
A fórmula de sucesso daquele Tricolor com Arce e Rivarola mesclado com jogadores brasileiros campeões da América em 95 é inconteste, tal qual foi o Colorado do ano passado levantando a Taça Libertadores com uma penca de estrangeiros sulamericanos no grupo.
Mas e a torcida?
O pioneirismo gremista no país com torcidas de barra foi seguida pelos vermelhos do Beira-Rio. Podemos dizer, sem dúvida alguma, que o Rio Grande do Sul se tornou, ao menos no futebol, o palco castelhano de bola porteña de nosso país.
Vejo que no Grêmio, esta mudança de comportamento é mais natural e parte das arquibancadas mesmo. No Inter, é algo institucional em se tratando de formação de grupo e, também, na administração do Clube. Falo isso por que sou de uma época em que a Raça Gremista e a Torcida Jovem, exemplos típicos de organizadas de estilo bem brasileiro de torcer, dominavam as arquibancadas do Grêmio. No Inter, quem comandava a festa era a Camisa 12 e a Super Fico.
Pois é, agora temos a Geral e a Popular... tudo mudou muito!
Eis o motivo de minha dúvida: É meio esquisito ver uma aceitação MUITO MAIOR no Grêmio quanto a esta absorção da cultura estrangeira (porteña) e a inércia da Direção não buscando atletas sulamericanos para compor seu elenco. No Inter, ainda se sente uma certa "restrição" nesta ordem, mas nada que se estenda aos jogadores, muito bem recebidos por aqui inclusive. Mas que há um certo "entorce de nariz" por parte de muita gente no Gigante sobre este jeito "argentino" de ser... isso existe mesmo.
Gringos são mais encrenqueiros e meio arrogantes, é verdade, mas são menos malandros em relação aos seus compromissos, se machucam menos e economicamente são mais viáveis. Por esse e pelos motivos que expliquei antes é que não compreendo a falta de jogadores desta estirpe no time gremista que está na Libertadores.
Ah, hoje tem Gre-Nal... no Uruguai!
De fato, é o clássico mais "gringo" do país, dentro e fora de campo.
Saudações Coloradas






