segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um desastre completo!

Tropeço em Pernambuco pode custar caro ao Inter
 
A sequência de vitórias do Colorado foi quebrada neste final de semana. O time perdeu a liderança e com um jogo a mais seu aproveitamento em pontos conquistados caiu para 60%, ficando atrás de Botafogo e Coritiba, ambos com 63,33%.
Os três pontos perdidos ontem valem os mesmos conquistados em cima do Fluminense ou do São Paulo fora de casa. Quem tira dos grandes para dar aos pequenos é Robin Hood, então que esta equipe saiba ser melhor que adversários menos tradicionais daqui em diante, impondo um futebol convincente para ter alguma chance de levantar este caneco. Ponto é ponto, todos valem o mesmo!!! O respeito pelas partidas precisa ser igual em todos os confrontos.
Um jogo que começou lento, sem objetividade de parte a parte. Depois de atuar duas vezes por semana no último mês, o Internacional sentiu o calor de Recife, acentuado pelas longas viagens realizadas no período. Um cansaço agudo, uma equipe apática em campo. Mesmo assim, com quase 65% de posse de bola na primeira etapa, parecia que o time gaúcho venceria ao natural.
A falta de objetividade continuou no segundo tempo. A dependência do futebol de D’Alessandro e das investidas em L. Damião, ausentes ontem, ficou ainda mais claro. Dunga resolveu mudar, sacando Alan Patrick e R. Moura que deram lugar a Dátolo e Caio, respectivamente.
O time ganhou em volume, mas se abriu! Os gols do Náutico vieram e o Inter não teve forças para reagir. Final, 3 x 0.
Ficou evidente que os comandados por Dunga achavam que poderiam vencer o lanterna da competição na hora que quisessem. A falta de humildade, apesar do cansaço, foi a pior das demonstrações que vi nos últimos tempos no Colorado. Parecia aquele fatídigo jogo contra o Mazembe, guardado as devidas proporções, com toquinhos de lado, falta de vibração e lentidão exacerbada. 
 
Resultado lamentável, uma exibição para esquecer!

O Náutico respeitou demais o Inter e quando saiu pro jogo guardou três fácil. Saiu barato porque se o Timbu tivesse melhor sorte nas finalizações, a goleada seria maior.
 
Setores:
 
- DEFESA: A única coisa que se salvou foi a dupla de zaga. Juan e R. Alves foram razoavelmente bem no Domingo. Ednei foi muito mal, tendo melhorado “um pouco” com a entrada de Dátolo. Kleber esteve abaixo, tendo sentido claramente a sequência. Muriel não teve culpa nos gols, mas saiu totalmente errado em um lance, tendo sido salvo por Ednei que tirou a bola em cima da linha e, em outro momento, R. Alves tomou a frente do atacante, mas o goleiro demorou demais para sair. Dois lances de indecisão que poderiam ter custado ainda mais caro.
- MEIA: Horrível... Josimar pecou em lances simples; Willians foi responsável direto pelo segundo gol do Náutico; Alan Patrick não buscou o jogo, se omitiu quase todo o tempo e perdeu uma chance de ouro neste setor que terá uma grande concorrência daqui em diante. Fez um bom passe no primeiro tempo, desperdiçado pelos atacantes – e só! J. Henrique até que foi voluntarioso, mas pouco rendeu no geral.
- ATAQUE: Forlán sentiu a sequencia de partidas e, assim como Kleber, não é mais um menino. O que parecia “preguiça” pode ter sido cansaço mesmo. R. Moura não tem condições de vestir a camisa do Inter! Apesar da falta de sequencia, um centro-avante que não ganha uma dos zagueiros, perde todas as antecipações e sequer consegue dominar uma bola sem tropeçar, precisa ser reavaliado. Além de tudo isso, quando o confronto estava 0 x 0, o cara tenta dominar uma bola cara a cara com R. Berna, lance que qualquer atacante arremata de primeira – mesmo de canela – que poderia ter mudado a história da partida.
- SUBSTITUTOS: Dátolo entrou bem, ao menos se apresentou pro jogo, coisa que Alan Patrick não fazia. Caio tentava fazer a parede, se movimentou e também deu uma dinâmica interessante, mas o chuveirinho utilizado dali em diante lhe anulou totalmente. Maike quase não pegou na bola, entrou no fim. Fica difícil criticar.
- TÉCNICO: Dunga acertou nas substituições. Cabe a ele fazer o que está fazendo, ou seja, enaltecer o adversário pela vitória conquistada. Mas internamente a cobrança tem de ser forte. Quem quer ser campeão não pode perder pontos para o Náutico, ainda mais jogando como jogou.
 
Pitacos:
 
- Grande vitória do Grêmio. O time de R. Portaluppi chega com moral para o Gre-Nal;
- Já havia anunciado aqui, o ciclo de Abel no Fluminense já encerrou desde a eliminação na Libertadores e ele deve ser demitido ainda hoje;
- Alex do Coxa é o cara deste Brasileirão até agora;
- O Cruzeiro venceu os reservas do Atlético-MG e é o novo líder. Um grande time que se candidata ao título ainda mais;
- Juninho Pernambucano deu a estabilidade que o Vasco precisava e, sendo mantida esta pegada, o time não é mais candidato evidente ao rebaixamento;
- O Botafogo perdeu inúmeras chances de matar o Flamengo ainda na primeira etapa. O futebol é cruel às vezes! Empate no clássico carioca com um golzinho salvador de Elias no fim.
 
Saudações Coloradas
 
Imagem: Globo.com

4 comentários:

  1. Rafael,

    Não posso opinar com mais detalhes sobre o jogo do Recife porque não o assisti, mas pelos comentários ouvidos e pelo placar posso chegar à conclusão que foi mais um resultado atípico, com as características coloradas do "apagão geral" que identificam os grandes tropeços na vida do time vermelho de PA. O que deve ter sinalizado aos torcedores, que esta derrota logo após a sequência de vitórias foi para evidenciar a dependência do time do "Cabeçon" e que a venda do Damião vai enfraquecer muito o poder ofensivo colorado!
    Time que tem poder para, e quer ser campeão, não pode levar "chocolate" de lanterna em hipótese nenhuma!
    Parece que está pegando a sina gremista de perder pontos prá times muito inferiores, que depois fazem muita falta no "frigir dos ovos"!

    Pelo lado tricolor, posso declarar que é uma grata surpresa o bom futebol do garoto Ramiro, que pela segunda vez deixa um atacante na cara do gol com um passe perfeito! O Alex Teles também vem se firmando a cada dia! E a atitude coletiva, do time como equipe, principalmente no segundo tempo também foi um fator positivo, que demonstrou que há uma margem de evolução crescente a cada partida, desde que o "professor" Renato não brinque de Professor Pardal e não fique inventando fórmulas "inovadoras" de futebol!
    E realmente "deu" pro Abelão no Flu, agora vamos ver quem vai assumir esta vaga e se conseguirá manter o nível do ano passado neste Brasileirão!
    Eu ia falar da arbitragem, mas a vitória gremista foi tão clara que nem o juiz pode mudar o resultado final. Fica prá outra ocasião!

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  2. Meus amigos, o mais importante para ganhar o difícil brasileirão de pontos corridos, é o ELENCO. Pois bem, o Inter até que tem um time titular razoável. O problema é que dos 31 jogadores do elenco, temos 4 goleiros, 5 juniores (Alan, jackson, Romário, Mayke, Otavinho), 11 imprestáveis (Gabriel, Igor, Airton, Helder, Airton, Dátolo, Ednei, Vitor Junior, Caio, Rafael Moura e Josimar), 2 que não estrearam (Alex e Scocco), sobrando somente 9 jogadores consideráveis úteis e produtivos, e ainda destes 9, eu contestaria o Alan Patrick, Kléber, Indio e Forlan. Então sobrariam 6 jogadores considerados bons, Muriel, Ruan, Ronaldo Alves, Fabrício, Williams, D'Ale e Damião. Seguindo meu raciocínio, quando 3 destes 6 considerados bons, não atuarem, como neste jogo contra o Náutico, será vexame na certa.
    Não temos elenco, temos um bando de enganadores, mesclados com 6 peças úteis, que por mais que façam, são muito prejudicados pelos inúteis.
    A chegada do Alex pode melhorar o time, é grande jogador, com pegada, boa marcação e forte na bola parada.
    O Scocco é outro Mirales, Vargas ou Martinuccio escolham vocês o perna de pau de sua preferência para compará-lo. São grandes jogadores de times pequenos, acostumados á um salário de 30 mil por mês, quando vem para o Brasil, seu salário automaticamente vai para 300 ou 400 mil, deixando os caras loucos e sem condições psicológicas de desempenhar um bom futebol, isto tudo aliado á pressão, por em seus times, serem as estrelas e aqui terem que buscar seus espaços e mostrar futebol imediatamente devido ao grande investimento feito neles.
    Uma limpeza geral no elenco colorado é urgente. Dunga esta tirando leite de pedra, até quando?

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Um time de futebol deve ser avaliado em sua coletividade, e não em suas individualidades. Ao que me parece, os colegas estão preocupados com o desempenho técnico e individual dos atletas.
    O critério que o Acioli usa para avaliar, hoje, os jogadores do Inter continua o mesmo que ele usava com relação ao Jô, por exemplo!
    Por que, com a camisa do Inter, ele parecia um imprestável? E por que, com a camisa do Atlético, ele foi uma das peças fundamentais do primeiro título da Libertadores?
    A resposta não está na individualidade em si, ou na questão técnica de se analisar se o Jô é um bom jogador, mas no grupo, no coletivo, no qual ele fez parte e teve um desempenho bom.
    Inter e Grêmio foram campeões de grandes competições, e a maioria dos jogadores não eram considerados craques, ou excepcionais. Boa parte desses profissionais eram comprometidos com um grupo, lutando por uma causa em comum!
    Quando os atletas, mesmo que sejam grandes jogadores, colocam causas pessoais acima do grupo ou da coletividade, os resultados não são tão satisfatórios e não aparecem tão cedo.

    O Renato terá que fazer uma escolha nesse time. Kleber voltou a jogar bem, e ao que parece, o homem gol não vai com a cara do chileno, talvez, o exemplo de jogador que joga para si. Vargas não me parece jogador de grupo. O que ele fez em Criciúma não é digno de ser um atleta que joga para o time.
    Na escolha de três entre quatro estrangeiros (Barcos, Vargas, Maxi Rodrigues e Riveros), pode sobrar justamente para ele. O problema é o seguinte, por mais, que esteja mal, por mais seja questionado, seria muita coragem do treinador não o relacionar sequer para o banco de reservas, pois além do Mamute, o Grêmio não tem atacantes com essa característica, a não ser que o Guilherme Biteco jogue mais adiantado, então o tricolor teria os dois novatos, Biteco e Mamute para o banco, o que seria muito pouco.
    Será necessário contratar mais um jogador experiente, caso o Grêmio queira se desfazer do jogador do Napoli. Taticamente, o uruguaio Maxi Rodrigues agradou Renato Portaluppi que não gostaria de tirá-lo do time.
    Vamos ver como ele vai resolver esse problema, já que, hoje, como treinador, Renato sabe que o que mais vale é o grupo e não individualidade ou a vaidade um único jogador.
    De qualquer maneira, o mais coerente, é um banco de reserva para o chileno, já que por enquanto, os italianos não exigem seu retorno.

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