terça-feira, 17 de maio de 2011

TÁ NA HORA DA GURIZADA!










Depois da rebordosa da Libertadores da América, de colocar os pés no chão e sentir que o sonho da América já era, nada melhor do que “juntar os cacos” (tá na moda esta expressão) e parar pra pensar e repensar aonde que se quer chegar!
Discutindo (no bom sentido) com o colega Adolino, ouvi dele que se deve “pensar grande pra poder ser grande!” Ok! É uma opinião pessoal dele, e acredito que muitas outras pessoas também pensem assim, o que é positivo pois que grande tédio que seria se todos pensassem da mesma forma.
Eu já penso que pra ser grande tem que crescer com naturalidade, sem forçar a natureza. Isto quer dizer que tem que planejar aonde quer se chegar, como vai se chegar e o que podemos usar pra chegar lá. O primeiro passo é o alicerce, senão como vamos construir algo sem base, sem sustentação? Uma hora ou outra acaba caindo, e dá um prejuízo muito grande começar tudo de novo.
A dupla Grenal deixou de usar o Campeonato Gaúcho, que apesar de deficitário isto não se pode negar, para o que serve: no mínimo como laboratório para formar um time base e testar possíveis substitutos para eventualidades, em competições de maior expressão e retorno financeiro.
Com elencos inchados, folhas salariais desproporcionais as arrecadações dos clubes e muita estrela pra pouco céu, as únicas coisas que crescem assustadoramente são as dívidas. Temos diretorias que erram mais do que acertam, como nossos atacantes que chutam três (ou quatro) pra acertar um chute a gol. Não podemos sobreviver ou depender pra sempre do improviso e/ou do brilho individual de um ou outro atleta num dia iluminado.
Chega de viver do acaso, dependendo de sorte e de lances ocasionais para arrancar pontinhos chorados em todas as competições que se participe.
- Vamos raciocinar por partes:
Primeiro, o que gera renda aos clubes de futebol? (Se eu esquecer de algo, por favor ajudem!)
Venda de direitos de transmissão pras TVs.
Venda de títulos sociais e mensalidades.
Venda de ingressos.
Aluguel do estádio para eventos.
Venda da marca do clube pra produtos em geral (souvenirs).
Venda de espaço publicitário no estádio, nos uniformes, etc..
E venda de atletas formados nas bases, que se bem administrada, dá lucros enormes ou no mínimo impede que o clube se endivide (equilibra as contas). Mas como tem “N” intermediários, sobra para os clubes uma merreca quando vende bem!
A mim parece que aí está o furo por onde vaza tudo o que os clubes poderiam lucrar, começa com os treinadores sem compromisso com a política administrativa dos clubes (quando o clube tem uma política administrativa), que preferem pedir reforços caros (muitos “peixes”) a usarem atletas baratos em fase de formação, pra garantirem os resultados imediatos e assegurarem seus empregos por pelo menos uma temporada. E quando o time não está bem o que é a primeira coisa que os diretores fazem? Trocam o treinador, sem muito critério (nem salarial!!!!) apenas pra se justificar com a torcida, a mídia ou com os conselheiros cornetas!
Se a cada temporada revelarem um ou dois atletas para valorizar na próxima temporada e vender, ta garantida a folha de meio ano (claro que uma folha sem exagero). Mas pra revelar um ou dois, tem que no mínimo botar uns quatro ou cinco pra jogar, mesmo que em rodízio, mas efetivamente no time titular. Claro que outros fatores podem influenciar neste processo, a mídia por exemplo! Mas é o risco do negócio, e todo o negócio tem seu risco!
Não consigo aceitar que times formadores por natureza, pois sempre forneceram e ainda fornecem atletas para as seleções de base, não dêem oportunidades aos mesmos em seus times principais, deixando no mínimo dois ou três passarem em branco para outras equipes todos os anos.
Então, “professores”: Botem a gurizada pra jogar!
Além de terem mais vontade, empenho dentro de campo são mais obedientes às ordens táticas dos treinadores, não tem a arrogância de uns e outros que se acham a última bolacha do pacote, por ter um salário muitas vezes maior que o do próprio “professor”. Um guri que não tem um bom desempenho no fundamento passe, por exemplo, basta dizer isto a ele e botá-lo pra treinar mais passe que com certeza em dois meses ele melhora muito.Agora fala pra um medalhão que ele anda errando muitos passes e o que pode acontecer? Ninguém sabe, mas com certeza ele não vai treinar com a mesma boa vontade do guri!
Agora passou a euforia de Libertadores, Mundial, etc e tal, vamos pensar um pouco na frente, preparando a base (literalmente) para o futuro.
Quantos exemplos já tivemos por aqui mesmo, sem contar Santos, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, etc.. isto sem citar os estrangeiros.
Sem mais ilusões, a realidade está aí, na nossa cara! Folhas salariais enormes e dívidas maiores ainda, ambas aumentando a cada dia e a sala de troféus não muda nada.
Vamos usar este resto de ano, preparando atletas para a próxima temporada, é só preparar o terreno e semear, a colheita vem depois em forma de títulos e retorno financeiro.
Não sou nenhum vampiro, mas acho que está na hora de sangue novo na área!
Como disse o colega no post anterior: Reciclar, iniciar novo(s) ciclo(s), reutilizar os recursos de um novo modo.
Tá na hora da gurizada!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Inter, Torcida e Direção - Hora de calar a boca e reciclar


Depois de uma noite de sono (sim, de certa forma o fiasco brasileiro de ontem me acalmou), acordei refletindo sobre a derrota do Inter, e o Clube em si.

Passou da hora de que todos nós colorados, do torcedor ao dirigente, passando pelo até pelo maqueiro, façamos uma reflexão sobre o time e o modo que estamos sendo como “torcedores”.

A humildade acabou, e isto está fazendo mal ao Inter. Tudo que mais detestamos no nosso rival, nos tornamos. Arrogantes.

O torcedor perdeu a humildade. Gauchão não serve mais. O time precisa dar show em todos os jogos. Copa Audi passa a valer mais que um Brasileiro que não conquistamos a 31 anos, somente para caçar níqueis e aparecer jogando contra os times Europeus. Antes ranking não valia nada, agora, temos posts de ranking toda a semana. O Inter goleará quando a torcida quiser, ignoramos a tradição de clubes como Peñarol que, quer queiram quer não, tem 3 Libertadores e 2 Mundiais a mais que o Inter. É preciso RESPEITAR.

As torcidas organizadas acham que são maiores que o Clube. Seus líderes, tem apenas ambições pessoais, querem aparecer pensando em si e não no clube. Atualmente querem fazer show para a TV, e não para empurrar o time em campo, e por conseqüência disso conseguiram promover um racha tornando o Beira Rio, antes um caldeirão, em uma marmita. O estádio não é mais o mesmo.

A direção, em rompantes de arrogância fala em arbitragem, fala dos pais dos árbitros, e fica a se preocupar mais com o rival que com o próprio clube. Enquanto isso, não conseguem enxergar as DEFICIÊNCIAS CLARAS do elenco colorado.


Pois bem, chegou a hora de nos reciclarmos, voltarmos a ser o Clube do Povo. Passemos a dar valor para as pequenas coisas, para depois nos satisfazermos com as grandes conquistas.

E a direção, por favor, olhe para o grupo. Temos uma zaga falha e velha. Temos meias que chutam muito pouco a gol, e LENTOS DEMAIS, que atrasam todo o jogo. E no futebol atual, VELOCIDADE E PROFUNDIDADE SÃO ESSENCIAIS ! Falta-nos o segundo atacante, e AGORA QUE TEMOS UM BAITA CENTROAVANTE, continuamos com LATERAIS RIDÍCULOS que insistem em consagrar os zagueiros levantando bolas do meio campo, não sendo capazes de ir uma vez sequer a linha de fundo e acertar um cruzamento, SEJA POR RUINDADE, OU SEJA POR PREGUIÇA.

E, talvez, ainda estejamos sem treinador também. Mas ainda vou dar um voto de confiança ao Falcão, pois pegar um time totalmente destroçado no meio de decisões como foi o caso, é complicado. O Inter só tem (teria) decisões pela frente, mesmo caso passasse pelo Peñarol. Uma hora o time iria perder e isso iria custar muito caro, como foi ontem. Mas ta na hora de parar de falar em “Barcelona” a todo momento, e jogar como Inter mesmo !


Queremos um time campeão, mas para isso precisamos voltar a ser OS TORCEDORES de 90.

domingo, 1 de maio de 2011

TEM QUE TER CORAÇÃO



É sempre a mesma história, um está numa fase boa quando está dando tudo certo, o atacante adversário chega na cara do goleiro, e a bola vai na trave ou para fora. O seu atacante chuta sem jeito, com três zagueiros na frente e a bola caprichosamente bate em alguém e desvia do goleiro e, rede!
O outro está no extremo oposto, seus atacantes perdem gols de formas incríveis, inperdíveis! Sua defesa falha de forma infantil entregando pontos que não poderiam ser perdidos, aí até alguns torcedores mais desequilibrados resolvem invadir treino e cobrar os atletas em seu local de trabalho.
Um troca de treinador e o elenco leva uma injeção de ânimo, que motiva até quem não queria mais nada com nada, fazendo todos correrem como nunca correram antes, e alguns até se curarem de lesões quase perpétuas.
O outro manda embora jogadores pedidos pelo treinador como num aviso de que ele pode ser o próximo a fazer as malas, e que leve junto todas as suas “malas”.
(É aquilo que já foi chamado aqui de gangorra da dupla Grenal. )
Está formada a mistura perfeita para iludir os mais fanáticos e definirem quem é favorito e quem é zebra num confronto direto.
Mas noventa minutos de clássico não são noventa minutos de jogo normal, não tem estatística ou bom/mau momento que defina o resultado. Um lampejo até de um cabeça-de- bagre, pode definir o resultado tanto positivo quanto negativo.
Um erro do árbitro então, além de ser fatal para um dos lados pode ser o início do fim da carreira dele.
Andando pela cidade na manhã de domingo de Grenal, quem ainda tem este prazer de morar nesta cidade que tem a honra de ter dois campeões mundiais, (infelizmente não é meu caso) já pode sentir-se um ar diferente, até os olhares são diferentes dos dias normais. E vocês acham que isto não passa para quem entra em campo? Dependendo da personalidade de cada um, isto pode afetar seu estado psicológico e até seu rendimento técnico/atlético.
Aí entra um fator que nem todos sabem usar positivamente, o coração! Aquela velha frase chavão de pôr o coração na ponta da chuteira torna-se realidade. E quem não tiver coração que vá jogar em outro estado da nação, ou em outro país, como quiser. Aqui não, Grenal só com muito coração, mesmo em casa acompanhando pela TV, radinho ou Internet, tem que ter coração. Mesmo em frangalhos com uma derrota ou estourando de alegria pela vitória!
Só quem tem sabe do que estou falando!
E decisão nos pênaltis então, haja coração!
Só posso lamentar a falta do Victor, nosso especialista em pegar penalidades máximas.
Mas acho que serviu de alerta aos colorados, que seu time taxado de infinitamente superior deixou escapar a oportunidade de carimbar este título de favorito, em casa e com um gol no mínimo duvidoso, pois depende exclusivamente da interpretação do árbitro, o que abre a discussão sempre que ocorre. E quando falo que time que quer ser campeão tem que superar inclusive erro de arbitragem, vejam só se o Viçosa pára prá reclamar do pênalti, o árbitro não daria e ele não faria o gol de empate.
A expulsão do Guiñazu é de praxe em quase todos os jogos, só depende do grau de eficiência e de coragem do árbitro de cada jogo, já falei isso aqui várias vezes.
Quanto às cobranças, acho que o Borges selou seu destino no tricolor e o Fernando deve ter aprendido que seriedade e concentração tem que ter até no intervalo em Grenal.
Parabéns colorados, cumpriram mais uma meta neste ano, a outra foi a classificação para as oitavas da LA.
Agora preparem seus corações que vem aí mais uma overdose de emoções, é Grenal prá matar cardíacos, como nos velhos tempos!