gols chilenos nasceram de cruzamentos pelo
flanco esquerdo da defesa gremista, em duas falhas do miolo de zaga tricolor.
Resumindo minha opinião: Grandes acertos do Luxemburgo: promover a estréia do Barcos e do André Santos
para adquirirem ritmo e entrosarem com o time o quanto antes.
Grande erro: mexer no meio de campo tirando o Fernando
(salvo se já está negociado) sem necessidade, desguarnecendo a meiúca e a
lateral pela esquerda pela falta de entrosamento de dois elementos no mesmo
setor do campo.
Erro ainda maior, criticar o gramado ruim depois do jogo,
pois quem acompanha o dia a dia dos treinamentos será que ainda não sabia das
condições do gramado?
Será que ele crê que o time vai jogar só em “belos tapetes”
pelo resto da Libertadores?
O lado positivo da derrota, é que o grupo deve ter entendido
que tem que haver mais determinação e empenho em campo, senão vamos sofrer
muito com esses times sem maior expressão que jogam fechadinhos e tocam a bola
direitinho, fazendo o feijão com arroz e não deixando o adversário jogar a
vontade. E que meio time de estreantes faz muita diferença no conjunto.
Não devemos esquecer que era apenas o segundo/terceiro jogo
do Cris e do Vargas também!
Depois de um primeiro tempo sofrível e muito abaixo da crítica (até o Zé Roberto tava mal), até que houve uma tentativa de remendar a bobagem feita, mas era tarde demais, os caras fizeram o segundo gol no comecinho do segundo tempo!Eis mais uma oportunidade para ressurgirem os flautistas colorados, se é que ainda existem. |


Marcão,
ResponderExcluirNão preciso escrever mais nada sobre o jogo, porque concordo em gênero e grau com tudo que há no teu texto.
Só quero acrescentar que, mais uma vez, tivemos um mau planejamento na montagem dessa equipe para a primeira fase de grupos. Dentro dessa tua ideia de termos um equilíbrio nos três setores a qual se referes, não dá para entender ter tantos atacantes com a mesma característica, e não termos um jogador sequer para substituir o "pilha cansada" do Elano, por exemplo.
Marcelo Moreno ou Kleber poderiam ficar fora da lista, mas não o Bertoglio, um jogador veloz, que poderia atuar também no meio campo, no lugar do Zé ou do Elano.
Quanto ao Fernando, acho que poderia até jogar de terceiro homem no meio de campo; é só o Luxa que não percebe. Cada vez mais esse treinador qure escalar seus atletas preferidos, seus "bruxos", como se diz no Rio Grande do Sul. Ele é o maior responsável pelos fracassos nesse campeonato.
E estou começando a mudar minha ideia, os titulares estão sendo poupados no gauchão, mas que diferença faz preservá-los fisicamente, se não conseguem ritmo, e entram para fazer fiasco na Libertadores? Que todos sejam relacionados para o campeonato gaúcho, como nos velhos tempos, em que não tínhamos essas frescuras!
A defesa com Cris e Saimon é muito fraca. Eu já havia escrito por aqui no temor por essa defesa. Cris é outro caso de "peixe" do Luxa. Esse jogador além de ser velho, está sem ritmo de jogo, não atuou uma única partida em 2012; já o Saimon, a muito tempo vem tendo oportunidades, mas não tem atuado bem!
O Grêmio é desequilibrado na defesa e na reposição do meio campo.
Amigos:
ResponderExcluirNão quero ser um oportunista agora publicando no Blog "eu avisei". Mas sim, tenho que registrar aqui o que venho dizendo tem tempo: para extrair o melhor deste elenco dentro de campo, Luxemburgo precisa de mais tempo.
No entanto, mantenho meu posicionamento inicial. Acho que o Fluminense não perde para o Grêmio na seguna rodada, mas o time gremista se recupera fazendo 4 ou 6 pontos no Caracas, devolvendo esta derrota fora de casa para os chilenos, somando importantes pontos em casa contra os cariocas (1 ou 3).
Acredito na classificação do Tricolor em 2º na chave, com eliminação nas oitavas ou nas quartas. Menos que isso, daí podemos transferir responsabilidades, do contrário, é o que a Comissão Técnica e o Grupo podem oferecer AGORA! Mais que isso é façanha...
Os gremistas podem ter certeza que a direção montou um dos melhores elencos "no papel" que o Clube já teve nos últimos 5 ou 6 anos, mas transformá-los e um time de ponta para vencer a Libertadores (como estão Corinthians e Fluminense, com o Atlético-MG correndo por fora - todos prontos) demanda paciência.
O próprio São Paulo está se adaptando com a ausência do Lucas, quem dirá o Grêmio com tantos "novos titulares" buscando entrosamento entre si.
Pra mim foi só um tropeço (estado do gramao, tempo ruim, falta a principal torcida organizada m seu local tradicional, vários fatores...) e que dá tempo tranquilamente de recuperar. Mas serviu para ligar um "alerta"... por mais difícil qe seja aceitar a opinião de um Colorado, "tento" sempre publicar minhas opiniões o mais desgarrado possível da rivalidade.
Certo ou errado, procuro analisar futebol com a maior imparcialidade que me é permitido, justamente para não me iludir depois ou deixar minha crítca viciada.
Saudações Coloradas
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro Rafael,
ResponderExcluirNão foi intensão minha menosprezar seu comentário, que é sempre lúcido e bem argumentado. Eu concordo com a maior parte de sua opinião, porém, ainda acho que um trabalho com competência do treinador e comprometimento dos jogadores, seria possível, em curto tempo, alcançar bons resultados.
Em 95, o Grêmio havia mudado muito em relação ao time campeão de 94. Só ficaram alguns jogadores revelados na base. Daquele time fantástico, Arce, Rivarola, Adilson, Dinho, Goiano, Paulo Nunes e Jardel chegaram de fora no mesmo ano.
A espinha dorsal do time atual não mudou, quem está "inventando" é o treinador. Existe algum motivo lógico, fora a vontade do profexô", para tirar o Grohe e colocar o Dida? E por que dispensar o gordo do Pico, se ele foi um dos melhores do Brasileirão ano passado, para contratar Alex Telles?
Por que o Bertoglio não é relacionado para essa primeira fase?
No meio campo, o único setor que poderia ter sido mantido, por exemplo, ele sacou o Fernando um jogador que não é nada espetacular, mas tinha melhor entrosamento dentro do quarteto, e na engrenagem do esquema tático, era o jogador mais eficiente na marcação, e mais veloz na saída de bola. Elano está se arrastando, Souza não é bom na marcação; Zé Roberto tem qualidade no pé, mas precisa de jogadores mais rápidos na retomada de bola, coisa que a idade já não permite para ele. Com o Adriano perdido, o Elano morto, e o Souza quase bêbado, o velho Zé fica sobrecarregado.
Eu já não sei se dispensar Vilson e Léo Gago foi bom negocio. São jogadores fracos? São. Mas tinham um certo entrosamento, e não queriam sair. Não gosto do estilo de jogo do Marcelo Moreno.
Eu trocaria o boliviano pelo argentino, sem envolver mais jogadores. O Palmeiras estava louco para fazer o negócio de mano.
O Luxemburgo é arrogante e não assume a responsabilidade pelos erros. Ele tem grandes possibilidades de fazer um bom trabalho a longo prazo, mas os gremistas não terão paciência para 2014.
A Libertadores vai parar nas oitavas ou nas quartas, em função da Copa das Confederações, acho que seria ótimo para o tricolor, que montou esse time muito às pressas. A parada poderá ser boa para o treinador, isso se o Grêmio se classificar para a próxima fase. Foi assim que o Inter conseguiu o bi da Libertadores em 2010, via aos trancos e barrancos com Fossati; depois do recesso da Copa do Mundo, Celso Roth conseguiu o título em quatro jogos.
FJC,
ResponderExcluirO comentário do Rafael foi muito bem embasado, apenas um pouco exagerado no pessimismo, o que vindo de um colorado é absolutamente normal ao se referir ao Grêmio! Estivéssemos nós do outro lado e seria mais ou menos a mesma conversa!
E o Luxemburgo é uma raposa velha, além de fugir da responsabilidade pela péssima idéia da substituição do Fernando alegando problemas particulares, tenta desviar o foco polemizando sobre o gramado da Arena. Mas repito: depois da semana treinando lá ele ainda não havia visto o estado do gramado?
E prá projeto de longo prazo significa quanto tempo? Já faz quase um ano que ele tá aí e o time continua em formação constante, mudando titulares a cada mes praticamente! Se o objetivo deste ano é a Libertadores, já deveria ter iniciado a competição com pelo menos oito ou nove titulares definidos e reservas eventuais já preparados para atuar em todos os jogos, com os reforços chegando e entrando um a um ao natural, num time pré definido e um esquema tático pronto para recebê-los.
Mas como bem lembraste, haverá a parada para Copa da Confederações e oxalá classifiquemos para as próximas fases, o que me parece muito factível se não houverem mais esses erros absurdos do homem que vive a rotina do elenco e ainda não conhece direito todos os seus comandados. Essa parada realmente deve servir para uma reavaliação e maior entrosamento dos novos valores do elenco gremista.
Mas ainda sinto faltar ao time a velha garra tricolor e o foco na competição que tem como característica principal as fases de mata mata, onde se separam quem entrou pra ganhar e os outros coadjuvantes.
Apenas um adendo... lembro quando o Felipão chegou ao Grêmio. O início do trabalho dele foi muito ruim, mas Fábio Kopf bateu no peito e bancou o cara.
ResponderExcluirJardel e Paulo Nunes vieram como refugo, Arilson e Carlos Miguel não eram ninguém, Danrlei, Roger e Emerson vinham da base. Adilson era um bom zagueiro, mas Rivarola e Arce eram opções "latinas" economicamente viáveis. Dinho e Goiano eram só mais alguém.
A paciência permitiu a formação de um time que ganhou tudo! O que dizer agora? Olhem o grupo!
Vai tempo... tem que ter paciência e muita sequencia. Não existe mágica e nem milagre.
Acredito no trabalho... isso não é pessimista, mas realista.
Saudações Coloradas
As comparações são muito complicadas de se fazer. São contextos diferentes. Mas já que estamos escrevendo sobre isso, não dá pra comparar Luis Felipe com o "profexô" Luxa. Na minha percepção, o Luis Felipe está muito acima do atual técnico do Grêmio.
ResponderExcluirO time dos anos 90 tinha união, raça, determinação e um treinador inteligente. O time foi montado às pressas, e, no papel, em alguns setores era até mais fraco que o de hoje.
Luis Felipe não tinha reservas à altura para Paulo Nunes e Jardel.
As cobranças e a insatisfação não vão esperar mais um ano. Ou briga por títulos, ou traz o Mano Menezes para substituí-lo.
Caro Rafael,
ResponderExcluirPermita-me uma observação sobre o time de 94-95, em comparação com o atual.
Dinho e Goiano não eram "só mais dois ou só mais alguém". Esses jogadores foram campeões mundiais pelo São Paulo. Quanto a dupla de ataque, Paulo Nunes já tinha ganhado campeonato brasileiro pelo Flamengo, enquanto que Jardel aparecia nas convocações para a seleção Sub 20, em 93.
Rivarola era ruim. Adilson era muito bom e já estava consagrado como um supercampeão pelo Cruzeiro. Quanto ao Arce, isso não foi uma aposta ou um tiro no escuro. Quando chegou, Arce já era considerado um dos melhores laterais direito da América do Sul, vestindo a camisa do Cerro Porteño.
Não tem como comparar os dois momentos, o de 93, quando Felipão começou seu trabalho, foi mal, e mesmo assim, teve o apoio de Fabio Koff; com o momento atual, na "Era Luxemburgo" no Grêmio.
Felipão era um treinador grosseiro, desconhecido, não tinha medalhas no peito, nem a conta bancária que Luxa tem hoje.
Em 93, Luis Felipe foi contratado para o lugar de Sergio Cosme, e fazia parte de uma lista de profissionais, que chegaram como "renovação", depois da derrota na final para a Copa do Brasil contra o Cruzeiro, e de um mau começo no Brasileirão. Seis meses antes, o Grêmio havia contratado um time milionário mas não teve resultados positivos.
Foram contratados Luiz Carlos Wink, Eduardo, Geraldão, Dida; Dener e Charles. Eram jogadores de nível de Seleção, na época. Em 94, sim, iniciou-se um trabalho que mesclava jogadores vindos da base (Danrlei, Roger, Carlos Miguel, Arilson, Emerson), com jogadores vindos de fora. No ano seguinte, o Grêmio mudou quase todas as peças, embora a base tenha ficado.
Em 1995, o time ganhou corpo com os reforços que conhecemos, e assim o resultado apareceu. Mas não foi mera sorte ou trabalho de tão longo prazo assim. Luis Felipe teve material humano, e soube transformar isso em um grupo determinado a vencer.
Vanderlei Luxemburgo e os jogadores serão cobrados porque ganham milhões, e o resultado não poderá ser outro senão a conquista de títulos. É para isso que foram contratados. Luxemburgo já chegou com medalhas; Vargas é medalhão; Barcos é medalhão; Zé Roberto é veterano; Dida já foi várias vezes.
Se o elenco é de medalhão, não tem como não exigirmos medalhas, títulos. Tempo não interessa. São jogadores de grande nível; não podemos nos conformar com um terceiro lugar no gauchão.
Quando vamos bater uma bolinha no fim de semana, e entramos num time que sabe jogar bola, as dificuldades são menores do que num time de perebas.
Não há tempo suficientemente capaz de transformar pernas de pau em craques. Jogar num grupo de excelentes jogadores, é melhor do que num elenco de jogadores de nível médio-baixo, isso me parece óbvio.