O óbvio!
- BRASIL: Podemos dizer que Felipão conseguiu extrair 75% do potencial deste time na primeira fase, mesmo assim, estamos aquém dos principais selecionados do planeta. O fator “casa” vai pesar e está pesando a nosso favor, equilibrando um pouco mais as coisas. Este período de treinamentos que antecedeu o início da competição e os amistosos diante Inglaterra e França foram fundamentais.
Aspectos positivos até agora: Destaco Luiz Gustavo e Neymar.
Aspectos negativos até agora: O lado esquerdo defensivo e Oscar.
- ESPANHA: Sem sombra de dúvida o time a ser batido. Toque de bola envolvente, craques no meio campo e uma superioridade espantosa. Um time que não inventa, joga fácil e marca sobre pressão no campo de ataque. Favorito a conquistar caneco jogando futsal no campo de grama com onze jogadores.
Aspectos positivos até agora: Xavi, Iniesta, Jordi Alba, um timaço!
Aspectos negativos até agora: O revezamento no gol mostra a maior fragilidade de um setor do time em que seu técnico não encontra um titular absoluto para a vaga.
- ITÁLIA: Tradicionalmente não faz boas apresentações em fase de grupos e cresce no mata-mata. Apesar disso, a ausência de Balotelli e a dependência das aspirações de Pirlo tornam a Azurra presa fácil para a Espanha. Será um grande clássico europeu em solo brasileiro, mas não acredito que a seleção italiana consiga triunfar diante à Fúria nas semifinais, surpreendendo a todos.
Aspectos positivos até agora: Destaco Balotelli e Pirlo.
Aspectos negativos até agora: A defesa inteira... incluindo Buffon.
- URUGUAI: Está longe, muito longe daquele time semifinalista do último Mundial. A defesa não renovou e o time depende muito das aspirações do trio ofensivo Forlán, Suárez e Cavani. O colorado Forlán, inclusive não é nem sombra do melhor jogador da última Copa do Mundo. O Brasil deve passar pela Celeste, dificultado pela garra tradicionalmente apresentada em campo por nossos vizinhos do extremo sul.
Aspectos positivos até agora: Destaco Cavani e Suárez. A garra uruguaia não pode ser esquecida também.
Aspectos negativos até agora: Falta de combate na meia, saída de bola lenta e a fase ruim do bom goleiro Muslera. Forlán precisa mostrar a que veio também, apesar de ter recebido uma única oportunidade e praticamente não ter conseguido tocar na bola contra a Espanha.
- MÉXICO: Tem mais time que o Uruguai, mas devido o sorteio das chaves acabou no grupo mais forte. Mesmo assim, esperava mais do time mexicano. Chicharito e G. dos Santos comandam as ações, mas faltou imposição de seleção que quer um espaço dentre os “grandes” do cenário internacional.
Aspectos positivos: Destaco Chicharito e G. dos Santos.
Aspectos negativos: O respeito excessivo contra Brasil e Itália que custou duas derrotas. Em minha opinião, deveria ter acreditado ser possível e por isso o bom futebol rolou só contra o Japão, mas aí já não valia mais nada.
- NIGÉRIA: Os times africanos como um todo pagam muito caro por sua inocência tática. A falta de tranqüilidade para concluir algumas jogadas aparentemente fáceis também atrapalha muito. Se o campeão africano ainda está neste padrão, não creio que qualquer seleção de lá venha medir forças em busca do título Mundial do ano que vem.
Aspectos positivos: Velocidade, força física e a ousadia de, ao menos, tentar vencer seus jogos.
Aspectos negativos: Fragilidade defensiva, inocência tática e afobação na conclusão das jogadas.
- JAPÃO: Um verdadeiro fiasco! Três derrotas em três jogos. Honestamente eu esperava mais da seleção japonesa. Apenas contra a Itália o time apresentou aquilo que pode repetir na Copa do Mundo, mesmo assim, ser melhor dentro de campo demanda experiência e inteligência para fazer o resultado positivo.
Aspectos positivos: Destaco Kagawa e a aplicação tática do time.
Aspectos negativos: O receio do treinador em buscar as vitórias, falta de malandragem e a omissão excessiva dos homens com um pouco mais de qualidade para construir um resultado melhor.
- TAITI: Time amador que veio fazer turismo no Brasil. Ganhou a torcida graças a uma simpatia ímpar. Como campeão da Oceania tem o direito adquirido de participar da Copa das Confederações, mas acaba diminuindo em muito o nível da competição. Como a Austrália disputa as eliminatórias na Ásia, sugiro uma “repescagem” entre o campeão continental e a seleção do país dos cangurus para ver quem representa aquele continente na próxima Copa das Confederações. A qualidade técnica agradece.
Aspectos positivos: Tudo que fez fora de campo. Um exemplo de simplicidade e carisma. Muito “marrento” da bola deveria olhar para esses caras e aprender um pouco com eles.
Aspectos negativos: Tudo apresentado dentro de campo.
Saudações Coloradas
Eu quero muito que o Brasil passe do Uruguai, para que jogue contra a Espanha. Creio que este será o teste da seleção de Felipão, para sabermos até onde este time pode chegar.
ResponderExcluirQuando se quer saber o que um time pode render, é preciso jogar contra os melhores. Não que Itália, Uruguai e México sejam desprezíveis, mas me parece que hoje, ainda, a seleção brasileira é mais transpiração que qualidade. E todos sabemos, que não dá para jogar com a corda esticada sempre.
De qualquer forma, o time mostra algo que tinha com Dunga também. VONTADE. Coisa que Mano não conseguiu dar em nenhum momento.
Qto a Espanha, puts, eu assisto os jogos e tenho vontade de dar uma voadeira na TV, de tão chato e metódico é o jogo deles. Mas não há de se negar, é algo que dá muito certo. E com 9 jogadores do mesmo clube, facilita um monte.
Grande Ramão!
ResponderExcluirEm relação aos testes, digo pra você com absoluta certeza que, mesmo rendendo uns 75% do possível, é difícil qualquer seleção do Mundo nos vencer em casa. O que não significa que venceríamos todos também, por isso existe empate e decisões por pênaltis (Itália 1990 que o diga). Exceção de regra é a Espanha que é favorita inclusive no nosso país.
Quanto à vontade, sou categórico em te dizer que Felipão está colhendo os frutos plantados por Mano, tal qual foi em relação à Luxemburgo/Leão que lhe antecederam em 2002. Ambos passaram por processo de renovação e Felipão comeu o Filé Mignon.
Vontade em campo é uma coisa relativa... Felipão é um cara malandro, traz pra si os caras que podem resolver o problema na frente, cobrando (turrão mesmo) com os operários do meio para trás como comandados para entrar em campo em busca de um prato de comida. Lembra dele apostando em Ronaldo quando todos duvidavam dele na Copa da Koreia/Japão? Ele é um motivador habilidoso, conhecedor destas coisas, fazendo os caras correr por ele e pelo grupo. Scolari fecha com os caras e os caras fecham com ele. Não conseguiu isso no Chelsea e no retorno ao Palmeiras.
Voltando à Espanha, já disse e repito! O time deles marcam no campo de ataque. Fechar em meia linha com os laterais recuados, roubando a bola em dois toques para lançar Neymar que precisa jogar bem aberto pelo lado esquerdo. O problema é que Marcelo guarda pouco a posição e Daniel Alves não é um grande marcador.
Saudações Coloradas