sexta-feira, 22 de abril de 2011

Quando a arte imita a vida!

Parece coisa de saudosista, mas não é! No auge de meus 29 anos de idade nem tenho ideia de como foi a passagem de Renato pelo Grêmio como jogador, muito menos a de Falcão no Inter, visto nem nascido era.


Mas quando os maiores ídolos da história destes Clubes estão prestes a se encontrar em um duelo que pode entrar para o rol de grandes confrontos, como o mais importante de todos os tempo?


O Inter do Rolo Compressor, do Campeão de Tudo e outros grandes times de sua trajetória, segundo a crítica especializada, não se compararam ao tri-campeão nacional liderado por Falcão. O mesmo digo do Tricolor de Jardel e Paulo Nunes e outras fortes equipes, em comparação àquele time de Renato Portaluppi.


Pois é... o fim da década de 70 colorada reencontra o início dos anos 80 gremista em seus dois maiores ícones, ídolos incondicionais idolatrados por seu torcedor até hoje.




De veras, seja em Gauchão, Libertadores ou Campeonato Brasileiro, o golpe de "Marketing" da dupla Gre-Nal (proposital ou não) foi de tirar o chapéu. Todos esperam que Falcão e Renato façam suas equipes jogarem por eles, defendendo as honras do Clube que defendem como nunca, em clássicos que ficariam marcados pelo encontro das gerações mais vitoriosas destes times.


Daí pergunto: O vencedor será ainda mais reverenciado do que já é? E o derrotado? Terá a sua imagem manchada por um eventual fracasso? Independentemente de qualquer coisa, eles são inatingíveis com histórias imutáveis mesmo com derrotas na qualidade de treinador?


Um vai ter que ganhar e necessariamente o outro vai perder.


Não vi Falcão jogar pelo Inter e nem Renato defender o Grêmio, mas pelo entusiasmo de jovens e antigos torcedores, creio que este ano será inesquecível, se desenhando em uma temporada repleta de Gre-Nais importantes. A maior e mais ferrenha rivalidade do mundo terá uma página especial em seu livro, destacada pelo reencontro de símbolos vivos, ao pé das quatro linhas do campo.


Claro, vou torcer pelo meu Internacional de Paulo Roberto Falcão, mas o futebol gaúcho é que sairá vencedor, revigorando algo que já é muito forte em nosso Estado.


Feliz Páscoa a todos e saudações Coloradas

quinta-feira, 7 de abril de 2011

LIBERTADORES, O SONHO DA AMÉRICA

Após a década de 80, os brasileiros acordaram para o maior Torneio de futebol da América do Sul e passaram a focar esta como meta principal no primeiro semestre em seus calendários. O que acabou refletindo negativamente nos campeonatos estaduais e até na Copa do Brasil, que sem a presença dos classificados para a Libertadores da América ficou digamos, sem todo o charme que poderia ter se nela estivessem somente os campeões de seus estados. Isto todos já sabemos, mas mesmo assim ainda continuamos acompanhando a Copa do Brasil e mesmo os desvalorizados estaduais, até mesmo em radinhos de pilha como nos velhos tempos dos grandes campeonatos estaduais que invariavelmente acabavam sendo decididos pela dupla Grenal em memoráveis clássicos, com estádios lotados e com direito a carreatas após o jogo e flauta pela semana inteira. Saudosismo? Sim, qual o problema em ter boas recordações? Hoje a Libertadores serve como desculpa para justificar os fracassos dentro e fora de campo da nossa dupla no campeonato gaúcho, o mau planejamento (ou pior, a total falta deste), o despreparo dos dirigentes nas negociações no início da temporada, e até as comissões técnicas com total falta de programação física, tática e até de logística para enfrentarem a disputa de competições simultâneas. Criticamos o (baixo) nível dos competidores tanto no Gauchão como na Libertadores da América, mas nossos times apesar do renome mundial e das imensas torcidas espalhadas pelo Brasil afora, tem apresentado muito pouco para enfrentar esse adversários sem muito pedigree. Obviamente que queríamos apresentações espetaculares com goleadas históricas e quebra de recordes de artilharia na competição, além de firmar a imagem de grandes times para o resto do mundo admirar e invejar. Mas a realidade está aí: ninguém está com esta bola toda, e nesta fase o que vale é classificar, não importa se em primeiro ou seja lá qual for o lugar, não vai mudar muita coisa . Depois é que começa a verdadeira competição, é na fase do mata-mata que vamos ver quem é quem, e quem pensa que é! Felizmente até as arbitragens tem melhorado e o fator dono da casa já não representa tanto quanto a alguns anos passados, quando vencer fora de casa era uma verdadeira operação de guerra, missão para gladiadores travestidos de futebolistas. Agora nossos atletas podem impor sua categoria e habilidade, sem temer tanto pela sua integridade física, mas sem exagerar nas firulas porque a objetividade é que decide os jogos de campeonatos, o espetáculo, o show fica pra os amistosos festivos e beneficentes. E neste exato momento acaba Grêmio 2 X 0 Junior, (na LA pra mim é goleada!) e com minha previsão se concretizando: “Tá morta essa coruja!”

Em defesa de Celso Roth

O treinador Colorado é um retranqueiro? Sim... é inegável! Ele está longe de ser uma unanimidade entre os torcedores do Inter por este e por vários outros motivos. Estretanto, NÃO SOU CEGO!


Celso Roth abdicou do 3.º volante, atuando com um 4-2-3-1, de forma mais ousada no México. O técnico pagou caro com isso, pois D'Alessandro esteve apagado em campo, Nei não acertou nada e todo o time parecia morto dentro de campo. Mas um setor em especial merece ser lembrado (pra não dizer esquecido): A DEFESA!!!


Bolívar e Índio estão irreconhecíveis. Ídolos incondicionais, multi-campeões pelo Internacional que nos davam orgulho de assistir dentro de campo defendendo a camisa vermelha, não são NEM SOMBRA do que foram.


O Índio, por exemplo, fez uma final de Mundial contra o Barcelona com o nariz quebrado, para quatro anos depois virar a b... (de costas), para um chute do atacante do Mazembe como se tivesse medinho da bola.


Velhos? Desinteressados?


Não sei. Só sei que jogador não pode jogar pelo nome que tem e precisa provar TODOS OS DIAS que merece ser titular, permanecendo no grupo.


Claro, o técnico Colorado se perde muito em suas variações. Podemos citar a substituição pré-matura do único jogador (Oscar) que poderia ter um lampejo de criatividade, tentando algo diferente, com individualidade, preferindo manter Zé Roberto em campo para sacá-lo depois. Este é o atestado de teimosia que ele insiste em assinar.


Reitero, contudo, que NÃO DÁ pra pensar em um Inter sem os três volantes enquanto aquela for a nossa dupla de zagueiros.


Saudações Coloradas