
Começou a Libertadores. Fiquei revezando entre assistir Grêmio x Liverpol e Tolima x Corinthians, nas duas quartas.
Entre Grêmio e Liverpool aconteceu o esperado. Sim, pois o time do RS capaz das maiores conquistas, mas também de alguns vexames históricos é o Inter. Então, apesar das dificuldades do Grêmio contra o time semi-amador do Uruguai até a expulsão, deu a lógica.
Mas a grande surpresa foi o Tolima. Não pelo simbolismo que significa desclassificar o Corinthians (que só é forte no Brasil, com a ajuda da CBF), mas pelo futebol organizado apresentado. Conhecemos o bom toque de bola peculiar dos times colombianos, mas na maioria das vezes infrutífero (assim como era o Inter em 2010), e que acabava em chutões pro gol quase do meio de campo.
Mas este time, nos dois jogos que vi, é um pouco diferente. Extremamente organizado táticamente, com boa técnica e muito boa mecânica de jogo, que em nenhum momento se afobou e abandonou a forma de jogo imposta pelo treinador, mesmo quando pressionado ou precisando sair pro jogo. Além disso, praticamente não perde jogando em casa. A cidade é pequena, o campo é ruim, e o estádio é um caldeirão.
Vou esperar a fase de grupos, mas acho que o Tolima não será apenas um mero coadjuvante nesta Libertadores. Acho pequenas as chances, mas podemos ter aí um novo “Once Caldas”.
Olho no Tolima !
Boa Ramão, ontem à noite eu estava pensando nisso, neste toque de bola rápido e refinado dos colombianos, além de históricamente eles virem pra cima sem muito compromisso ou medo. Agora eles vão para o grupo da morte, junto com Cruzeiro e Estudiantes, duvido muito que passem, pois o seu maior trunfo era o fator surpresa, que agora não mais jogará ao seu lado.
ResponderExcluirSobre o jogo do Grêmio, o Liverpool não era tão fraco como se esperava, apesar de uma folha de pagamento que não passa dos 250.000.00, o time Uruguaio jogou muito bem, e me lembrou do time do Cerro do Uruguai ano passado quando enfrentou o Inter e proporcionou muitas dificuldades para o nosso colorado. Se por um lado o Liverpool, surpreendeu positivamente, já o Grêmio, apesar da classificação, não empolgou ninguém, não é mais nem sombra daquele Grêmio brilhante do fim do campeonato brasileiro de 2010. Perdeu-se aquele toque rápido de bola, que toda hora com velocidade estava na área do adversário. Paulão virou lançador, e o tricolor ficou esperando faltas perto da área para usar seu famoso jogo aéreo, o que deu certo, no jogo de ida, e no gol de empate ontem. Muito pouco, para as pretenções do time gaúcho na competição, embora tenha caído no grupo mais fraco, tem muito à que se melhorar, e a fragilidade dos adversários nesta fase, talvez dê uma falsa impressão de que o time está bem, o que ao meu ver pode tornar-se uma armadilha.
Pode ser que o Tolima seja a grande sensação. Mas a história do Corínthians na Libertadores todos já conhecem. Na hora "H", os times brasileiros e argentinos com mais tradição chegam para disputar o título.
ResponderExcluirO Inter, Santos e Fluminense são os Top's. Os Argentinos - Velez, Estudiantes e Independiente - pela competência peculiar, também são dignos de respeito. O que vier por fora, é surpresa, mesmo o tricolor gaúcho.
Mas é certo que o Grêmio não ficar assim. E é óbvio que a saída de Jonas mudou tudo. O ataque funcionava em torno dele. Se vier o Escudero ou outro bom atacante, o problema vai estar resolvido. Vinícius Pacheco é uma surpresa boa. Todo mundo reclamou dessa contratação, inclusive eu. Mas é bom lembrar que muitos renomados treinadores gostam desse atleta. Luxemburgo, inclusive, o queria de volta no Flamengo. A indicação foi de Renato; VP tem mesmo que fazer gols.
Acho (de novo o achismo) que se vier Escudero o time estará arrumado e pode surpreender. Mas antes, Renato tem que arrumar a defesa, e é simples: Rodolfo tem que ser titular.
Ele já pensa em devolver o Lúcio para a lateral esquerda, firmar o Mário Fernandes na direita e adiantar o Gabriel para meia cancha. Se o argentino vier, Douglas e Escudero se revezam municiando o ataque com André Lima. Coloca um bom atacante aí e o time está pronto.
Ramão,
ResponderExcluirEste time colombiano lembrou o Mazembe pela rapidez na saída pra contraatacar, e pela tranquilidade na posse de bola. Só que, como bem falou o Acioli, perderam agora a arma da surpresa que foi muito bem aproveitada pelos africanos no Mundial, já que era um único jogo para matar ou morrer. E também o Corinthians não é nem sombra do Inter de Abhu Dabi.
Quanto ao Grêmio, nunca vai haver jogo fácil, como nunca houve, mesmo nos áureos tempos. Mas com alguns ajustes teremos um time com o mínimo de competência para chegar às últimas fases da LA. Com Borges em forma, Escudero, Rodolfo e VP se entrosando, teremos um time com qualidade, mas teremos ainda carência de peças de reposição, afinal a temporada é longa.
É só manter o que temos aí no grupo principal, desligar ou trocar os Leandros da vida por reservas que possa desempenhar bem quando chamados, e estaremos prontos para mais uma batalha.
Saudações gremistas.
Daí eu pergunto... teriamos nós "piorado" ou o futebol de fora "melhorado"? Mazembe e Tolima protagonizaram dois dos maiores fiascos da história do futebol brasileiro em menos de dois meses. Lembro que até pouco tempo, nossa Seleção sequer perdia um jogo nas Eliminatórias e só metia goleada, porém, desde aquela derrota pra Bolívia quando conquistávamos a vaga para a Copa de 94, isso passou a ser uma constante nesta competição. Era goleada atrás de goleada, mas tudo mudou, tudo se nivelou. Dizem que isso se deve a globalização e ao profissionalismo do futebol em alguns países sem muita tradição. Tem quem diga que o "filé mignon" latino-americano não está por aqui, e sim na Europa, motivo pelo qual os resultados estão mais difíceis em jogos internacionais. Mas em 2006, se me lembro bem, tanto o jogo semi-final quanto o finaldo Mundial de Clubes foram difíceis e não houve tamanho disparate entre um jogo e outro. E então? Nós que não sabemos perder ou eles que aprenderam ganhar? Saudações Coloradas
ResponderExcluirRafael
ResponderExcluirEu acho que isso se deve principalmente a ida de treinadores desconhecidos brasileiros e europeus para estes países, que conseguiram implantar uma filosofia tática, eum um futebol de muita força e razoável para boa técnica.
Ramão,
ResponderExcluirSome-se a isso o fato de o futebol atual ser composto em até 80% de preparo físico, o restante divide-se em tática, técnica e até de erros de arbitragem, ou sorte. Mesmo aqui no Brasil, tem muitos cabeças de bagre que bem preparados físicamente estão jogando em clubes de primeira divisão. Mesmo os pseudo craques que não se dedicam ao trabalho mais pesado do dia a dia e gostam das baladas, penam para se manter com boas performances, o que vira até exemplo pra gurizada que está começando a destacar-se na profissão. E todo mundo já aprendeu que não existe time invencível, e como todo esporte, treino é o que resolve as dificuldades técnicas, com muito treino e preparo físico qualquer meia boca tem desempenho acima da média.
Saudações gremistas.
Pode ser que nossa seleção tenha enfrentado mais dificuldades, mas os confrontos contra os times sulamericanos sempre foi pedreira. Não quero menosprezar ninguém, mas antigamente não havia segurança nos Estádios pela América do Sul a fora. A FIFA não tinha uma fiscalização rígida sobre os problemas "intra e extra-campo", digamos assim.
ResponderExcluirDifícil dizer se melhoramos ou pioramos. Talvez, os outros países tenham melhorarado e nivelaram as coisas. Sobre o Tolima, Vejo que os colombianos sempre jogaram desse jeito. Não vejo nenhuma novidade. O Grêmio já foi eliminado duas vezes, salvo engano, por times colombianos. Em 97, na semifinal contra o América, e em 2003, pelo Independente.