terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Retrospectiva GRE-NAL 2010


O que esperar do próximo ano? Bom, uma das melhores formas de projetar o futuro é analisando o passado. Segue abaixo um balanço simples e descomprometido que fizemos com base naquilo que está publicado nos mais diversos sites especializados da Internet e que é de conhecimento geral, resumindo a temporada de Inter e Grêmio, mês a mês:




JANEIRO - Apostas em Porto Alegre! Muita expectativa para o começo dos trabalhos de um uruguaio "campeón" pela LDU, Sr. Jorge Fossati e do ex-jogador e emergente treinador Silas. Estes seriam os comandantes da dupla Gre-Nal no início de 2010. Enquanto o Inter investia em um estrangeiro para conquistar a Libertadores, o Grêmio contratava o ex-técnico do Avaí, campeão catarinense de 2009 e um dos principais responsáveis pela manutenção do time na série A do mesmo ano, quando alcançou uma campanha inédita na Ressacada.




FEVEREIRO - O primeiro Gre-Nal do ano foi disputado no último dia de janeiro (31), mas os reflexos surtem efeitos daí em diante. A vitória do Inter no interior com um gol de Alecssandro instaurou um bom momento no Beira-Rio, aumentando a pressão no Olímpico. Contudo, a inesperada eliminação para o Novo Hamburgo nas semi-finais do primeiro turno do Gauchão nas semanas seguintes, justamente antes da estreia na Libertadores, muda a "confiança plena" Colorada em seu time. Com caminhos abertos, o Tricolor conquista o primeiro turno, se garante na final, substituindo um pouco das "vaias" a Silas, por momentos de paz na Azenha.




MARÇO - Fossati segue seu trabalho sem muitas unamidades, se dizendo vítima de perseguição da Imprensa... mas não consegue convencer, não tem jeito. A campanha na Libertadores segue a tônica do "empate" fora e "vitória" em casa, contudo, a oscilação entre boas e más atuações de um jogo para o outro irrita o torcedor Colorado. No Tricolor, uma enormidade de lesões e muita dificuldade para montar a equipe atrapalham o trabalho de Silas. Tal qual foi com o Inter, o Grêmio também decepciona na fase final de turno do Estadual, perde então uma invencibilidade de 51 jogos em casa, para o Pelotas e deixa o caminho livre para o rival no 2.º turno.




ABRIL - Meio aos transcos e barrancos, o Inter conquista o segundo turno e garante vaga na final do Gauchão. Na Libertadores, a classificação é encaminhada e o Inter sonha com o bi da América. No Olímpico, a Copa do Brasil é o foco! Após eliminar o Avaí, o Fluminense se torna o próximo adversário. No final do mês, o Tricolor derrota o rival em pleno Beira-Rio por 2 x 0 e dá um passo largo para a conquista do Estadual deste ano. Além de perder o primeiro jogo decisivo do Gaúcho em casa, na Libertadores as coisas se complicam com a derrota nas oitavas para o Banfield na Argentina.




MAIO - Grêmio CAMPEÃO Gaúcho 2010! O Inter até foi valente, levando um time misto ao Olímpico que endureceu o embate, conseguindo inclusive vencer o jogo... mas não foi o bastante. Merecedor, o Tricolor conquistou o título e fez a alegria de seu torcedor em casa. Maio ficou registrado ainda pela frustrações gremistas: Victor não foi convocado para a Copa e, após superar o Flu, o time realizou dois grandes jogos com o Santos na Copa do Brasil, em uma final antecipada nas semis, mas a eliminação tirou o sonho de título gremista. No Beira-Rio, o time consegue reverter a vantagem do Banfield e supera o Estudiantes nas quartas-de-final na Libertadores, em jogo histórico na Argentina. Apesar disso, as vaias contra Fossati permanecem e a gota d'água foi a virada vascaína em São Januária pelo Brasileirão. Coinscidência ou não, o time cruzmaltino era treinado pelo futuro treinador Colorado. Fossati cai! Mas o time segue vivo na Libertadores para depois da Copa.




JUNHO - Alguns jogos do Brasileirão pré-Copa não empolgam o público que só fala em Mundial de Seleções e, com este pensamento, Inter e Grêmio vão projetando a parada obrigatória das próximas semanas.




JULHO - No Grêmio, uma polêmica viagem para um torneio em Santa Catarina cria um clima desfavorável durante a parada da Copa do Mundo. No Inter, a luta é em dois sentidos: preparar-se em campo para enfrentar o São Paulo com o novo técnico no comando e desenrolar um embróglio jurídico para colocar os recém contratados Tinga, Renan e Sóbis nos confrontos seguintes pela Libertadores. Ambos objetivos são conquistados pelo Colorado.




AGOSTO - Um novo Inter, um novo time e mais uma conquista histórica: Internacional BI-CAMPEÃO da Libertadores! Após eliminar o São Paulo, o Colorado derruba o Chivas e será o Brasil, mais uma vez, no Mundial de Clubes no final da temporada. No Grêmio, a demissão de Silas após resultados ruins, o difícil começo do novo treinador (Renato Portaluppi) com a eliminação da Sulamericana e a zona de rebaixamento do campeonato nacional mantém a escrita da gangorra gaúcha, ou seja, quando um está bem, o outro está mal. Segundo a crítica especializada, o Inter acertou no planejamento "inter semestres", já o Grêmio fracassou nesta tratativa.




SETEMBRO - Ressaca pós título na Libertadores, oscilações com boas e más atuações em campo, tudo respaldado por um torcedor em estado de graça, criam um clima de desinteresse no Brasileirão. O Inter não consegue emplacar uma sequencia de bons resultados que lhe façam líder do Campeonato Nacional, mas tudo parece muito normal com os dircusos de que o time está SIM focado no Brasileirão. No Olímpico, o novo treinador começa a mostrar bons resultados e o time sai definitivamente da zona de rebaixamento para não mais voltar.




OUTUBRO - O Grêmio sonha com uma vaga na Libertadores e o Inter com o Mundial de Clubes da FIFA em dezembro. Mas o Tricolor sonha acordado e Jonas começa a se destacar pelos gols que lhe colocam na artilharia da competição nacional. O Internacional vence uma, empata outra e perde a seguinte... a oscilação desde o início do ano, que serviu de motivação para a demissão de Fossati não abalam Celso Roth que, com o título da Libertadores, tem respaldo para trabalhar tranquilamente no Clube. Odone é eleito presidente do Grêmio por dois anos.




NOVEMBRO - No Inter só se fala em Mundial e em eleições, com isso, o título brasileiro cada vez vai ficando mais longe. No Grêmio, a campanha impressiona e o time vai ganhando pontos e somando bons resultados rodada a rodada. A direção gremista já fala em conquistar o brasileirão, mas é a vaga na Libertadores do próximo ano a "menina dos olhos" no Olímpico.




DEZEMBRO - O Grêmio vence o Botafogo e seca o Goiás (seu algoz na Sulamericana) para conquistar uma vaga na pré-libertadores... dito e feito! A temporada se encerra sem um grande título no Olímpico, mas com uma arranacada no campeonato nacional que lhe assegurou a participação no torneio continental do ano que vém. No Inter Luigi é eleito presidente por dois anos e FINALMENTE chega o Mundial FIFA! Uma torcida nos Emirados Árabes como nunca visto antes na história do futebol (em se tratando de deslocamento, digno de Guiness), assim como um vexame sem precedentes! O que era para ser o Pachuca do México, se tornou Mazembe do Congo e o time Colorado realiza uma das (se não a maior) decepção da história do Clube, ao ser eliminado de forma totalmente inesperada pelo time do continente africano. Decidir o terceiro lugar não era o que a torcida esparava, mas foi o que aconteceu. O Inter termina o Mundial em terceiro lugar. A tal gangorra que havíamos citado antes...


E assim termina o ano, com o Grêmio liderando o Ranking da CBF e o Colorado na ponta do Ranking da Conmebol, garantidos na Libertadores de 2011, mostrando a força e toda a tradição do futebol gaúcho.




E para 2011? Qual a sua opinião e suas expectativas??? Com base em tudo que aconteceu em 2010, o que você espera para a dupla Gre-Nal no ano que vém?




Saudações Coloradas e um feliz ano novo aos amigos do Boleiro Gaúcho...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobre Ronaldinho Gaúcho


Para encerrar as discussões antes do Natal, gostaria de levantar nesse espaço o assunto do momento: o possível retorno de Ronaldo Gaúcho. Quero pedir a opinião dos gremistas sobre os aspectos positivos e negativo a respeito do retorno do craque. Quanto aos colorados, que certamente, assim como nós no Mundial, vão secar e ficar torcendo contra, também vale a opinião contrária para sabermos o que pensam nossos maiores adversários.

A despeito dos colorados, considero o retorno do irmão de Assis importante por um lado, mas perigoso e arriscado por outro.

Quase todos os grandes ídolos retornaram a sua casa, casos de Romário no Vasco, Robinho no Santos, Adriano no Flamengo, Ronaldo, Corínthians, Sóbis no Internacional. Existem alguns pontos positivos nessa volta. Mas também há muitos riscos, caso o jogador não volte a atuar bem com a camisa tricolor.


Pontos positivos:

  1. Jogador diferenciado. Com Ronaldinho em forma, o tricolor pode retomar o caminho dos títulos e das vitórias. O Brasil não tem, hoje, tanto no Brasil quanto na Europa, um jogador que supere o talento de Ronaldo Assis.

  2. O alto salário do jogador pode ser compensado com o faturamento do clube associado à imagem do atleta. A relação custo x despesa tende a equilibrar, na medida em que o Grêmio levante troféus e mantenha a casa cheia.

  3. Seleção Brasileira: chance de Ronaldo Assis recuperar seu bom futebol, já visando a Copa de 2014.

  4. Reconciliação com a torcida, reconhecimento do clube que o revelou e o futebol gaúcho, que ganha muito com o retorno do astro.


Pontos negativos:

  1. Investimento de risco. O clube vai faturar com comerciais, materiais esportivos, marketing, etc., mas para quem vive uma crise financeira, a grana a se investir é muito alta para o momento do clube.

  2. Grupo de jogadores: até o momento é um time sem grandes estrelas, mas um grupo focado, fechado, unido e determinado, muito bem comandado e orientado por Renato Gaúcho. A chegada de Ronaldinho pode alterar o clima e o comportamento daqueles que lá estão. Risco de uma desmobilização.

  3. Responsabilidade. Ronaldinho será cobrado por resultados, certamente. A expectativa em torno dele será enorme. A cada jogo será um show, caso contrário, a torcida e a crônica esportiva vai chiar

  4. Esquema tático: no time que terminou o Brasileirão, não sei quem pode sair para a entrada do dentuço. Jonas e Douglas são titulares absolutos. Vai sobrar para o André Lima que renovou o contrato, ou para o Lúcio na meia esquerda. Mas Renato não pode jogar com Douglas e Ronaldinho. Ambos não marcam. Como ele vai escalar esse time?

Acho que ele não vem para a Libertadores. Só vem depois, para o Brasileirão ou se o Grêmio conquistar a América e for para o Mundial.

Na minha opinião, Ronaldinho Gaúcho é o craque brasileiro da década. Foi fundamental na conquista do penta da Seleção em 2002.

Podem falar o que quiserem, mas com Ronaldinho em forma e com vontade de jogar, não há ninguém que o supere em termos de talento e qualidade técnica.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O grande campeão da década


Desde os anos 60, podemos fazer uma consideração quanto qual Clube foi o mais vencedor em um período de 10 anos. Na década de sessenta, sem sombra de dúvida, o Santos de Pelé foi a principal equipe de futebol brasileiro, mas o Botafogo de Garrincha ficou ali, bem perto.


Nos anos 70, Falcão & Cia. levaram o Inter ao tri-campeonato nacional, absoluto no período. Mas grandes esquadrões também obtiveram grandes resultados, tais sejam: o Palmeiras, "a academia de futebol" (bi-campeão brasileiro), o Fluminense, "a máquina tricolor" de Rivelino, o Atlético-MG , "de Reinaldo" (campeão nacional de 71) e o Cruzeiro "de Nelinho".


Chegamos na década de 80, a fase em que Zico, Adílio, Raul e uma série de craques fizeram do Flamengo o grande time destes 10 anos. Não se pode esquecer o Grêmio de Renato, o Vasco de Dinamite e o Fluminense do "casal 20", forças vencedoras desta época.


Os anos 90 foram do São Paulo, bi-campeão da américa e campeão brasileiro; mas seus rivais da capital paulista, Corinthians e Palmeiras, cada um com dois campeonato brasileiros, também merecem destaque, assim como o Vasco, bi do Brasil e uma vez da américa. Mas foi o Grêmio, campeão da américa e do Brasileirão de 96, com mais alguns títulos da Copa do Brasil que chegou mais perto do time de Telê Santana.


Terminada a primeira década do século 21, podemos dizer que o São Paulo, novamente, levou o título de maior vencedor da década com três brasileirões e uma libertadores. O Inter, com duas libertadores e mais alguns títulos internacionais chegou perto, bem como o Cruzeiro, que levantou a Taça da América e do Campeonato Brasileiro, uma vez cada uma. Outra força que ressurgiu, com duas gerações de "garotos da Vila", foi o Santos de Diego e Robinho, depois com Neymar e Ganso.


Concluímos este texto dizendo que os últimos 10 anos se destacaram por algo muito raro em outros tempos, rompido apenas 3 vezes em muitos anos de futebol: 78, 85 e 88, quando Guarani, Coritiba e Bahia levantaram um título nacional cada. Equipes com menos tradição erguendo o título mais importante do país é algo notável e que merece esta ressalva. Nesta década, Atlético-PR, Santo André, Paulista, São Caetano e Sport tiveram momentos de glória. Um pouco antes desta década, Criciúma e Juventude, campeões da Copa do Brasil nos anos 90, já mostravam esta nova tônica, abrindo as portas para os "emrgentes" da bola. Inversamente, muitos times de muita tradição visitaram a Série B nesta década, tais seja, Corinthians, Grêmio, Atlético-MG, Botafogo, Palmeiras e Vasco.

Por fim, o futebol paulista que, de tão forte, fazia até seus times do interior chegar sempre com grandes times, começa a perder espaço para o Rio de Janeiro, que há muito tempo não ganhava nada e acumulou os dois últimos títulos brasileiros 2009/2010. No Rio Grande do Sul, apenas se inverteu a gangorra da rivalidade Gre-Nal, pois o Estado sempre teve um fortíssimo representante em cada década. Em Minas, o Cruzeiro permanece muito à frente de seu rival e nos demais estados muita oscilação, mas nenhum grande avanço. Derrepente Santa Catarina, que nunca teve tradição alguma, termina a década muito bem, com 2 times na elite e mais um na Série B. Pernambuco de Náutico e Sport, assim como Goiás do Esmeraldino e Atlético, tiveram espasmos de bons momentos, deixando (muito) para trás Santa Cruz e Vila Nova. No Paraná, o Paraná Clube foi a força dos anos 90 e caiu muito nesta década. No Atle-Tiba, o Furacão está mais à frente em todos os sentidos. Brasília e Bahia "precisam" repensar seu futebol! Eu acreditava que o Vitória, depois de dois anos muito bons no Brasileirão e o Vice da Copa do Brasil em 2010, estaria voltando forte, mas...


Saudações Coloradas

sábado, 18 de dezembro de 2010

COMO UMA ONDA


Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, Tudo sempre passará
A vida vem em ondas, Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é, Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo, No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir, Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora, Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

Amigos; acho que todos conhecem os versos acima que o Lulu Santos tão bem musicou, mas peço que prestem atenção na mensagem intrínseca na mesma.
A fila anda e quem pensar que vai ser sempre a mesma coisa na vida, morre sonhando e não vê os outros passarem. A vida é cíclica e moto-contínua, além de não distinguir cores.
No dia 02/11/2010 (dia de finados) postei uma matéria com o título: “Até a pé nós iremos.” Creio que errei a data para a postagem, seria mais adequada neste período de final de temporada futebolística. Agora começaram de vez as especulações, negociações e transações entre clubes, jogadores, empresários e fofoqueiros em geral.
É uma boa época também para refletir sobre o ano passado, eliminar e aprender com os erros e melhorar e aperfeiçoar os acertos.Esquecer as tristezas e comemorar as vitórias, os sucessos.

A rivalidade às vezes nos esconde a realidade, e no calor das discussões acabamos nos excedendo e até extrapolando os limites da educação e civilidade. Ainda bem que estamos no terreno virtual e não chegaremos nunca aos absurdos que vemos pela televisão cada vez mais constantes, agressões estúpidas e sem nenhuma justificativa, a não ser a rivalidade clubística.
Peço aos amigos que são cristãos, e comemoram o aniversário do Salvador, peçam em suas orações que aqueles coitados sem discernimento de limites, sem respeito pelos semelhantes e pelas suas vidas, tenham um pouco de inteligência e entendam que os clubes que agora gastam milhões, os atletas que recebem esses milhões, os empresários que ficam com uma parte disso, ou os jornalistas que ganham para cobrir esses fatos (e às vezes acabam incitando a turba à violência), nem saberão de suas “proezas” em nome do “amor ao clube” a não ser quando vão parar nas páginas policiais!
Vamos continuar nos divertindo (pra mim pelo menos é diversão) nos blogs da vida, e aprender com nossos interlocutores, afinal sempre descobrimos algo novo em nossas discussões.

PS:
Ao encerrar este post, o Inter está enfiando 2 X 0 nos sul coreanos, meus parabéns por não terem deixado seus torcedores gastarem uma nota e não verem o time que amam voltar sem uma vitória pelo menos!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ADOREI A DERROTA PARA O MAZEMBE

Sempre acreditei que o Inter tinha um elenco forte, mas sairam algumas peças, outros perderam o brilho e o time passou a fazer jogos mediucres, com aquele joguinho que mais parecia dança, dois pra lá, um pra ca, e não saiam do meio campo, resultado: perdiam todas. Foi ai que eu não entendia, tentava imaginar o que estava passando, analisei várias situações, até mesmo da diretoria ter mandado largar o campeonato brasileiro e fiquei em cima do muro, com esperança de voltarem a jogar bem, mas no inicio da partida com o mazembe, eu ja tinha percebido que continuava tudo o mesmo, mas imaginem uma coisa, se perdessem para a internazionale, não poderíamos reclamar e que fatalmente com esse jogo mediucre aconteceria e no próximo ano continuava a enganação, por isso eu adorei terem perdido para o mazembe, pois foi um vexame, agora eles não tem desculpas, terão que contratar bons jogadores para 2011, já que a torcida esta de saco cheio e se não montarem um bom time, não conseguirão enganar mais, é por isso, que eu falo que estaremos ainda mais forte em 2011 e tenho certeza disso, não é ilusão, como os azuis tentam falar, analisem a coisa toda, qual será o rumo que a diretoria vai tomar agora? eu não entendo como um time que tem um time espetacular, mantém jogadores caros e que não rendem nada, eu ja tinha assistido 2 partidas da sub23 e me perguntava como eles jogariam com um time da série A, JA QUE ELES NÃO SÃO CRIANÇAS, POIS A MAIORIA TEM MAIS DE 20 ANOS, mas no jogo com o Botafogo eu fiquei encantado e não adianta falar que o Botafogo não estava com vontade, mesmo que nós tivessemos perdido eu continuaria com a mesma opinião, é a maneira de jogar leve, o que menos eu vi foi bola no meio campo, era quase igual o Mazembo, 2 toc e estavam chutando a gol, mas eu não acredito que botando um ou dois com esse mesmo elenco vai mudar, já que o Inter é um time lento e pesado, imaginem pegar o time todo da sub23 e colocar só uns cinco jogadores com experiência e com qualidade jogando juntos, já que eu vi algumas deficiencia na zaga, basta colocar um xerife como zagueiro e o Muriel não tem tamanho, mas fez defesas espeteculares, tirem o indio, ja fez muito, mas o seu tempo ja foi assim como a maioria dos nossos jogadores, erraram ao contratar, agora é mais lucro mandar escolher, ou vão ou fiquem treinado em separado, já que não vão produzir nada e ainda estão atrapalhando outros que poderiam render mais aos colorados, parem e pensem em tudo agora, é a hora de dar pressão na diretoria que tem que mostrar para que veio, o que aconteceu pode ser um recomeço para muitas glórias do amanã

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Futebol força e a força do futebol


Aplicação tática? Qualidade técnica? Motivação? Concentração? Nada disso... o Mazembe MERECEU o resultado pois ganhou o jogo dentro de campo, usando de uma arma cada vez mais presente no futebol: A FORÇA FÍSICA!


Sempre se diz que o continente africano terá a sua hora... parece que ela chegou e foi justamente contra o Inter que o futebol da terra das savanas teve um de seus momentos de glória mais importantes de sua história.


Agora começa aquele papo do "eu avisei" ou que "o Inter perdeu para ele mesmo" e por aí vai. É normal do brasileiro "caçar bruxas" a cada derrota, quem dirá agora com o maior vexame da história de um dos mais tradicionais clubes de futebol do país. Em 2006, antes mesmo de conquistarmos o caneco, o pessimismo e a crítica caíram de pau antes do Mundial, neste ano não foi diferente, a diferença é que lá, nós ganhamos e agora não.


Parabéns ao Mazembe, ao seu descomprometimento técnico, sua irreverência e tudo mais que estão resgatando com a alegria de jogar bola, mas principalmente pela competência em saber explorar o que tem de melhor... a preparação física!


Nós (sim, nós todos, porque quando um perde, toda a Instituição é derrotada) nos preocupamos muito com dossiês, coerências e blá-blá-blá, deixando de lado o que realmente importa que é entrar em campo sabendo fazer valer do favoritismo, colocando em campo os jogadores em melhor fase.


Vivendo e aprendendo...


Mas vejam a "força do futebol"! Colorados, como eu, às 3:30 horas da manhã desabafando na frente de um computador e esperando o sono chegar, mesmo tendo que acordar cedo no outro dia para trabalhar. Gremistas comemorando, em menos de uma semana, a vitória de argentinos e africanos, tudo em prol de uma vaga na Libertadores e da derrocada do seu maior rival. Isso tem lógica?


Hostamente não sei... só sei que este pesadelo não me tornou mais e nem menos Colorado, tal qual foi aos nossos rivais quaNegritondo foram rebaixados para a segunda divisão. Contudo, ninguém muda de time por conta dessas coisas. Estas noites mal dormidas não resolveram nada e, assim que estivermos erguendo o próximo caneco, isso já estará apagado de nossa memória, ficando só a marca de um tropeço descomunal.


Agora dói, machucou muito passar por uma decepção desta magnitude. Que a Instituição cresça com esta derrrota, servindo de lição para que Luigi e toda sua cúpula formem um time forte para 2011 com comissão técnica e elenco sólidos, apagando o mais rápido possível esta imagem tenebrosa que uma única partida criou sobre o Inter.


Aos "flautistas de plantão", apenas duas coisas: Primeiro de tudo, esse tipo de situação só acontece com quem está lá e, principalmente, Inter, estaremos contigo, tu és minha paixão, não importa o que digam, sempre estarei contigo...


Saudações Coloradas

Infelizmente, não sou tão idiota.


Gostaria de relembrar uma postagem que fiz aqui a mais de 1 mês atrás. Desconfiava qua algo estivesse errado. Mas o Inter no Mundial, foi o Inter das últimas 10 rodadas do brasileirão. Agora está mais que provado, que futebol não se guarda em uma gaveta, e se busca a hora que quiser.

"Eu e o Kenny Braga, estamos com um pé atrás. Esta conversa de que o time está "se preparando para o Mundial", e que "a cabeça está só no Mundial", usada como justificativa para 1 mês sem vitórias, 7 jogos seguidos, e alguns vexames como o de ontem, eu não engulo, e digo. Tem coisa errada.

Este "desinteresse" do Inter no Brasileiro de nada serve como preparação, ao contrário, não há mais entrosamento, não há mais coletividade, não há jogadas ensaiadas de bola parada, não há ultrapassagens pela lateral, não há infiltrações, não há cobertura de laterais, não há proteção dos volantes na frente da área. SE NÃO TREINAM ISSO AGORA, COMO SABERÃO QUE DARÁ CERTO NO MUNDIAL ??? Isso não deveria fazer parte da preparação ????

Pois para a maioria dos torcedores, tá tudo certo. Como em um passe de mágica, o Inter vai encarnar o carrosel holandês em Abu Dabhi.

Antes, só ouvíamos a comissão técnica e a direção justificando os péssimos resultados com o Mundial. Ontem, os jogadores usaram este clichê.

"— Estamos muito bem, vamos jogar o Mundial no fim do ano. Estou pensando só no Mundial. " - Dalessandro

"— Não fomos bem, mas temos que levar em consideração a semana que foi bem pesada, já pensando na preparação para o Mundial." - Rafael Sóbis

"— Estamos trabalhando bem, visando o mundial. Claro que ficamos tristes com a derrota. " - Giuliano

O único contrário foi Bolivar:

"— Não podemos colocar que perdemos pensando no Mundial. Agora é levantar a cabeça e pensar no próximo jogo."


Pois bem. Quero avisar direção, comissão técnica e jogadores do Internacional, QUE VOCÊS TEM A OBRIGAÇÃO DE VENCER O MUNDIAL. A Inter de Milão está jogando com todos os titulares Italiano e Champoins League. Já perdeu diversos jogadores por lesão. Os outros times, não posso colocá-los como favoritos pelo simples fato de nunca terem chegado em uma final. O único time que a 2 meses só "se prepara" para o Mundial, que a cabeça está totalmente voltada para o Mundial ( palavras de todos no Inter) é o Inter. Então, quem tem a obrigação de chegar em Abu Dabhi e vencer é o Inter.

Eu não aceitarei perder este Mundial. Um time que fica 1 semestre inteiro se preparando, não pode perder um torneio de 2 jogos.

Vamos lá Inter. Vamos vencer este Mundial, e provar que eu sou um idiota desconfiado. "
http://boleirogaucho.blogspot.com/2010/11/obrigacao-de-vencer-o-mundial.html

Já que não sou tão idiota assim, junto meus cacos, aceito as flautas, e bola pra frente, pois não é o futebol que põem feijão no meu prato.

Saudações coloradas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

GRÊMIO 2011

Gostaria que os gremistas desse Blog, esquecessem um pouco o colorado e me ajudassem a opinar e debater sobre aqueles jogadores que devem ficar e quem poderia vir para a próxima temporada.

Assim como nós, torcedores, parece que a diretoria tricolor está esperando o resultado do colorado para começar a agir no sentido da próxima temporada. Não podemos negar que o planejamento do Grêmio passa também pelo resultado do eterno rival nas Arábias. Se o Inter voltar com o Bi, o tricolor precisa recuperar o chão perdido. Se o colorado sair derrotado, o peso e a responsabilidade, querendo ou não, diminui.

Vamos a relação dos principais jogadores:

Victor: sem comentários. Mas não podemos esquecer que com a supervalorização ele pode ser negociado. Seria bom pensar num substituto.

Gabriel: Esse foi indicado por Renato e deve ficar, até porque resolveu o problema da lateral direita.

Paulão: foi uma aposta que deu certo. Mas o tricolor corre o risco de perder o atleta, assim como já aconteceu com tantos outros que vieram por empréstimo, valorizaram-se e foram embora.

Rafael Marques: eu e muita gente das arquibancadas, já pediram a deportação dele do clube, no primeiro turno. Mas voltou a atuar bem no segundo, e acho que provou que merece ficar – até porque não há dinheiro para buscar outro zagueiro. Eu aposto que em 2011 será a vez de Neuton. O jovem zagueiro deverá entrar na quarta zaga para não sair mais. O que pesa a favor de Rafa Marques é a experiência embora não seja o melhor com a camisa 4.

Vilson: esse é outro zagueiro regular que poderia ser um bom reserva. Peixe do Renato dos tempos de Vasco. Pode ficar no banco.

Fábio Santos: foi um desastre em alguns jogos. Mas deu uma melhorada no segundo turno, sobretudo depois do grenal. No entanto, sou mais o Lúcio na lateral esquerda, com o Gilson na reserva. Se for para reduzir gastos, que vá embora Fábio Santos.

Lúcio: dificuldades na renovação. Acho que o tricolor não deveria medir esforços para renovar. Pois o lateral virou opção também para o meio campo. Peça fundamental no time de 2010.

Adilson e Rochemback dispensam comentários, embora o Grêmio necessite contratar um reserva para o ano que vem. Na minha opinião, vem o gaúcho Ygor do Figueirense, jogador que já foi comandado por Renato no Fluminense.

Mário Fernandes: o garoto que se machucou em 2010 joga em qualquer função na defesa e Renato sabe disso. Há a ideia de utiliza-lo até mesmo como volante, quando precisar. Para mim, tem lugar entre os onze. Zagueiro de habilidade. Coisa rara.

Souza: muitos o criticam, mas Souza é jogador para ser titular, não só pelo alto salário que ganha. Em 2010, sofreu com contusões. Tem contrato longo com o tricolor e não pode ficar na reserva. Tomara que se recupere, tecnicamente e fisicamente.

Douglas: dispensa comentário, mas é candidato à venda no ano que vem. Fundamental no time, mas não pode ser considerado insubstituível. O tricolor precisa encontrar um reserva à altura.

Jonas: sem comentários. Mas se aparecer proposta grande, sairá, com certeza. Dos candidatos à Venda é o primeiro da lista. Odone adora vender bons valores.

André Lima: depois de rodar por vários clubes e não ir bem em nenhum deles, no Grêmio encontrou seu lugar. O problema é que agora o empresário “tá se achando”, digamos assim. Não jogou em lugar nenhum na vida. Só mostrou futebol com o Renato no Grêmio, mas pensa que foi campeão. Eu preferia jogar com a bola aérea do André, em todo o caso, o Grêmio devia buscar o bom Roberto do Avaí ou voltar com o Borges no ataque.

Edilson: um reserva não à altura de Gabriel. O Grêmio podia procurar alguém na base ou em algum outro clube.

Ozea : deve voltar para o lugar de onde nunca devia ter saído.

Neuton: Esse zagueiro tem tudo para ser titular em 2011. Talento ele tem. Falta experiência.

Gilson: na lateral esquerda ou no meio, é um bom reserva. Veio de graça do Paraná.

William Magrão: Nunca gostei do futebol do Magrão. Mesmo quando jogava do lado de Rafael Carioca. Podia ser uma boa moeda de troca.

Ferdinando: Está nível de um Avaí. Nada mais.

Maylson: nem titular nem reserva. Não sei o que dizer desse jovem. Mas para a reserva na Libertadores, o tricolor precisa de um jogador mais experiente e mais técnico.

Mithyuê: Na volta do Atlético-PR, o que todos esperam, é que com Renato ele comprove o que parecia saber jogar na Sub20.

Roberson: outra incógnita das categorias de base. Não se sabe se joga no ataque ou no meio. Não tem uma definição do que pode e sabe fazer com a camisa tricolor. Também poderá servir como moeda de troca.

Leandro: Este senhor tem contrato até 2012? Que vá para o São Paulo. Se o Grêmio pagar seu salário para não ficar no clube, ainda assim, estará no lucro. Pode contaminar o grupo.

Diego Clementino e Júnior Viçosa são bons reservas, mas o tricolor precisará de pelo menos mais um para a longa temporada de 2011.

Os jogadores que o Grêmio tentou em 2010 e que poderiam vir em 2011 são:

Jadson Vieira, zagueiro do Vasco: jogou em times argentinos e mexicanos. Experiência na LA, é muito importante.

Ygor, volante do Figueirense: Foi titular do Renato com o Fluminense em 2008.

Roberto, atacante do Avaí: Em 2010, Silas indicou William e esqueceu que havia outro muito melhor no elenco. Poderia ser uma boa opção para o banco, além de Júnior Viçosa e Diego Clementino.

Minha opinião para o banco de reservas:

Paulinho, lateral esquerdo do Atlético-PR;

Vitor, lateral direito reserva do Palmeiras;

Rafinha, meia do Coritiba.


Boa parte disso é ideia minha. Pelo que li nos principais sites, vem aí uma parceria com a Trafic. Isso já nos preocupa. Será que o Grêmio precisa mesmo dessa maracutaia para formar um time competitivo?

Sozinho, Renato provou que pode montar um time, sem grandes nomes. Sempre que o tricolor fez essas loucuras afundou-se ainda mais em dívidas. Nomes como Zé Roberto, Diego Souza, Rafael Carioca são citados. Nada animador. Zé Roberto já foi um grande jogador. Mas agora está enferrujado e com o velocímetro muito rodado.

Toda vez que um jogador retorna da Europa, geralmente, não volta bem. Os que fizeram sucesso no tricolor e mudaram para outro clube do Brasil também não são mais os mesmos quando retornam. O exemplo mais recente foi o Hugo.

O futebol brasileiro está cheio de bons jogadores, basta dar uma olhada por aí. O Grêmio foi buscar Paulão, Diego, Viçosa e Gilson em times da série B. Provaram que são jogadores de primeira. Por que trazer velhos medalhões?


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mazembe???

Pois é rapaziada... quem diria?

Todos nós falando de Pachuca e tals, mas daí vem o tal Mazembe cometer o "crime" contra o time mexicano.

Zebra???

Óbvio!

Mas o futebol só é o esporte mais popular do planeta justamente por causa destas coisas. O time do México parecia estar se "poupando" durante o jogo para enfretar o Inter na semi-final, acreditando na vitória a qualquer momento. O tempo foi passando, passando, passando... e o desespero foi batendo. A bola não entrava e o goleiro do Mazembe se consagrava.

Bom, o fato é que a equipe africana esta no nosso caminho e ponto final. Mas, enfim, quem é o Mazembe? Li uma matéria no site da Globo intitulada Mazembe sabe pouco sobre o Inter e acredita em vitória que "parece" nos colocar em um mesmo patamar, ao menos neste sentido.


Não acredito que o trabalho de "espionagem" feita sobre o Pachuca tenha sido igual ao do time de Mbenza Bedi (foto).


ENTÃO É CANCHA E RUMO AO BI!!!


Vamo que vamo e saudações Coloradas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ponto corridos

A conquista do título brasileiro, pelo sistema de pontos corridos, sem volta olímpica e sem final perde um pouco do seu brilho e da emoção de décadas passadas. Mas esse não é o principal problema que vem sendo rediscutido.

Fluminense foi campeão com uma certa ajuda do São Paulo e do Palmeiras, que por interesses diferentes, facilitaram para os cariocas.

http://www.lancenet.com.br/minuto/Roth-Renato-criticam-corridos_0_377962295.html.

Gostaria de debater com os senhores desse Blog, a questão da Fórmula de disputa do campeonato brasileiro, que voltou à tona e tornou-se um assunto que divide opiniões no meio esportivo brasileiro. Muitos torcedores, influenciados talvez pela mídia e pelos comentaristas da imprensa, não tem ideia do significado do sistema de disputa, adotado no Brasil, a partir de 2003.

Alguns jogadores, treinadores, torcedores acreditam que a fórmula de pontos corridos faz justiça ao time mais regular do campeonato. http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=3&ved=0CCsQFjAC&url=http%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Ffutebol%2Ftimes%2Fcorinthians%2Fnoticia%2F2010%2F12%2Fpontos-corridos-ou-mata-mata-no-timao-opinioes-estao-divididas.html&ei=4ZD7TJyTLMmr8Aarq92ZCw&usg=AFQjCNGPUlS1rY77VMfDiTD8YdGQkkdxIw&sig2=R2gL0JQ0u5PKTErb0Gg_sQ

Será isso mesmo? Até que ponto, o time que obter mais pontos na classificação, é mesmo o melhor da competição? É possível seguirmos o modelo europeu? E as ditas janelas do mês de Agosto, na qual o suposto melhor time perde ou ganha jogadores que vão ou que vem da Europa? A saída de bons valores não é maior que o retorno de jogadores já “sugados”, em fim de carreira? E as “entregas”? E a mala Branca? E as rivalidades estaduais? Esses problemas não são maiores nos pontos corridos? E o comportamento do próprio torcedor que exige às vezes que seu próprio time perca para prejudicar o rival? E a nossa ética? E a nossa cultura? E o profissionalismo de nosso futebol, que é muito menor que no Velho Continente? E a desvalorização dos campeonato regionais, nos quais os pequenos clubes revelam bons jogadores?

Há muitas questões que não são levadas em conta, e que os torcedores e esportistas que concordam com esse sistema não analisam de forma crítica.

Existem vários pontos em que pelos quais poderíamos questionar o modelo vigente:

1- Pontos corridos são um sucesso na Europa porque lá, no velho continente, o profissionalismo é levado a sério. Jogadores e comissão técnica são bem pagos e não sentem necessidade de entregar partida por dinheiro.

Esse é um ponto fundamental, senão o mais importante. No Brasil, a boa parte dos clubes enfrentam dificuldades financeiras, e numa reta final, um dinheiro extra é sempre bem vindo. Questão de sobrevivência.

2 – Questão de cultura. Querendo ou não, nós brasileiros temos outra cultura, outro modo de ver as coisas. Não se trata de atribuirmos a falta de honestidade ou da “malandragem” em nosso meio. Isso não significa que nossa sociedade é menos ética ou menos honesta que outras. Vivemos numa outra realidade. Nossa realidade é a de colonizados, de um povo que criou certos hábitos e costumes regionais. As rivalidades regionais nos estados do Brasil não se comparam aos Europeus. Lá boa parte dos jogadores são oriundos de outros continentes. No Brasil, o atleta que vestir a camisa de Grêmio ou Inter tem incorporar todo o espírito, toda identificação com o clube. Voltamos ao primeiro ponto: no Brasil é a paixão pelo clube; na Europa é o profissionalismo e o comprometimento com quem paga seu salário.

3 – Modelo de disputa voltado para abastecer o mercado europeu. Na metade do campeonato, é possível que um clube europeu leve os melhores jogadores.

Alguns defendiam a ideia de que nas janelas de Agosto, embora os clubes corram o risco de perder seus craques, teriam em compensação a vantagem de poder trazer os que estão lá. Na verdade, o prejuízo de se perder meio time, no meio da competição, é maior do que ter a chance de trazer algum bom jogador da Europa. É perfeitamente possível que algum bom atleta retorne e se destaque no seu país de origem. Mas são exceções. Podemos contar nos dedos o número de jogadores que retornam e se dão bem.

4 – Desvalorização dos campeonatos regionais, agora disputados em um período mais curto. Copa do Brasil também acaba tornando-se apertada e sem valor, na medida em que se tem muitos clubes, apenas o campeão vai à Libertadores, sendo que 4º ou 3º garante a vaga. As primeiras edições da Copa do Brasil eram disputadas apenas com o campeão e o vice de cada Estado. Hoje, a CBF acha um jeito de colocar qualquer um na disputa.

Quantos aos campeonatos estaduais, são nessas competições que os clubes pequenos do Brasil tem a chance de revelar e lucrar com os jovens talentos. Os campeonatos regionais poderiam ter o mesmo peso que os campeonatos da série c e d. Hoje os clubes penam e quebram para jogar grandes distâncias, pelo Brasil a fora.

5 – Como o calendário do futebol brasileiro permite que os clubes façam várias mudanças durante a competição. O título nem sempre premia a melhor equipe. O título tão chorado pelo colorado, em 2005, premiou o primeiro colocado? O Fluminense é o melhor time do Brasil na atualidade? O São Paulo entregou ou não entregou? E o Palmeiras? Se o campeonato classificasse oito, teria jogado com reservas nessa reta final?



Uma década de Brasileirão!!!


Os dez primeiros anos do século XXI se encerrou hoje, ao menos para o futebol brasileiro. Considerando o espaço de tempo entre 2001 e 2010, façamos um retrospecto da dupla Gre-Nal neste período:


- 2001: Inter (9.º) / Grêmio (5.º): Uma sina remanescente dos anos 90 ainda rondou o Beira-Rio no princípio da década. O nono lugar era uma constante no Colorado em um campeonato que tínhamos oito classificados para a fase final. O Grêmio, pelo contrário, ainda vivia um momento melhor e por isso conseguia ocupar melhores colocações no final.


- 2002: Inter (21.º) / Grêmio (5.º): Tá certo que o Internacional não caiu, mas o alerta serviu para mudar a história do time. Fernando Carvalho teve muitas dificuldades em seu primeiro ano de gestão, mas, lá em Belém após escapar do descenso, fez uma promessa: "enquanto eu estiver aqui, o Inter jamais passará por isso outra fez"! De fato, cumprido. Já o tricolor gaúcho, ainda mantinha sua força e conseguia chegar nos mata-matas. Respeitado dentro e fora de casa, o time gremista ainda saboreava os últimos laços de força que havia acumulado na década anterior.


- 2003: Inter (6.º) / Grêmio (20.º): Uma nova era se instaurava e a conquista de uma vaga na Sulamericana do ano seguinte fez ressurgir um gigante. Já no Olímpico, o mesmo sinal de alerta não teve o mesmo som que surtiu no Colorado um ano antes e a "gangorra" do futebol gaúcho mudava justamente ali.


- 2004: Inter (8.º) / Grêmio (24.º - "rebaixamento"): Um campeonato mediano do Inter, sem maiores pretensões. A reconquista da vaga na Sulamericana continuava impulsionando o Clube dentro de uma experiência em campeonatos internacionais, fundamental para seu futuro vencedor prestes a chegar. O Grêmio, em contrapartida, amargava uma das piores fases de sua história com um rebaixamento na posição de lanterna daquela edição.


- 2005: Inter (2.º) / Grêmio (21º - "acesso"): A estrela roubada, um título que será contestado para todo o sempre, até porque o próprio mandatário corinthiano disse "o título é de fato e de direito do Inter". Já no Olímpico, o retorno para a Série A no episódeo "Aflitos", gerou até um filme. Esta, segundo os próprios gremistas, foi a principal conquista do time no período, justamente o título da segunda divisão em 2005.


- 2006: Inter (2.º) / Grêmio (3.º): Raramente Inter e Grêmio tem retrospectos positivos dentro de um mesmo Brasileirão, eis a exceção à regra! Mesmo campeão da américa e focado totalmente no mundial, o time de Abel Braga fez bonito e lutou muito por uma honrosa colocação naquele campeonato. O Grêmio, que vinha da Série B, surpreendeu todos com um bom time logo em seu retorno à elite, garantindo a vaga na Libertadores 2007.


- 2007: Inter (11.º) / Grêmio (6.º): A ressaca dos títulos Mundial e da Libertadores praticamente atrapalharam toda a temporada, tendo restado a Recopa como conquista. Porém, a décima primeira colocação reservou ao Inter uma vaga na Sulamericana do ano seguinte que, de tão perseguida antes da Libertadores, foi conquistada. O Grêmio vinha crescendo e ganhando um espaço que havia sido totalmente tomado pelo rival, mas sucumbiu contra o Boca Jrs. na competição mais importante do continente. Um título ali, poderia ter mudado muito o rumo desta história.


- 2008: Inter (6.º) / Grêmio (2.º): Se o Inter não conquistou a tão sonhada vaga para a Libertadores do centenário, acabou salvando a temporada com um título da Sulamericana. O Grêmio, em contrapartida, estava novamente na Libertadores, mas perdia um campeonato que para os especialistas se encaminhava a cada dia para o Olímpico.


- 2009: Inter (2.º) / Grêmio (8.º): O Centenário Colorado poderia ter consagrado uma gestão muito bem desempenhada pelos dirigentes do Clube, mas o "quase" na Copa do Brasil se repetiu também no Brasileirão, ofuscando um pouco toda uma trajetória de conquistas dentro e fora dos gramados. No Grêmio, continuava imperando o jeito "morno" de jogar fora de casa, muito diferente daquele time dos anos 90. Sua força se resumia "apenas" em casa.


- 2010: Inter (7.º) / Grêmio (4.º): Novamente campeão da américa, o Inter priorizou definitivamente o campeonato mundial, se tornando mero coadjuvante nesta edição do campeonato nacional. O tricolor gaúcho, em contrapartida, virou o segundo turno com a melhor campanha do campeonato, saindo da zona de rebaixamento a uma possível vaga na Libertadores. Mas daí, vai depender de uma derrota do Goiás na quarta-feira que vem, o que é pouco provável.


Enfim, uma década inteira sem um título nacional para os times de Porto Alegre, o que deve ser relevante daqui para frente se levarmos em conta a força e a tradição do esporte no Rio Grande do Sul. Contudo, se fizermos uma comparação no "geral", a dupla Gre-Nal teve sim um retrospecto muito superior que na última década, encabeçando a tabela por mais vezes e em posições adiantadas... mas o fato é que faltou levantar um caneco, comemorando um título nos pampas.


A grande diferença (me perdoem os gremistas), é que o Inter lutou por títulos, principalmente após a primeira metade destes dez anos, já o Grêmio, se resumiu a comemorar vagas para taças do ano seguinte, chegando ao vexame do rebaixamento, inclusive. Diferentemente dos anos 90, a "gangorra" do futebol gaúcho se inverteu também a nível nacional. Em se tratando de campeonatos internacionais, não há sequer o que comparar e nem o que comentar sobre a superioridade nesta década de um, em relação ao outro.


Que venha mais dez anos, vinte anos, cinquenta anos, cem anos... de muito futebol e rivalidade!


Saudações Coloradas

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ATÉ TU! GOIÁS!


Enquanto o Inter desfila por mais um torneio mundial, como grande favorito. E, enquanto o Goiás coloca a mão na taça, nós, tricolores, só lamentamos as chances desperdiçadas e, agora, os tricolores já vão se acostumando com a ideia de Copa do Brasil e Campeonato Gaúcho. A que ponto chegamos? Até o Goiás, mesmo rebaixado, teve competência para reverter situações adversas e tem a Libertadores à vista! Afinal, o que é pior? Ficar fora da Libertadores ou ser rebaixado?

Na primeira partida a frente do tricolor, Renato tinha justamente esse Goiás "semi-campeão da Sul-Americana". Na oportunidade, tirar o Grêmio da zona de rebaixamento era prioridade. Então o tricolor deixou de lado a competição que dava uma vaga na Libertadores e procurou concentrar-se exclusivamente na competição nacional. O Goiás vivia uma crise terrível, assim como o tricolor! E por que o alviverde goiano teve mais sorte?

Em primeiro lugar, porque assim como o Grêmio, contou com a chegada de um técnico competente. Mas teve um diferencial. O Goiás não se importou com o rebaixamento e manteve , por fora, a meta de chegar a Libertadores, mesmo com a possibilidade de disputar a Série B, em 2011. A realidade dos goianos é diferente da nossa. Que ironia!

Talvez pelo orgulho, no Estádio Olímpico ninguém suportaria disputar mais um campeonato de divisão de acesso, mesmo que estivesse na Libertadores. Nenhum gremista pretende reviver a “Batalha dos Aflitos”. Dois rebaixamentos foram uma humilhação muito grande para os torcedores e para história do clube. Um rebaixamento para a Série B é pior que um tri-campeonato da Libertadores?! Mas até que ponto uma série B é tão vergonhosa assim? A flauta dos colorados? O prejuízo nas cotas de transmissões de TV?

Grêmio poderia estar vivendo o momento que o Goiás vive agora, talvez, brigando para não ser rebaixado e com a mão na Libertadores – versão B.

Mas chega de comparações. Se não os colorados daqui desse blog vão dar de mãos nas cornetas e dizer que não aguentam a choradeira e as lamentações de FJC.

O principal motivo de estarmos fora da Libertadores foi o tal do planejamento, iniciado em Janeiro/Fevereiro de 2010. E o primeiro equívoco foi a contratação de Silas. Mas chega também de falar sobre o ex-meia colorado, campeão do Brasil em 92.

Mesmo com a brilhante campanha do segundo turno, e se a vantagem do Goiás se confirmar na Argentina, o desempenho, de modo geral, do tricolor em 2010 pode ser considerada decepcionante. Um mísero título gaúcho, conquistado no susto do chute de Giuliano; um terceiro lugar da Copa do Brasil, depois de uma humilhação frente ao Santos; e para fechar, um susto na ameaça de rebaixamento com o timinho Silas. Renato salvou o Grêmio, mas chegou tarde demais. Desde o ano passado, depois da saída de Celso Roth, a torcida clamava por ele. O torcedor gremista sabe o que é melhor para o seu time.

Duda Kroef deixa o cargo, aliviado por ter recuperado a equipe na classificação, mas foi um fracasso no sentido de títulos importantes e em termo de saldo no caixa do clube. Da Libertadores de 2009 até o início da temporada 2010, fez umas contratações absurdas como o Rui para a lateral direita, Joison, Jadilson, Alex Mineiro, Uendel, William, Ozea, Renato Cajá, Rodrigo, Leandro, Hugo e Borges (sempre machucado). As apostas em ex-são paulinos e comandados do Avaí foram as piores que eu já vi. Além disso, deixou Léo ir para o Palmeiras, de graça! E ainda ficou devendo, 2 milhões! Douglas Costa poderia ter sido melhor lapidado, aproveitado e vendido para um clube maior da Europa por um valor maior.

Leandro tem contrato até 2012?! Joílson não é considerado sequer um reserva e ganha 80 mil no fim do Mês?! Rodrigo não tinha disciplina e o tricolor terá desembolsar uma multa?! Absurdos!

No Olímpico, dirigentes e conselheiros não se entendem e não trabalham pensando no bem maior que seria o clube. O que parece é que existe um jogo de interesses e ideias diferentes que não contribuem para o clube voltar a ganhar títulos. Essa história de estádio novo sob controle de empreiteiras e empresas particulares está mal contada.

Enfim! O Grêmio pode reverter em 2011. Mesmo com todas os problemas. Renato mostrou conhecer jogadores sem que o clube tenha que gastar fortunas. O que esperamos é que essa base, campeão do Segundo turno – pobre consolo para os gremistas – seja mantida, e que o treinador tenha tempo e tranquilidade para manter a mesma competitividade na próxima temporada.

Esqueci que temos uma partida contra o Bota Fogo. E tudo está relacionado. Não acredito que essa vitória parcial do Goiás vai desmobilizar o tricolor para domingo. Sabemos que os argentinos tem força e tradição para reverter. E vencer Joel Santana é a última missão de Renato Portalupi, em 2010. As duas maiores decepções do Grêmio nesse fim de ano serão os títulos de Inter e Goiás. Que ao menos o tricolor encerre essa jornada campeão do segundo turno.