O “jeito” de fazer as coisas

Arbitragem no RJ e Copa no RS

Antes de dar um giro por alguns Estaduais, preferi chamar a atenção para duas situações. Assuntos em contextos diferentes, antagônicos em seus desdobramentos. Vejamos:
 

O jeito certo de fazer a coisa errada

Quem lembra do Gre-Nal? Faz uma semana do jogo e ninguém fala mais da arbitragem. Agora eu lhes pergunto: por quanto tempo a vitória do Flamengo sobre o Vasco neste Domingo vai ser assunto?
Tudo isso porque um gol legítimo do vascaíno Douglas não foi assinalado. Havia um juiz de linha ao lado do lance, praticamente grudado na baliza. Este árbitro não se manifestou. Os atletas viram, a torcida viu, a imprensa viu, só ele não viu.

 

A imagem fala por si só

E porque comparei ao clássico do Rio Grande? Vuaden não deu um pênalti legítimo para o Grêmio na primeira etapa e compensou no final da partida em um lance duvidoso que garantiu o empate para os donos da casa. 
Então eles jamais deveriam ter dado aquele gol “legítimo” do Flamengo também! Foram as mesmas circunstâncias, havia um juiz de linha ao lado da baliza igualmente havia no outro lance. Sem balançar as redes, esse valeu e outro não!

A polêmica do Sul foi bem menor que essa agora.
Um erro não justifica o outro, claro, mas na bola “às vezes” errar justifica sim. Justiça teria sido feita no Maracanã “se” a arbitragem tivesse “fechado o olho” contra o Flamengo. O 1 x 1 guardaria a igualdade no placar que, se não é bom pra ninguém, teria sido mais justa. Os cruz-maltinos foram muito prejudicados com essa derrota. Na tabela quase nada influenciou, mas o clássico atrapalha o ambiente de quem perde e ajuda muito daquele que ganha. Um campeonato à parte. Não dá pra perder.

O jeito errado de fazer a coisa certa

Existe um investimento de aproximadamente 30 milhões de reais em equipamentos provisórios para fechar a conta no Beira-Rio. Investimento esse visando a realização do Mundial de Seleções em Porto Alegre. Tendas, estruturas móveis, enfim, uma parafernalha de coisas que será desmontada depois, levada embora e de nada servirá para o Colorado no futuro.
No país inteiro o governo está pagando essa conta. São locais com administração pública (que justifica o pagamento desse rio de dinheiro).

O problema? O Gigante é privado.

Logo, Município e Estado podem ter “sérios problemas” com o Tribunal de Contas "se" subsidiarem este repasse. Contudo Luigi nem quis e nem quer saber, declarou que não vai bancar essa e faz pressão para que a grana venha do Governo.

 

"Existe, sim, o risco de perdermos a Copa. E ele não é pequeno" – disse Lugi em entrevista à Rádio Gaúcha

O Clube está juridicamente errado porque o contrato foi assinado pelo Internacional há muito tempo, sabedor disso desde o seu princípio. Esses equipamentos não deixarão legado algum e o Colorado não tem a menor intensão de gastar esse dinheiro todo agora. Tá na cara que faz pressão para barganhar essa “bufunfa” sem tocar em seu orçamento, pensando em defender seu patrimônio. 

Havendo repasse público em tantos outros lugares do país, o Inter se achou legítimo em pedir uma fatia disso. Porque só aqui não?
Importante lembrar que este mesmo contrato dividiu a cúpula diretiva no passado. A reforma do Beira-Rio sempre foi unanimidade, mas as imposições da Fifa não. Vencedores no pleito, a atual diretoria fez campanha preferindo trazer a Copa para sua casa, rachando o grupo de cartolas lá atrás. Agora, os mesmos homens refizeram os cálculos. 30 milhões é muita grana! Se nos outros lugares, repito, o poder público está pagando a conta, porque não pressionar para parte dessa balbúrdia com o dinheiro público ser despejada aqui também? Reitero que o contrato estava assinado, era conhecido em suas cláusulas e o Inter está “se fazendo de leitão para mamar deitado” neste momento, isso é fato! O interesse é exclusivamente próprio e ilegal, mas justificável.

Pitacos:

- Como está LINDO o Beira-Rio;
- De volta em casa, o Inter "promete" ser mais forte;
- Mas poucos jogos acontecerão no Gigante antes da Copa;
- L. Damião fragilizou o bom esquema do O. de Oliveira no Santos;
- Sem GabiGol, o time perdeu velocidade;
- A equipe da Vila Belmiro trabalha com referência de área agora, o que distanciou o quarteto ofensivo;
- Das duas uma, O. de Oliveira saca L. Damião ou muda o jeito de jogar desse time;
- O Corinthians jogou muito mais que o Palmeiras pelo Paulistão;
- Mas tomou o gol no fim;
- Os resultados paralelos prejudicaram o Timão;
- Restando 7 jogos por disputar, Mano Menezes tem plenas condições de classificar seu time;
- Contudo sua equipe pode ser o único grande fora das finais em São Paulo;
- No RJ o Botafogo estava “capengando”, mas está conseguindo focar a Libertadores sem perder muito contato com os líderes no Estadual;
- O Glorioso ainda é o grande mais ameaçado de não se classificar no Carioca;
- Inter e Grêmio vão chegar com sobras;
- Em Minas, o mesmo acontecerá com Cruzeiro e Atlético;
- Já no PR o Atlético Sub-23 de Petkovic está fazendo um fiasco;
- Dos 12 times do paranaense entram 8. A garotada do Furacão deve conseguir a “proeza” de ficar fora;
- O Campeonato Estadual de Santa Catarina é o mais equilibrado do Brasil;
- Porque?
- Lá os grandes não são potências nacionais e os pequenos são fortes, principalmente em casa;
- Ah, no Clássico Vila Nova x Goiás pancadaria nas arquibancadas de novo.

Saudações Coloradas

 

Imagens: Globo.com