quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Preocupante

Inter vence, mas não convence contra o Brasil-Pel

O Colorado encarou um dos melhores (senão o melhor) time do interior. Junto com o Veranópolis (que tirou a invencibilidade do Internacional na temporada), são as equipes que podem "dar algum trabalho" para a dupla Gre-Nal neste Gauchão. Os comandados de Abel venceram com um gol no fim, marcado por W. Paulista. O atacante acabara de entrar, foi iluminado com o lance. Um jogo lento, chato, sem emoção... tão ruim que o torcedor se preocupou mais em "tietar" o novo Beira-Rio do que vibrar com o confronto em campo.
 
Wellington Paulista marca seu primeiro gol com a camisa Colorada

Um jargão popular resume o Inter de ontem: "lenga-lenga". Recheado com jogadores lentos, o time sofre! Alex e J. Henrique estão MUITO longe do que foram há seis ou oito anos atrás. D’Alessandro nunca foi jogador de explosão, é técnico e cadencia a bola na distribuição das jogadas. Aránguiz, coitado, faz o impossível defendendo e apoiando incansavelmente o tempo inteiro. Já Willians marca muito, recompõe como poucos. Mas com a bola nos pés é horrível.
Se a meia cancha é a alma de uma equipe, do Inter está lenta de mais.
No ataque R. Moura depende de volume. Não dá pra esperar dele dinâmica alguma. Como os atletas de meio não criam, ele precisa dos cruzamentos pelos flancos. Gilberto é um jogador mediano, mas pela sua presença no ataque e vigor físico na defensa pode servir. Pela esquerda o Inter tem Fabrício... apoia, mas sem muita qualidade... marca muito, mas tem “ar nas idéias”, perdendo a cabeça constantemente. Muito afoito. Ontem Gilberto foi mal, já Fabrício acertou um passe no fim que garantiu a vitória. Pouco me engana!
Na zaga nada de anormal. Ernando e Paulão estão longe se ser extraordinários, mas tem velocidade e chegada. Juan e Índio (assim como os meias que eu citei) estão MUITO longe do que foram há seis ou oito anos atrás.
Não podemos esquecer da grande partida que fez o Brasil-Pel. Aplicados taticamente, diminuindo espaços, os visitantes tem seus méritos, lógico. Mas estamos falando de um time que recém foi promovido para a elite do Estadual e está longe das principais séries do Brasileirão.
 
O time de Pelotas não deu espaços aos meias Colorados
 
Exceto Aránguiz que acertou a lacuna da versão Inter 2013 (os volantes não conseguiam acertar um passe sequer), todo resto está igual ou pior que antes. Por isso não consigo entender “como” Otávio é reserva de J. Henrique!? O único, repito, o ÚNICO cara que pode dar um pouco de velocidade nesta equipe. Antes dele, Fred se destacou como jogador da base em uma equipe mais fraca do que o torcedor Colorado se costumou a acompanhar nos últimos anos. Porque não joga? 
Otavinho, igualmente, terminou o ano passado como um dos poucos nomes que se salvaram ao lado de D’Alessandro. Ele precisa de sequencia! 
Com essa “penca” de veteranos no grupo, garotos a exemplo de Aylon, Bruno e tantos outros desta base que o Inter vende como “a melhor do Brasil”, ficam esquecidos nos times de baixo.
Claro, os rapazes que vem das categorias inferiores não vão resolver nada imediatamente. Mas do jeito que está, que abram oportunidades então!
O Inter precisa contratar, senão é mais um ano de eliminação em quartas-de-final de Copa do Brasil e briga para não cair no Brasileirão. Gauchão NÃO é parâmetro!

Saudações Coloradas

Imagens: Portal Globo.com

3 comentários:

  1. Rafael,

    Penso que os jogos pelo gauchão não se tornam parâmetro, não apenas em função da fragilidade das equipes do interior, mas pelo fato dos jogadores da dupla não terem o mesmo ímpeto no campeonato regional.
    A postura muda num jogo pela Libertadores, num Brasileirão ou numa reta final da Copa do Brasil.
    Mas você está certo: o Inter erra em não aproveitar melhor os jogadores da base.

    Essa questão do Parâmetro também serve para outras competições e inclusive alguns grupos da Libertadores. O chamado Grupo da morte, ao qual pertence o Grêmio, não tem nada de mortal, pelo menos até agora.
    Eu esperava maiores dificuldades diante do Nacional de Montevideo e do Nacional da Colômbia. Ainda temos que ver como o Grêmio vai se comportar na Argentina e no jogo da volta contra os colombianos, mas até agora, não vi nada nesses times sulamericanos.
    O Leon do Mexico é muito forte. O Velez da Argentina tem tradição.
    No mais, os brazucas estão dominando.
    Pelo menos por enquanto.

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  2. Vejo que o Grêmio pagou um preço alto pela politicagem de seus dirigentes, ficaram na minha opinião muitos anos um fazendo e o outro desfazendo, sem contar em cargos políticos. E no Inter estamos no mesmo caminho,e é ai que tudo desanda, quando o F.C. estava mais presente no clube ele servia como um mediador, pessoa a qual a maioria tem profundo respeito, mas agora por politicagem percebo que ao invés de contratar um profissional eles mantem certas pessoas por pertencerem a tal grupo, e o que mais tem é grupos só que cada um pensando em si só. O resultado esta ai muito dinheiro gasto e pouco resultado em campo.

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