segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Grêmio versão “2014”

Primeiras impressões...

Na terceira rodada o Tricolor “estreou” no Gauchão pra valer. Apesar das incógnitas quanto ao elenco definitivo para a disputa das competições de primeiro semestre (seja por quem vem e por quem fica ainda), já podemos ter uma idéia do que o novo comandante E. Moreira prepara.
 
Edinho, "agora gremista", comemorando seu gol com muito fervor!

Ter encarado o fraco Lageadense neste Domingo justifica a ofensividade do time. Não teria lógica o técnico gremista utilizar as partidas do Estadual como teste, ousando única e exclusivamente por conta da fragilidade de seus adversários. Na minha opinião, esta não será a formação ainda, mas o encaixamento defensivo está sendo trabalhado. Penso que ele está aprimorando o negócio com três volantes, não três atacantes.
Por que?
Barcos e Kleber Gladiador na frente com Maxi no banco, ou o uruguaio na função de meia-atacante bem aberto com um dos dois antes citados na reserva. Alguém sai para a entrada de um distribuidor de jogadas nesta formação.
Maxi é um jogador mais agudo, de carregar a bola, arrematar de longa distância, driblar, fazer “1x2”, abrir pelo lado, enfim... o gringo, como dissemos antes, é um meia-atacante, não um meia clássico. Os outros três meio-campistas, nenhum deles, pode fazer a função de organizar na meia cancha. Sem Elano, eu acredito que E. Moreira vai pedir aos seus diretores que renovem o contrato de Zé Roberto. Mesmo carregando quarenta anos nas costas, seu profissionalismo e toda sua devoção religiosa lhe afastam dos “prazeres da vida”, tão usufruídos pela boleiragem. Sem vida noturna e cachaça prejudicando o seu rendimento, ele serve para a posição.
Uma goleada que dá moral, tranquilidade e respaldo ao grupo. Certo é que o time perdeu um leque de opções em relação ao ano passado, por isso estou surpreso pelo volume no esquema com três volantes. 4 x 0 saiu barato!
 
Grêmio "sobrou" em campo!

Mas repito: Lageadense não é parâmetro! O Grêmio “deve” abdicar de Maxi ou um dos atacantes para ter em campo um articulador de ofício. Se abrir mão de um dos volantes a defesa ficará sobrecarregada em partidas mais complicadas. Os laterais sobem muito e não são exímios marcadores. O que não dá é pegar uma Libertadores sem um armador no meio!!!

Pitacos:
- Marcelo Grohe voltou para o segundo tempo com a camisa 12;
- Normal para quem estava acostumado com a reserva;
- Quando foi exigido, mostrou segurança e confiança;
- A torcida se mostra ao lado dele... isso ajuda muito;
- Parte da crônica especializada entende que trocar Souza por Rhodolfo é um erro;
- Edinho estreou fazendo gol;
- Comemorou muito com a camisa Tricolor;
- Como já disse aqui no Blog, boleiro não torce pra ninguém e só joga para si mesmo;
- O time “B” do Grêmio volta a campo na próxima rodada;
- Planejamento inteligente da direção. Preparar o time principal em jogos pra valer "apenas" no fim de semana diminuindo consideravelmente as possibilidades de desgaste e lesão;
- Aylon, de novo ele;
- O garoto Colorado já faz sombra para os jogadores da equipe de cima;
- Clemer comemorou mais uma vitória, Inter 100% no Gauchão;
- Cláudio Winck é bom;
- Mas só vira opção para o elenco principal porque a lateral é uma função carente no grupo;
- Está mal fisicamente, precisa ganhar massa (força) e aprimorar sua marcação;
- A primeira obrigação do lateral é marcar, depois atacar;
- O tal Murilo, que havia comentado aqui, ganhou uma chance de titular ontem;
- Foi bem o garoto, mas precisa evoluir muito ainda;
- Scocco deve deixar o Inter nesta semana em definitivo;
- Com as equipes “B” em campo, as partidas da dupla Gre-Nal são equilibradas no Gauchão;
- Mas a superioridade dos times principais extrapola os olhos da gente;
- Por isso uma vitória ou qualquer ponto que um time do interior conquistado em cima das forças “A” de Inter e Grêmio deve ser motivo de muita comemoração.

Saudações Coloradas
Imagens: Portal Globo.com

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Caro Rafael,

    Permita que eu discorde um pouco de você em relação ao time e ao esquema tático do Grêmio. O Riveros tem um bom toque de bola, e até chega de surpresa no ataque. Mas não pode ser ele o homem da terceira ou segunda função no meio campo, só com o Zé o Maxi na articulação. O Enderson tem o Alan Ruiz, tem Jean Derretti, tem Biteco, e é um absurdo ele não colocar esses garotos para ganhar ritmo de jogo nesse estadual.
    Parece que ele vai preparar o time com três volantes para a Libertadores, o que é muito discutível. Queríamos novidade na parte tática, não cópia do esquema tático do Renato.
    Concordo que o Maxi talvez não seja um jogador de meio campo tradicional, daí a minha tese de que ele poderia funcionar como um segundo atacante, aquele jogador que parte do meio para o ataque.
    Mas para isso, Enderson vai ter que ter coragem de deixar Kleber ou Barcos no banco, algo que ele não terá peito para fazer.

    Essa formação com três volantes não me agrada. Pode ter dado certo contra o fraco Aimoré, mas em outras circunstâncias, pode não funcionar. Cadê a novidade tática do treinador?
    A maioria dos treinadores tem medo de perder o emprego, e a primeira providência a ser tomada, para não ser surpreendido diante de times desconhecidos, e encher o time de volantes. Enderson me parece mais um desse tipo.

    Sobre o Edinho, para nós torcedores foi mais uma absurda contratação; para o jogador, talvez, seja mais um desafio na carreira, no sentido de querer provar que é ainda capaz de mostrar mais futebol mesmo que no maior rival do Internacional, no qual ele se consagrou.
    Se isso for verdade, tomara que ele consiga nos convencer e fazer uma grande temporada pelo Grêmio, já que agora, querendo ou não, teremos que aturá-lo.
    A sua vinda para o Grêmio talvez tenha sido uma forma de repúdio ou uma certa mágoa com o Internacional, que fechou as portas para o seu retorno. Se for assim, se o jogador tiver mesmo com gana e com vontade de mostrar serviço, tomara que ele tenha sorte com a camisa tricolor.

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  3. Amigo FJC:

    A opção encontrada por Enderson tem um reflexo direto na marcação pelos lados de campo do teu time. Pará e Wendel, pelo que conheço de ambos, não são exímios marcadores. Em uma Libertadores os adversários vão jogar fechados contra o Tricolor, chuveirando e aplicando contra-ataques o tempo inteiro. É natural que ele adiante a marcação um pouco e se resguarde com a cobertura nas subidas destes alas. Vai abrir o time "apenas" na medida do necessário.

    Renato NÃO estava errado, tanto que pegou esse time mal na tabela e foi vice-campeão.

    Realmente o comandante gremista terá uma bronca pela frente! Quem vai sentar para o meia (possivelmente Zé Roberto) jogar? Eu acredito que ele barre o Maxi, mesmo tendo sido o melhor jogador em campo contra o Aimoré, um xodó do torcedor.

    "Se" o novo treinador quiser "ousar", vai sacar um volante jogando com dois meias, um mais enfiado e outro articulador mais recuado. Barcos ficaria centralizado para Kleber variar pelos lados de campo. "Coragem" para escalar uma defesa simples com dois volantes e dois zagueiros acompanhados por laterais naturalmente mais ofensivistas, ao menos eu no seu lugar, não teria!

    Uma equipe se começa montada de trás para frente, não o contrário. A base sólida é esquematizada para os caras da frente resolver o problema! Meio a zero é goleada em Libertadores... quando um atacante erra, beleza, interfere no padrão de jogo mas nem tanto. Quando a falha vem de trás, tudo por cair por água. Um gol à favor do adversário tem MUITO peso.

    Não temos peças no futebol brasileiro para montar esquadrões a exemplo do Barcelona e do Bayern para rodar a bola e marcar na frente o tempo inteiro, sufocando quem vier pela frente. Portanto, trabalhar estas alternativas é providencial. Isso é conhecer a realidade, o contexto ao qual está engajado.

    Quanto aos guris, acho que o Enderson está segurando para não queimar. Ele já foi treinador de base há muito tempo e tenho certeza que isso pesou na hora de sua contratação pelo Grêmio. A direção confia na habilidade dele em entender o momento certo de lançar uma jóia da base em definitivo. Mas concordo contigo... cancha e confiança se pega jogando!

    Saudações Coloradas

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  4. Sim, concordo com a maior parte do teu comentário! Apenas uma ressalva em relação ao Pará. No meu modo de ver, ele é mais marcador que um lateral ofensivo. Quanto ao Wendell concordo contigo, talvez seja um jogador mais "atirado" para o ataque, o que desguarnece o setor esquerdo.
    O que não posso aceitar, enquanto torcedor, é essa ideia de jogar com três volantes no time titular, e deixar quatro armadores sem ritmo de jogo, sem chance para atuar.
    Biteco está no time principal a três anos; Jean Deretti, a dois; Maxi, a um ano, só jogou quando o Riveros e o Vargas serviam a seleção de seu país.
    Quanto ao argentino, ainda é cedo para avaliar. Todo mundo tem medo que ele tenha o mesmo destino do Bertoglio, o qual vivia machucado, porém quando estava bem, não era escalado.
    Eu não consigo entender a lógica de mantê-los no elenco de cima, nem no time titular, nem entrando no segundo tempo; nem no time B, junto com os guris da Sub 20.

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  5. FJC:

    Em relação ao Biteco e ao Deretti, concordo contigo! Cancha e experiência se pega jogando. O problema é que uma escalação gira em torno da confiança. Raramente um treinador deixa um cara mais rodado no banco. Isso porque ele confia mais em quem tem mais cancha. Na verdade, os garotos precisam ganhar a confiança do novo comandante! Treinador não vai se preocupar em promover garotos criando um problema para si. De que adianta dar oportunidade aos guris, tirar o medalhão que tende a resolver, não fazer os resultados e perder o emprego?

    Vai pra campo quem RESOLVE seu problema no jogo... ponto!

    É uma nova filosofia, implantou-se um jeito diferente de pensar futebol no Grêmio. Com base nisso os meninos tem de ser inteligentes, agarrar a oportunidade que vier, deixando o treinador tranquilo quanto sua condição de peça no seu grupo.

    Com relação ao Maxi, assim como muitos, o atleta não chegou 100% em Porto Alegre. Aos poucos foi ganhando forma, recuperando ritmo e tudo que precisa para jogar em alto nível. É difícil alguém vir de fora para cá na ponta dos cascos e, mesmo assim, o atleta sofre com a adaptação. Muda muito de um país para outro: forma de jogar, critérios de arbitragem, ambiente, enfim... logo, precisa paciência.

    Vou dar o exemplo do Inter: Scocco não teve paciência consigo mesmo. Faltou também dar moral pro cara que se sentiu desprestigiado. Jogador precisa estar bem e se sentir feliz para render o suficiente.

    Já Forlán não teve jeito. Pra jogar no Inter ele precisaria se enquadrar na maneira como os técnicos que lhe treinaram no período. Não conseguiu adaptar-se a nenhum deles. Culpa de quem? Dos dois! Um por não ter tirado o melhor do atleta e o atleta por não ter tido a competência de ser útil no que lhe pediram. Depois de tanto "migué" e convocações que prejudicavam a sequencia, melhor mesmo foi rescindir.

    Outro exemplo de "paciência" foi D'Alessandro. Quanto tempo levou pra ele render no Inter? E por aí vai...

    Com Maxi as coisas estão caminhando corretamente, ao meu ver. Mas os gremistas precisam de paciência (algo que está faltando e que prejudicou o Clube nossos últimos anos - a pressão por títulos passa o limite do tolerável). De repente os garotos Biteco e Deretti realmente estejam sendo furtados da condição de jogar mais, mas a coisa NUNCA é tão simples como pensamos.

    Saudações Coloradas

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  6. Como já escrevi, eu não discordo do teu comentário. Só penso que, para ser bem sucedido no tricolor, o Enderson precisa fazer algo diferente nesse time.
    E me parece que o treinador foi contratado para acatar as decisões da diretoria. Para que um time B no gauchão, se tem os reservas do time principal?
    Não sei quem inventou essa ideia de se ter três times no início de temporada. Aqui no Paraná, Coxa e Atletico fazem o mesmo.
    O Atletico ainda se justifica pelo fato de disputar a Libertadores. Mas e o Coxa? Por que está preservando seus supostos titulares?
    Para fugir do Z4 no Brasileirão?

    Quanto ao Grêmio, se ele continuar com a ideia de três volantes, mais dois centroavantes, obterá sucesso contra o Aimoré, não contra equipes mais qualificadas. Com Edinho, Ramiro e Riveros, não dá; ele precisa encontrar outro jogador na terceira função.
    O quarto jogador de meio campo pode ser o Zé ou o Maxi, tudo bem! O problema está na terceira função! Se nenhum dos três - Deretti, Biteco e Alan Ruiz - pode exercer o papel de marcar e sair para o jogo, então ele que exija que a direção busque outro jogador multifuncional, para o setor de meio campo.

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  7. Como já escrevi, eu não discordo do teu comentário. Só penso que, para ser bem sucedido no tricolor, o Enderson precisa fazer algo diferente nesse time.

    EU ENTENDI... MAS PARA SER "BEM SUCEDIDO" ELE PRECISA DE RESULTADOS. O ENDERSON PODE ESCALAR 6 VOLANTES E, SE FOR CAMPEÃO, SERÁ OVACIONADO!

    E me parece que o treinador foi contratado para acatar as decisões da diretoria.

    CONCORDO... MAS TODO TÉCNICO É FUNCIONÁRIO DO CLUBE. SUA AUTONOMIA É LIMITADA AO GRUPO QUE A DIREÇÃO LHE COLOCA À DISPOSIÇÃO. QUANDO O TREINADOR É MEDALHÃO (MAIS CARO) O CARA EXIGE, METE BRONCA. MAS NÃO É ISSO QUE O GRÊMIO QUER NESSE MOMENTO. AO MENOS, É O QUE ME PARECE.

    Para que um time B no gauchão, se tem os reservas do time principal?

    OS RESERVAS ENTRARAM EM FÉRIAS JUNTOS COM OS TITULARES. UMA COISA É O TIME, OUTRA O GRUPO. LOGO, A PREPARAÇÃO DE UM ACOMPANHA DO OUTRO.

    Não sei quem inventou essa ideia de se ter três times no início de temporada. Aqui no Paraná, Coxa e Atletico fazem o mesmo.
    O Atletico ainda se justifica pelo fato de disputar a Libertadores. Mas e o Coxa? Por que está preservando seus supostos titulares?
    Para fugir do Z4 no Brasileirão?

    EU CONCORDO MUITO CONTIGO! O ATLÉTICO-PR OBTEVE UM RELATIVO SUCESSO NO BRASILEIRÃO COM UM GRUPO BARATO, JUSTIFICANDO O ÊXITO PELA BOA PRÉ-TEMPORADA. O QUE NINGUÉM FALA É QUE V. MANCINI ASSUMIU O TIME NA BEIRA DA DEGOLA. PRÉ-TEMPORADA É IMPORTANTE, MAS O QUE GANHA JOGO É QUALIDADE EM CAMPO. O TREINADOR DE SUCESSO É AQUELE QUE CONSEGUE FAZER O MELHOR POSSÍVEL COM O GRUPO QUE TEM. POR ISSO, CONDICIONO A MAIOR PARCELA DE RESPONSABILIDADE PELA "MUDANÇA" NO FURACÃO EM 2013 AO TRABALHO DO TÉCNICO.

    Quanto ao Grêmio, se ele continuar com a ideia de três volantes, mais dois centroavantes, obterá sucesso contra o Aimoré, não contra equipes mais qualificadas. Com Edinho, Ramiro e Riveros, não dá;

    AÍ DEPENDE... ESSA TRINCA DE VOLANTES, REALMENTE, FICA COMPLICADO, CONTUDO EM HAVENDO GENTE DE MAIS QUALIDADE ALI NO LUGAR DESSES, A HISTÓRIA PODE SER DIFERENTE.

    ele precisa encontrar outro jogador na terceira função.

    NÃO VEJO ALGUÉM NO GRUPO DO GRÊMIO "HOJE" PARA ISSO. A MENOS QUE ABDIQUE DOS TRÊS VOLANTES, JOGANDO COM DOIS MEIAS E DOIS ATACANTES.

    O quarto jogador de meio campo pode ser o Zé ou o Maxi, tudo bem! O problema está na terceira função! Se nenhum dos três - Deretti, Biteco e Alan Ruiz - pode exercer o papel de marcar e sair para o jogo, então ele que exija que a direção busque outro jogador multifuncional, para o setor de meio campo.

    CONCORDO! PORÉM EU AINDA ACHO QUE O ENDERSON NÃO QUER QUEIMAR OS GURIS. ELE PRECISA PEGAR CONFIANÇA NELES. POR ISSO EU REPITO: O GREMISTA PRECISA DE PACIÊNCIA!!!

    Saudações Coloradas

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  8. Veja bem, não sou totalmente contra um sistema com três volantes, mas que não seja um esquema do tipo Renato de 2013, que era ineficiente no ataque, com Kleber e Barcos.
    Uma das soluções, no meu modo de ver, já que não é possível abdicar de um meio campo marcador, seria a saída do Kleber, e jogar numa linha de 3 volantes, o velho Zé, o Maxi como um segundo atacante.
    O time que estreeou tem força na marcação, bom toque de bola, mas não tem jogadores de drible, de posse de bola.
    Um meio de campo com Edinho, Ramiro, Souza, Zé Roberto; Maxi; e Barcos, seria o ideal, a meu ver.

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  9. Concordo FJC... na verdade estamos falando a mesma língua, mas de um jeito diferente!

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