quarta-feira, 9 de março de 2011

GRÊMIO E AS DIFICULDADES


A torcida do Grêmio apóia muito, mas apoiar não significa que todos estão empolgados ou iludidos demais com essas "tetas magras". Depois de tantas dificuldades contra clubes sem expressão (eu disse clubes e não os times em si, pois Júnior Barranquila e Caxias são times bem armados), evidentemente, a preocupação e a desconfiança existe com relação ao elenco ou o esquema de Renato Gaúcho.
E é aí que reside justamente a dificuldade em descobrir se o problema está na falta de opções ou em algumas fórmulas ou no sistema que o Renato vem utilizando. Primeiro, no jogo de ontem ficou claro que Lúcio é fundamental para dar mobilidade e velocidade no toque de bola, já que com dois lentos e sem explosão - CA e Douglas - o Grêmio se torna um time muito previsível com jogadas muito centralizadas, vivendo exclusivamente de bolas levantadas na área para André Lima e Borges. Na minha opinião, um 4-5-1 com Escudero na meia esquerda teria tudo para dar certo. Esse deve ser o pensamento da maioria dos torcedores, não do treinador. Todos nós somos um pouco técnicos de futebol, mas é o treinador que convive com os jogadores. Por que os torcedores, sejam gremistas ou colorados, sempre possuem uma visão mais além que o técnico, que convive diariamente com os atletas?
O que eu não consigo compreender no nosso treinador, é porque, no momento em que não tem o Lúcio a disposição, Renato insiste com Carlos Alberto ou Bruno Colaço pela esquerda, quando tem no banco de reservas opções como Escudero ou os novatos como Pessali, Mithyuê ou até mesmo o Emerson. Não é possível que algum desses jogue pior que o Gilson ou Carlos Alberto. Tem algumas coisas na escalação desse time parece simples, mas o treinador complica as coisas.
Não vejo problema em jogar ofensivamente desde que tenha a posse de bola. Não é nosso caso. E o Grêmio perdeu isso em parte por jogar com dois jogadores que disputam o mesmo espaço tanto no ataque quanto no meio. O Douglas só desenvolve um bom futebol quando joga num espaço curto para correr, centralizado, perto dos atacantes. Os outros tem que correr por ele. Fora disso, é um "patão" com boa técnica e bom passe. Ao lado de Carlos Alberto a coisa não vai bem. Da mesmo modo, dois centroavantes na área, esperando que a bola chegue na base do "abafa".
O Grêmio contratou o "ex-vascaindo", CA, e o ex-mengo, Vinícius Pacheco para o banco de reservas. Mas o argentino, Escudero, não foi contratado para não jogar, penso eu. Esperávamos que o gringo tivesse um pouco mais de oportunidade nesse time, já que os meias cariocas não convencem. Aliás o Grêmio é um time com muito sotaque: é muito "carioquêix", sobretudo no miolo de zaga.
Enfim, se o Celso Roth tem desagradado no Inter, Renato tem sido um tanto sistemático e teimoso no tricolor, a ponto, de questionarmos até onde ele vai chegar a jogar dessa maneira.

Um comentário:

  1. FJC,
    E agora sem o André Lima por 40 dias, quem será o companheiro do Borges? Será esta a oportunidade de testar nova formação tática, com Escudero ou V. Pacheco na frente, ou Fernando no meio adiantando o Douglas? Só espero que o Renato não comece a inventar demais.
    Saudações tricolores.

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