segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VAMOS "PELÁ ESSA CORUJA!"


Outro dia um adversário do Junior de Barranquilla, num gesto impensado chutou uma coruja moradora do campo local, mas bah! Foi um alvoroço até na internet, defensores dos animais, coisa e tal!! Houve até ameaça de punição ao coitado do mané ( e não era Garrincha) , mas que diabos uma coruja tá fazendo dentro de um campo de futebol durante uma partida oficial? Não tem ninguém tomando conta deste gramado?
Mas o quê que eu tô falando, se nos nossos estádios, praticamente no Brasil inteiro tem quero-quero com a toda a família dentro dos gramados? Então se cuida gurizada, quando forem jogar fiquem de olho nos bichinhos, vocês podem ser autuados até pelo Ibama.
E os cachorros então? Quantos já viraram celebridades por invadir os campos?
É, os bichos tão tomando conta do futebol, tem cada um!
Isto tudo foi só uma pausa prá relaxar da tensão que temos vivido ultimamente, com as disputas paralelas do Gauchão (embora não valha nada para alguns) e da Libertadores da América (que parece ser o objeto do desejo de todos).
Não quero cair no lugar comum de dizer que Libertadores é pedreira em cima de pedreira, coisa que todo mundo já sabe, até os corintianos já aprenderam isso da pior forma possível!
Mas felizmente torço prá um time que já ganhou este torneio duas vezes, e já decidiu outras tantas e não foi feliz (isto quer dizer perdeu!) portanto já tem uma larga experiência neste tipo de competição, mas como nem todos os jogadores têm a exata noção do nível de competitividade, fica sempre o receio da falta de empenho suficiente para arrancar as vitórias, ou até os empatezinhos necessários para chegar à decisão. Não temos o melhor time do mundo, mas acho que nunca tivemos mesmo, nem quando fomos campeões mundiais. O que não importa nem um pouco, o que interessa mesmo é trazer o caneco prá casa. Porque junto vem muita grana, projeção mundial e respeito pela mídia que só tem olhos para os “queridinhos” do centro do país.
E sabem quando eu acho que isto começa mesmo, de verdade? No dia cinco de abril, às vinte e duas horas no Estádio Olímpico, quando o Junior de Barranquilla vem prá o jogo de volta, com coruja e tudo. E com certeza e tranqüilidade, “vamo pelá essa coruja!”
Depois vem mais uma fora com o Oriente Petrolero, Mas acho que aí já vai estar definida a classificação do Grupo dois.
E que Ibama , Sociedade Protetora dos Animais, que nada! Vamos “PELÁ A CORUJA” sim senhor!
Ou alguém acha que não?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Inter x Jaguares

Peço a permissão de vocês para postar aqui o texto de Douglas Ceconello (http://impedimento.wordpress.com/2011/02/24/juarez-o-ilusionista/), que retrata exatamente o que foi o jogo de ontem, e a situação vivida por Roth no Internacional.






Juarez, O Ilusionista


Corria o início do segundo tempo, o Internacional vencia LOS FELINOS de Chiapas por 2 a 0, resultado que já garantia a liderança do grupo 6, e parcela significativa dos 26 mil colorados presente naquele Beira-Rio pela metade e com cara de Arena da Baixada vaiava de forma contundente seu treinador. Quando a conta fechou, o placar apontava 4 a 0, e parte não desprezível da torcida reclamava da atuação do time.

Pode ser difícil de acreditar, mas os colorados não estavam hipnotizados por algum xamanismo meridional, não deliravam por completo, ainda que em grande parte a DESCOMPOSTURA pública carregasse resquícios do passado recente – Mazembe, Emelec, Inter B e, sobretudo, o desprezo ao bigode.

Mas é fato que a larga goleada do Internacional pode passar a impressão de uma atuação AVASSALADORA, coisa que não aconteceu em qualquer FRAGMENTO do jogo. Pois como todo time mexicano, logo ordinário, a equipe treinada por José Guadalupe maneja a bola de um lado para o outro até provocar ânsia de vômito em quem estiver assistindo. Pouco ameaçava e quando o fazia era apenas através de disparos da intermediária, além de uma cabeçada defendida por Lauro.

Enquanto isso, a squadra rotheña observava bovinamente, resignada com aquela demonstração de improdutividade dos filhos de Guadalupe. Volta e meia, puxava um contragolpe, mas a presença de dois atacantes de referência – Cavenaghi e Damião – arrruinava qualquer possibilidade de desfecho positivo. O time todo, na verdade, era de uma TORTIDÃO perturbadora.

Mesmo que os principais destaques da primeira etapa tenham sido Bolatti e Zé Roberto, o meio-campo não conseguia se articular. Errava passes em demasia, não se aproximava. Nosso imberbe treinador colocou Guiñazu na meia-esquerda, disse que no Libertad ele atuava assim. Quando eu tinha dez anos, eu também gostava de jogar na ponta-esquerda, pois meu ídolo era EDU LIMA.

Era gritante a necessidade de sacar Mathias, recuar Bolatti e Guiñazu e colocar Andrezinho ou qualquer outro ser vivo. Mas estamos todos loucos, com olhos esbugalhados diante da lucidez anormal de Hot. Assim, apenas as bolas paradas podiam nos salvar. O volante Bolatti marcou os dois primeiros golos, o segundo após uma bela troca de passes de cabeça que passou por Índio e Cavenaghi (um coitado, correndo como BEN JOHNSON, mas no lugar errado).

Quando, no início do segundo tempo, o time vencia por 3 a 0 e a torcida APUPAVA o impávido Juarez, o Internacional apresentava um desempenho no limite do miserável, sem conseguir trocar quatro passes, medonhamente administrando o resultado, enquanto os fanfarrões da SELVA deviam ter uns 93% de posse bola.

Não fosse pelo gol de Damião, mais uma vez após cobrança de falta, o que acabou arrefecendo o ímpeto ICONOCLASTA da torcida, as coisas poderiam ficar realmente desconfortáveis para comissão técnica e diretoria. Muitos COMUNICADORES gostam de dizer que o “torcedor é passional” (na verdade, um sinônimo para “burrice”) quando querem desvalorizar qualquer manifestação das arquibancadas. Bem, a maior prova de que torcida tem senso crítico é vaiar o time quando está ganhando. Não, a torcida não desvincula resultado de desempenho.

Ao término do jogo, Oscar, que até agora não me convenceu, parece um Kaká subnutrido com púbis arriado, ainda guardou um golaço, com um petardo rasante da intermediária. Mas nessa altura até Alecsandro já estava quicando os glúteos na grande área, o que torna inviável qualquer análise derradeira.


Com a palavra, os blogueiros.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um erro justifica o outro?


Sou Fernando Carvalhista ferrenho, daqueles que apoiam TODAS as decisões de nossa Diretoria e dos "discípulos" do mais dirigente de nossa história, mesmo quando não me parecem tão acertadas assim. Mas depois da eliminação do 1.º Turno do Gauchão, me caiu os "butiá do bolso", como dizia aquele jargão gauchesco.



Agenor fechou o gol durante o jogo - Fato! Mas também é fato que ele tomou um frangasso típico de piá em início de carreira aos 37 minutos da segunda etapa em pleno Beira-Rio. Até aí, tudo bem, ócios do ofício que acontecem com um goleiro mesmo. Mas pra mim, o "inaceitável" é reverter a situação criada por aquele pênalti mal batido pelo Marquinhos na decisão por penalidades máximas contra o Cruzeiro e, depois, ver o mesmo Agenor chamando a responsabilidade (guri achando que é Rogério Ceni ou Chilavert ???) da primeira cobrança alternada para si, dando dois passos da bola e batendo nela como um peladeiro, tipo várzeano de final de semana!?



Nunca vi o Rogério Ceni nem o Chilavert cobrando uma penalidade com tamanho amadorismo. O que dizer do Agenor que recuou a bola para o gol...



E aí pergunto: Cadê o respeito com a camisa do Internacional, garoto? Cadê o treinador e o preparador de goleiros que permitem uma barbaridade dessa em um momento crucial e tão importante? Cadê que agora o Grêmio vai faturar tranquilo, tranquilo, uma vaga na Final do Gauchão, se dedicando EXCLUSIVAMENTE à Libertadores, enquanto nós vamos ter que remar tudo denovo para chegar lá?



Mas temos o outro lado da moeda... deste grupo de Inter B, dois estiveram na Seleção (Pré-Olímpico), outros foram relacionados para Dubai (estavam de férias), sem contar os vários e vários talentos revelados por ali nos últimos anos: Pato, Luiz Adriano, Taison e por aí vai.


O custo/benefício deste trabalho "só" rendeu bons frutos, mas a Direção imputou a este time a incumbência de disputar o Estadual, cobrando mais deles do que deveria. Retirar a garotada do Campeonato Gaúcho, impondo a Celso Roth 09 (nove) partidas em um mês, pergunto, é administrável agora de sopetão? Uma atitude imediatista como esta vem a colaborar ou prejudicar? Isso não seria uma ingerência, fugindo de um parâmetro pré-estabelecido antes do início da temporada?



Penso sim que cabeças deveriam rolar no Inter B, mas toda a credibilidade do projeto foi por água ao generalizarem o fracasso de sábado aos jogadores e toda a Comissão Técnica deste elenco, tirando o time deste Gauchão sem qualquer ressalva, exceto com Rodrigo Moledo, Massari, Augusto, Milton Júnior e Ricardo Goulart, integrados ao grupo principal.



Reitero, o Inter B é MUITO IMPORTANTE para as pretensões do Clube em formar atletas e, paulatinamente, negociá-los em um mercado cada vez mais caro, disputado e competitivo... nada mais satisfatório do que realizar esta tratativa como vinhamos fazendo, desenvolvendo tudo isso em uma vitrine muito bem vista. Agora, se é para cobrar resultado, realmente alguns pontos devem ser revistos, mas não concordo com o total desligamento do Inter B da competição, fugindo de um cronograma pré-estabelecido. Então que comessássemos com o grupo principal desde o início, assim que as férias tivessem terminadas.



Agora, para a Seleção Sub-17, o time que mais cedeu jogadores foi o Internacional.Só de meias são uns 4 ou 5... pra "queimar" o projeto Inter B como inoperante se as novas "jóias" garimpadas no Beira-Rio vão necessariamente passar por lá para pegar cancha? Ou alguém sinceramente espera que eles vão atuar no time de cima, recebendo oportunidades ali para mostrar o seu valor?



Saudações Coloradas

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Começou a Libertadores...


O mais importante campeonato de Clubes das Américas já começou e todos os times brasileiros já estreiaram. O Santos de Neymar empatou fora de casa, o que não é de todo ruim. Já o Fluminense de Conca & Cia amargou um empate em casa, em pleno Engenhão, o que não é bom em uma chave tão competitiva. Sem dúvida, o mais expressivo dos resultados aconteceu em Minas, onde o Cruzeiro do craque Montillo atropelou o Estudiantes com Verón e tudo. Para o Corinthians, o sonho do título acabou sem mesmo ter começado.


A dupla Gre-Nal também entrou em campo e, pelo que se viu na estreia, o Tricolor fez valer a sua tradição em casa neste tipo de competição, impondo sua força contra um adversário sem muita expressão, porém, deixou registrado desde já e para quem quiser ver que vai lutar pelo Caneco. O Inter, até conseguiu um bom resultado diante o Emelec, mas pelas circunstâncias do jogo este empate teve gosto de derrota. Criou mais e teve chances de vencer a partida, contudo, o gol de Bolati motivou Roth a desencadear um esquema defensivo que trouxe o adversário para cima, consequentemente, sofrera de cabeça um castigo no fim.


E você?


O que achou da rodada e dos times brasileiros? O que esperar da Libertadores 2011???


Saudações Coloradas

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

FIM DE UM ERA


Amigos, peço licença para por uma vez deixar de lado nosso querido futebol gaúcho, e fazer um pequeno comentário sobre um grande craque.

O que todos esperavam para o final do ano foi antecipado, num drible inesperado no destino que só os verdadeiros craques podem aplicar. As dores do corpo, que foram superadas várias vezes pela firmeza de caráter, força de vontade exemplar e pela carreira muito bem planejada, e acompanhado pelos melhores profissionais possíveis nas recuperações quase milagrosas.
Provas de fé inquebrantável no ofício de jogar bola não só por profissionalismo, mas por puro prazer de estar em campo, entre amigos fazendo o que gosta, hoje estas dores físicas se tornaram insuportáveis pois o sentimento de prazer se esvaiu em vaias, quilos acumulados, resultados negativos e conseqüentes xingamentos e até agressões verbais e físicas. Quem com um currículo igual se sujeitaria a tamanhas baixarias, ouvir palavrões de um bando de desocupados, para não dizer outros adjetivos de baixo calão?
Acho até que demorou-se a decidir, afinal o amigo R. Carlos foi mais rápido e como está em melhor forma, já achou outro clube bem longe dos marginais pseudo-torcedores que agem como bandidos mesmo, ameaçando até familiares.
Sua trajetória é mais que conhecida e está em todos os canais de TV abertas ou não, devendo permanecer no ar por um bom tempo, e merecidamente.
De Bento Ribeiro para BH, e daí para o mundo, sempre desequilibrando e decidindo, exceto naquele fatídico Brasil e França, até hoje não esclarecido totalmente o mistério.
Passando por arqui-rivais como Barcelona e Real Madri, Internazionale e Milan e sendo ídolo em todos, fez como os elefantes que pressentindo o fim procuram o cemitério deles.
Só temos a agradecer este fenômeno que nos deu muitas alegrias com a camisa amarela, e que uma pequena manchinha já apagada pelo tempo, nem faz diferença num currículo tão vitorioso.
Quantos anos mais levarão para surgir outro fenômeno desses?
- Para trilha sonora escolheria Pescador de Ilusões, do Rappa:

Se meus joelhos
Não doessem mais
Diante de um bom motivo
Que me traga fé
Que me traga fé...

Valeu a pena
Êh! Êh!
Valeu a pena
Êh! Êh!
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões... Valeu Ronaldo!!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

QUEM MANDA E QUEM OBEDECE NO FUTEBOL






























Estamos vivenciando um novo tempo dentro do mundo do futebol, não só do RS como no restante do planeta bola. A cada dia surgem notícias de atletas rebeldes, que se revoltam contra técnicos e até contra presidentes de clubes (vide caso C. Alberto no Vasco).
Seria isto indício de que o excesso de mimos e bajulação, sem contar os altos salários desde a adolescência, estão estragando nossos atuais (e futuros) ídolos? Ou só se rebelam onde vêem que falta autoridade e competência para comandar, como falou Renato Gaúcho?
Nossos treinadores, considero ”nossos” todos os gaúchos em atividade, Felipão, Tite, Carpegiani, e até o Adilson e o Cuca que apesar de paranaenses formaram-se na escola gaúcha, não são muito tolerantes com essas atitudes, (vide caso Roger no Cruzeiro) mas parece que existem muitos outros treinadores “bonzinhos” que além de permissivos, querem garantir o emprego bajulando diretores incompetentes, aceitando até palpites na escalação do time. Nesses casos os jogadores mais espertos e descolados, deitam e rolam.
Aí vem os torcedores, que no fim das contas sustentam o circo da bola, que se obrigam a assistir cada vez mais jogos sem qualidade e, pior ainda, muitas vezes sem nenhum empenho dos profissionais envolvidos com o espetáculo. Muitos até exageram, acham-se no direito de agredir jogadores, dirigentes, e quebrar o que vir pela frente.
Tudo isto já existe no futebol à muito tempo, mas em pequenas doses e em poucas ocasiões,
Só que está se tornando rotina diária como os treinamentos dos clubes.
Seria uma tendência de costumes devido ao stress da população, indignada com os altos salários e baixo rendimento inclusive da seleção na última Copa , que não tolera mais vexames em campo, ou apenas a mais pura manifestação de falta de educação esportiva, onde segundo lugar ou vice-campeonato é uma ofensa?
Ou seria falta de educação dos profissionais, atletas ou dirigentes, árbitros ou jornalistas, envolvidos com o futebol que acham que o poder da fama, do cargo, do apito ou da comunicação dá o direito de fazer o que quiser, sem prestar contas a ninguém?
Vamos debater para conhecer as opiniões de cada um, pois todos temos alguma coisa a dizer a respeito.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Olho no Tolima !!


Começou a Libertadores. Fiquei revezando entre assistir Grêmio x Liverpol e Tolima x Corinthians, nas duas quartas.

Entre Grêmio e Liverpool aconteceu o esperado. Sim, pois o time do RS capaz das maiores conquistas, mas também de alguns vexames históricos é o Inter. Então, apesar das dificuldades do Grêmio contra o time semi-amador do Uruguai até a expulsão, deu a lógica.

Mas a grande surpresa foi o Tolima. Não pelo simbolismo que significa desclassificar o Corinthians (que só é forte no Brasil, com a ajuda da CBF), mas pelo futebol organizado apresentado. Conhecemos o bom toque de bola peculiar dos times colombianos, mas na maioria das vezes infrutífero (assim como era o Inter em 2010), e que acabava em chutões pro gol quase do meio de campo.

Mas este time, nos dois jogos que vi, é um pouco diferente. Extremamente organizado táticamente, com boa técnica e muito boa mecânica de jogo, que em nenhum momento se afobou e abandonou a forma de jogo imposta pelo treinador, mesmo quando pressionado ou precisando sair pro jogo. Além disso, praticamente não perde jogando em casa. A cidade é pequena, o campo é ruim, e o estádio é um caldeirão.

Vou esperar a fase de grupos, mas acho que o Tolima não será apenas um mero coadjuvante nesta Libertadores. Acho pequenas as chances, mas podemos ter aí um novo “Once Caldas”.

Olho no Tolima !