Nesse
momento difícil para o povo gaúcho e para o público brasileiro, nem gostaria de comentar sobre a
tragédia em Santa Maria. No entanto, fica difícil não se pronunciar a respeito, afinal, uma tragédia dessa proporção invade os assuntos que dizem respeito ao futebol, um evento que também envolve grandes multidões, paixões, e o que mais se discute na modernidade: o planejamento urbano
O que
vemos nesse momento, é muitas questões sobre quem seria o grande
responsável pelo incêndio: teria sido o músico que acendeu o
objeto pirotécnico? Teria sido os seguranças que não permitiram a
saída? O dono do estabelecimento que não pensou na questão
segurança? Os órgãos públicos – do município ou do Estado –
que não fiscalizam?
O que eu
tenho a dizer não é nada novo em relação ao que se vem debatendo
em todo o Brasil sobre a questão da segurança, seja ele nas casas
noturnas, nos estádios, nas Universidades, nas escolas, etc.
Tudo gira
em torno da falta de planejamento, e na grande ambição de alguns
empresários que tem em mente, em primeiro lugar, o lucro, sem se
preocupar com algumas questões como a segurança das pessoas, no
sentido de manter um ambiente saudável para todos.
É um
momento de grande tristeza, mas fica aqui uma reflexão para todos
nós que não cobramos das autoridades, seja no Estádio ou numa casa noturna, as condições adequadas do
meio em que vivemos para que possamos viver e nos divertir sem riscos
de morte.
Quando se
vai a um show, uma balada, uma partida de futebol, seja lá o que for, pensamos no prazer do espetáculo, na música,
nos artistas, nas pessoas que lá vamos encontrar, não há uma reflexão crítica
das pessoas sobre o ambiente mal ventilado, a poluição e os perigos que lá podemos encontrar.
Não
adianta lamentar e pensar que foi meramente uma "fatalidade", tudo
isso poderia ter sido evitado; universitários ou não, é hora de
mudarmos nossa postura, nossa cultura, nossa forma de pensar, e
sermos mais exigentes em relação ao que queremos em nossa ambiente
social, cultural, etc.
Em muitos
aspectos, parece que os humanos não evoluíram, pois não sabemos
conviver com os desafios e problemas comuns da vida moderna. O desastre
ocorrido envolve planejamento e responsabilidade, não só das
autoridades, mas das pessoas que frequentam lugares com esse, com
sérios problemas que dizem respeito à saúde e à segurança.
Nenhuma "mente brilhante" percebeu os defeitos e falhas de um lugar sufocado e
apertado com mais de mil pessoas?
Isso
serve de alerta para os clubes. Já tivemos, por exemplo, um grande debate sobre a
questão da "Avalanche" na torcida tricolor. Alguns
especialistas consideram que esse gesto da torcida gremista representa um risco
na estrutrura das arquibancadas. Não sei exatamente quem inventou esse tipo de comemoração na torcida
do Grêmio. É bem provável que na falta do que comemorar, na falta
de títulos, alguém inventou a moda em função da falta
de novidades das equipes que estiveram em campo nesses últimos anos. A torcida precisava comemorar algo, nem que fosse algo criado por ela própria, já que os profissionais que representam o clube - dirigentes, comissão técnica e atletas -, não tiveram competência para tal.
Em relação ao futebol, mais especificamente, os gremistas temem mais uma tragédia (em menor teor) nas quatros linhas, no jogo de volta contra LDU pela Libertadores. Ela não teria a proporção como o B.O. em Santa Maria, mas não deixaria de ser tragédia.Não creio que a virada vai ser coisa fácil, o Grêmio vai ter que correr muito para virar a partida e incendiar o jogo. E do jeito que estamos jogando, não será surpresa se o Grêmio encerrar sua participação nesse segundo jogo pela Pré-Libertadores.
Já vi
vários jogos do Grêmio, e não entendo os que dizem que Elano e Zé
Roberto mudaram a cara do time e são as peças chaves do esquema de Luxemburgo. O velho Zé, como sabemos, é
um jogador de extraordinária qualidade com a bola no pé, mas não
tem aquele pique e aquela força de outros tempos. Junto com o Elano, que também é
outro que não tem arranque e a velocidade, o time fica lento no
contragolpe. O Grêmio só consegue êxito, quando, vez ou outra, faz um gol na
troca de passes, e na administração do resultado, já que ambos são
bons "controladores", ou seja, são bons na posse de bola
no meio campo. Muitas
vezes, o Grêmio tem dificuldades no primeiro tempo quando
precisa imprimir ritmo e atacar o adversário. Na pegada, na velocidade necessária para alguns jogos, nosso time é muito limitado.Troca de passe e posse de bola é nosso forte, mas falta algo mais como o
poder de marcação na saída de bola, a marcação sob pressão,
e a concentração nos noventas minutos, coisas que geralmente, os times de Luxemburgo não tem. Foi isso que o
tornou um eterno perdedor diante do Tite e do Felipão, especialistas
nesse tipo de jogo que o mata-mata precisa.
Respondendo à pergunta de meu amigo, Marcão, creio que
na função de centroavante, o Kleber é superior ao boliviano e a
todos os outros. Só não sei se ele voltará a ser o mesmo, depois
dessas lesões. Na minha opinião, a dupla de ataque deveria ser Vargas e
Kleber. O Marcelo Moreno é terceira opção, e é aquilo que a gente já sabe. É um
jogador importante, um jogador de muita movimentação e de uma certa
habilidade, mas não tem o faro de artilheiro muito menos o espírito
guerreiro com os zagueiros do qual tanto a torcida tanto exige.
Quanto
ao Lucas Coelho, ainda acho muito cedo para avaliar. Seria
interessante vê-lo em partidas mais difíceis, mas Luxa tem seus
"peixes", e não abre mão de seus nomes preferidos.
Tenho conversado com alguns ex-boleiros sobre o que acontece no futebol, e são muitas as revelações sobre as artimanhas nos "bastidores das quatro linhas".
Uma dessas questões, é sobre o dinheiro que rola por fora, quando o treinador tem que escolher entre um e outro atleta. Existem alguns treinadores conhecidos como "Manager do futebol" a frente dos grandes clubes. Segundo essa tese, profissionais como Luxemburgo, Celso Roth, Dunga, Carlos Alberto Parreira, entre outros, não seriam treinadores propriamente, mas administradores, responsáveis por lançar jogadores, com um cachê na contratação ou na convocação de atletas.
Daí a gente pode até pensar no porque da escolha por um Marcelo Moreno, por um William José ou por um André Lima, quando se tem no banco Lucas Coelho, um jogador com um rendimento muito próximo dos medalhões.
Não que eu considere Lucas Coelho no mesmo nível do boliviano, mas tem muitas coisas estranhas no futebol, como a opção por Alex Telles e Tony. Ora, se era para jogar com um lateral improvisado, e se o lateral que veio do Juventude não estava preparado, não seria melhor manter o Anderson Pico, dando mais tempo para o jogador recuperar a condição física?
Luxemburgo me parece um treinador impulsivo e temperamental em alguns momentos, pior que um aluno ou um jogador indisciplinado. Do alto de seu currículo, todos tendem a considerá-lo como um profissional muito coerente e racional em suas decisões, mas se analisarmos criticamente veremos muitas contradições, brigas, discussões e conflitos entre ele e os outros profissionais que fazem parte de seu meio.
Na defesa, creio que saída de Gilberto Silva se deu em parte pelo desinteresse do próprio Luxemburgo, que não pediu para a direção renovar com o veterano. O assessor já revelou que a não contratação de Lugano teve o dedo de Luxemburgo, que optou pelo Cris, e nem sequer pensou noutros nomes, como o ex-gremista Anderson Polga. A briga com o Vilson me pareceu muito mais uma decisão pessoal do treinador do que um ato de indisciplina do atleta. As seguidas contusões de Bertoglio ainda não estão bem explicadas. E por que o tricolor dispensou o jovem Biteco tão cedo, sem sequer tê-lo aproveitado na equipe B? Por que se insiste na recuperação de um jogador como Fabio Aurélio e não do Anderson Pico? Será que Jean Deretti está acima de todos eles? Por que o Vargas no lugar do Carlos Eduardo? Acaso o chileno tem muito mais qualidade que o grande jogador revelado em 2007?
Na minha percepção, o Luxemburgo é o grande responsável por essa equipe e por tudo que acontecer, seja bom ou ruim, no jogo de volta contra a LDU. Uma eliminação poderia causar uma grande crise, e até mesmo a saída do técnico, como já aconteceu nos últimos anos.
Estou muito desconfiado com o trabalho do treinador, da direção e desse time, nesse início de temporada.
Tenho conversado com alguns ex-boleiros sobre o que acontece no futebol, e são muitas as revelações sobre as artimanhas nos "bastidores das quatro linhas".
Uma dessas questões, é sobre o dinheiro que rola por fora, quando o treinador tem que escolher entre um e outro atleta. Existem alguns treinadores conhecidos como "Manager do futebol" a frente dos grandes clubes. Segundo essa tese, profissionais como Luxemburgo, Celso Roth, Dunga, Carlos Alberto Parreira, entre outros, não seriam treinadores propriamente, mas administradores, responsáveis por lançar jogadores, com um cachê na contratação ou na convocação de atletas.
Daí a gente pode até pensar no porque da escolha por um Marcelo Moreno, por um William José ou por um André Lima, quando se tem no banco Lucas Coelho, um jogador com um rendimento muito próximo dos medalhões.
Não que eu considere Lucas Coelho no mesmo nível do boliviano, mas tem muitas coisas estranhas no futebol, como a opção por Alex Telles e Tony. Ora, se era para jogar com um lateral improvisado, e se o lateral que veio do Juventude não estava preparado, não seria melhor manter o Anderson Pico, dando mais tempo para o jogador recuperar a condição física?
Luxemburgo me parece um treinador impulsivo e temperamental em alguns momentos, pior que um aluno ou um jogador indisciplinado. Do alto de seu currículo, todos tendem a considerá-lo como um profissional muito coerente e racional em suas decisões, mas se analisarmos criticamente veremos muitas contradições, brigas, discussões e conflitos entre ele e os outros profissionais que fazem parte de seu meio.
Na defesa, creio que saída de Gilberto Silva se deu em parte pelo desinteresse do próprio Luxemburgo, que não pediu para a direção renovar com o veterano. O assessor já revelou que a não contratação de Lugano teve o dedo de Luxemburgo, que optou pelo Cris, e nem sequer pensou noutros nomes, como o ex-gremista Anderson Polga. A briga com o Vilson me pareceu muito mais uma decisão pessoal do treinador do que um ato de indisciplina do atleta. As seguidas contusões de Bertoglio ainda não estão bem explicadas. E por que o tricolor dispensou o jovem Biteco tão cedo, sem sequer tê-lo aproveitado na equipe B? Por que se insiste na recuperação de um jogador como Fabio Aurélio e não do Anderson Pico? Será que Jean Deretti está acima de todos eles? Por que o Vargas no lugar do Carlos Eduardo? Acaso o chileno tem muito mais qualidade que o grande jogador revelado em 2007?
Na minha percepção, o Luxemburgo é o grande responsável por essa equipe e por tudo que acontecer, seja bom ou ruim, no jogo de volta contra a LDU. Uma eliminação poderia causar uma grande crise, e até mesmo a saída do técnico, como já aconteceu nos últimos anos.
Estou muito desconfiado com o trabalho do treinador, da direção e desse time, nesse início de temporada.



