Colorado gaúcho sofre com a falta de seu principal jogador
Com a idade batendo na porta, “El Cabezón” não é mais um
garoto. Claro, as constantes lesões musculares e a dificuldade de retomar um preparo
físico ideal tornam a presença do gringo em 100% de condições cada vez mais
raras nesta temporada. Desafio qualquer um perguntando: Dentre as principais
conquistas e melhores momentos vividos pelo Inter nos últimos anos, em quais
delas D’Alessandro estava na plena forma?
Sim, em todos! Sem ele o time caiu fora da Libertadores
deste ano mesmo com Dátolo, Leandro Damião e Oscar em campo. Não podemos dizer
também que as falhas individuais dos defensores são irrelevantes naquele episódio,
mas isso serve para exemplificar o caso com propriedade. Na derrota vexatória
diante o Mazembe e uma série de partidas sem sucesso ele até entrou em campo,
mas não jogou. Quando o meia “resolve” jogar e a parte física não atrapalha, o
Colorado é um dos melhores times do Continente. Sem ele, é apenas um dos dez
principais do país.
Desde sua chegada em 2008, D'Alessandro conquistou uma Copa Sulamericana, uma Copa Suruga Bank, uma Copa Libertadores, uma Recopa Sulamericana, três Campeonatos Gaúchos, além de ter participado da camapanha do Vice-Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2009. Foi decisivo em muitos Gre-Nais e seu primeiro gol com a camisa Colorada foi justamente em um clássico.
Seis contusões, propostas para deixar o Clube e uma série
fatores extracampo prejudicam e prejudicaram muito o rendimento de D’Alessandro
em 2012. Um substituto há altura dele no grupo não existe e a direção sabe
disso. Eventual reposição se mostra cada vez mais complicada e o mercado não
oferece alguém dentro das condições financeiras do Internacional. Pior é que hora
menos hora, ele vai voltar para o River Plate encerrar a carreira... este
momento não está muito longe de chegar.
Lembro-me da vinda do atleta tempos atrás, algo muito
semelhante com a de Forlán. Óbvio, um jogador de ponta do futebol mundial não
chega ao Brasil no fino da bola. Geralmente eles chegam em baixa, com enorme
dificuldade de adaptação, até porque se estivessem “voando”, por lá
permaneceriam.
Hoje, o Inter tem dois times: um com D’Alessandro e outro
sem ele. O primeiro é vencedor e competitivo, o segundo muito comum, sem
brilho.
Pitacos:
* O Fluminense tomou a ponta com larga vantagem e agora
dificilmente perde o título;
* Victor e Cavalieri são os dois melhores goleiros do Brasil.
O segundo também merecia uma chance na Seleção;
* Repito... o G-4 deve virar G-3! A Sulamericana tá uma baba
para Grêmio e São Paulo;
* Falando nisso, os então aspirantes ao título Vasco e
Atlético-MG já fazem contas para não sair da zona de conforto;
* O Vasco não soube repor as saídas de Rômulo e Diego Souza,
já o Galo perdeu a alegria de jogar, trocada pela angústia de vencer. A pressa
é e sempre foi inimiga da perfeição;
* Depois de o grupo ter derrubado Felipão (igual os jogadores
do Chelsea fizeram), os caras resolveram correr e o time nem deve mais
cair. Claro, a menos que alguém acredite ter Gilson Kleina o maior poder de persuasão
deste planeta;
* O Bahia não é lá essas coisas, mas a eficiência do
trabalho de Jorginho é de encher os olhos;
* O Figueira até que montou um bom time, mas os
desentendimentos políticos que estão ocorrendo no Clube desde o início do ano
estão rebaixando o time;
* A arbitragem está uma LÁSTIMA! Muitos erros definindo
resultados diretamente.
Saudações Coloradas
Foto: Site O Estadão





