segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As Tragédias da vida e As desventuras do futebol

Nesse momento difícil para o povo gaúcho e para o público brasileiro, nem gostaria de comentar sobre a tragédia em Santa Maria. No entanto, fica difícil não se pronunciar a respeito, afinal, uma tragédia dessa proporção invade os assuntos que dizem respeito ao futebol, um evento que também envolve grandes multidões, paixões, e o que mais se discute na modernidade: o planejamento urbano
O que vemos nesse momento, é muitas questões sobre quem seria o grande responsável pelo incêndio: teria sido o músico que acendeu o objeto pirotécnico? Teria sido os seguranças que não permitiram a saída? O dono do estabelecimento que não pensou na questão segurança? Os órgãos públicos – do município ou do Estado – que não fiscalizam?
O que eu tenho a dizer não é nada novo em relação ao que se vem debatendo em todo o Brasil sobre a questão da segurança, seja ele nas casas noturnas, nos estádios, nas Universidades, nas escolas, etc.
Tudo gira em torno da falta de planejamento, e na grande ambição de alguns empresários que tem em mente, em primeiro lugar, o lucro, sem se preocupar com algumas questões como a segurança das pessoas, no sentido de manter um ambiente saudável para todos.
É um momento de grande tristeza, mas fica aqui uma reflexão para todos nós que não cobramos das autoridades, seja no Estádio ou numa casa noturna, as condições adequadas do meio em que vivemos para que possamos viver e nos divertir sem riscos de morte.
Quando se vai a um show, uma balada, uma partida de futebol, seja lá o que for, pensamos no prazer do espetáculo, na música, nos artistas, nas pessoas que lá vamos encontrar, não há uma reflexão crítica das pessoas sobre o ambiente mal ventilado, a poluição e os perigos que lá podemos encontrar.
Não adianta lamentar e pensar que foi meramente uma "fatalidade", tudo isso poderia ter sido evitado; universitários ou não, é hora de mudarmos nossa postura, nossa cultura, nossa forma de pensar, e sermos mais exigentes em relação ao que queremos em nossa ambiente social, cultural, etc.
Em muitos aspectos, parece que os humanos não evoluíram, pois não sabemos conviver com os desafios e problemas comuns da vida moderna. O desastre ocorrido envolve planejamento e responsabilidade, não só das autoridades, mas das pessoas que frequentam lugares com esse, com sérios problemas que dizem respeito à saúde e à segurança. Nenhuma "mente brilhante" percebeu os defeitos e falhas de um lugar sufocado e apertado com mais de mil pessoas?
Isso serve de alerta para os clubes.  Já tivemos, por exemplo, um grande debate sobre a questão da "Avalanche" na torcida tricolor. Alguns especialistas consideram que esse gesto da torcida gremista representa um risco na estrutrura das arquibancadas. Não sei exatamente quem inventou esse tipo de comemoração na torcida do Grêmio. É bem provável que na falta do que comemorar, na falta de títulos, alguém inventou a moda em função da falta de novidades das equipes que estiveram em campo nesses últimos anos. A torcida precisava comemorar algo, nem que fosse algo criado por ela própria, já que os profissionais que representam o clube - dirigentes, comissão técnica e atletas -, não tiveram competência para tal.


Em relação ao futebol, mais especificamente, os gremistas temem mais uma tragédia (em menor teor) nas quatros linhas, no jogo de volta contra LDU pela Libertadores. Ela não teria a proporção como o B.O. em Santa Maria, mas não deixaria de ser tragédia.
Não creio que a virada vai ser coisa fácil, o Grêmio vai ter que correr muito para virar a partida e incendiar o jogo. E do jeito que estamos jogando, não será surpresa se o Grêmio encerrar sua participação nesse segundo jogo pela Pré-Libertadores.
Já vi vários jogos do Grêmio, e não entendo os que dizem que Elano e Zé Roberto mudaram a cara do time e são as peças chaves do esquema de Luxemburgo. O velho Zé, como sabemos, é um jogador de extraordinária qualidade com a bola no pé, mas não tem aquele pique e aquela força de outros tempos. Junto com o Elano, que também é outro que não tem arranque e a velocidade, o time fica lento no contragolpe. O Grêmio só consegue êxito, quando, vez ou outra, faz um gol na troca de passes, e na administração do resultado, já que ambos são bons "controladores", ou seja, são bons na posse de bola no meio campo. Muitas vezes, o Grêmio tem dificuldades no primeiro tempo quando precisa imprimir ritmo e atacar o adversário. Na pegada, na velocidade necessária para alguns jogos, nosso time é muito limitado.Troca de passe e posse de bola é nosso forte, mas falta algo mais como o poder de marcação na saída de bola, a marcação sob pressão, e a concentração nos noventas minutos, coisas que geralmente, os times de Luxemburgo não tem. Foi isso que o tornou um eterno perdedor diante do Tite e do Felipão, especialistas nesse tipo de jogo que o mata-mata precisa.

Respondendo à pergunta de meu amigo, Marcão, creio que na função de centroavante, o Kleber é superior ao boliviano e a todos os outros. Só não sei se ele voltará a ser o mesmo, depois dessas lesões. Na minha opinião, a dupla de ataque deveria ser Vargas e Kleber. O Marcelo Moreno é terceira opção, e é aquilo que a gente já sabe. É um jogador importante, um jogador de muita movimentação e de uma certa habilidade, mas não tem o faro de artilheiro muito menos o espírito guerreiro com os zagueiros do qual tanto a torcida tanto exige.
Quanto ao Lucas Coelho, ainda acho muito cedo para avaliar. Seria interessante vê-lo em partidas mais difíceis, mas Luxa tem seus "peixes", e não abre mão de seus nomes preferidos.
Tenho conversado com alguns ex-boleiros sobre o que acontece no futebol, e são muitas as revelações sobre as artimanhas nos "bastidores das quatro linhas".
Uma dessas questões, é sobre o dinheiro que rola por fora, quando o treinador tem que escolher entre um e outro atleta. Existem alguns treinadores conhecidos como "Manager do futebol" a frente dos grandes clubes. Segundo essa tese, profissionais como Luxemburgo, Celso Roth, Dunga, Carlos Alberto Parreira, entre outros, não seriam treinadores propriamente, mas administradores, responsáveis por lançar jogadores, com um cachê na contratação ou na convocação de atletas.
Daí a gente pode até pensar no porque da escolha por um Marcelo Moreno, por um William José ou por um André Lima, quando se tem no banco Lucas Coelho, um jogador com um rendimento muito próximo dos medalhões.
Não que eu considere Lucas Coelho no mesmo nível do boliviano, mas tem muitas coisas estranhas no futebol, como a opção por Alex Telles e Tony. Ora, se era para jogar com um lateral improvisado, e se o lateral que veio do Juventude não estava preparado, não seria melhor manter o Anderson Pico, dando mais tempo para o jogador recuperar a condição física?
Luxemburgo me parece um treinador impulsivo e temperamental em alguns momentos, pior que um aluno ou um jogador indisciplinado. Do alto de seu currículo, todos tendem a considerá-lo como um profissional muito coerente e racional em suas decisões, mas se analisarmos criticamente veremos muitas contradições, brigas, discussões e conflitos entre ele e os outros profissionais que fazem parte de seu meio.
Na defesa, creio que saída de Gilberto Silva se deu em parte pelo desinteresse do próprio Luxemburgo, que não pediu para a direção renovar com o veterano. O assessor já revelou que a não contratação de Lugano teve o dedo de Luxemburgo, que optou pelo Cris, e nem sequer pensou noutros nomes, como o ex-gremista Anderson Polga. A briga com o Vilson me pareceu muito mais uma decisão pessoal do treinador do que um ato de indisciplina do atleta. As seguidas contusões de Bertoglio ainda não estão bem explicadas. E por que o tricolor dispensou o jovem Biteco tão cedo, sem sequer tê-lo aproveitado na equipe B? Por que se insiste na recuperação de um jogador como Fabio Aurélio e não do Anderson Pico? Será que Jean Deretti está acima de todos eles? Por que o Vargas no lugar do Carlos Eduardo? Acaso o chileno tem muito mais qualidade que o grande jogador revelado em 2007?
Na minha percepção, o Luxemburgo é o grande responsável por essa equipe e por tudo que acontecer, seja bom ou ruim, no jogo de volta contra a LDU. Uma eliminação poderia causar uma grande crise, e até mesmo a saída do técnico, como já aconteceu nos últimos anos.
Estou muito desconfiado com o trabalho do treinador, da direção e desse time, nesse início de temporada.

domingo, 20 de janeiro de 2013

2013 para os 12 maiores do país

Uma projeção inicial da temporada

A melhor análise daquilo que o ano “promete ser” se faz no final dos estaduais. No entanto, reuni algumas informações para publicar uma opinião sobre o que os times de massa do Brasil podem esperar nesta temporada:

FLUMINENSE: Já deveria ter sido o campeão da Libertadores no ano passado. Para mim é o time que chega com mais força na competição continental. Não deve priorizar o estadual, mas não ganhando as Américas, chega como favorito nas competições que restam.

ATLÉTICO-MG: Depois de tanto tempo, o Galo Mineiro voltou a jogar e ganhar como time grande. Acho difícil conquistar a América, mas o trabalho da atual gestão deve ser coroado com um grande título neste ano. Ao menos eles merecem!

GRÊMIO: Acertou muito em levar a pré-temporada para a altitude. É a primeira vez na história que um time brasileiro pega um time tão forte nesta fase preliminar da Libertadores. O resultado vai definir quais prioridades o time segue no ano, uma grande incógnita!

SÃO PAULO: Perdeu seu principal jogador, mas contratou bem. O elenco faz do Tricolor Paulista um candidato de peso na Libertadores. Diferente do Grêmio, pega um time menos tradicional na “pré” e deve passar para fase de grupos sem dar muita bola pro Paulistão.

PALMEIRAS: Um time de Libertadores “custa caro”, mas disputar a Série B “deve ser” barato. A solução seria montar dois times no ano? Acho que não, por isso o Clube não chega forte na competição continental, mas deve sobrar na briga pelo acesso.

CORINTHIANS: Um ano de conforto e pouca cobrança. Situação que nunca existiu em Parque São Jorge. Trouxe grandes jogadores, mas acho muito difícil repetir o que fez no ano passado. Deve brigar por grandes títulos, mas não acredito que leva “neste ano” o Bi da Libertadores.

BOTAFOGO: Manteve 90% do time. Com o Fluminense focado na competição continental é o favorito para levantar a taça do Estadual. No decorrer do período, em reforçando o elenco, pode lutar de igual com os demais por um grande título em 2013, maior que o Carioca.

SANTOS: Arriscaria todas as minhas fichas no time da Vila Belmiro para a conquista do Estadual. É o único grande de São Paulo fora da Libertadores e, além disso, já é forte candidato aos maiores títulos nacionais de 2013.
 
INTERNACIONAL: Enxugou a folha e está longe do Beira-Rio. Ano de buscar uma vaga na Libertadores 2014. Creio que priorizará uma Copa (do Brasil ou Sulamericana). No Gauchão é favorito apenas com a eliminação da LDU, do contrário, não há favorito no Rio Grande do Sul.

VASCO: Um clube que se arrasta financeira e administrativamente muito antes da era Dinamite. Depois do descenso, teve o acesso, um vice-campeonato nacional e o título recente da Copa do Brasil “camuflando” as coisas. Se não mudar muito, cai de divisão no Brasileiro.

CRUZEIRO: Depois de muito tempo parece que a “gangorra da rivalidade” virou de lado e o time não emplaca uma boa campanha há três anos. Perder Montillo foi a gota d’água. Mesmo com o Atlético na Libertadores, não vejo o Cruzeiro favorito nem para a conquista do Estadual.

FLAMENGO: Igualmente no Vasco, o Clube administra uma herança maldita. Em ambos havia a impressão que o amadorismo tinha acabado, mas agora parece o contrário. Tem em seu favor um novo presidente influente no BNDES. Mesmo assim é candidato a fiasco em 2013.

Claro, tudo isso são convicções tiradas até aqui. No futebol tudo é improvável e as oscilações mudam tudo repentinamente. Lembro apenas que os resultados são consequências de erros e acertos feitos dentro e fora dos gramados. Pelo que temos, é isso que penso para o ano que se inicia.

Saudações Coloradas

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE!



                                                                          
Ainda vai levar um tempo
Pra fechar o que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você quanto pra mim
Ainda leva uma "cara"
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga e sem vontade
Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que eu te quero mal
Apenas não te quero mais

Eis uma letra que bem que poderia ser cantada por todos nós, gremistas e colorados como despedida do saudoso ano de 2012.
“Se não foi de todo ruim, também não foi tão bom assim.”
 Perfeitos os versos do grande Lulu Santos!

Nesse período de vácuo de acontecimentos e fatos relevantes dentro do mundo futebolístico, só temos para comentar os comentários dos outros, muita especulação sobre transações de atletas e muito papo furado para encher as colunas e blogs  esportivos, tais como: listas de “melhores e piores do ano”, “micos do ano”, “recordes do ano”, “rankings do ano” e “retrospectivas do ano”.
Isso se não considerarmos as previsões furadas do fim do mundo, e outras besteiras afins! Nossos videntes tão sem moral depois dessa e outras! 
Só com os jogadores envolvidos em transações que não se realizam, pode-se escalar no mínimo três times com potencial para disputar o Brasileirão 2013!
Parece que eram os pedidos dos torcedores para o Papai Noel, que não os atendeu por não terem se comportado direito durante o ano de 2012!

Se para nós gremistas foi mais um ano sem título, tivemos uma campanha de média pra boa no Brasileirão quase chegando a lutar pelo título, se não fosse uma pequena fase braba de perder pontos para times teoricamente mais fracos nas últimas rodadas! Num campeonato que marcou pela quantidade e gravidade dos erros de arbitragem, não se pode almejar um título perdendo pontos considerados fáceis para times considerados inferiores como infelizmente fizemos nessas derradeiras rodadas de 2012!                    Para compensar tivemos o prazer de ver o nascimento de mais uma maravilha tricolor, que é a Arena Grêmio com toda sua beleza e modernidade, abrindo uma nova era em matéria de estádios no Brasil, mais do que na hora!
Temos ainda o retorno do presidente mais vitorioso da existência do tricolor dos pampas, Fábio Koff que pode ser também o presidente da ressurreição da hegemonia gremista no sul, no Brasil e só Deus sabe o limite.
Agora aguardamos que esta nova diretoria trabalhe sério, e tenha como lição os erros cometidos pelas diretorias anteriores para também não cometê-los e não ter que citar os anteriores como desculpa dos seus próprios.
Que Deus lhes dê sabedoria e discernimento para fazer boas escolhas na aquisição de reforços, e competência para administrar o patrimônio e as finanças do nosso querido clube sem prejuízos a ninguém!
E se não for pedir muito, um caneco pra abrir a era Arena também seria muito bom!
Todo ano que começa, é um novo renascer de esperanças para quem não se deixa abater pelas adversidades e sabe que todo dia o sol vai nascer trazendo vida nova para todos!

Para analisar o desempenho do Inter neste ano que acabou, com a palavra os colegas colorados: Acioli (que nunca falta) Adolino, Ramão e Rafael (aí é ooouuutra história!)

Esperanças e saudações gremistas a todos!