domingo, 30 de janeiro de 2011

O Grêmio dos gringos e os gringos do Inter!


A fórmula de sucesso daquele Tricolor com Arce e Rivarola mesclado com jogadores brasileiros campeões da América em 95 é inconteste, tal qual foi o Colorado do ano passado levantando a Taça Libertadores com uma penca de estrangeiros sulamericanos no grupo.


Mas e a torcida?


O pioneirismo gremista no país com torcidas de barra foi seguida pelos vermelhos do Beira-Rio. Podemos dizer, sem dúvida alguma, que o Rio Grande do Sul se tornou, ao menos no futebol, o palco castelhano de bola porteña de nosso país.


Vejo que no Grêmio, esta mudança de comportamento é mais natural e parte das arquibancadas mesmo. No Inter, é algo institucional em se tratando de formação de grupo e, também, na administração do Clube. Falo isso por que sou de uma época em que a Raça Gremista e a Torcida Jovem, exemplos típicos de organizadas de estilo bem brasileiro de torcer, dominavam as arquibancadas do Grêmio. No Inter, quem comandava a festa era a Camisa 12 e a Super Fico.


Pois é, agora temos a Geral e a Popular... tudo mudou muito!


Eis o motivo de minha dúvida: É meio esquisito ver uma aceitação MUITO MAIOR no Grêmio quanto a esta absorção da cultura estrangeira (porteña) e a inércia da Direção não buscando atletas sulamericanos para compor seu elenco. No Inter, ainda se sente uma certa "restrição" nesta ordem, mas nada que se estenda aos jogadores, muito bem recebidos por aqui inclusive. Mas que há um certo "entorce de nariz" por parte de muita gente no Gigante sobre este jeito "argentino" de ser... isso existe mesmo.


Gringos são mais encrenqueiros e meio arrogantes, é verdade, mas são menos malandros em relação aos seus compromissos, se machucam menos e economicamente são mais viáveis. Por esse e pelos motivos que expliquei antes é que não compreendo a falta de jogadores desta estirpe no time gremista que está na Libertadores.


Ah, hoje tem Gre-Nal... no Uruguai!


De fato, é o clássico mais "gringo" do país, dentro e fora de campo.


Saudações Coloradas

sábado, 22 de janeiro de 2011

Descaso total!


Havíamos postado um texto aqui no Blog intitutaldo "Vai começar o Gauchão". Falávamos da expectativa, de nostalgia e tudo mais que se relaciona ao Estadual que estava por começar, principalmente no sentido de explorar a importância que a competição tem.


No Inter, até em função de direitos trabalhistas que garantem um período de férias aos jogadores, é perfeitamente compreensível a escalação do Sub-23 para o início dos trabalhos. Além disso, a garotada arrebentou em 2010 e nada mais justo do que oferecer uma oportunidade... mas pelo campeonato inteiro?


Sou terminantemente contra preparar o time para a Libertadores com o mesmo planejamento do Mundial do ano passado! Errar é humano, mas persistir em equívocos é burrice. A falta de combatitividade dentro de campo e o desdenho no Brasileirão ao longo dos meses que antecederam a estreia nos Emirados Árabes, foram determinantes para a precoce eliminação do Colorado no torneio.


Mais uma vez, o Inter ascena no mesmo sentido, abdicando de "cancha" pelo Estadual em detrimento de preservações de atletas e avaliações técnicas. Tomara que eu esteja errado, mas tenho muito receio que o Clube pagará caro por esta opção, prolongando muito a oportunidade de o time pegar ritmo de jogo. Esta atitude vai na contra-mão daquilo que seu concorrentes na competição continental estão fazendo.


Estariam todos errados e somento o Inter certo?


Celso Roth colocou "panos quentes" nas críticas e, em uma entrevista coletiva, ascenando no sentido de usar o time em alguns jogos.


AMISTOSO NÃO É JOGO E ENTRAR EM CAMPO PELO ESTADUAL DESCOMPROMISSADO COM O TÍTULO "PODE" SE REVERTER CONTRA O PRÓPRIO INTER!!! Este filme eu já vi... reitero e repito, tomara que eu esteja errado.


Saudações Coloradas

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Campanha: Deputados, doem seu aumento para as vítimas do Rio


Caros amigos do Blog. Sei que o espaço não foi criado para isso, mas solicito a permissão para divulgar uma idéia que tive. Gostaria que vocês enviassem este texto a algum repórter conhecido. Pode ser que não dê em nada, mas quem sabe alguém compra a idéia. Talvez insistindo, algum deles fique pelo menos constrangido.

Caro Paulo Santana.
Apesar de não gostar de suas provocações quanto ao Inter, sou leitor de sua coluna diariamente, pois tu expõe questões do nosso cotidiano que normalmente passam batidas, e que acabam sempre tendo repercussão.
Pois bem. Duas coisas me abalaram neste final de 2010/início 2011. A primeira, o vergonhoso aumento dado a si mesmo pelos deputados e senadores e o efeito cascata gerado, e a segunda, a tragéria no Rio de Janeiro.
Os números estão aí postos todos os dias na TVs, rádios e sites, do impacto nos cofres referente ao aumento, e do número de mortos e desabrigados na tragédia carioca. O Governo do Rio estima em aproximadamente 2 bilhões de reais para a reconstrução das cidades atingidas. Enquanto isso, só o aumento dos deputados federais e senadores acarretará um custo anual de mais de 100 milhões aos cofres. Pois fiquei pensando em uma maneira de deixar estes políticos pelo menos envergonhados, e um pouco comprometidos.
Porque não lançarmos uma campanha, para que deputados e senadores doem 1 ano do seu aumento para as obras de reconstrução das cidades abaladas pela tragédia ??? Só 1 ano. Vemos pessoas comuns se sacrificando, fazendo doações de todos os tipos, voluntários, pessoas que deixam de comer para dividir com os necessitados, no mais puro ato de solidariedade e patriotismo. E nesta hora, o que fazem nossos representantes ? Não está na hora de mostrar um pouco de patriotismo e a solidariedade também ? Com certeza isto não faria falta aos seus bolsos. Veja bem: Com 100 milhões de reais, daria para se construir 4000 casas populares ao custo de 25 mil cada !!!!! Se não me engano, o número de desabrigados gira em torno de 25 mil pessoas, levando em conta que cada casa abrigaria 4 ou 5 pessoas, quase supriria a necessidade.
Mas isso precisaria ter voz em um canhão midiático, como tu, tua coluna e tuas participações no rádio e tv. Quem sabe algum deputado envergonhado ou comprometido não compra a idéia, e pelo menos lança o projeto ? Mas isso precisaria ter marcação cerrada da mídia.
O que achas da idéia ? Gostaria que me respondesse, mesmo que fosse contrário.
Abraço
Ramão R. Corso
Taquara-RS

domingo, 16 de janeiro de 2011

Muda o ano, muda o presidente, mas o planejamento fracasado não muda.

Olá amigos do Boleiro Gaúcho. Após um "longo e tenebroso" dezembro e início de janeiro, volto a postar.

Depois de passada a porrada diante do Mazembe, acompanhando mais um rompante de arrogância gremista na novela Ronaldinho, e aguardando alguma posição ou definição da direção colorada, criei coragem de postar novamente. E, amigos colorados e gremistas, as notícias do Internacional não são novas, mas nem por isso deixam de ser ruins.Roth continua, não há até agora nenhuma contratação, as finanças não andam bem. Bem, até aí suportável.

Mas no dia da estréia do Inter B no gauchão, que as notícias anunciam um fracasso anunciado:

1º - Hoje pela manhã, ouvindo a Rádio Gaúcha, ouço do novo vice de futebol do Inter, Roberto Siegman, que o Inter B disputará TODO O GAUCHÃO. Excepcionalmente, o time principal jogará 1 ou 2 partidas, se assim achar necesário Celso Roth para adquirir entrosamento. Quando ouvi isso, deu vontade de demolir o meu rádio. Mas será que o Inter não aprendeu com o fiasco em Abu Dhabi ? Será que passado 1 mês já esqueceu, ou será que pensam que o fiasco foi simplesmente resultado do azar ?????? Até na escolinha de futebol amador de Riozinho, onde me primo treina, sabe-se que SÓ SE ADQUIRE ENTROSAMENTO JO-GAN-DO!! Em todos os outros times no Brasil é assim, mas só no Inter que não. As bonecas não podem se cansar, pois podem se machucar............(mas por favor, na casa do Índio só copo de plástico de agora em diante, ok ?) Então, o Inter vai tentar adquirir entrosamento em meio a Libertadores. Novamente, guardarão futebol na gaveta, e tentarão encontrar.......é dose. Alguém imagina o que ocorrerá ? Mas se não bastasse isso................

2º Durante o jogo do Inter B contra o Cruzeiro, vem a notícia: O Inter B deverá utilizar o mesmo esquema tático do time principal. Bem, não precisei procurar outra explicação para a derrota. Lembram de um time que de outubro a dezembro girou, girou, girou a bola de um lado para o outro, ciscou, ciscou, ciscou e não chutava a gol, não fazia gol em ninguém ????? Pois é.....O time B (desfalcado, ok) foi isso aí. Aquele time que ganhou o brasileiro sub-23 e uma outra taça aí, e que jogava muito bem, virou uma gororoba igual ao time principal de dezembro. 3 volantes, um meia, um atacante recuado para a meia, e o coitado do centroavante tendo que vir buscar jogo no meio campo. Tudo por causa de uma exigência idiota de Roth (que não deveria mais estar no Inter) de manter seu esquema também nos times abaio do principal, e que a mais de 3 meses já não vinha mais dando certo, e NÃO DARÁ CERTO, pois não tem mais as mesmas peças (jogadores).

Enfim, é desanimador o início de 2011 do Internacional. Lembram de um outro post que fiz ano passado as vésperas do mundial ?? Pois é. Como falei naquela vez..........espero estar errado, e ser apenas um idiota desconfiado.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Vai começar o Gauchão!


A principal competição organizada pela Federação Gaúcha de Futebol começa neste fim de semana. Por uma questão óbvia, Inter e Grêmio entram como francos favoritos, até porque raramente uma equipe do interior surpreendeu ao longo desses anos.


O Estadual no Rio Grande do Sul e nos demais estados do país já constituíram o que havia de mais importante no futebol. Depois de várias temporadas e com a valorização de campeonatos nacionais e internacionais, concomitantemente com a criação de outros torneios pela CBF e Conmebol, o calendário ficou apertado. Os times começaram priorizar tudo, menos os Regionais e disputa-lo se tornou um “problema”.


Com exceção do Campeonato Carioca que, por uma questão cultural local, todo o “glamour” de um Estadual caiu por água. Aqui no Rio Grande do Sul não foi diferente. Apelidado de ruralito nos anos 90, levar a taça pra casa se tornou algo sem muita importância para a dupla Gre-Nal.


Depois da aplicação do “novo modelo” de Brasileirão em pontos corridos e a consequente supressão do Gauchão, disputado em dois meses e algumas semanas, terminado antes do começo do Campeonato Nacional, as coisas mudaram um pouco. Tratado como uma pré-temporada de luxo, ganha-lo voltou a ser algo relevante, muito mais por conta da rivalidade regional do que por qualquer outra coisa.


Para o interior, é uma baita festa! Justamente por isso, mantê-lo ainda é importante e muito viável. O futebol como um todo PRECISA de um fortalecimento e dividi-lo sem manter um de seus mais tradicionais campeonatos, termina com a maneira mais eficiente de levar os grandes Clubes do país aos centros com menos recursos, mas tão apaixonados pela principal modalidade esportiva do Brasil, assim como nas Capitais.


Não se trata de uma questão “social” e sim do futuro de nosso futebol. As equipes do interior são muito tradicionais e não coexistirem, nem que sejam por dois meses, com a dupla Gre-Nal, faz com que estes times continuem motivados em permanecer com suas atividades.


Mas e você? Qual a sua opinião sobre os campeonatos Estaduais???


Saudações Coloradas

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Renato, Ronaldinho e o Fla


Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer aos meus amigos colorados, que FJC não só está muito lúcido, como também tem um pensamento diferente e oposto a maioria dos gremistas, que por ora repudiam Ronaldinho Gaúcho, como traidor e mercenário.
Refiro-me à crítica de meu amigo Adolino, que me repudiou por ter afirmado que Odone representava 70% dos riograndenses.
Confesso que exagerei um pouco. São apenas 60%, considerando todos os sulistas e os gremistas pelo Brasil à fora. Os outros 10% se referem aqueles torcedores colorados, não fanáticos, que até torcem para o futebol gaúcho, acima de tudo. Talvez até chegássemos aos 70%. Mas deixemos nossas rivalidades à parte, e voltemos a discutir sobre os nossos grandes craques, revelados no Estádio Olímpico. Dois deles em pauta: os cidadãos Ronaldo Assis Moreira e Renato Portaluppi.
Só para termos uma ideia a respeito da hipocrisia, Renato Portaluppi também já foi considerado um traidor e um mercenário, na década de 80.
Talvez os gremistas desse blog se lembrem, como a saída dele do Grêmio para o Flamengo, em 87, foi polêmica e conturbada. No final dos anos 80, Renato fazia juras de amor eterno ao Flamengo, se dizendo ter um coração rubro negro. Até hoje, no sotaque, ele nem parece ser um gaúcho de Guaporé.
Hoje ele está maduro e virou homem. Mas o nosso Renatão também já foi considerado um traidor. E de vez em quando ele foge para o Rio. Quem é que não gosta de praia e belas mulheres?

http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1381334-7824-EM+O+JEITO+DE+SER+E+DE+VIVER+DE+RENATO+GAUCHO,00.html

A torcida gremista, sobretudo a mais jovem, é insana. O que Ronaldinho faz agora pode ser comparado ao que fez Renato no passado. Assim como Renato, Ronaldinho Assis, apenas quer curtir uma boa praia, belas marias-chuteiras, pagode, churrasco, com a camisa do mengão.
A única diferença é que Renatão nos deu um Mundial em Tóquio. No mais, a hipocrisia é a mesma. Daqui a dois ou três anos, ele poderá voltar ao Estádio Olímpico como ídolo e vamos esquecer o passado. O sentimento e a psicologia das massas depende do momento e das circunstâncias. Todos nós somos um pouco hipócritas nesse sentido.
Por último, eu queria discutir aqui com vocês nesse blog, se toda essa polêmica envolvendo a falta de hombridade e de dignidade de Ronaldinho e Assis com os gremistas, não nos leva a reflexão sobre a decisão de Dunga na Copa da África, ao não relacioná-lo. Será que o ex-colorado não estava certo em não levá-lo para o grupo? Será que faria alguma diferença, se fizesse parte da equipe que fracassou na África do Sul?
É claro que nesse momento, não adianta mais discutirmos sobre o que já passou. Mas não esqueçam que uma das marcas negativas de Dunga, em sua passagem pela Seleção Brasileira, foi a não convocação de Ronaldinho Gaúcho para a Copa de 2010. Além do mais, pode ser que Mano Menezes tenha o mesmo problema pela frente, na preparação para Copa de 2014: entre optar pela renovação ou trazer um craque veterano, o qual ainda deixa dúvidas sobre o seu desempenho dentro de um grupo. Claro, tudo isso vai depender das suas atuações com a camisa do Flamengo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Será?


Dizer "eu avisei" agora, soa como muito oportunismo, mas tudo indica que aquele comentário registrado por mim em um dos textos aqui do Blog, retratou a mais pura verdade.


Ouvi a entrevista completa do Presidente Odone, li tudo que o Assis falou para o Coimbra da Zero Hora e me convenci definitivamente daquilo que eu já desconfiava, ou seja, o Ronaldinho não vai para time algum por clubismos e sentimentalismos, e sim, para quem abrir a mão, pagar a conta e oferecer mais vantagens. Não apenas ele é assim, mas qualquer jogador de futebol tem este perfil!!!


Porém, tem duas outras coisas que ainda me deixam muito intrigado: Primeiro de tudo, como o Assis brinda uma contratação sem um veredicto definitivo do Milan e, ao mesmo tempo, permite que o negócio seja fechado com um dos Clubes que menos cumprem suas obrigações no futebol brasileiro? Sim, porque levantar os recursos para quitar a rescisão com o time italiano seja bem possível e alcançável, mas cumprir o contrato com o jogador daqui para frente, como será? Quantos abandonaram ou processam o Flamengo (até os dois ao mesmo tempo) por falta de pagamentos, atrasos de salários, etc?


Bom, o presidente Andrés Sanches deu um verdadeiro show de marketing com o seu Ronaldo, quitando metade de uma dívida astronômica que girava, há dois anos atrás, em torno de meio bilhão de reais. Além disso, já estreiou um novo e moderníssimo CT e "parece" estar conseguindo realizar o sonho de seu torcedor, construindo um estádio próprio, tudo com recursos levantados pós chegada do "fenômeno" no Corinthians. Sem contar que trouxe para casa os canecos do Paulistão e da Copa do Brasil.


A presidente Patrícia Amorim assumiu no fim do contrato de Adriano, mas passou "bons bocados" com a chegada e a saída de Zico, com o caso Bruno e com uma temporada dentro de campo muito ruim em 2010. Então, vamos ver se o "time da mídia" do Rio de Janeiro repete o sucesso do "time da mídia" paulista, com sua versão de Ronaldo no elenco.


Isso já teve muita reviravolta, mas fica registrado aqui que o presidente Paulo Odone foi muito inocente neste frustrante episódeo. Macaco-velho como ele é, NÃO poderia permitir um vexame deste tamanho, gerando uma frustração destas proporções. Envolver sentimentalismos com boleiro é primário, pra não dizer amador. Tratar de um negócio deste tamanho e destas proporções sem se ater "única e exclusivamente" às questões de mercado, é quase como acreditar em Papai Noel.


Por fim, em menos de um mês tivemos os brindes mais bizarros da história do futebol gaúcho. O primeiro no Beira-Rio, antes da partida do elenco rumo ao Mundial e, o segundo, da contratação de Ronaldinho com seu agente Assis, sentados à mesa.


Trágico... pra não dizer cômico!


Saudações Coloradas

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Na contramão da maioria


Enquanto os grandes Clubes de futebol no Brasil especulam contratações, nada se vê a respeito disso no Inter. Percebe-se que o assédio sobre medalhões como Adriano, Ronaldinho Gaúcho, dentre outros, movimentam a imprensa nacional que aponta reais possibilidades deles voltarem ao futebol nacional, sem contar as inúmeras reportagens na Imprensa tratando de negociações dos mais diversos tipos, envolvendo os mais diversos nomes.

Mas no Inter, nada...

O único discurso que se ouviu da nova Diretoria Colorada até agora é de que “chegou a hora dos garotos”. Muito se falou em renovação após o fatídico episódio do Mundial, mas nem o comando técnico sofreu alterações, quem dirá o grupo de jogadores.

Concluo desta forma, que a direção do Clube está satisfeita não apenas com o atual elenco, mas também vê com bons olhos os “frutos” advindos da base e que estará a disposição nesta temporada.

Honestamente, em início de ano, torcedor assim como eu sempre espera uma novidade, algo que renove às esperanças para as competições que chegam, contudo, tenho de concordar (pensando friamente) que o grupo Colorado está cheio de atletas, CHEIO ATÉ DEMAIS, e que não adianta pensar em uma renovação completa neste momento, e sim, numa transição de jogadores de forma lenta, que não prejudique diretamente tudo que foi construído nos últimos anos.

O baque no mês de dezembro do ano passado foi forte, não tem como negar que a torcida ficou abalada com tamanho vexame, porém, em se afastando um pouco o lado passional daquele apaixonado pelo Clube acabou por entender que não há opções de treinadores à altura do Inter disponível no mercado e que eventuais contratações HOJE devem vir para somar, porém, para SOMAR, teríamos que contratar peças melhores daquelas que já temos no grupo.

A Lei de oferta e procura funciona desta forma, ou seja, se TODO MUNDO está comprando e o produto é escasso, temos a inflação! Com este mercado da bola inflacionado, eu pergunto:

Vale à pena investir um grande capital, comprometendo todo o orçamento da Instituição para afagar o ego da torcida? Temos como trazer um medalhão ou um treinador de primeira linha sem correr o risco de gastar mais do que podemos? Não seria REALMENTE a hora de dispensar alguns, promovendo outros de uma base historicamente reveladora de talentos e que ganha tudo nas competições realizadas no Brasil e fora dele?

Derepente posso estar errado, mas não quero um Inter grande numa temporada e decadente na outra! Foi a responsabilidade financeira e a organização administrativa que nos colocaram no patamar que estamos hoje. O sentimento de torcida deve estar com a torcida, ou seja, nossos dirigentes devem trabalhar em nosso Clube do coração despregado do amadorismo, trabalhando nos bastidores como profissionais “racionais” e não como torcedores movidos pelo sentimento.

Vida longa aos garotos e boa sorte ao nosso Presidente Luigi!

Saudações Coloradas

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ética e hipocrisia





A reflexão é inerente ao ser humano. Mais para uns, menos para outros. Portanto, quando falamos em ética, nos referimos aos fundamentos morais que gozam de aceitação coletiva, um conjunto de normas de conduta e padrões morais.
Cada sociedade consolida e elege seu padrão moral ou ético. O que pode parecer errado para uns, pode ser normal para outros . Aí vem o segundo termo de nosso título: hipocrisia – o ato de cobrar de terceiros, condutas as quais não se crê, ou ainda, pregação de valores morais da boca para fora a fim de manter as aparências. Portanto, ética e hipocrisia se confundem na prática em qualquer ambiente.
A lógica do lucro, que submete todos os demais valores à sua planilha de curto prazo, cobra resultados que se evaporam tão logo obtidos.
A ética de fachada é hipócrita por natureza. A hipocrisia se serve da ética.
Este pequeno texto é tão somente uma introdução e um convite à reflexão dos colegas deste blog a respeito da novela Ronaldinho-Assis-Grêmio-Flamengo-Palmeiras.
No momento que escrevo estas linhas, nada está definido e o que se sabe são as especulações de praxe, dos dirigentes, cronistas e curiosos metidos a entendidos do assunto.
Os que tiverem tempo e boa vontade, acessem o link:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2010/12/leo-rabello-futebol-e-uma-mentira-o-que-o-jogador-ve-e-dinheiro.html
Aí terão uma idéia do que move o mundo da bola, por um dos principais culpados do mercado atual dos boleiros, procuradores, dirigentes e cia.
Nós meros espectadores, só entramos com a paixão e o dinheiro dos ingressos, dos impostos e das mensalidades de alguns. Vivemos de nosso salários, que nem vistos de telescópio chegam próximos aos deles, mas usamos somente uma camiseta a vida toda e nenhum dinheiro do mundo nos tira o prazer de comemorar um título ou de tocar uma flauta para o torcedor rival. Raramente vemos um caso de atleta que beija o escudo da camisa que veste por mais de dois anos, pois sempre aparece uma oportunidade e uma outra camisa para beijar, por uns trocados a mais.
Mercenários? Talvez!
Profissionais? Quem sabe?
Afinal a carreira é curta e tem que fazer o pé de meia, mas os valores atuais são infinitamente desproporcionais ao rendimento dentro dos campos, o que acaba tornando uma vida muito fácil para os deslumbrados que se tornam reféns dos empresários e “amigos”, perdendo muitas vezes a noção do certo ou errado. E o envolvimento com lados obscuros da sociedade se torna inevitável, vide caso Bruno, Adriano, Vagner Love, etc...
Vamos aguardar o desfecho desta novela para descobrir quem é vilão ou se não tem nenhum mocinho. Se o dirigente está “viajando” e iludindo a si mesmo e a torcida, se o Assis continua “alugando” a todos, se o Ronaldinho está mesmo a fim de redimir-se perante a torcida que o criou. Só espero que o final seja o melhor para a Instituição Grêmio, de tantas glórias passadas e de tantas lutas presentes.
Minha humilde opinião é só o gancho para que todos se manifestem a respeito, sei que já tivemos este assunto na pauta, mas tanta demora na decisão, acaba trazendo à tona novamente o assunto.